Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E aqui acaba essa história. Olha gente, leiam as notas finais, é importante.

Boa leitura!



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Chego na garagem, desço do carro, entro em casa e logo tiro meus sapatos e meu jaleco. Isso é o que eu faço quando chego em casa, que toda vez que entro na sala, vem aquele cheiro gostoso de comida. Minha casa agora não é mais aquela que eu tinha na época da escola, agora era no centro da cidade, com dois andares, sendo o primeiro andar de uma cor azul quase branco de tão claro, janelas grandes, um jardim com um chafariz logo no portão de entrada.

–Amor, já chegou? - uma voz feminina e familiar soou da cozinha, vou em sua direção.

–Já sim amor.- eu digo e encontro Bruna, minha linda mulher, na porta da cozinha com luvas amarelas e um avental azul escuro, que era a sua favorita. Me aproximo e lhe dou um beijo.

Quando nos separamos, o cheiro da comida entra em minhas narinas e não consigo resistir em perguntar:

–Nossa que cheiro bom. O que você está preparando?- perguntei com uma curiosidade maior que o Oceano Atlântico, mas ela apenas me deu um selinho e se virou. Percebi que ela queria me fazer uma surpresa. Sento-me na mesa da cozinha e enquanto esperava pelo jantar ser servido, começo a me lembrar de como as coisas mudaram durante todos esses anos.

Depois que embarcamos em Paris, na França, chegamos ao hotel que nos hospedaríamos até a viagem acabar e quando chegamos, estávamos deitados, prontos pra dormir, quando ela me perguntou:

–Sabe amor? Essa é a fase da vida em que a pessoa decide o que ele vai fazer na vida. O que você vai fazer, na faculdade?

–Olha meu amor. Eu não sei se você concorda com isso, mas seu pai disse que cada um nasce com um dom certo?

–Certo.

–Pois eu acho que, como eu vim do espaço, não tenho nenhum dom humano pra demonstrar aqui na Terra.- eu disse e ela negou com a cabeça.

–Não diga isso amor. Você deve saber fazer alguma coisa.

–A única coisa que eu sei fazer é te amar.- e a beijei.

–Pense e depois me fale. Deve ter alguma coisa. Boa noite.- ela disse sorrindo e fechando os olhos.

–Boa noite.

E fiz o que ela pediu. Como vocês sabem, eu não tenho sono, por isso, fiquei a noite toda pensando no que eu faria. Bom, desde que eu cheguei aqui na Terra, a única coisa que eu soube fazer de bom era salvar a humanidade. Foi aí que a ficha caiu: eu salvei sim a humanidade, duas vezes. Então, quem sabe o meu dom seja salvar vidas? Isso mesmo, salvar vidas, eu posso continuar salvando.

Então eu finalmente me decidi: ia ser médico, eu gostava muito de Biologia, porque a maioria das vezes falava de coisas sobre o interior do corpo humano, e eu gostava de saber daquelas coisas. Por isso, pela manhã, decidi que ia ser médico, quando contei à Bruna, ela sorriu e me beijou.

–Sabia que você ia adivinhar. Desde ontem eu estava querendo te sugerir que você fizesse isso, mas deixei você adivinhar sozinho. Parabéns, você conseguiu!- ela disse.

–Ah sua espertinha. Que bom que apoiou minha decisão.- brinquei e lhe dei outro beijo.

Depois de um mês naquela cidade maravilhosa de Paris, com direito à visita da Torre Eiffel, restaurantes chiques, cinemas franceses e tudo de bom que tinha na cidade, voltamos. Bruna gostou tanto da cidade que chorou quando fomos embora. Nessa volta, contei para Mariano, Valentina, Emily e Joca o que eu decidi fazer depois que voltássemos a estudar no ano seguinte e todos apoiaram minha decisão, principalmente Mariano, que foi o que mais gostou da minha decisão.

–Vai continuar salvando vidas.- ele disse rindo enquanto íamos de volta pra casa.

Além de tudo isso, muitas outras coisas mudaram desde então. Joca por exemplo, não era mais aquele rapaz de 18 anos, estava agora com 33 anos e era o melhor dentista da cidade, isso mesmo, dentista. Ele já estava decidido a seguir essa carreira desde pequeno, por algum motivo sempre amou odontologia. Duda também mudou muito, ele ficou um pouco mais alto do que era e usava uma leve barba curta, agora ele trabalhava em uma empresa de arquitetura e Alice, sua mulher, é a sua assistente.

