Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 17
Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Mais um...

Boa leitura.



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Depois que naquele dia a aula acabou, eu, Bruna e Emily fomos até uma loja que vendiam coisas para Carnaval, tipo fantasias, máscaras e tudo e compramos algumas coisas. Eu comprei somente uma máscara de super-herói, era toda preta com uns detalhes em branco.

–Essa máscara é chamada de Máscara do Pânico, dá pra ver pela expressão de pânico nela.- disse Bruna, rindo.

–Gostei, acho que vou levar.- eu disse, pegando a fantasia que, junto com a máscara, também tinha uma capa que cobria todo o corpo.

Bruna escolheu uma fantasia bem bonita, parecia de algum povo antigo.

–Exatamente, essa aqui é a fantasia de Princesa do Antigo Egito. Faz tanto tempo que eu queria essa fantasia.- ela disse e colocou no caixa.

Já Emily preferiu apenas uma máscara de Carnaval de cor roxa, quando saímos da loja, fomos direto pra casa guardar as fantasias.

E assim, no dia seguinte, finalmente chegou a época do Carnaval, o colégio estava cheio de gente comemorando, tinha gente com fantasias muito loucas, algumas garotas com roupas extravagantes que deixavam parte do corpo à mostra, alguns garotos mais travessos pichavam as paredes do pátio com latas de espuma, ou até mesmo faziam desenhos no chão.

Ao mesmo tempo, uma música rápida tocava em um nível ensurdecedor que fazia todo mundo dançar, as pessoas ficavam tão enlouquecidas pela música que dançavam, mas nós três não dançamos, quer dizer, a Bruna queria, mas ela não estava a fim de dançar sozinha e como nem eu nem Emily quisemos dançar, ela só ficou andando pra lá e pra cá com a gente pelo pátio onde acontecia a festa, alguma vezes a gente até parava pra conversar com uns amigos que apareciam por lá.

Minha surpresa maior foi quando o Joca apareceu, ele usava uma fantasia que era composta por uma máscara tão escura que não permitia a gente ver a cara dele, quando ele parou na nossa frente, ficamos parados, esperando até que ele tirou a máscara.

–E aí gente?- ele disse, estava em péssimo estado, os cabelos todo molhados, a testa brilhando de suor, também pudera, estava muito calor naquela tarde e ele com aquela fantasia feita de tecido grosso, tinha que dar nisso.

–O que houve com você?- perguntou Emily.

–Nada, é que está muito quente aqui e como essa fantasia é de tecido grosso, o calor aumenta.- ele disse calmamente.

–E que fantasia é essa?- perguntei.

–É a fantasia do Darth Vader.

–Darti o quê?- fiquei confuso.

–Darth Vader, é um vilão fictício que eu adoro. Um dia eu te chamo pra gente ver o filme que ele aparece.

–Valeu cara.

Então, ele e Emily foram até a bancada pegar uma bebida, eu fiquei conversando com Bruna até que Alice e Duda chegaram e nós ficamos conversando com eles.

Algum tempo depois, Alice saiu pra ir em algum lugar e Duda foi atrás. Quando eles foram embora, Bruna e eu sentamos em uma cadeira que Zeca e Neco estavam sentados e começamos a conversar com eles, quer dizer, elas conversavam mais com ela do que eu, porque eu ficava o tempo todo procurando focar meus olhos em Emily e Joca, mas tinha tanta gente que ficava difícil de ver.

Depois de um tempo procurando por eles, sem sucesso, desisti e comecei a me focar em Zeca e Neco.

–...aí eu finalmente consegui comprar essa fantasia de índio, quase não consegui, era a última da liquidação!- disse Zeca.

–Que sorte, essa estava esperando por você!- eu disse e ele riu.

–A minha fantasia de super homem foi até fácil. Tinha poucas pessoas que compraram!- disse Neco.

–Sorte maior foi a sua!- disse Bruna.

