Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 9
A festa


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569584/chapter/9

No dia seguinte, já pela manhã, passei toda a noite no quarto pensando em como contar à Valentina sobre a briga, além disso, também pensava na possível reação dela, porque a Bruna sempre fora uma garota tão doce, meiga e divertida, mas naquele dia passou completamente dos limites. Nem mesmo eu acreditei que ela fez aquilo.

Então, assim que ela acordou, logo tratei de fingir que nada havia acontecido.

–Bom dia.- eu disse, sorrindo.

–Bom dia amor.- ela disse, bocejando e se espreguiçando na cama.

Logo depois, ela me deu um beijo de bom dia e foi tomar um banho enquanto Emily e eu preparávamos o café.

–Será que ela vai gostar?- perguntei à ela quando vi a mesa pronta.

–Vai sim. A Valentina que me ensinou a fazer tudo isso.- ela disse, sorrindo e eu retribui.

Mesmo que eu não tivesse certeza que ela realmente gostaria, torci pra que estivesse bom, tinha pão quente e fresco que Emily havia comprado na padaria, manteiga, geleia de morango, suco de fruta, maçã, bolo de chocolate e uns biscoitos, Valentina disse pra nós outro dia que era esse o café da manhã favorito de Bruna. Quando ela apareceu na cozinha, estava linda, como era sábado de manhã, não haveria aula, então ela apareceu na cozinha com uma camisa branca com um desenho abstrato, calça jeans azul e sandália, minha irmã e eu trocamos olhares de admiração e aprovação quando a vimos sentar na mesa:

–Quem fez tudo isso?- ela perguntou.

–Cada um fez um pouco de tudo.- disse Emily e logo ela começou a comer.

–Esperamos que você goste.- eu disse, pegando pão e colocando manteiga enquanto ela sorria.

Depois, ela pegou o pão e passou geleia e balançou a cabeça positivamente mostrando que gostou, fazendo Emily sorrir pra mim e eu pra ela.

Alguns segundos se passaram até que Bruna falou:

–Thomas, ontem nós compramos umas roupas novas pra nós, mas ao mesmo tempo compramos também roupas para a festa da Vitória, mais tarde, quando formos levar Bruna pra casa, ajuda a gente a escolher?

–Claro que sim.- eu respondi e ela assentiu.

Depois disso não falamos mais nada, tomamos café calados, quando acabou, Emily e eu lavamos os pratos e guardamos tudo o que tinha sobrado na mesa enquanto Bruna organizava as coisas em sua bolsa. Na saída, tive que ser cavalheiro e levar metade das bolsas que elas compraram em meus braços, a maioria das sacolas estavam comigo, mas valeu a pena pois nem pesadas eram.

Chegando na casa dela, encontramos Valentina sentada no sofá lendo uma revista qualquer.

–Filha, que bom que você chegou.- ela disse abraçando Bruna.

–Papai já sabe que eu dormi na casa dele?- ela perguntou.

–Sim, já sabe. Mas pelo visto não se importou.

–Ufa, ainda bem.

Depois, ela veio até a mim e me abraçou e fez o mesmo com Emily, em seguida, as duas foram até o quarto para provavelmente esvaziarem as sacolas de roupas e Valentina aproveitou e me chamou pra sentar no sofá.

–Agora você pode me explicar o que aconteceu?- ela perguntou, séria.

–Ok. É o seguinte. Ontem, o ex-namorado da Bruna, o Duda, estava na escola conversando com Alice, uma amiga dela, achávamos que era uma conversa normal, mas quando eu cheguei em casa, elas foram direto para o shopping comprar aquelas roupas que estão com elas e eu fiquei sozinho. Mas depois de um tempo, a Alice apareceu lá em casa e me serviu um guaraná pra que a gente pudesse brindar pelo aniversário dela hoje, mas a bebida me fez vomitar. Quando eu voltei à sala, ouvi ela falando com o Duda que era tudo um plano pra me enganar, então, eu decidi expulsá-la de casa, mas naquele exato momento as duas chegaram e eu forcei Alice a contar a verdade. Ela contou, mas a Bruna se descontrolou e deu uma surra tão grande nela que ela teve que parar no hospital.- eu contei tudo com a maior calma possível, mas quando falei a última palavra, Valentina colocou a mão na boca.

