Lovezone escrita por Evil Maknae


Capítulo 2
Capítulo 2 - Entre tapas, gritos e diretorias.


Notas iniciais do capítulo

Oe, docinhos. Eu não gostei muito da narração do 1º, então talvez eu vou edita-lo. Esse aqui é na visão de Christie. Espero que gostem :3

Boa Leitura.



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No terceiro dia em minha nova escola já estava tudo ótimo. Nada de brigas, nada de garotas populares e chatas, nada de falsidade, nada de ruim, para resumir.

Era domingo, na sexta não tive aulas, era um dia “especial” para receber novatos e fingir para os pais que era uma ótima escola. Bem, funcionou. Meus “pais” me deixaram lá e nem sequer fizeram uma ligação para a secretária, sei lá, para perguntar se eu havia me adaptado lá, se havia acontecido algo ruim... Parecia exagero, mas para minha família essa palavra não existe.

Ligando ou não, hoje haveria uma festa, e vou ser meio que obrigada a ir. As câmeras... Bem, descobri da pior forma que elas existiam. Estava saindo do quarto hoje de manhã e percebi um barulho mecânico com uma pequena luz vermelha piscando. Parecia que dava zoom a cada passo meu. Também havia percebido um barulho desses no quarto, pensei que não era nada, mas agora concluí: Eles me filmam enquanto durmo.

Mas enfim, Katie queria me levar para conhecer umas amigas, e depois íamos escolher as roupas para a festa. Como sempre, eu estava atrasada, era como se Cronos conspirasse contra mim. Tipo, o tempo corria mais rápido quando eu tinha compromisso.

Acabei chegando dez minutos atrasada, mas Katie já havia entendido que eu era meio “irresponsável” quanto a isso e acabou não dizendo nada além de:

– Srta. Relógio chegou cedo.

Eu ri e reparei nas três garotas que estavam atrás dela. Uma era loura e tinha olhos azul-claros, a outra era meio ruiva com olhos castanhos e a última tinha cabelos brancos e olhos roxo-escuros. Todas tinham cabelo comprido.

– Olá, você é Christie, né? – A loura ia dizendo simpaticamente – Sou Rachel. Katie falou de você. Elas são Dianne – Apontou para a ruiva – E Harriet – E depois para a platinada de lábios carnudos.

– Oie – Dianne e Harriet disseram em uníssono.

– Oi – Eu respondi, estava feliz em conhecer mais pessoas legais. Não que existissem muitas pessoas chatas, mas já era um começo. – Katie também disse muito sobre vocês, ela fala demais – Comentei, brincando.

Katie aparentou ficar um pouco corada, e todo o resto riu, eram legais.

– Eii, não falo não – Justificou.

Harriet deu tapinhas em seu ombro e disse:

– Fala sim, Katie, admita.

– Eu posso falar muito, mas é importante – Observando bem ela tinha sotaque no ‘R’, “imporrrrtante”.

– Unhum, sei, vamos escolher as roupas ou não?

– Vamos logo, então – Katie protestou – Antes que vocês continuem falando mal de mim.

– Você sabe que nós te amamos – Dianne brincou.

Katie lançou um olhar desconfiado, as acabou entrando na zoeira:

– Pfff, quem não me ama?

– Vou perguntar pro Kentin, ele manja do assunto de gostar de você... – Harriet disse.

Quem é Kentin?

– PSIU, HARRIET – Katie meio que gritou no corredor vazio, provocando um eco.

– Você não negou... – Harriet resmungou rindo.

– Ãhn, gente, quem é Kentin? – Perguntei meio deslocada.

– A pessoa que a Katie ama... – Rachel tentou a sorte.

– Ele é só meu amigo. – Katie disse, vermelha feito uma pimenta.

– Anham. Sei. Amigo. – Eu disse.

– COF COF – Forçou uma tosse para acabar a conversa e parou bruscamente quase derrubando todas nós e entrou em um quarto não muito longe do meu, ótimo, e havia dado a volta para parar no quarto ao lado do meu. Espera... Era o de Armin e Alexy, agora tudo fazia sentido, ela era irmã dos dois! E teria que dividir o quarto com dois garotos... Eu senti uma grande pena dela.

Ao abrir a porta nos deparamos com dois irmãos brigando por um travesseiro, mas acabaram parando imediatamente quando viram as cinco garotas entrando, ficaram corados. Nunca esperei que Alexy ficasse corado. Era como pedir para uma porta se jogar em uma piscina. Ou seja, ou você mesmo joga, ou fica sem. Então eu acabei de pensar que Alexy era uma porta. Ok então, mais uma frase para o dicionário sem sentido. Eu meio que amo fazer coisas bobas como essa.

–... Eita – Harriet pareceu surpresa, mas Rachel estava boquiaberta olhando indiscretamente para Armin.

