Um Amor no Palácio escrita por Angels-Shadows


Capítulo 3
Capítulo II




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/56936/chapter/3

Capitulo II

Sakura prendeu a respiração se pressionado contra a parede. Se o que acabara de ouvir era correto então tinha nas mãos uma fofoca e tanto. O príncipe herdeiro de dezessete anos sonhando em se casar com uma garota da escola dele.

— O que? O que você disse? – exclamou a voz feminina espantada.

— Você não me ouviu? – murmurou Sasuke com um tremor envergonhado na voz – eu estou te pedindo em casamento.

— Ei, Olhe. Desculpa-me!?. Eu não estou entendendo o que você quer dizer com casamento? Nós ainda somos estudantes do Ensino Médio. Essa é uma brincadeira né? – perguntou a garota abafando um riso divertido.

Fez se um minuto de silencio e a Haruno curiosa por saber de quem se tratava a “amada” de Uchiha Sasuke abriu lentamente a porta deixando apenas uma pequena fresta o suficiente para visualizar uma garota de longos cabelos loiros sentada de costas para ela.

— Não?! Esse é a Shion. – sussurrou Sakura surpresa.

— É uma tradição da família real se casar muito jovem – explicou Sasuke calmo enfiando as mãos no bolso da calça – e no meu caso, já que sou um príncipe, devo me casar com a garota que meus pais escolherem. Ao menos que eu diga a eles que tenho uma garota com quem quero me casar. Já que somos bons amigos é melhor nos casarmos do que eu me casar com uma jovem desconhecida.

Sasuke olhou Shion de um modo que Sakura nunca vira antes. Seus olhos negros tão inflexíveis e tipicamente frios expressavam uma ternura desconcertante. A menina loira maneou a cabeça e respondeu:

— Eu não quero arruinar nossa amizade com esse tipo de coisa. E claro que há a responsabilidade e o tolo modo de vida. – pausou Shion olhando o chão – como você sabe, meu sonho é se tornar uma bailarina mundialmente famosa. E estou indo muito bem e não quero desistir agora. Se eu me tornar princesa eu vou ter que desistir de tudo isso?

Sasuke baixou a cabeça, resignado. Sakura suspirou comovida. Shion era uma garota legal. Se ela estivesse em seu lugar faria o mesmo, pensou. Quem afinal iria quer casar com aquele príncipe idiota?

Quando decidira que já ouvira de mais deu um passo para trás, mas infelizmente o aparelho de data show escorrega de suas mãos e na tentativa desesperada de não deixá-lo cair no chão denunciou sua presença. 

— Quem está ai? – perguntou Sasuke saindo da sala de vídeo.

Sakura estremeceu sobre a voz irada do moreno e destrambelhada tentou inutilmente fugir pelo corredor, porém era difícil correr com o data show nos braços.

Ei, Pare! - gritou Sasuke vendo as costas de uma garota de cabelo rosa muito familiar – quem é você?

Ela encolheu os ombros apertando o data show fortemente contra o preito.

— Vire-se! – ordenou o Uchiha, mas a garota se encolheu ainda mais em resposta. – você estava escutando nossa conversa? O que você ouviu? – perguntou friamente.

Fez-se silencio, e nada. Ela parecia não querer contribuir. Irritado Sasuke avançou sobre ela e antes que Sakura conseguisse fugir a interceptou segurando seu braço. Sua reação foi de total espanto, a encheria nada mais era que a garota do balde.

— Você? – murmurou. A rosada sorriu sem jeito evitando olhar para o rosto do Uchiha. – além de estabanada é mexeriqueira.

Sakura o encarou com o rosto rubro de raiva.

— Olha aqui..

— O que você ouviu? – interrompeu Sasuke com severidade. Sakura franziu o cenho, contrariada. E no calor da raiva respondeu impertinente.