–Eu sei que a senhora deve estar chocada, eu também fiquei na hora porque nunca imaginei que ela pudesse fazer isso, mas é verdade.- eu completei, colocando minhas mãos frias sobre as dela pra acalmá-la.

–Não, está tudo bem. Eu também faria a mesma coisa se eu estivesse no lugar da Bruna, mas eu não podia imaginar que ela seria capaz de mandar a menina para o hospital.- ela disse, já mais calma.

–Mas a senhora vai impedir ela de ir na festa por isso?

–Não, eu bem que devia, mas não vou.

–Tudo bem.

Nesse momento, Bruna me chama no quarto e eu vou lá.

–Com licença.- eu digo à Valentina antes de me levantar e sair da sala.

As meninas haviam comprado várias roupas e acessórios caríssimos pra ir para a festa, achei tudo desnecessário, pois pra mim, as duas eram lindas com qualquer roupa, mas eu não podia fazer nada. Depois de meia hora ali dentro, não aguentei mais e falei:

–Olha meninas, vocês compraram muitas roupas e todas são bonitas, mas tão bonitas que eu não consigo me decidir.- eu disse na esperança que elas me deixassem sair dali.

–É claro, você nem olhou elas no nosso corpo. Espera só um pouquinho.-disse Bruna indo em direção ao banheiro que tinha no quarto dela.

Ela voltou dois minutos depois com um vestido preto que caiu bem nela, ainda mais com aqueles olhos dela. Depois Emily fez a mesma coisa com um vestido preto da cintura pra cima e rosa da cintura pra baixo, também combinou bastante com ela aquele vestido, mas ainda tinha muitos outros.

Somente uma hora depois, quando elas me mostraram a última roupa delas, Bruna com um vestido azul marinho com um decote normal e Emily com um vestido branco apertadinho com duas listras pretas em cada lado, foi quando eu me decidi.

–Emily, você pode ficar com essa roupa mesmo, pra mim tá ótima. Agora você amor, acho que aquele vestido amarelo caiu melhor em você.

–Você acha?

–Acho não. Tenho certeza.

Então, ela se decidiu, colocou o vestido amarelo, que era um daqueles chamados de !tomara que caia" era curto, mas ao mesmo tempo era lindo demais, pelo menos eu gostei.

Depois que aquilo finalmente acabou, Valentina chamou a gente pra almoçar lá mesmo e nós fomos, durante o almoço, ela começou a puxar assunto:

–Vocês não vão visitar a Alice no hospital? Ouvi dizer que toda a turma de vocês foi.

–Sério?- perguntou Emily.

–Sim. Quem me contou foi a Vitória, ela disse que ontem foi fazer exame de sangue no hospital e quando estava saindo viu a Alice sendo levada de maca para a sala e depois avisou todo mundo.- ela completou.

–Puxa. Bom, eu até iria, mas depois do que aconteceu... não sei se vale a pena ir.- eu disse.

–Thomas, eu sei que você está chateado, sei que você não deve estar nem um pouco disposto a olhar na cara dela depois daquilo, mas não se pode guardar raiva e rancor dentro do corpo, isso pode fazer mal pra você sabia? - ela agora falava num tom diferente.

–Eu sei disso, a Bruna me contou. Mas é que eu acho que hoje pelo menos, não vai dar, talvez amanhã. - eu disse, com firmeza.

–É verdade, acho melhor esperar a poeira abaixar um pouco já que nós três somos praticamente as vítimas da história.- Emily disse.

–E era eu quem ela queria prejudicar. O alvo dessa confusão toda era eu.- disse Bruna, parecia que ela ia chorar.

–Então está bem, vocês podem ir quando acharem melhor, mas eu aconselho vocês a não deixarem de ir.- ela disse, voltando a sorrir e a comer.

Uma semana se passou e finalmente o dia da festa chegou, Bruna me disse que as meninas costumam se vestir de branco como se fossem para um casamento, nas festas de quinze anos. Ou se não for branco, pode ser qualquer outra cor bem clara. A casa da Vitória ficava à vinte minutos da casa de Bruna, então era só pegar carona com Mariano, que havia prometido nos levar e pronto. Faltando uma hora para começar, eu já estava arrumado, Bruna havia comprado para mim um paletó marrom e uma camisa social branca com uma calça social meio acinzentada e eu fui com um tênis novo que Emily comprou, ela quis comprar sapatos, mas não encontrou nenhum que fosse do meu tamanho e desistiu.

