Ogi Kuro no Jutsu: O Desconhecido da Areia escrita por Harukko


Capítulo 13
As Sandálias


Notas iniciais do capítulo

Heyy, pessoiinhas!! Esse capítulo é muito importante para o decorrer da história, então prestem bastante atenção, okay?! ^^ Boa Leitura!!



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– (...) Antigamente, à uns cinquenta anos atrás, quando não moravam em Suna, o nosso clã costuma viver nas montanhas e caminhava diariamente entre pedregulhos, o que desgastava muito as sandálias convencionais. Então, meus ancestrais criaram a sua própria. Essas flechas representando a nossa trajetória, as idas e vindas, pois eram nômades.

Shikamaru grelou os olhos e deu alguns passos para trás.

– Precisamos ir, Temari! Agora!

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– Hã?

– Rápido, nos levem de volta para a vila! – disse ele rapidamente à Baki. – Não foi ele que matou o Kouta! Precisamos ir agora!

– Tudo bem, mas vocês precisarão colocar a venda novamente.

– Mesmo dando várias voltas para despistar, eu creio que não deu certo. Sei exatamente onde estamos. Se quiserem, eu posso voltar correndo. – Ele encarou Baki e os outros ninjas.

Os outros se entreolharam, então Baki abriu a porta e passou primeiro.

– Vamos!

Eles entraram de imediato dentro da carroça que partiu a toda velocidade. Os cavalos correram como nunca antes, foram, sem rodeios, na direção da aldeia da Areia. Quando chegaram, Shikamaru e Temari saltaram para fora da carroça e adentraram Suna velozmente.

– Quem você está procurando?

Assim que Temari acabou a pergunta ele empacou como um burro de carga, ficou inerte por alguns segundos e voltou de onde viera.

– Shikamaru! – gritou Temari acompanhando.

Ele saiu da vila e correu para o sul o mais rápido que pode.

– Diga-me o que está acontecendo agora! – exigiu a kunoiche.

– O Yoshikazu estava falando a verdade, ele não matou o Kouta, foi Eikichi! Acabei de lembrar que quando esbarramos em Amay, ela disse que ele saiu em uma missão ao sul.

– Mas Yoshikazu armou tudo, temos provas.

– Sim, ele armou. Ele queria mesmo matar Kouta, mas como a Akazawa disse, não o fez. O Eikichi deixou de ser o nosso principal suspeito porque não tínhamos provas para incriminá-lo, mas as coisas estavam debaixo do nosso nariz.

– O que quer dizer? – ela perguntou, olhou-o por alguns segundos, mas voltou a seguir com os olhos em frente enquanto corria.

– Quando fomos à cabana pela primeira vez eu percebi aquela trilha com pegadas, lembra?! Assim que a Akazawa falou sobre as peculiares sandálias do clã Aya, eu achei que fosse de Kouta, e eram. As pegadas de ida até poderiam ser do Kouta, mas as de volta eu acho que eram de Eikichi.

– Meu Deus! Como eu não percebi?! É óbvio! Eu vi, o Eikichi estava com as mesmas sandálias que a Akazawa-san descreveu. Mas, o que isso quer dizer?

– Eu não sei. Talvez ele já planejasse fugir para as montanhas e sabia sobre as sandálias do clã Aya, ou simplesmente ele pegou como uma recordação do que fez, um prêmio. Além do mais, quando você chegou do enterro de Kouta, me disse que havia encontrado um suspeito e o descreveu. Lembro-me que disse que ele usava faixas verdes amarradas nos pulsos... Eu vi, na areia quando estávamos lutando contra o Yoshikazu.

“Shikamaru e Temari correram para fora da casa e avistaram o homem, que estava a uns cem metros de distância. O garoto hesitou, mas continuou.”

– Eu vi naquele instante – ele prosseguiu –, mas achei que não fosse importante.