No meio daquela conversa toda, ficamos tanto tempo lá que nem vimos o tempo passar, até que somos surpreendidos pela interrupção da música de Carnaval e um grito foi ouvido:

–Socorro, alguém me ajuda!!- era um garoto da nossa escola que estava disfarçado de gorila, mas sem a máscara, eu não o conhecia. Ele vinha correndo, gritando e balançando os braços pedindo ajuda.

–O que aconteceu Eduardo?- perguntou o DJ.

–A Giovana, ela... ela... foi... sequestrada!!!- ele disse, entre soluços.

–Sequestrada? Mas como assim?- perguntou um outro garoto.

–Eu não sei... foi tudo tão rápido!!- ele estava desesperado.

–Calma garoto, calma. Senta aqui. Senta. Toma aqui, um copo de água, vai.- eu disse, tentando acalmá-lo, mas parecia que só em ser tocado aumentava o desespero dele.

Depois que ele tomou três goles bem rápidos, ele pareceu capaz de falar, mas ainda parecia nervoso.

–Agora sim, pode falar.- eu disse.

–Bom é que... como vocês sabem, aqui tinha bebidas alcoólicas né? Então, a Giovana foi beber umas três doses daquele ponche ali e começou a passar mal porque exagerou, então eu fui levá-la pra casa e do nada senti um cara me dar uma coronhada na cabeça, eu desmaiei por alguns segundos, mas recuperei a consciência a tempo de vê-la sendo jogada dentro de um carro e o rosto do cretino também!- ele disse, o ódio era claro em sua voz.

–Mas como era esse cara?- perguntei.- Talvez se pudermos ter detalhes de como ele era, podemos chamar a polícia.

–Era um homem alto, tinha olhos escuros, cabelos curtos quase raspados, pele clara e...- ele ia continuar, mas o interrompi.

–Espera ai, desenha aqui o que você viu do rosto dele.- eu disse lhe dando um bloco de notas e ele desenhou.

Fiquei em choque quando ele terminou o desenho, eu conhecia aquele rosto, as feições, tudo, apesar da escuridão ser grande e do Eduardo não ter certeza se era ele mesmo, parecia muito, eu tinha certeza que era ele sim.

–Eu vi o rosto dele assim quando ele se abaixou pra pegar Giovana e colocá-la no carro.- ele disse e começou a chorar. Aproveitei para tirar o bloco de notas das mãos dele e olhei a foto fixamente, aposto que nem piscar eu piscava.

–O que foi Thomas?- perguntou Zeca.

–Amor, o que você tem?- perguntou Bruna, mas estava tão chocado que não consegui responder.

–Deixa eu ver isso.- disse Emily, arrancando a foto da minha mãe.- Essa não!!- ela completou.

–O que foi amiga? Você conhece ele?- perguntou Bruna.

Ela ficou uns dez segundos sem falar.

–Munhoz.- eu e Emily dissemos juntos.

–Quem???- perguntou Zeca.

–Munhoz. Ele é um dos Prayers, estava aqui no dia da invasão no mês passado!- eu comecei a me desesperar.

–Será que... além dele, outros também sobreviveram?- disse Emily.

>>>

Em um lugar um pouco longe dali, Munhoz dirigia sobre as ruas escuras, ele havia amarrado os braços e as pernas de Giovana e ainda amordaçou a menina pra que ela não pudesse gritar. O que ele não imagina é que ele sequestrou a garota errada, o plano de Magoo era que ele sequestrasse Bruna, mas como as duas têm o cabelo e a aparência física parecida, ele se confundiu e sequestrou ela, mas se você se pergunta sobre o porquê ele confundiu Thomas com Eduardo, é porque ele imaginou que a garota fosse Bruna saindo da escola com um outro rapaz qualquer.

Quando ele chegou ao galpão pensando que Magoo ia lhe dar os parabéns pelo trabalho aparentemente bem feito, pegou a menina no colo amarrada e levou pra dentro.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje gente. Até o próximo.



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