Depois que as meninas saíram do quarto, estavam tão lindas que vou te contar, era capaz de eu ficar parado que nem um bobo olhando pra elas e acho que se isso acontecesse, só um beliscão ia me trazer de volta à vida.

–Vamos?- eu perguntei, dando a mão para as duas.

–Vamos.- elas responderam juntas prontamente.

Chegamos do lado de fora, Mariano já aguardava a gente no carro. Eu fui na frente com ele e as meninas foram atrás.

–Vocês estão tão elegantes, os outros vão ficar com muita inveja!- disse Mariano com uma cara maliciosa e nós rimos.

Como já era de se esperar, chegamos na casa da Vitória vinte minutos depois e a festa já tinha começado e estava cheia de gente. Na verdade, a festa estava rolando no terraço da casa dela, que era ao ar livre, por sorte não tinha previsão de chuva para aquela noite.

Chegando lá, percebemos que quase toda a nossa turma já tinha chegado, só faltava a Alice que provavelmente ou ainda estava no hospital ou não queria encarar Bruna e muito menos eu. Assim que todos nos viram, logo pararam de dançar a música agitada que tocava e olharam pra gente.

–É, o seu pai tinha razão, todos estão com inveja.- eu disse e as duas riram.

–Bobo.- disse Bruna, rindo.

Logo depois, nós três vamos em direção à Neco, Zeca e Joca. Neco está com um terno preto e Zeca com uma roupa social, paletó branco, camisa azul clara e calça branca também, mas o paletó estava pendurado na cadeira que ele estava sentado. Já Joca está com uma camisa xadrez azul e preta, calça jeans preta e tênis, então acho que minhas roupas não estavam tão ruins assim.

–E aí cara?- eu digo olhando para Neco.

–E aí? Tudo bem com vocês?- ele diz enquanto aperta minha mão.

–Sentem-se, estávamos aguardando vocês.- disse Zeca e nós sentamos.

Enquanto conversávamos e bebíamos, pude notar que Joca não parava de olhar para Emily com uma cara de interessado, tive que me controlar pra não rir já que Emily não havia percebido por estar prestando atenção no que Zeca falava.

–Cadê a Vitória?- perguntou Bruna, pouco tempo depois.

–Acho que ela ainda está se aprontando. Ela disse que provavelmente chegaria só meia hora depois que a festa começasse.- disse Neco.

Algum tempo depois, os copos de bebida esvaziaram-se e os três foram pegar mais, não era bebida alcoólica, era refrigerante. Tinha Coca Cola, Guaraná essas coisas.

Mal eles saíram, começou a tocar uma música que eu e Bruna gostamos muito, era a música "Linger" dos Cranberries.

–É essa música mesmo que estou ouvindo ou eu estou delirando?- Bruna perguntou quase histérica.

–É essa mesmo. Quer dançar?- eu disse, me levantando e estendendo minha mão pra ela.

–Claro.- ela sorriu e pegou minha mão.

Quando ia saindo, olhei pra Emily e finalmente confessei:

–Acho que o Joca quer dançar com você.- eu disse olhando na direção que ele estava, quando ela olhou também e viu a cara que ele estava olhando pra ela, virou-se pra mim como se perguntasse se devia chamá-lo pra dançar.

Eu simplesmente assenti com a cabeça e levei Bruna até a pista de dança onde outros casais também dançavam. Escolhi um lugar, parei e começamos a dançar juntos, logo depois eu olhei à mesa de Emily e vi Joca repetindo o gesto que fiz à Bruna e ela também aceitou a mão.

–Acho que eles formam um casal bem bonito. Você também acha?- disse Bruna, ainda dançando.

–Acho que sim. - eu disse, sorrindo.

Depois, Joca e Emily foram para a pista de dança e se posicionaram ao nosso lado, como ela não sabia dançar, ele teve que ensiná-la primeiro pra depois ela imitar e dançarem com mais animação.

E foi assim que a noite naquela grande festa começou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Invasão Alienígena 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.