— Não escutei nada de mais, e foi sem querer. E o que há de mal, só por que você foi rejeitado precisa descontar em mim. – bufou irritada. O rosto impassível do rapaz lentamente foi se transformando em uma expressão de profundo ódio. Inconscientemente apertou com mais força o braço de rosada que se contorceu de dor.

— Não pense em falar isso para ninguém – a voz dele soou ressonante e muito grave. Sakura podia sentir o ódio em cada silaba que ele pronunciara congelando cada osso de seu corpo. – você sabe muito bem o que acontece com aquele que blasfêmia a família real. – seu lembrete pareceu mais uma ameaça e ela, Haruno Sakura compreendera muito bem. Engolindo em seco pensou em seus pais, no irmão mais novo e diante dos olhos negros tão frios decidiu que nunca comentaria o que ouviu. Sua vida era mais importante que uma fofoca quente.

— Isso não é da minha conta – respondeu tentando parecer indiferente a ameaça – não pretendo falar nada. - com isso se desvencilhou das garras de Sasuke e sumiu pelo corredor o mais depressa que pode, sentindo as penas fraquejarem. As coisas não poderiam ficar piores, concluiu enquanto estreitando os olhos cor ônix Sasuke a observava partir.

•••

— Ishiro atenda a porta. – gritou a mulher de dentro do quarto. Segundos depois a campainha insistiu em tocar. – já disse homem vai atender a porta.

— Já estou indo – respondeu o homem chamado Ishiro saindo da cozinha limpando as mãos no avental sujo. – deve ser a Sakura-chan, ela sempre esquece a chave. – comentou abrindo a porta.

— Desculpe, mais aqui a casa da família Haruno? – indagou um homem de cabelos curtos, trajando um terno feito sob medida impecavelmente alinhado. Mediu o senhor Haruno dos pés a cabeça com um ar de reprovação que provocou uma coloração avermelhada nas faces de Ishiro.

— Si-sim. – respondeu constrangido.  – o que desejam? Se é por causa do atraso da hipoteca eu conversei com o banco eles me deram mais alguns dias..

— Não somos do banco. – respondeu o outro homem que acompanhava o primeiro este igualmente vestido. – podemos entrar?

O senhor Haruno deu um sorrio constrangido e deixou os homens adentrarem a residência.

— Quem era? – indagou a mulher entrando na sala. Usava um penhoar rosa. – aahhhh. – gritou quando se deparou com os dois homens sentados no sofá. – me desculpem estava me arrumando para trabalhar – sorri nervosa.

Os homens pareciam importantes, sentava-se eretos no sofá e tinham um ar imponente.

— Não importa. – replicou um dos engravatados. – precisamos falar com Ishiro e Sasame Haruno.

Os Harunos se entreolharam.

— Sim, somos nós. – respondeu o Ishiro enquanto a mulher se sentava a seu lado. – quem são vocês?

— Nós somos oficiais que tratam de assuntos externos da família real japonesa.

— Família real!! – exclamou Sasame.

— Sasame sirva um chá para os homens – pediu o marido tentando parecer respeitável apesar do avental de cozinha. A mulher obedeceu lançando um olhar petrificante de ódio, os olhos verdes eram lindos mais também podias ser cruéis.

O chá foi servido e a pedido dos presentes Ishiro mostrou lhes as fotos de Himoru e Sakura.

— Essa é a nossa filha.. e meu pai. – sorriu Ishiro orgulhoso.

Os homens sorriam aparentemente satisfeitos e tomaram um gole de chá verdade.

— Desculpem-me perguntar, mas por que querem ver a foto do meu pai e da nossa filha? – indagou Sasame apreensiva.

— Como sabe seu pai Himoru-sama foi amigo intimo do imperador Ikimoro.

— É. – sorriu a mulher constrangida. – ele dizia que era amigo intimo do falecido imperador.

— Correto – assentiu o homem. Ele fez um movimento com a mão autorizando o outro que abrisse uma caixa simples ornada com desenhos dourados.  – estes são os símbolos da promessa feita entre o falecido imperador Ikimoro e o falecido Himoru-sama.