–UOU – Rachel disse.

–Rachel? – Katie chamou – Se drogou, foi?

–... Sim – Ela definitivamente não estava prestando atenção.

–... Seus babacas, que parte de “vou trazer amigas, não briguem” vocês não entenderam? – Katie parecia uma mãe brigando com os filhos.

– Desculpa Katie – Ambos disseram juntos, como se houvessem acabado de decepciona-la.

– Entra, gente – Chamou – Beeem, esses são Armin e Alexy, meus irmãos – Disse.

– Oi, meninas – Alexy se jogou em nossa frente – Vocês são amigas da anã? Digo, Katie.

– The bullying never ends – Ela disse segurando a risada. – Enfim, esse é a bicha-purpurina. Opa, Alexy. E aquele feio é o Armin.

Nós todas os cumprimentamos e fomos para o “lado de Katie” do quarto. Era um quarto maior, mas ainda parecia apertado, apesar de tudo estar tão limpo e arrumado. Acabamos nos acomodando na cama e Alexy começou a se meter no meio das sugestões de roupas. Provavelmente jogava no outro time, se é que me entende. Parecia ser do tipo de amigo-gay em que pode confiar e que te ajuda a pegar bofes na balada... Não que eu faça isso.

Enfim, acabamos escolhendo roupas simples, porque Alexy queria bilhar mais, e estava combinado de chegar no pátio 6:10, 20 minutos antes da festa, porque sabiam que eu ia me atrasar.

Minha roupa era basicamente uma blusa simples vermelha, com uma jaqueta-aviador e uma calça jeans, talvez eu fosse de salto. Era uma boa ideia, se eu tivesse o equilíbrio necessário para não cair de cara e quebrar um dente. E então fui olhar no relógio. Tinha certeza que dessa vez eu ia chegar adiantada e... EITA, 5:45. Argh, odeio esse lance do tempo, tive que me arrumar correndo como se não houvesse amanhã. Se meu cabelo não fosse tão rebelde, eu economizaria uns 20 minutos. O resto eu gasto tentando fazer a dança da “entra-droga-de-calça”.

Quando finalmente terminei, cheguei 7 minutos atrasada. Já era um começo. Estavam todas me esperando. Alexy estava junto, papeando loucamente com Dianne, super-ultra-mega-melhores-amigos a partir de agora, se dependesse dele.

Katie estava olhando (quase torcendo o pescoço) para trás, como se procurasse alguém. Um garoto, pra ser exata.

– Procurando Kentinho? Sei lá como é o nome do cara – Sugeri, e ela se virou imediatamente.

– Ah, você chegou – Ela parecia extremamente interessada em seus sapatos agora – Se atrasou... Novidade. E o nome dele é Kentin.

– Continuo sem saber quem é.

– O Armin vai vir? – Pergunto Rachel nos interrompendo e tentando parecer indiferente, mas não estava conseguindo. Parecia uma maníaca atrás de um doce.

– Hmmmm, tá interessada? – Katie fez um cara de “sua safadinha” deixando Rachel vermelha. Vermelha feito o cabelo do garoto que acabou de me empurrar para passar.

–... EI, OLHA POR ONDE ANDA – Eu gritei para todo mundo ouvir.

–Garota, eu olho para onde eu quero – Ele rebateu.

–VAI OLHAR PRA MINHA MÃO NA TUA CARA SE NÃO PEDIR DESCULPAS – Estavam todos nos olhando agora e cochichando algo como “Nooooossa”. Eu não ligo. Meu orgulho é maior que qualquer coisa.

–Ui, ela ficou nervosinha – Ele fez uma voz broxante – Saiba que eu nunca peço e nem vou pedir “desculpas”.

E então chegou um garoto meio que muito alto. Ele tinha cabelos brancos e um dos lados era levemente maior que o outro. Estava vestido como uma pessoa vitoriana. Tinha um olho de cada cor... Que incrível.

– Castiel, pare de brigar. Já deu por hoje. Peça desculpas – ele sugeriu.

– Lysandre, não se meta! – Era chato até com o amigo. Se é que tinha amigos.

– Concordo com seu amigo – Cruzei os braços, desafiadora.

–... Idiota. Não estou pedindo porque mandaram, estou pedindo porque eu quero ok? Desculpa – Ele pediu meio forçado a não explodir.

– Agora vamos, Castiel. Antes que você exploda – O garoto que devia chamar-se Lysandre puxou Castiel.

E então começaram a vir todos em cima de mim, como se eu fosse uma lutadora de boxe e acabado de vencer satanás.

“Você conseguiu arrumar briga com Castiel !” todo mundo ia dizendo “ e venceu!”. Como se fosse grande coisa. Uma mão saiu me puxando e salvando da multidão até o banheiro mais perto. Não demorou a perceber que Katie, Rachel, Harriet e Dianne estavam surpresas.

