Lovezone escrita por Evil Maknae


Capítulo 28
A casa dos Dyer.


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY YOU YOU, I DON'T LIKE YOUR GIRLFRIEND -q
Eu sempre lembro dessa música quando falo "Heeeey"... Enfim, PEÇO MILHÕES DE PERDÕES PELA FUCKING DEMORA-DEMORADA, EU ANDO TENDO UM BLOQUEIO CRIATIVO...

Capítulo tão esperado ~por mim~ pra ser lançado '0'

Sabe o que simboliza? Que o final da fic talvez não esteja tão longe...

Esse capítulo é na visão de Dianne.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569917/chapter/28

E então o feriado finalmente chegou. Tanta coisa aconteceu que nem dá para acreditar que foi apenas um dia. Pretendia ir á casa dos Dyer, só para confirmar minhas suspeitas de que o pai de Nathaniel batia nele. Eu tinha quase certeza de que era verdade, quase certeza de que era por isso que ele abria-se tão pouco... Se eu estiver errada, bem, pelo menos vou ficar um pouco mais perto de Nath, vai valer a pena.

Eu arrumei a mochila (claro que deve haver uma mochila, eu sou preparada) com tudo necessário para uma noite ao lado de uma garota que odeio. Será que já devia jantar antes? Ninguém me disse nada... De qualquer forma, vou levar uma barra de cereal, talvez eles tentem me envenenar, disso eu não duvido nada.

Aguardei as horas passarem devagar a tarde toda.

___

Eu até me surpreendi quando AMBRE foi me chamar em meu quarto. Pensei que ela iria mandar alguém em seu lugar, porque a animal é muito preguiçosa para resolver os próprios problemas.

– Dianne, anda logo, nós não temos todo o tempo do mundo. – Ela quase arrancou a porta fora com suas batidas princesasticas.

– Calma, amore – ironizei. – Eu estava checando tudo.

– Por que vai levar essa mochila? Você é tão brega... Aliás, por que aceitei “ser sua amiga”? – Fez aspas com os dedos.

– Porque eu tenho informações confidenciais sobre você. Creio que não vai querer que eu as soltasse sem querer. – Ameacei sobre certos pequenos crimes que ela andou cometendo nos corredores.

–... Sua... Sua...

– Deixaremos esse diálogo para a próxima. Seus pais devem estar esperando. – Ergui a sobrancelha maleficamente e saí andando despreocupada.

Ao chegar à portaria, entendi o porquê de Ambre ser esnobe. Fala sério, quem tem esse tipo de carro? E com um motorista!

– Uau. – Soltei.

– Nunca andou em um desses? É o mais simples... Para não chamar atenção...

– Mas... EITA.

Nathaniel apenas sorriu envergonhado, como se não aceitasse a ideia de que eu ia com eles e ponto.

Bem, como pode ter percebido, eu estava muito errada, os pais deles não estavam esperando. Foi um erro muito idiota, porque veja, era bem previsível, eles têm tudo que querem, não precisam que os pais busquem se há um motorista que faça isso.

O caminho já era longo o bastante até Ambre começar a reclamar de sua vida para nós. Ela era tão venenosa que falava mal até de suas melhores – e únicas – amigas. Realmente, Li e Charlotte não eram legais, mas o que Ambre dizia era pior que tudo que poderia imaginar vindo de uma patricinha.

– Pffff, eu não sei por que ando com elas, é obvio que elas querem roubar todo meu brilho ou se aproveitar dele. – Dizia repetidamente.

– É mesmo? – Nathaniel disse sarcasticamente, enquanto mostrava uma expressão de tédio completo.

– Claro que sim. Elas são duas vacas, e ainda por cima idiotas...

– Acho que você já citou isso, Ambre. – Eu arrisquei.

– Concordo. Umas sete vezes. – Nathaniel confirmou.