Tanto Sasame quanto Ishiro olharam a flor de crisântemo, bestificados. A bela flor de ouro maciço brilhava sobe a luz da lâmpada.

— Isso é ouro de verdade? – indagou o senhor Haruno pasmo.

— Por Kami!!! – exclamou Sasame – então era real.

— Era verdade mulher? – cochichou Ishiro para mulher.

— Então vocês têm o outro anel? – perguntou um dos homens

A senhora Haruno deu um sorriso nervoso coçando os cabelos rosados presos em um coque e respondeu logo em seguida.

— Claro que temos, nós o guardamos muito bem. – mentiu sorrindo gentilmente.

Sakura seguiu o caminho de casa automaticamente, mal prestando atenção na rua ou nos transeuntes. Sua mente naquele momento divagava além do campo físico, e sim nas ameaças de Uchiha Sasuke. Não pretendera ouvir aquela conversa, e muito menos encontrava alguma vantagem em contar o que ouvira para alguém, não havia necessidade de ser tão grosso, pensou irritada. Aquelas não eram atitudes de um príncipe.

— Cheguei – anunciou entrando na casa – tivemos visitas? – perguntou olhando as xícaras de chá sobre a mesa de centro.

— Sakura – disse Sasame seria - precisamos conversar.

•••

— Imperatriz mãe, a Imperatriz Mikoto está aqui – anunciou uma funcionaria curvando-se respeitosamente para a majestade.

Ayako pousou a pena parando assim seu treinamento dos kanjis e voltou à atenção para criada. Com um sorriso cálido assentiu para que a nora entrasse. Mikoto curvou-se diante da sogra. Ela trajava um quimono azul claro e os cabelos trançados, era uma mulher muito bonita.

— Como o imperador está se sentindo? – perguntou Ayako sem rodeios.

— Bem. – respondeu Mikoto resignada evitando olhar a imperatriz mãe.

— Por que você está com essa expressão se ele está bem? – indagou a mulher, era uma mulher velha mais não cega. De modo a ser inteligente de mais e perspicaz para perceber quando escondiam algo dela.

— O Imperador me pediu para que lhe dissesse que ele está se sentindo bem – confessou Mikoto - mas as coisas não parecem boas.

Ayako diante da noticia suspirou pesarosa, já havia perdido um filho e o marido e agora estava quase perdendo o ultimo homem que restou em sua miserável vida. Com um movimento da cabeça ela pediu que uma de suas assistentes entregasse a imperatriz um pergaminho.

— Estes são uns dos prospectos importantes para a preparação do casamento do príncipe herdeiro. O imperador já nomeou toda a força de trabalho necessária. Você precisa cooperar para que não haja nenhum erro.

Mitoko abriu o pergaminho e o leu com cuidado. Era visível em suas linhas faciais belas que não estava satisfeita com esse casamento.

— Sim, cumprirei as ordens.

— Você está sentindo que todo esse casamento está sendo forçado, não é? E por que tudo tem que chegar a esse ponto? Não estou certa?

Mikoto encolheu os ombros em reposta, levemente constrangida por ter seus pensamentos facilmente decodificados pela imperatriz mãe.

— Entenda querida Mikoto-san. Fugaku não está gozando de plena saúde e isso é uma situação muito delicada para nós da família real. Se Sasuke-kun não casar e nos presentear com um herdeiro a instabilidade que já reina no palácio será maior e a família real correrá muito mais riscos, por isso é necessário.

— Eu compreendo. – respondeu a morena.

— Eu sei, mas você é mãe. – sorriu gentilmente Ayako. Com um suspiro continuou. – o casamento está a caminho, e não há noticia do Sai e da mãe dele, que foram para Inglaterra? – murmurou ressentida.

— Desculpe Ayako-sama, não há nenhuma noticia. – murmurou Mikoto incomodada.

— Gostaria tanto que toda a família estivesse reunida.

