Um Amor no Palácio escrita por Angels-Shadows


Capítulo 5
Capítulo IV




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Capitulo IV

— Eu quero que aquele maldito se exploda – praguejou baixo Sakura enquanto voltava para casa. Os hormônios a flor da pele não lhe permitia enxergar as conseqüências de seus atos, mas ao mesmo tempo se sentia humilhada e contrariada. Recordava muito bem de cada palavra, cada gesto que o “príncipe” lhe dirigiu e a cada lembrança seu sangue fervia ainda mais. Haruno Sakura não passava de uma garota comum, sem muito atrativos, porem tinha orgulho e a seu ver, não merecia ser humilhada daquela forma.

A idéia era absurda e inconsistente. Ela, Sakura tinha plena consciência de sua posição. Sabia muito bem que não tivera uma educação adequada e muito menos tinha talentos que uma princesa herdeira, futura imperatriz do Japão, deveria possuir. Era uma plebéia ignorante. Ao contrario de milhares de outras jovens que habitava aquela ilha do pacifico, ela não nutria o menor desejo de ser uma princesa. Não enxergava nada de mais no príncipe herdeiro antes de conhecê-lo, e agora que o conhecia, definitivamente chegou a conclusão de que não havia nada de especial nele.

Uchiha Sasuke era um garoto mimado, arrogante, grosso e imbecil. Sakura fez uma careta ao pensar nele e riu quando recordou o fora que havia recebido. Ele não merecia o amor de ninguém, pois dificilmente pudesse amar outra pessoa que não fosse a sim próprio. No final, era um narcisista maldito.

Ainda irritada Sakura desmontou de sua velha e enferrujada bicicleta. A casa da família Haruno era uma construção simples localizada em um bairro suburbano da cidade de Tokyo. A vizinhança era tranqüila e os vizinhos pouco se interessavam por sua família. Os Harunos eram pobres e notava essa situação nas rachaduras da fachada da residência. Seu pai, Ishiro era uma analista de sistema desempregado. O mercado como ele mesmo dizia era muito competitivo e não tinha espaço para homens velhos como ele, assim depois de um logo período de procura ele acabou se acostumando com a vida de dono de casa. Sua mãe, Sasame trabalhava quase catorze horas em um salão de beleza para sustentar a casa. Diante da situação difícil da família Sakura se empenhava em tirar boas notas e aproveitar a bolsa que havia ganhado. O colégio era prestigiado e com um bom histórico escolar ela teria chances de arrumar um bom emprego e quem sabe entrar em uma universidade. Faltava pouco, menos de um ano para terminar o colégio e ajudar a família.

— Cheguei! – anunciou Sakura tirando os sapatos na entrada. – alguém em casa?! – chamou estranhando o silencio.

Percorreu a pequena casa de quatro peças. Não havia se quer uma alma viva na residência. Contrariada com aquela situação devido a sempre encontrar seu escandaloso pai na cozinha preparando alguma inovação gastronômica ou seu irmão gritando com os jogadores do seu jogo de vídeo game e brigando contra o pobre console. Mas não havia ninguém, justo quando estava explodindo de raiva e vontade de contar o quão imaturo e imbecil era o principezinho que seus pais queriam que ela se casasse e principalmente que não iria aceitar aquela idéia ridícula.

Exausta resolveu banhar-se e dormir um pouco aproveitando o silencio daquela tarde quente. O cochilo vespertino povoados de sonhos estranhos foi interrompido pelo toque do celular. Sakura abriu os olhos assustada e desnorteada atendeu ao telefone.

— Alô?

— Sakura help-me please – uma voz aguda e esganiçada soou do outro lado da linha ensurdecendo Sakura.

— O que você quer Ino?! – perguntou aborrecida.

— Por favor, Sakura você tem que me ajudar é questão de vida ou morte. - choramingou Ino do outro lado da linha. Sakura suspirou sentando na cama. – você fez o trabalho de química?

— Sim e não vou te emprestar.

— Mas por que não? – a voz saiu mais aguda que antes – o que custa ajudar sua amiga, heim? Principalmente quando estou em dificuldade. O trabalho é para entregar amanha. Como você é egoísta Sakura eu..

— Olha, Ino. O professor deu um mês de prazo.

— Por favor, Sakura – implorou a loira – a Hinata não pode. Por favor.

Com outro suspiro resignado a rosada cedeu.

— Sim, mas vou avisando que só vou ajudar. Não vou fazer para você. Está me entendendo?

— Sim – respondeu a loira prontamente.

— Daqui a pouco eu estou ai. – murmurou a Sakura se levantando.

