Continuação...

Depois de 3 horas deram por falta de Karina.

–Gente cadê a K? – Disse Pri.

–Verdade já faz algum tempo que ela sumiu. – Disse Caíque amigo de K.

–Será que ela se perdeu? – Falou Fabi.

–Temos que procurar ela antes que anoiteça – Disse Caíque.

–Vou avisar o professor – Disse Pri.

–Eu vou com você – Falou Fabi preocupada.

–Professor! – Falou Fabi.

–Fala meninas tá tudo bem?

–Na verdade não. – Falou Fabi.

–Oque aconteceu? – Perguntou preocupado.

–A Karina sumiu, acho que ela se perdeu quando estávamos na trilha. – Falou Pri.

–Ai que droga! Vão chamar todos os alunos rápido. – Disse apressando elas.

–Tá – falaram juntas.

Elas foram chamar os alunos.

–Mandou chamar – Disse Letícia sorrindo.

–Sim. Galera eu chamei vocês por que um aluno se perdeu e nós vamos procurar – Disse ele sério

–Quem? – Perguntou Pedro.

–A Karina.

–Então vamos logo – Falou Pedro.

–Tá preocupado com a machinho – Disse Letícia encarando Pedro.

–E se eu estiver! O que você tem haver com isso?

–Ela tem tudo afinal vocês estão ficando né Pedro. – Disse Manu.

–Ah fica na tua o projeto de Barbie.

Todos riram.

–Não fala assim da minha amiga Pedro. – Disse Letícia fazendo drama.

–Eu vou fingir que não escutei isso – Disse Manu.

–Faz oque você quiser desde que seja bem longe de mim sua mal amada e de preferência leva a Polly com você.

–Pedro você... – Gritou Letícia e foi cortada.

–Chega garota vai procurar plateia pra dar showzinho de quinta categoria em outro lugar – Disse João.

–Fica na sua o nerd. – Falou Malu.

–Posso ser até o Godzilla se você quiser desde que você cale a boca pra mim tá ótimo.

–Já deu vocês à prioridade aqui é a Karina – Falou o professor.

–Você tem razão – Disse Fabi.

–Então vamos logo... Um aviso antes de irmos permaneçam sempre juntos um aluno perdido já tá ruim imagina dois ou mais. – Falou o Professor entrando na mata com os alunos.

Enquanto isso K estava chorando sentada em uma rocha lembrando sua mãe.

**Porque eu nasci? Me sinto tão culpada pela morte da minha mãe, se ela estivesse aqui talvez as coisas não seriam tão difíceis para mim, meu pai me amaria e a Bi não sentiria raiva de mim, as vezes penso que eles não gostam de mim pelo que aconteceu quando eu nasci... Ai sei lá é tanta dor aqui no meu peito que nem sei oque pensar. Se ao menos a Beca estivesse aqui eu poderia conversar com ela sobre isso mais não ela foi morar com a irmã dela, por que é que ela teve que ir? Sinto tanto a falta dela – K chorava ao pensar.

–Que droga! Porque é que tenho que ser assim ninguém gosta de mim eu sou tão sozinha, não tenho ninguém que goste de mim pelo que eu sou isso doí só de lembrar e eu já estou cansada disso e sim eu Karina tenho sentimentos eu também choro. Eu me odeio– Gritou K chorando e começou a dar socos em uma árvore.

***

Depois de algumas horas procurando K já estava começando a escurecer.

–Gente vamos voltar já está escurecendo. – Disse o professor voltando pra trás.

–Nós não podemos deixar a K perdida por ai?

– O que eu não preciso agora é outro aluno perdido João, amanhã agente continua procurando.

–Se é assim – Disse Fabi colocando a mão no ombro de João.

–Mas Fabi eu... – Foi cortado pela amiga.

–É eu sei, entretanto se você se perder também não vamos conseguir ajudar muito entende?

–Entendo. – Falou abraçando a amiga.

–Vamos voltar gente. – Falou voltando com os alunos para o acampamento.

**Ah esquentadinha tá perdida por ai sozinha com frio e fome eu tenho que fazer alguma coisa, vou fingir que estou dormindo e vou sair pra procurar ela – Pensou Pê.

Chegando ao acampamento Pedro foi direto pra sua barraca arrumou sua mochila e saiu pra procurar a K.

–Karina? Esquentadinha onde você tá? – Gritava Pedro passando a luz da lanterna entre as árvores.

**Já está de noite e eu nem sei onde eu estou como eu vou voltar agora. – Pensou K ainda triste.

Ela foi tentar achar o caminho do acampamento e acabou caindo em um buraco, não muito fundo mais ela não alcançava o topo pra poder subir de volta.