– Vocês só implicam comigo! Quando eu chegar em casa vou contar tudo e-

– Só estamos dizendo que precisa de novos xingamentos mais... Funcionais... – Justifiquei mentindo.

–... Boa ideia, o que acham de... Retardiota?

– Achei maravilhoso. – Revirei os olhos e apoiei o queixo na mão.

– Você não é tão ruim assim, Dianne.

– Agradeço. Você também...

– Que milagre, estão se dando bem. – Nathaniel observou abismado.

– Brigas como essa são pra crianças. – Ambre ergueu a sobrancelha. – Olha, finalmente chegamos. – Ela abriu a porta do carro euforicamente e andou rápido até a porta.

– Dianne, aja naturalmente, se te perguntarem algo, responda com toda educação do mundo, ok? – Nathaniel instruiu.

– Tudo bem. Eu sei como lidar com isso.

A porta se abriu na 500ª batida que Ambre deu. Provavelmente era a mãe deles. Ou talvez o pai vestido de mulher, porque sinceramente, aquela mulher era realmente horrorosa. Tinha cabelos em um tom meio loiro claro, era extremamente magra e mal encarada... Não se parecia muito com Ambre ou Nathaniel.

– Olá Ambre... Nathaniel, e... Você é a amiga de Ambre? Pensei que ia ser Li ou a Charlotte... Mas enfim, é bom ver um rosto diferente dos delas. Você chama-se...?

– Dianne, senhora Dyer. Prazer em conhecê-la...

– Que moça educada... – Surpreendeu-se – O prazer é todo meu. Entrem. – Ela abriu mais a porta, me permitindo ter um belo spoiler de como era a mini mansão deles.

Lá dentro era... Mágico. Tudo era em tons pastéis calmos, mobílias caras e quadros em paredes decoravam o interior da casa. Não era nem extravagante e nem simples, tudo era na medida correta. Eu adorei a casa deles.

– Bem, Francis vai chegar daqui a alguns minutos. Subam e façam o que tem que fazer. – Francis provavelmente era o pai deles. – Ah, e Dianne – Ela chamou – , meu nome é Adelaide, apenas para não esquecer...

Assenti com a cabeça e segui Ambre até o andar de cima, que por sinal, era ainda melhor que o andar inferior.

As paredes ainda tinham aqueles tons pastéis, mas os cômodos eram decorados um pouco mais modernos. No primeiro corredor havia várias portas no tom de branco perfeito e limpo. Aquele tom que diz “Nossas crianças/filhos não são terríveis. Eles não rabiscavam portas quando pequenos!”. Aquele mesmo tom que minha casa nunca teve por causa de meus desenhos feitos nas paredes, ou minhas brincadeiras de homem aranha, eu dava chutes em paredes e fingia que eu podia subir e ficar pendurada nelas.

– Dianne, esse aqui é meu quarto. – Ambre abriu a primeira porta. Era tudo incrivelmente rosa que dava até vontade de vomitar.

– Uau... Que lindo! – Menti.

– Os lençóis são de seda, os edredons são da melhor qualidade que pode imaginar...

– Percebe-se...

A cama dela era recheada de almofadas, todas rosas, mas algumas claras e outras escuras.

– Bem, você vai dormir aqui. – Ela apontou um sofázinho também rosa, meio escondido entre travesseiros e camuflado em rosa. Parecia confortável.

– Sem problemas...

– Trouxe seu pijama?

– Sim.

De repente, três batidas na porta quebraram o clima de melhores amigas.

– Posso entrar garotas? – Era uma voz grossa e assustadora.

– Pode, pai. – Ambre autorizou.

– Boa noite. – Quando o vi, fiquei horrorizada. Qual é, pra quem Ambre e Nathaniel se pareciam?! Francis e Adelaide eram horríveis.

– Boa tarde, senhor. – Estendi a mão para cumprimenta-lo.

– Você é uma nova amiga de minha filha? Nunca te vi...

– Sou sim. Chamo-me Dianne. Prazer em conhecê-lo...