O relógio em forma de gatinho sobre o criado mudo marcava quatro e meia e para o aumento de sua aflição a casa continuava silenciosa. Jogou água no rosto para despertar e amarrou os cabelos rosados em um rabo de cavalo firme. Estava pronta para sair quando ouviu vozes na parte de trás da casa, eram mais sussurros baixos como se estivessem trocando confidencias. Curiosa Sakura foi até a varanda se deparando para sua surpresa com os seus pais sentados em um banco com as cabeças juntas de costas para a porta. Entreabriu a boca para chamá-los, mas se deteve quando a mãe falou:

— Então eles vão tomar a casa? – perguntou Sasame preocupada.

— Sim minha querida.

— Mas você não conseguiu que eles dessem um novo prazo? Falta pouco para eu conseguir todo o dinheiro, mais um ano será o suficiente para juntar o dinheiro do empréstimo e dos juros.

O homem suspirou resignado.

— Eles não querem mais saber. Não me deixaram nem falar. Está decidido devemos pagar todo o empréstimo até o fim do mês se não seremos despejados.

— Por Kami – Sasame levou às mãos a boca. – o que faremos agora? Não temos para onde ir.

— Não tenho idéia querida. Não consigo arrumar um emprego. – Ishiro mordeu o lábio com raiva. Sentia raiva da impotência que tinha diante da situação.

— Calma, querido – Sasame pousou a mão sobre o ombro do marido – daremos um jeito.

Sakura apertou as mãos contra o peito.

— Sabe, eu sei que isso é irracional. Nossa filha é só uma menina, tão indefesa.. – começou a mulher mordendo o lábio inferior como estivesse preste a cometer um sacrilégio – .. mas não consigo para de pensar como seria bom se ela se casasse com o príncipe.

Ishiro mirou os olhos castanhos no rosto da mulher surpreso e ao mesmo tempo recriminador.

— Eu sei que é um absurdo. Ela é uma criança ainda e não tem idade para se casar. Mas.. pelo menos saberíamos que ela teria um futuro confortável e a nós também.

— Sei mulher. Eu lhe compreendo – sorriu Ishiro acolhedor segurando a mão da esposa. – mas não podemos sacrificar nossa filha para nos salvar. Se ela não quer casar, tudo bem. Entramos nesse problema por conta própria não é justo obrigá-la a pagar nossos pecados.

Sakura recuou sem fazer som algum. Os olhos verdes brilhavam com as lágrimas que começavam se formar. Se sentia o pior de todos os seres humanos, ela ali, preocupada com o orgulho ferido olhando apenas para seu umbigo sem ver o sofrimento daqueles que amava. Quando ouviu aquela noticia ridícula apenas se preocupou consigo mesma nunca pensou em sua família como aquele casamento poderia ser bom para eles, é claro.

Encostou-se à parede pensativa. Havia dois caminhos a se seguir; o primeiro era aceitar o acordo e se unir a um homem que mal conhecia e que definitivamente não gostava se sujeitando a uma vida solitária, em um mudo desconhecido, mas assim ajudar sua família na questão financeira ou segundo, recusar o casamento e ver sua família ser despejada da casa que durante anos pertenceu aos Harunos e morar na rua sem futuro e perspectiva.

A campainha soou e dois homens engravatados surgiram.

— Senhorita Haruno Sakura?

— Sou eu – respondeu Sakura, pálida.

— A imperatriz Mikoto lhe espera.

Sakura entrou no carro negro sem ouvir os gritos da mãe e do pai. Não importava mais… ela já havia se decidido.

•••

— Hoje a vossa alteza me parece bem disposto – comentou o homem num terno armani. Os olhos cansados observavam os movimentos rápidos e cheios de força contra um saco de arreia que estremecia a cada golpe.

O rapaz não lhe deu o trabalho de responder continuando sua seqüência de socos, ainda mais concentrado. O suor escorria pelo rosto belo.

— O senhor me permitiria comentar algo? – perguntou o criado depois de um tempo sem sinal de interesse por parte do patrão.

O criado entendeu o grunhido do jovem mestre como uma permissão.

— Tem algo que me intriga jovem mestre? Por que o senhor concedeu com tanta facilidade o acordo do casamento. Achei que se oporia.

O rapaz de cabelos negros deixou os braços caírem, exausto. As íris negras miraram o saco vermelho por algum tempo e em seguida começou a tirar as luvas de boxe.

— Simples. – começou calmo como se não tivesse praticado boxe por duas horas seguidas – não adiante lutar contra aqueles velhos. Sem contar que vai ser divertido.

— Divertido?

— Sim, vai ser engraçado ver aquela garota idiota ser controlada com uma boneca no palácio. Pelo menos terei algo para me entreter.

O homem observou sem expressão alguma o jovem que sorria.

— Então percebo que não lhe incomoda o fato da jovem não estar preparada?!.