–Aí ai – Gritou K – Mais que droga meu dia não podia estar melhor – Falou voltando a chorar.

–Onde será que ela está em? Eu nunca brincaria de esconde-esconde com ela – Disse Pedro procurando K.

Pedro escuta o barulho de alguém chorando e cantando e vai correndo até o local, K estava cantando um trecho da música Torn Apart - Bastille.

– And it hurts like hell

To be torn apart

And it hurts like hell

To be thrown around… - Cantava K.

Tradução:

E machuca pra caramba

Ser dilacerado

E machuca pra caramba

Ser jogado para lá e para cá...

–Karina? – Gritou Pedro.

–Eu estou aqui – Respondeu gritando.

Ele se aproximou do buraco encontrou K toda encolhida.

–Esquentadinha deixa eu te ajudar. – Falou esticando a mão pra ela.

–Eu não alcanço Pedro. – Disse chorando, ela estava toda machucada e suas mãos estavam todas ensanguentadas graças aos machucados que ganhou quando socava a árvore.

–Eu te ajudo confia em mim. – Disse Pê sorrindo pra ela.

–Tá mais vai devagar tá bem? – Disse olhando para cima e esticando as mãos.

–Ok eu vou te puxar – Ele esticou a mão novamente e a segurou.

Ele a puxou e ela caiu por encima dele. Eles se olharam por alguns instantes e K saiu de cima de Pedro meio sem graça.

–Você tá bem? – Perguntou Pedro.

–É eu acho que sim – Disse K enxugando as lagrimas

–Eu reparei que você andou chorando!

–Engano seu moleque. – Disse virando o rosto.

Pedro passou a mão na bochecha dela acariciando-a.

–Ou você andou chorando ou estava usando droga? – Disse Pê e ela sorriu.

–É estava sim mais já passou.

– Que bom... As suas mãos estão... – Ela o cortou.

–Eu sei não foi nada. – Escondeu as mãos.

–Como não foi nada, não sei se você percebeu mais elas estão sangrando.

–Depois eu dou um jeito – Falou se levantado e caindo de novo. – Aii meu pé.

–Você deve ter torcido quando caiu no buraco, vem eu te ajudou – Falou Pê levantando ela.

–Cuidado Pedro. – Reclamou ela.

–Foi mau linda.

**Ele vive me chamando de linda – Pensou K.

Ela corou com o elogio.

–Sabia que você fica toda gatinha assim. – Ele sorri

–Assim como? – Perguntou K corando novamente.

–Vermelhinha, fica toda gatinha.

–Ai moleque para de me zua e vamos logo.

Eles voltaram para o acampamento.

–Karina onde você estava? – Perguntou João abraçando ela.

–Eu me perdi só isso.

–K – Disse Pri, Fabi e Caíque e foram logo abraçar a amiga.

–Oi gente, ai não aperta muito.

–Nunca mais me assusta assim entendeu! – Disse Fabi.

–Tá.

–Karina onde você estava? Olha o seu estado – Disse o professor.

–Eu me perdi e cai em um buraco mais já tá tudo bem.

–É ela tá bem gente deixa que eu cuido dela. – Disse Pedro.

–Até que enfim a monstrinho apareceu. – Disse Letícia.

–Lê para a menina tá sangrando – Disse Manu arrependida.

–K você tá bem? Eu tentei ir atrás de você mais ai te perdi de vista e... – Disse Bia.

–Eu estou bem Bia, sério mesmo. – Disse K com um meio sorriso.

–Não você não tá – Disse Manu.

–Qual foi garota! Você é muito sínica mesmo não preciso de pena de ninguém vai some aproveita pra procurar um penhasco e se jogar de lá. – Disse K encarando ela.

–Eu não fiz por mal Karina eu sinto muito.

–Não senti nada, você sentiu alguma coisa ao falar da minha mãe? Acho que não por que pessoas como você são incapazes de ter algum sentimento.

–Chega meninas, Karina você precisa cuidar desses arranhões vem comigo. – Disse o professor.

–Você não vai humilhar minha amiga e vai ficar por isso mesmo sua vaca. – Disse Letícia.

Karina se aponha em Pedro pra não cair.

–Alguém tem um lenço? Pra eu poder voltar pro buraco onde eu cai chorar e fingir que me importo com sua opinião – Disse K sorrindo.

Todos riram da garota e ela ficou sem resposta.

–Vamos – Disse Pedro.

Eles cuidaram dos ferimentos de K e depois levaram ela para se juntar com a galera envolta da fogueira. Ela se sentou sozinha em um tronco distante de todos e ficou pensando no que tinha acontecido quando alguém lhe tira dos seus pensamentos.