Emily havia optado por um caminho diferente de todos nós, ela se tornou professora de Inglês, ela tinha tanta facilidade de entender aquela matéria no colégio que achou que conseguiria dar aula tão bem quanto ser uma aluna. Ela e Joca agora estão casados há pouco tempo e pretendem ter filhos em breve.

Já Bruna, foi a que menos mudou, apesar de já ter 33 anos, ela ainda continuava aparentando ter 17, somente seu porte físico e mental que mudaram, mas era justamente isso que me deixava com mais orgulho.

–Viajando no mundo da lua?- ela surge colocando meu prato na mesa me tirando dos pensamentos.

–Não, só tava pensando. Na verdade, lembrando.

–Lembrando do quê?

–Ah, de tudo. De como as coisas mudaram desde que voltamos daquela viagem à Paris, lembra?

–Claro que lembro, foram os melhores dias da minha vida.

–Os meus também.- eu disse e beijei sua mão, nessa hora, escutamos um barulho de choro vindo do andar de cima e passos descendo as escadas vindo em direção à cozinha.

–Mamãe, acho que a Luana está com fome.- disse Artur, da porta da cozinha, ele era um menininho de 5 anos e herdou quase tudo de mim, menos a cor dos cabelos, que eram castanho-claro e os meus eram pretos. Enquanto Luana, nossa filha de apenas dois anos e meio, herdou tudo da Bruna, até mesmo a cor dos cabelos, dos olhos e tudo.

–Já estou indo lá. Senta aqui pra jantar com o papai.- disse ela, pegando uma tigela de criança e subindo as escadas, Artur veio correndo se sentar na cadeira ao meu lado.

–E aí garotão? Como foi seu dia?- perguntei, animado.

–Bem. E o do senhor?- ele perguntou mais animado ainda.

–Foi cansativo, mas muito bom.

Depois que terminei, fui até meu quarto para tirar aquela roupa de médico que eu amava usar, mas esquentava muito, e troquei por uma mais confortável.

Já ia saindo do quarto, quando Bruna surgiu da porta do mesmo jeito que estava antes de sair da cozinha.

–Sabe que eu te amo né? - sussurrei enquanto a puxava para um abraço.

–Te amo mais.- ela respondeu, com a cabeça no meu peito e eu acariciava seus cabelos macios. Confesso, eram macios e finos, não dava pra resistir a dar uma acariciada sequer.

–Não mais do que eu.

E era assim que eu queria passar o resto da vida. Mas não podemos esquecer dos meus queridos sogros né? Mariano hoje, está aposentado. Ele e Valentina ainda moram na mesma casa que sempre moraram desde o início, mas agora os dois estão muito afastados de nós, ou melhor, de mim. Porque depois que comecei a minha carreira, não tenho tido muito tempo pra visitá-los, somente Bruna consegue visitá-los quantas vezes quiser. Hoje, por exemplo, faz um mês que eu os visitei pela última vez. Sinto saudades deles, eu sempre quis ter a oportunidade de agradecê-los por terem trago à esse mundo a coisa mais importante da minha vida: Bruna. Um dia eu ainda vou visitá-los e agradecê-los por isso. Mas também tinha que agradecer Andrew, porque no dia em que viemos à Terra pela primeira vez, ele me deixou sozinho. Claro que no começo eu não gostei, mas hoje em dia agradeço por isso, porque senão eu não conheceria Bruna e não estaria aqui agora. Não posso agradecer ele, mas sempre vou me lembrar disso.

–Amor, vamos visitar meus pais amanhã?- Bruna ergueu a cabeça pra me perguntar.

Uma enorme felicidade invadiu meu peito.

–Claro, vamos sim.- eu disse com um sorriso maior que meu rosto.- Estou com saudades deles.

–Eu também. Então, vamos dormir que com certeza amanhã será um outro longo dia de muitos que ainda virão.- ela disse e eu assenti. Então, nos deitamos e dormimos, prontos para começar um novo dia.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Gostaram desse final? Porque cá entre nós, eu gostei, sinceramente. Enfim, foi muito bom escrever essa história pra vocês, eu sei que posso ter cometido alguns erros bobos de vez em quando e peço desculpas por isso. Mas acho que eu não teria chegado tão longe se não fosse por vocês que comentaram, acompanharam e favoritaram minha história. Obrigado mesmo. Até a próxima.



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