— Nem um pouco. – deu de ombros Sasuke pegando uma toalha – eles insistem tanto que eu me case com aquela imbecil que desejo mesmo que ela protagonize muitas cenas constrangedoras para que aqueles velhos morram de vergonha. E isso não será difícil de acontecer.

— Por que tem tanta certeza?

O rapaz sorriu sentando em um sofá. Jogou os cabelos molhados para trás e olhou o empregado.

— Kakashi. Mais cedo aquela idiotazinha teve a ousadia de me chutar. – estalou os dentes – é uma sem graça.

O homem ergueu as sobrancelhas, surpreso. Uma plebéia afrontando o príncipe,  futuro imperador do Japão. Aquilo realmente era muito interessante.

— E por que ela faria isso?

— Só por que eu disse a verdade.

O rapaz se levantou e deixou a sala com um Kakashi pensativo.

— Talvez essa jovem não seja tão sem graça como você diz Sasuke-kun. – sorriu consigo mesmo –  Gostarei muito de conhecê-la.

— Kakashi-sama. – chamou um jovem se aproximando.

— Sim.

— Chegou uma mensagem de Londres. – avisou o jovem entregando um bilhete ao homem de cabelos brancos.

Hatake Kakashi abriu o bilhete e percorreu os olhos cansados pelo papel. Erguendo uma sobrancelha voltou-se para o jovem rapaz.

— Mandem preparar o quarto de hóspedes, o príncipe Sai está vindo para o Japão.

Sentado em um banco duro do outro lado do mundo o jovem chamado Sai de cabelos tingidos de castanho claro se espreguiçou observando despreocupado o movimento do saguão do aeroporto.

— O avião está para chegar. – comentou a mãe sentada ao lado.

— Por que você não vai comigo, mamãe? – perguntou Sai encarando os grandes  olhos verdes da mulher – não entendo por que temos que voltar.

— Já lhe disse Sai – respondeu a mulher seca. – e nesse momento eu não posso voltar para o Japão, em breve eu estarei com você, mas primeiro tenho que resolver alguns assuntos.

E dando aquela conversa por encerrada a mulher levantou pegando a bagagem do filho. O rapaz apenas balançou a cabeça cansado pondo-se a seguir a mãe. No final não era uma má idéia rever a família.

•••

Sakura ajeitou a barra da saia nervosamente enquanto o empregado das relações externas da família real abria a porta do carro. Os olhos verdes refletiram o esplendor do palácio real. O prédio era de uma arquitetura tradicional de ornamentos típicos do império japonês.  Seguiu o empregado vasculhando curiosa cada canto do palácio, os vasos antigos, as pinturas nas paredes a ceda entre outros. Aquele prédio com toda certeza nunca havia sido visitado por um plebeu, pois mantinha as características ancestrais da tradicional cultura japonesas até mesmo os empregados usavam as vestias que vira nos livros de historia.

Conduziram-lhe até uma sala pequena, porém aconchegante. Logo Sakura se encantou com uma linda ilustração de uma gueixa pintada em ceda. A gueixa segurava um leque e seus cabelos preso em um coque firme, sentada de lado tinha o quimono ousadamente aberto na parte de cima e os olhos miúdos e negros olhava diretamente para Sakura. A garota podia jurar que aqueles miúdos olhos lhe diziam que deveria ser ousada e forte.

— Por favor, sente-se.

Sakura sorriu desgrudando os olhos da imagem e se sentou na cadeira indicada. As mãos soavam frio.

— Por favor, espera aqui, a Imperatriz está a caminho. Enquanto você está aqui farei uma resumo das regras e da etiqueta do Palácio. Primeiro, não olhe nos olhos da rainha e não a interrompa quando ela estiver falando.

Sakura maneou a cabeça, nervosa já cogitando aquela ida um erro diante das exigências do palácio. O homem prosseguiu ignorando a cara assustada da garota

— Não se esqueça. E quando se dirigir a ela, você deve chamá-la de Vossa majestade. Por favor, seja paciente ela chegará logo – pediu o empregado saindo da sala logo em seguida deixando Sakura só com seu nervosismo.

Naquele curto período a sós Sakura refletiu, cogitou fugir daquela sala, dizer não, ou se afogar na xícara de chá que lhe ofereceram. Aquela não fora uma boa idéia e agira no calor do momento e agora sentada em uma cara e confortável poltrona esperando nada menos que a Imperatriz do Japão chegava a conclusão que havia agido precipitadamente. Não estava preparada.

— A vossa Majestade chegou – anunciou uma voz feminina despertando Sakura de seus devaneios.

Uma bela mulher de lindos cabelos negros adentrou o recinto. Sakura se curvou admirada por sua beleza. Ela caminhava com elegância, não, flutuava concluiu a rosada, os olhos eram também negros e a pele era clara e visivelmente macia. A imperatriz era muito mais bonita pessoalmente do que na tv admitiu Sakura.

