Lovezone escrita por Evil Maknae


Capítulo 29
Eu te odeio tanto...


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEY, AND THAT'S WHY I'M GON' TAKE A GOOOODDD GIRRRRRLLL B)

Olár novamente, meus queridus e-e

Eu trouxe a continuação MEGA-FELIZ do capítulo anterior da casa dos Dyer (parece nome de filme de terror, não acham? :v)

Como devem imaginar, é da Dianne novamente, e deu pra me adiantar muito nesse feriado prolongado e-e

CHEGANDO MAIS PERTO DO FIM, CARA, O QUE EU VOU FAZER DA MINHA VIDA?
Ah não pera, tem a continuação :p

Enfim, boa leitura :3



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Eu não pensei que fosse ver Nathaniel – ou qualquer outra pessoa – numa situação como aquela. Aquela cena era horrível, eu nunca imaginei algo assim, não desejo isso para ninguém.

Francis perdia o controle em meio a tapas, chibatadas e palavrões. Tudo isso direcionado ás costas e ao rosto de Nathaniel. Eu estava anestesiada – de um jeito horrível – em meio a aquela cena. Pode ter certeza de que nunca vai sair da minha mente.

Nathaniel não chorava. Aguentava firme, apenas aceitava o fato de seu pai ser um desgraçado que não tinha motivos para fazer esse tipo de coisa.

Eu resolvi subir devagar, para não correr o risco de ser vista por Adelaide, que a proposito apenas observava a cena, sem expressões. A maior poker face que poderá imaginar. Apesar de não fazer nada, Adelaide é cumplice do ato, ela observava e guardava segredo, que até agora funcionava muito bem, ninguém desconfiava que o representante da turma fosse estapeado até ficar roxo.

Eu não conseguia dormir, por mais sono que tivesse, aquelas imagens ficaram me assombrando por horas, até resolver tomar algum tipo de atitude. Eu me levantei do sofá devagar, sem barulho, abri a porta e fui até a última porta do corredor, o quarto dele.

Eu não bati na porta, alguém poderia me ouvir, em vez disso, apenas entrei mais silenciosamente possível.

Vi de relance Nathaniel sentado, abraçando os joelhos em um canto meio sombrio do quarto azul e espaçoso.

Ele virou levemente o pescoço para ver quem entrará. Quando me viu, tratou de disfarçar as lágrimas que tinha espalhadas pelo seu rosto.

– Dianne, o que está fazendo aqui? – sussurrou alto.

–... Eu vi o que aconteceu lá embaixo...

Ele ficou pior ainda.

– Não deve se meter. – se recompôs e fez pose de autoritário novamente.

– Já me meti. E nada que você diga vai mudar o que eu vi aqui.

– Dianne, por favor, esqueça isso.

– Nathaniel, não é isso que se deve fazer quando tal coisa acontece.

– É o certo a se fazer nessa situação.

Eu desisti por fora, mas ainda pretendia chamar a polícia.

– Quer me dizer ao menos o que você fez para receber isso?

– As colherinhas...

– Não, Nath. O que você fez em geral. Seu pai parece não ligar para as deslizadas de Ambre.

– Bem, ele tem estado em seu inferno astral, profissional...

– Bater em você não vai resolver nada.

– Dianne, por favor, apenas esqueça. Isso não é da sua conta, com todo o respeito.

– Tudo bem, eu não vou citar nada.

– Obrigado...

Ele se levantou de seu canto e veio em minha direção.

– Por que aceita tudo isso? – perguntei.

– Eu não tenho outra escolha. – Parou a alguns centímetros de mim.

– Ligar para o 190 talvez resolvesse seu problema... Ás vezes você é burro...

Ele fez aquela cara emburrada.

– Não é tão simples assim, pense nas consequências que poderia haver... Meu pai poderia ser preso.

– A cadeia é o lugar dele. Nathaniel, você viu o que ele fez com você?! Se você não percebeu ele estava te espancando, cara, vai aceitar toda essa merda na boa? Vai apanhar por causa de frustrações profissionais dele? Se você quer isso para você, pode continuar a ser idiota desse jeito que só você sabe. Eu te odeio por isso. EU TE ODEIO MUITO POR ISSO.