Shikamaru contraiu os lábios e assumiu um olhar decepcionado. Ao ver, Temari suspirou e disse:

– Mesmo assim, mesmo deixando esse pequenino detalhe passar, você fez um ótimo trabalho. Seu poder de dedução é simplesmente extraordinário, eu nunca vi nada igual! Você leva tudo em consideração, mede todas as probabilidades, usa a lógica certeira. É impressionante!

– Não sabe como fico feliz em ouvir isso de você – ele sorriu. Tentou conter-se, mas era como se seus lábios insistissem em sorrir. – A maioria das vezes me chama de preguiçoso e parece subestimar minhas habilidades.

– Eu nunca subestimei você! Por isso que quero tanto lutar novamente, por saber do seu potencial. E quanto à questão da preguiça... Bem, você é preguiçoso mesmo.

Shikamaru concordou mentalmente e logo esqueceu o assunto, pensava apenas em Eikichi e como poderia pegá-lo em uma armadilha.

– Pare! – gritou ele observando ao redor.

Temari parou em um solavanco que levantou poeira.

– O que foi?

– Fios transparentes e selos explosivos – ele apontou para o chão e para algumas árvores simultaneamente. – Eikichi passou por aqui, essa armadilha é dele. Teremos que contornar.

– Isso levará ainda mais tempo.

– Não temos escolha. Você poderia colocar tudo pelos ares com o seu leque, mas chamar a atenção dele não me parece um bom plano.

Eles contornaram as armadilhas e continuaram pelo caminho. Não muito tempo depois, Temari, enquanto corria, pisou sobre algo e teve uma péssima impressão. Ela saltou de imediato e um selo explosivo explodiu no chão, ao cair de pé, uma kunai veio da direção dela, e usando seu leque, a mesa conseguiu defender-se. Uma segunda kunai surgiu por trás da sua cabeça e ela fez o mesmo, mas ao virar-se, uma terceira kunai estava indo prontamente entre seus olhos quando ela os fechou e protegeu o rosto com os braços, esperando sentir uma ardência e dor ao ser atingida, mas nada aconteceu. Seus olhos foram abrindo devagar e ela viu as costas de Shikamaru, ele protegeu o rosto com um dos braços, que foi atingido pela kunai destinada a ela.

– Shikamaru...

– Eu estou bem – usando o braço incólume, ele arrancou a kunai cravada no braço que havia usado para protege-los – Vamos!

Eles continuaram a correr, levantando poeira e arrancando as folhas das árvores. Em certo ponto, Shikamaru franziu as sobrancelhas e gritou:

– Espere! – fazendo sinal com a mão.

Nada se ouviu, apenas o barulho da brisa batendo nas folhas e dos pássaros voando no céu. Mas de repente, a brisa aumentou tornando-se uma tempestade.

– Idiotas! – falou Eikichi surgindo entre a poeira.

Ele estava fazendo um movimentou espiral com a mão direita, em seguida lançou o ar como se estivesse arremessando uma bola de beisebol. Ao fazer esse movimento, a ventania foi diretamente em Shikamaru e Temari, que foram lançados para vários metros de distância.

Eles caíram de pé e Shikamaru sussurrou algo no ouvido de Temari.

– Mas como eu vou saber quando fazer isso? – ela perguntou baixinho.

– Eu faço um sinal, falo alguma coisa. Você irá entender.

– O que estão cochichando? – ele fez o mesmo movimento, mas com as duas mãos e lançou o invisível. – Eu não gosto disso! Ou falem alto ou calem a boca e lutem, seus medrosos!

Os dois deram mortais para trás, e assim que caiu no chão, Shikamaru correu na direção de Eikichi, e Temari abriu seu leque. As faixas verdes que ficavam amarradas aos pulsos de Eikichi, desenrolaram-se como serpentes vivas e tentaram agarrar os pés de Shikamaru a distância, pareciam chicotes. No entanto, ele conseguiu desviar todas as vezes. Até mesmo notou a que estava faltando.

Shikamaru pensou consigo mesmo: “É agora ou nunca! Vamos lá!”


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal?! Os mistérios não acabaram por aqui, ainda tem coisas para se revelar ^^ Até o próximo capítulo!



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