— Essa é a Haruno Sakura. – disse a empregada para a imperatriz e logo se retirou.

Mikoto adiantou-se até a cadeira na outra extremidade da sala e se sentou.

— Sente-se –  disse.

Sakura admirou a voz doce e angelical mulher.

Mikoto observou por um longo tempo a garota notando os incomuns cabelos rosados despenteados, a expressão comum e as roupas simples. Ela não se enquadrava no posto de princesa herdeira. Não tinha nem postura, lastimou Mikoto.

— A razão pela qual pedi a você para vir aqui no palácio foi por que queria ouvir sua opinião sobre a proposta de casamento.

— O que… - corou Sakura baixando a cabeça – sim.. vossa majestade.

— Esta foi uma promessa entre o antigo Imperador e seu avô. O que você acha disto? – toucou no símbolo de ouro sobre a mesinha de centro pensativa – seu fardo será difícil porque você ainda é uma estudante, certo?

Sakura encolheu os ombros sentia como se aquela mulher elegante de olhos tão negros como o céu estrelado pudesse ler seus pensamentos, sua alma.

— Sim.. majestade.

Mikoto sorriu gentilmente meneando a cabeça. Aquela garota parecia mais sensata que seu filho, pensou satisfeita.

— Certo. Como uma futura noiva, você terá que respeitar os mais velhos e ter vários filhos. Esse é um importante casamento que não pode ser feito às pressas.

— Pra lhe dizer a verdade – começou timidamente Sakura – eu vim para dizer que eu irei me casar.

— É mesmo? – exclamou Mikoto visivelmente decepcionada – eu pensei que você seria completamente contra.

— Se não houver problema, posso lhe perguntar uma coisa? – a face de Sakura parecia um pimentão de tão envergonhada

— O que é?

Sakura baixou a cabeça envergonhada a partir daquele momento não haveria mais volta.

— Essa é a única opção que eu tenho. Eu não estou tentando ser uma boa filha, mas como a senhora provavelmente sabe, meu pai é desempregado e minha mãe manicure num salão de beleza. Então…

— Então?

Sakura corou ainda mais.

— Então eu gostaria que a vossa majestade facilitasse a situação financeira deles.

Os olhos da Sakura se mantiveram muito fechados devido a vergonha. Mikoto maneou a cabeça, pesarosa e com delicadeza pousou a xícara de chá na mesinha de centro.

— Em resumo, você quer uma recompensa por se sacrificar. – Sakura olhou a bela senhora assustada. Mikoto visivelmente em suas linhas faciais demonstrava sua indignação. – absurdo, apesar de sua aparência. Como você ousa pedir um preço quando se casará com um membro da família real!?

— Eu na-não..

— A família real fará o que for necessário para aumentar o orgulho de sua família – interrompeu a imperatriz deixando ainda mais Sakura constrangida e envergonhada. – como você concordou a única coisa que resta fazer é o anuncio.

— Desculpa – curvou-se corada.

— No final da semana o primeiro ministro irá anunciar oficialmente o casamento. Pode ir agora.

Sakura saiu daquela pequena sala sentindo que sua cabeça podia explodir a qualquer momento. As pernas fracas totalmente entorpecida. Ainda não tinha consciência da real dimensão de tudo aquilo. Se havia feito a coisa certa. Se deveria ter recusado. Não tinha mais importância, não havia mais volta e naquele momento a única coisa que queria era voltar para casa se trancar no quarto e chorar, chorar muito.

— Vejo que você veio. – a voz grave e fria era a ultima coisa que Sakura queira ouvir. – saiam. Assim eu posso falar com ela sozinho – ordenou aos empregados que acompanhavam a rosada enquanto a garota continuava a ignorá-lo.

— Sim, príncipe.

Sakura continuou com a cabeça baixa lutando contra a vontade de chorar, seu estado emocional estava em frangalhos, acabara de decidir seu futuro e a ultima pessoa que queria encontrar era justamente aquele que deveria suportar por toda a vida.

Sasuke contornou Sakura perscrutando-a.

— Era um matrimonio relutante, mas você tomou a decisão certa. Você é muito comum, fácil.. será divertido.

— Comum, fácil….divertido?! – repetiu Sakura num sussurro triste – com licença.

Sakura saiu dando as costas ao príncipe herdeiro, seu futuro marido.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas
Bom queria pedir desculpas pelo sumiço, mas sabe minha vida anda muito conturbada. Mas eu continuo escrevendo essa fic por que adoro a historia. Espero que tenha gostado do capitulo se é que eu ainda tenho algum leitor >
Bye pessoas

obrigado pelos reviews