– Dianne, fale baixo...

– Seu pai não falou baixo enquanto batia em você. Todas aquelas patadas que você já me deu também não foram baixas. Você é igual ao seu pai. Desconta a raiva em pessoas que não tem nada a ver com a porra da situação. Nathaniel, você já parou pra pensar nisso? Você já parou para pensar que mesmo recebendo tudo aquilo CALADA eu continuei te defendendo, continuei GOSTANDO de você, continuei imaginando minha vida ao lado da sua? Eu fui idiota. Eu sou idiota por estar aqui provando que aquele MONSTRO fez algo a outro MONSTRO. Parabéns. Você foi a primeira pessoa que conquistou meu ódio.

Ele ficou sem palavras, boquiaberto.

Não foi exagero. Ele é bipolar. Consegue tudo com seu rostinho, mas quando não quer nada começa a te bater psicologicamente.

Ele é um idiota.

O idiota que eu amo.

– D-Desculpe... – Algumas outras lágrimas saíram de seus olhos enquanto ele segurava meu rosto delicadamente.

– Eu não vou te desculpar. Eu... Eu... Tem ideia do quanto eu gosto de você?!

– Não deve ser mais do que o tanto que EU gosto de VOCÊ. – Afirmou.

– Imagino que não deve ser muito...

– Dianne, entenda, eu fazia aquilo porque eu tinha raiva de todos por aguentar todo esse peso calado. Entenda que eu gosto mesmo de você. Entenda que eu só quero que esqueça isso, para seu próprio bem.

– Duvido.

Ele não se irritou. Apenas se aproximou um pouco mais de meu rosto e tocou seus lábios nos meus.

Eu estava o odiando por me fazer gostar tanto dele.

Eu estava ME odiando por ter esse tipo de sentimento, mesmo sabendo que garotos são uma distração.

Mas eu estava adorando o momento.

___

No dia seguinte, o motorista nos levou para a escola novamente.

Todos ficaram me perguntando os motivos de eu ter ido e vindo com os Dyer.

Eu apenas os olhava e dizia que eu tinha feito uma nova amiga. Nada de mais.

Porém, meus pensamentos não ficavam nesse tópico.

Ficavam em uma forma de ligar para o 190 e denuncia-los sem saberem que havia sido eu. Sim, eu sei que existem denuncias anônimas, mas ia ser muito suspeito, eu acabar de sair da casa deles e Francis ser preso logo depois. Eu precisava arranjar um método.

– Ás vezes deve-se fazer a ação sem pensar nas consequências ruins, apenas nos benefícios. – Rachel falou, provavelmente lendo meus pensamentos.

– Como sabia?

– Eu te conheço.

– Mas e se Nathaniel ficar possesso?

– Vai ser para o próprio bem dele. Vamos tirar um peso enorme de suas costas.

Mesmo relutante, eu sabia que Rachel estava certa. Resolvi ligar.

Eu citei tudo que havia presenciado e que havia provas disso nas costas de Nathaniel. A moça do atendimento me tranquilizou dizendo que não iam citar nomes quando fossem a procura de Francis Dyer, disse-me que tudo ia se resolver o mais rápido possível...

Eu só não imaginei que quarenta e cinco minutos depois Nathaniel apareceu na minha porta, com um sorriso feliz.

– Oi, Nathaniel. O que te traz aqui?

– Sua denuncia. – Mesmo dizendo isso ele sorria.

–...Oh...

– Eu vim agradecer... Você me aliviou muito...

– Foi tão rápido assim?

– Eles não precisaram de provas. Minha mãe confirmou tudo.

– E o que aconteceu?

– Ele foi preso, e bem, agora vão me emancipar...

– Uau, foi rápido, pensei que ia demorar semanas...

Rimos juntos, logo depois ele me abraçou do nada. Agradeceu-me outras milhares de vezes e então ele me roubou outro beijo.

Eu odeio ele por me fazer feliz.


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Notas finais do capítulo

Goxtou? Obrigada por ler, e bem, talvez esse seja o penúltimo capítulo LOVEZONÁSTICO (deu até um frio na barriga ;s)

Até o próximo, talvez último :3



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