–Esquentadinha?

–Fala moleque?

–Tá pensando no que? Em mim? – Disse sorrindo.

–Você se acha né idiota. – Disse K mostrando a língua.

–Tá enganada, é com você que eu me encontro.

–Você nunca cansa né?

–De você só às vezes. – Ele sorri.

–E eu ainda tinha cogitado você não ser tão idiota – Falou fechando a cara.

–Delicadeza exalando.

–Eu só não dou um soco na sua cara porque minha mão ainda tá doendo – Disse fechando o punho.

–Chuta então – Disse irônico, pois sabia que ela tinha torcido o pé.

–Que tal outra coisa. – Disse bolando algo.

–Um beijo – Falou sorrindo e se aproximando da boca dela.

–Não uma mordida! – Falou e Mordeu o ombro dele.

–Ai sua doida o Hannibal te possuiu só pode – Colocou a mão no ombro e começou a esfregar.

Karina foi se aponha em uma árvore pra se levantar quando Pedro a puxou e a beijou. Era um beijo com desejo, quente um pouco agressivo mais muito bom, eles ficaram se beijando por alguns minutos e ambos se separaram e busca de ar, Karina mordeu os lábios em resposta ao beijo.

–Gostou? – Disse Pedro com um sorriso bobo no rosto.

–Arrr – gritou Karina empurrando ele.

–Calma esquentadinha se quiser mais é só pedir. – Ele sorriu pra ela.

Ela se levantou e foi mancando para sua barraca.

–Eu sei que você gostou esquentadinha – Ele gritou.

**Moleque idiota mesmo ai que ódio, e pior é que ele sabe que eu gostei do beijo e que beijo. – Pensou ela sorrindo.

Já era 02h30 da madrugada quando Pedro foi para sua barraca pegou seus fones e se deitou só de cueca.

–Ela me deixou

Suave

Era linda a vida quando ela partiu, deixou

Saudade. – Cantarolava Pedro.

***Você ainda vai ser minha esquentadinha, nossa que beijo em que boca linda é aquela... Espera se ela me odeia tanto porque ela correspondeu o beijo? E porque eu não consigo para de pensar nela? Porque é que eu estou desse jeito? Esse não sou eu ou sou? São tantas perguntas sem respostas ai meu saco essa garota ainda vai me deixar maluco. – Pensou Pê.

No dia seguinte...

Vamos acordar galera temos um longo dia pela frente. – Disse o professor.

Karina saiu só de pijama sem perceber, era um shortinho estilo calcinha preto e uma blusinha até metade da barriga bem larguinha ambos do Batman.

–Bom dia professor. – Disse K irônica.

–K! – Falou Fabi olhando para pijama da amiga.

–Que foi? Porque está com essa cara?

Pedro ficou babando por K. Ela começou a receber assovios dos meninos ficando muito corada e foi então que olhou pra sua roupa e entendeu o que estava acontecendo.

–Sua... – K a cortou.

–Já entendi Fabi - Falou K.

–Entra pra trocar de roupa logo - Disse Pri.

–Não dá – Disse K sem conseguir explicar que se ela se virasse todos iriam ficar olhando pra sua bunda.

–Por mim ela pode ficar assim o dia todo que eu não me importo. – Disse João.

Leva pescotapa de Pedro.

–Ai demon. – Disse João

– Damon de TVD? – Perguntou Pedro rindo.

–Não idiota de demônio mesmo.

–Ata. – Disse Pê coçando a cabeça.

–Mais você é burro em Pedro, ele Disse demon e não Damon! – Disse Fabi.

–É oque que tem?

–Que Damon significa garra e demon significa Pedro – Disse João rindo.

Leva pescotapa.

–Será que eu nunca vou ficar um dia sem apanhar. – Ele ergueu as mãos para cima.

–Para de drama. – Disse Pri.

–Gente eu ainda estou aqui. – Disse K sem graça.

–Impossível não reparar né – Disse um moleque qualquer.

–K tem como você ir trocar de roupa – Falou Marli.

–Até tem, mas...

–Mas?- Perguntou Marli.

–Não posso me virar de costa entende? – falou K toda tímida.

–Ata, entendo - Falou olhando pra K de costas e dando risada.

–Garotos é o seguinte vocês precisam olhar pra trás pra Karina poder entrar na barraca dela e trocar de roupa.

– Sério? – Disse Pedro rindo

–Sim muito sério Pedrinho, vai todos vocês virando de costas agora.

Eles se viraram e K pulou pra dentro da barraca. K trocou de roupa e foi se juntar com seus amigos.

Roupa da K: