Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 13
Trégua


Notas iniciais do capítulo

Voltei...

Boa leitura.



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Depois daquele fim de semana maravilhoso primeiramente na praia e depois no cinema, chegou a segunda feira, dia que todo mundo odeia, inclusive Emily, Bruna e eu, mas fazer o quê?

A entrada, naquele dia, foi como todas as outras, pessoas brincando, conversando e lançando olhares pra mim, ou melhor, para nós, mas não me importei.

Chegando em frente à sala de aula, Emily se meteu na nossa frente, impedindo-nos de entrar.

–O que foi Emily?- perguntei.

–Quero ver se não tem ninguém jogando bola ou colocando alguma coisa pra te prejudicar na entrada como da outra vez.- ela respondeu, me lembrando de quando entrei na sala e um dos comparsas do Duda me deu uma bolada na cara.

–Tudo bem. Está limpo, podemos entrar.- ela disse com a porta entreaberta.

Entramos e ela estava certa, não tinha nenhum indivíduo querendo fazer uma brincadeira de mal gosto comigo. Depois de algum tempo, a professora de matemática chegou na sala e a aula começou.

–Bom dia alunos. Bom, como início de aula, vamos abrir o livro na página 47 e resolver os exercícios 2 e 3 da questão 1.- ela disse e eu fiquei olhando pra ela com uma cara de quem não entendeu nada.

–O que ela disse?- perguntei à Bruna.

Quando ela me explicou, entendi e comecei a fazer o dever.

no recreio, estava sentando em uma mesa com Bruna, Emily e Joca, Neco e Zeca tinham ido jogar futebol.

–Poxa, tô impressionado. Um garoto que não gosta de futebol.- Emily disse.

–Eu adoro futebol, só prefiro assistir.- disse ele.

Foi quando escutei uma voz familiar atrás de nós.

–Oi pessoal, tudo bom?- era Duda de mãos dadas com Alice, meu sangue ferveu na hora.

–O que você quer aqui Duda?- perguntei.

–Nada de mais, só fazer as pazes.- ele disse, calmamente.

–Fazer as pazes?- perguntei, confuso.

–Sim. Eu sei que eu e Alice erramos com vocês, mas agora viemos aqui pedir desculpas e sermos amigos.- ele repetiu.

–Mas como você se arrependeu? Alguém te aconselhou?- perguntou Emily.

–Não, é que quando eu estava falando com Alice no telefone noutro dia, pude ouvir quando você perguntou pra ela sobre que armação ela estava falando e resolvi ir até a sua casa pra resgatá-la porque eu sabia que isso ia dar confusão, ainda mais pra um garoto de personalidade forte assim como você. Então, quando meu motorista chegou em sua casa, eu vi a ambulância indo em direção ao hospital e vi você e sua irmã ao lado dela, então pensei: "Nossa, isso não acabou bem". Então decidi ir até o hospital pra saber se foi a Alice ou se foi a Bruna que ficou ferida, ou se foi as duas que ficaram né? Mas quando cheguei lá no hospital e descobri que era a Alice, eu chorei. Isso mesmo, chorei. Chorei como nunca havia chorado em toda a minha vida e implorei pra que a Alice não partisse. Foi quando percebi que estava apaixonado por ela, pedi ela em namoro e ela aceitou. Então, estamos aqui. Por isso, viemos pedir trégua.- ele disse tudo isso sem piscar.

Fiquei parado, sem dizer nada. Era mesmo verdade aquilo?

–Duda você... tá me dizendo isso de verdade? De coração?- eu perguntei, me levantando da cadeira e ficando de frente pra ele.

–Do fundo do meu coração.- ele disse, olhando nos meus olhos, que tinham um brilho estranho, mas que representava bondade.

Depois disso ele sorriu e me estendeu a mão.

–Então... amigos?

–Amigos.- eu disse, apertando a mão dele, sorrindo de volta e logo depois ele soltou minha mão. Em seguida, Alice foi em direção à Bruna e eu imaginei que ela também estaria disposta a pedir perdão.

–Então Bruna... eu te prometo que nunca mais eu vou fazer uma coisa daquelas de novo, eu gosto muito de ser sua amiga e fiquei muito mal quando nós deixamos de ser amigas. Lá no hospital, eu chorava muito ou ficava muda, a única pessoa que me botava pra cima era o Duda. Aliás, foi exatamente por amá-lo que decidi participar daquele plano imbecil. Mas me arrependo disso.- disse Alice.

–Eu também fiquei triste porque tinha deixado de ser sua amiga, mas eu sei que você também agiria como eu agi. Mas eu fiz por impulso, não queria fazer aquilo, eu me descontrolei.- disse Bruna.

–Isso quer dizer que você me perdoa?

–Não. Eu não tenho nada pra te perdoar. Aliás, você tem que me agradecer, pois isso fez o Duda perceber que te ama.- ela disse e nós rimos.

–Isso é verdade.- ela disse e depois as duas se abraçaram, não pude deixar de sorrir. Então, nós cinco sentamos juntos e ficamos conversando até a hora do recreio acabar. Quando o sinal tocou, Bruna, Alice e Emily foram ao banheiro, não sei se minha irmã ficou amiga dela de novo, mas deve ter ficado sim.

–Thomas, do que sua irmã gosta?- perguntou Joca.

–Como assim?

–É que... eu tô gostando da sua irmã, mas não sei se ela sente o mesmo, então, eu acho que talvez se eu souber o que ela gosta posso conquistá-la aos poucos.- ele disse, sorrindo e eu o acompanhei.

–Bom, minha irmã é muito cabeça dura sabe? Ela é teimosa às vezes, mas tem um bom humor, mas se você quer saber. Acho que ela também gosta de você, porque desde que você chamou ela pra dançar na festa e depois foi para o cinema com a gente, ela vem te olhando de um modo diferente de quando chegou aqui. - tentei ser o mais discreto possível pra não lhe dá a esperança de algo que eu não sabia se era possível.

–Sério? E o que mais?- ele agora sorria de orelha a orelha.

–Bom. Ela gosta de garotos assim, do jeito que você tá sendo. De todas as comidas daqui da Terra, ela só não gosta de fritura, ela tem nojo do óleo usado nessas coisas. Ela também gosta de usar roupas de marca, mas não justas, daquelas que mostram a barriga sabe? Short curto então, menos ainda. Ela também gosta de... o que está fazendo?- parei de falar assim que vi que ele anotava algo em um bloco.

–Ora, estou anotando tudo pra não esquecer.

Nós rimos bobamente.

–Qual é a piada gente?- Duda finalmente se pronunciou.

–Vem cá que você vai ver. Ele quer conquistar a minha irmã e agora está anotando as minhas dicas.- eu disse.

–Mas isso é certo cara. Muitos homens, quando não conhecem a mulher que gosta, anotam tudo pra não esquecerem e também pra não errar na hora de fazer algo da lista.- disse ele.

–Como sabe? Você também fazia isso?- perguntei.

–Claro. Eu era assim desde que comecei a ser mulherengo.

–Ah tá. Então beleza, anota mais aí.

Mas nesse momento, o sinal tocou e as meninas vieram em nossa direção.

–Depois te passo o resto.- eu disse ao Joca enquanto caminhávamos em direção às meninas e ele assentiu com a cabeça.

No final da aula, estava tão feliz que era capaz de pular de alegria, finalmente o Duda vai parar de brigar comigo e agora será meu amigo. Eu nunca pensei nessa possibilidade, claro, mas gostei muito de saber que ele se arrependeu. Agora, é só seguir firme e forte.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é só. Até o próximo.



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