– Você discutiu com Castiel? – Rachel parecia que havia visto um fantasma. – O problema do Tomate é que ele é CASTIEL. É tão presepeiro que começa com C de CASTIEL. – Ela dizia como se ele fosse o playboy-rei-supremo da escola.

– Ué, qual o problema? Não passa de um garoto mimado.

– Isso é, mas ele pode fazer da sua vida um inferno... – Dianne disse.

– Já passou a ser um desde que eu vi ele. Mas que seja. Ele não tem coragem. Apenas um playboy qualquer. Vamos lá. Já vai começar.

– Ok, vamos, então.

______________________________________________________

Quando reparamos na multidão que estava amontoada no meio do pátio cheio de luzes resolvemos que era melhor ficar meio afastadas... Você sabe... Pra não sermos massacradas. Pra ser sincera não foi como pensei. Foi pior. Pense na música mais brega que conseguir e multiplique-a por 20. Era esse o estilo de música que tocava. E ainda havia gente dançando.

– Pelo menos estamos sem tédio – Comentou Harriet – Ei, o que acham de falarem o que acham dessa escola? Tipo, pra ficar sem ouvir essa música...

–Pode ser – Rachel concordou – Hm, eu acho uma droga. Odeio. Não queria estudar e nem MORAR aqui. Mas pelo menos as pessoas são gatas.

– Eu não gosto também – Dianne disse – Sei lá. O ensino é meio idiota e básico.

– Cara, se eu tivesse duas passagens para a Califórnia... Eu não estaria mais aqui. Pera, isso foi meio obvio. Ninguém estaria. – Katie comentou.

–Hm, se estão dizendo... As pessoas são meio babacas, mas tirando isso... Acho que não tenho escolha. Vou ter que ficar aqui.

– Poxa... Ei, mudando totalmente de assunto... VOCÊS VIRAM O REPRESENTANTE NOVO? CARA, ELE É MEIO QUE MUITO LINDO – Dianne disse um pouco-muito alto, atraindo a atenção de uma loira sentada no banco ao lado. Ela foi se aproximando de nosso grupo. Talvez esse representante tivesse namorada. E talvez essa namorada tivesse cara de prostituta. Estava usando uma blusa que parecia um saco de batatas. Tinha olhos meio verdes. Chegou e disse:

– O que tem meu irmão?

– Que irmão? – Rachel perguntou.

– Nathaniel, o representante – Ela disse como se nós fossemos obrigadas a saber – O que estão falando dele?

–Não te interessa. Ninguém chamou seu nome aqui. – Rachel disse dando uma tremenda patada.

–Se falou do meu irmão falou de mim também. Desembucha loira-aguada.

–Me chamou do que, vaca? – Rachel se levantou, parecia ameaçadora.

– Vaca é quem me chama. AGORA VAI RESPONDER OU NÃO, MERDA?

– Não, não vou. A boca é minha, se eu quiser falar “A Ambre e suas amiguinhas são uma desgraça” eu falo, porque você não manda em mim. Falo mesmo, se reclamar falo de novo.

– Não tem nenhuma desgraça aqui além de vocês. Ninguém pediu sua opinião. Pensa que é toda-toda? Pensa? Você não é nada, nem nunca vai ser, tá entendo? Eu sou a única aqui, sacou?

Dessa vez estávamos todas em pé rodeando a garota, mas nos surpreendemos quando Rachel nos mandou sentar de novo. Ela estava tão brava que achamos melhor obedecer.

E num piscar de olhos, ouvi um estalo que ecoou por toda a escola. Ao abrir os olhos de novo, vi uma Ambre com uma das bochechas vermelha e a cara virada pelo impacto da mão de Rachel. A marca de seus dedos ficou no rosto dela.

– Essa marca é para você lembrar que não deve falar assim comigo.

Foi nesse momento em que percebi que a música havia parado e estavam todos olhando para nós. Todos inclusive a diretora... Uma velha de cabelos brancos e rosto assustador. Ela vinha na direção de Rachel. E Ambre continuava tentando entender o que aconteceu.

– O QUE ESTÁ ACOTECENDO AQUI? NÃO QUERO BADRENA NA MINHA ESCOLA. VOCÊS DUAS, Srta. SMITH – Se referia a Rachel –JÁ NA MINHA SALA – Ela gritava – E VOCÊ TAMBÉM Srta. DYER. AGORA. – Ambre... Ambre Dyer.

– Diretora nós também vamos – Katie pronunciou, se levantando.

– Vocês não têm nada a ver com isso, vão arrumar algo pra fazer.

– Temos sim. Nós vamos.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, se gostou comente e acompanhe.


Tchauzinho e até o próximo. :3 -u-



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