Ele sorriu e finalmente apertou minha mão, que ficou lá, pairando no ar do medo.

– Nathaniel avisará quando o jantar estiver pronto... Deem-me licença. – E então saiu.

Eles não pareciam maus. Eles eram legais. Minhas suspeitas foram quase por água abaixo...

Eu aguentei Ambre por uns dez minutos, até Nathaniel avisar e nós descermos para o jantar.

Sentei-me educadamente em uma cadeira que estava sobrando. Nathaniel estava pondo a mesa. Nathaniel era o empregado?

– Srta. Dianne, não sei se tem o costume, mas hoje jantaremos lagosta.

WHAT THE FUCK?!

Eles perceberam minha cara de “NÃO ACREDITO, CARA, COMO VOCÊS COMEM LAGOSTA EM PLENO JANTAR?”.

– Bem, poderá comer legumes se for o caso... – Francis continuou.

– Não, não, senhor, como lagosta sim. Eu e minha família comíamos isso todos os finais de semana... – Menti. – O que me surpreende é o bom gosto de vocês. – Menti mais uma vez. – É tão parecido com o meu... – Terceira mentira em alguns segundos.

Adelaide sorriu satisfeita com a resposta.

– Poderá vir aqui mais vezes. É sofisticada e educada...

Agradeci e fiquei observando a volta para ver como se comia uma lagosta. Não era tão difícil... Só era estranho.

– Estão satisfeitos? Pode trazer a sobremesa, Nathaniel. – ordenou Francis.

– T-tudo bem.

– Hum, querem que eu ajude?

– Não é trabalho para convidados, mas agradecemos a boa vontade. Nathaniel o fará. – Respondeu Adelaide.

Assenti. Nathaniel parecia nervoso de cometer algum erro. Ele tirava tudo com cuidado, como se derrubasse algo fosse o fim do mundo.

Depois de servir, Nathaniel se sentou aliviado por não ter cometido nada errado.

... Pelo menos ele pensou isso.

– NATHANIEL, ONDE ESTÃO AS COLHERINHAS?

Dei um salto na cadeira. O velho estava brigando com Nathaniel por causa de malditas colherinhas?!

– É... Eu...

– CALADO! ESSE SEUS ERROS VEM PIORANDO! IMAGINE NA ESCOLA. DEVE PRESTAR ATENÇÃO SEU INÚTIL! – Gritava com vontade, como se descontasse toda a raiva em Nathaniel.

– Desculpe... – Ele parecia querer se jogar da janela.

– PEÇA DESCULPAS NA PUTA QUE PARIU! SEU ERRO FOI... HORRÍVEL! SUBA E PENSE MUITO, EU DISSE MUITO, BEM NO QUE FEZ.

...Caralho. Como isso aconteceu?

– Peço perdão, senhorita. Isso vem acontecendo muito ultimamente. – Justificou. Mas espere aí... Nathaniel nem visitava eles! Como pode acontecer muito? Eles quase nem se viam...

– Tudo bem... Erros devem... Ser corrigidos. – Falei com medo.

Ele lançou um olhar de “meus parabéns, vai ser como eu quando crescer” e comemos a sobremesa em um silêncio horrível.

Já no quarto, eu ainda estava com medo. Isso acontecia sempre?

– Dianne. – Ambre chamou séria. – Esqueça que tudo isso aconteceu, tudo bem?

– Vai ser melhor até pra mim.

Ela assentiu, e segundos depois estava dormindo um sono pesado, roncando loucamente.

Como uma boa curiosa, eu desci quando ouvi barulhos – de gritos – de Francis, provavelmente.

Já pode ter imaginado o que foi que eu vi.

Essa foi, com certeza, a pior cena da minha vida.

Ele batia em Nathaniel com as próprias mãos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Saudades capítulos com 1.500 palavras :3 (1.533, pra ser exata eue)

Goxtaram? Espero que sim, até o próximo, gemt :3 ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lovezone" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.