Que egoísta, minha querida Temari. Você não está fazendo isso pelo Kouta e muito menos por Amay, está fazendo isso por você, para se convencer de que é capaz. Seria uma vergonha a filha do Quarto Kazegake, irmã do jinchuuriki e de um dos maiores ninjas com marionetes, falhar e quebrar uma promessa, não é?!

Seu...!

Ela partiu para cima do homem, mas Shikamaru segurou o braço dela.

Temari, não faça isso.

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Ela respirou fundo tentando controlar os sentimentos de raiva, mas logo livrou-se desse pensamento ao ver quatro ninjas correndo em sua direção. Eles usavam coletes com proteções nos ombros e turbantes, alguns cobriam o rosto com panos deixando apenas os olhos amostra, outros usavam máscaras de cores foscas. Temari logo reconheceu que eram ninjas da Anbu.

Sabaku no Temari, Nara Shikamaru um deles cumprimentou fazendo uma reverência para os dois respectivamente. Viemos a pedido do Conselho Consultivo de Sunagakure, devemos levar o novo suspeito.

Podem levá-lo disse Shikamaru indicando o homem com a mão.

Enquanto desamarravam os pés do sujeito, um dos ninjas aproximou-se dos dois.

Alguns membros da Anbu voltaram de missão, então Baki-sama me mandou perguntar se vocês não querem transferir as investigações para nós, assim, Nara-san, você poderia retornar à Konoha.

Não, obrigado, mas não vamos deixar esse caso. O ninja da Anbu assentiu Mas... O que farão com o suspeito?

Conseguiremos informações dele.

Por meio de tortura?

O ninja engoliu em seco, mas concordou.

Podemos estar na sala quando isso acontecer? perguntou Temari.

Não, apenas ninjas da Anbu, anciões e Kages podem participar desse tipo de tarefa.

Ela rosnou baixinho e desviou o olhar.

O melhor que vocês podem fazer agora é ir para casa e descansar.

Eles anuíram, estavam prestes a correr quando o mesmo ninja falou:

Ah! Temari-san, seus irmãos pediram para te avisar que voltarão para a vila em algumas semanas.

Entendi, obrigado por avisar disse ela antes de sair.

A escuridão veio à tona, se passara muito tempo desde que eles haviam chegado na casa de Temari e de seus irmãos. A loira fez curativos no braço de Shikamaru, onde a kunai havia pegado quando ele a protegeu.

Fizemos um grande avanço hoje disse Temari parada de pé na sala.

Fizemos, e talvez essa possa ser a peça chave.

Como assim?

Eu não posso afirmar porque não tenho certeza ele levantou-se. Bom, eu vou para o quarto, se precisar de ajuda...

Ele não completou, apenas fez uma pequena e discreta reverência antes de se retirar.

Temari foi até a geladeira e pegou um pouco dágua, serviu em um copo e sentou-se no sofá. O que será que ele deve estar pensando? Por que ele não me conta logo o que tem em mente? Homens são complicados, principalmente ele. pensou Temari.

Depois de beber o copo dágua ela o colocou sobre a mesinha de centro e deitou-se. Apoiou a cabeça no braço do sofá e jogou as pernas ao longo dele, deixando uma semidobrada e a outra reta. Ela começou a pensar em Gaara e Kankurou, pois fazia semanas que eles estavam fora e demorariam um pouco mais. Ela sentia saudade mesmo não admitindo, e tentava manter-se forte pensando consigo mesma Eles já ficaram longe por bastante tempo, isso é normal.

Enquanto isso, Shikamaru arrumava suas coisas para ir tomar banho, mas mantinha seus pensamentos naquele caso.

Temari levantou-se após tomar coragem de largar a preguiça. Ela estava com sono, então resolveu tomar um banho para relaxar. Após pegar a toalha branca e roupas adequadas, ela direcionou-se ao banheiro. A porta estava entreaberta. A garota entrou devagar e não viu ninguém, então começou a tomar banho. Levou uns dez minutos até enrolar-se na toalha e ir para a porta ao lado, onde ficava uma sala pequena com o ofurô. A kunoichi deixou a toalha cair e entrou no mesmo cheio de água e espuma.

Ela levou um susto muito grande quando Shikamaru emergiu da água e encheu os pulmões de ar.

Ah! ela gritou. Sai daqui!

Mas eu estava aqui primeiro, você que tem que sair.

Não! Ela ficou com o rosto em chamas e cruzou os braços, cobrindo os seios. A casa é minha, então você sai!

Eu só quero relaxar um pouco ele também estava corado.

Eu não vou sair com você olhando! ela virou o rosto.

Eu cubro os olhos, prometo.

Não! Ela foi para trás e escorou-se na borda do ofurô Eu não quero ficar sem roupa na sua frente.

É que... você já está sem roupa na minha frente disse ele coçando a cabeça encabulado.

Temari ficou com mais vergonha ainda e seu rosto ficou muito quente e vermelho.

Eu não vou sair disse ela em tom baixo, não conseguia mais olhar para Shikamaru de tanta vergonha que estava sentindo.

Eu também não!

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, quase imóveis e sem nenhum contato visual. Em alguns momentos eles tocavam as pernas sem querer, e recolhiam-nas imediatamente. Temari relaxava no ofurô com Gaara e Kankurou, mas a maioria das vezes estava de biquíni, e mesmo quando não estava não sentia vergonha, pois desde que eram pequenos eles costumavam usá-lo juntos.

O que vamos fazer? perguntou Shikamaru quebrando o silêncio.

Do que você está falando? Ela arregalou os olhos e apertou-se mais contra as bordas do ofurô.

Ah... Não! disse Shikamaru sem jeito ao perceber que ela pensou errado. Não estou falando d-disso e... nem nada do tipo, eu só... estou me referindo ao caso. Ao caso de Kouta.

Ela envergonhou-se e olhou para todas as direções tentando não encontrar os olhos do garoto.

Eu não, eu... não sei. Seria melhor esperarmos para ver o que os ninjas da Anbu conseguem arrancar da boca daquele homem.

Me conte o que acha desse assassinato e de tudo mais. Suspeita de algo?

Por que está perguntando?

Só responda.

Bem... ela pensou um pouco. Acho que esse cara pode estar envolvido sim no assassinato de Kouta, assim como acho que a Akazawa-san também está de alguma forma. Se ela não está ligada ao assassinato, no mínimo tem forte ligação com Kouta. Logicamente pelas fotos que vimos na cabana, ele tem algo contra mim, meus irmãos e o Yondaime, talvez seja ligado à Aya Toriko e queira vingança.

Sua dedução é bem precisa falou. Concordo com você. Talvez amanhã encerremos esse caso.

Como sabe?

Eu acho que sei o que aconteceu.