— Com licença. – anunciou uma das empregadas. – o Imperador chama a Imperatriz Mikoto.

A mulher assentiu levantando-se e indo em direção ao lado oposto do palácio onde o imperador Fugaku e seu filho Sasuke encontravam-se. Quando Mikoto entrou no recinto pode sentir a leve tensão no ar, nos últimos tempos isso era comum. O outrora calmo Sasuke começava a dar sinais de rebeldia em relação às obrigações do seu posto como príncipe herdeiro, nada fora do comum principalmente para um adolescente.

— Então o que quer me dizer? – perguntou Sasuke indiferente quando a mãe sentou ao lado do pai.

Fugaku lançou um olhar irritado, não lhe agradava os modos deseducados de Sasuke.

— Como disse antes, decidimos marcar o seu casamento para logo.

— Ah, era isso. – resmungou.

— É sim. – replicou Fugaku levemente nervoso.

— Meu querido. – se intrometeu Mikoto antes que os dois Uchihas começassem uma discussão. -  você tem alguma pretendente? Alguém com quem queria se casar?

O moreno olhou a mãe por um momento e depois deu de ombros dizendo um “não”

— Então não se importa com a noiva que escolhermos? – diz Fugaku mais como uma afirmação do que indagação.

— O que você quer dizer com isso?

— Bem, alguns anos atrás seu avô fez uma promessa para um amigo dele. – começou o imperador enquanto chamava com a mão um empregado que segurava uma caixa.  

— Amigo?

— Sim, o seu único verdadeiro amigo. – afirmou Mikoto.

— Então quer dizer que um imperador pode ter um verdadeiro amigo? – indagou Sasuke cético deixando Faugaku mais irritado.

— É verdade que o papel de um imperador e difícil e solitário, mas seu avô teve um grande amigo e por isso ele quis retribuí-lo com um presente.

— E o que isso tem haver comigo? – perguntou Sasuke encarando o pai.

— Ele enviou um anel e uma flor de crisântemo em ouro, o símbolo da nossa família para o amigo dele. – explicou Mikoto - junto com essa carta.

Sasuke pegou a carta e a abriu. Um sorriso desdenhoso surgiu em seu rosto, mal podia acreditar naquilo. Era ridículo de mais, seu avô simplesmente estava brincando com sua vida como se não representasse nada. 

— Um compromisso de casamento entre o príncipe e a neta de meu amigo.... – leu em voz alta um trecho da carta. – isso significa que sou eu?.

— De inicio não. – explicou Fugaku espantando Sasuke. – na época que meu pai fez essa promessa o meu irmão ainda era vivo e o príncipe herdeiro era o pequeno Sai. Mas como ele morreu antes de papai e eu me tornei o Imperador essa promessa tem que ser cumprida por você.

Sasuke se recostou na poltrona, visivelmente indignado com toda aquela historia. Olhou por um bom tempo a letra do avô pensado como tudo aquilo era ridiculamente injusto e depois perguntou:

— Quem é ela? - a pergunta pegou os pais de Sasuke desprevenidos. Entreolharam-se depois Mikoto respondeu.

— Ela estuda na sua escola.

— Na minha escola? Ela não é uma pessoa comum?

— Sim, ela é bolsista. – disse Fugaku tranquilamente. – Lembra-se que ano passado nós presenteamos alguns alunos com bolsas para estudar no Gakushin uma dessas bolsas foi propositalmente dada a ela. Por que queríamos que ela freqüentasse o mesmo colégio que você estuda, pois tínhamos esperanças que vocês se conhecessem naturalmente e quem sabe ...até mesmo namorassem. – concluiu a ultima parte com um pouco mais de cor na face.

— Mas isso não aconteceu. – concluiu o Uchiha indiferente buscando em sua memória alguma garota bolsista que poderia ser a tal neta do amigo de seu avô, mas sem sucesso.

— Exato, mas agora não importa. – retorquiu Fugaku mais calmo diante da reação branda de Sasuke. – Temos uma foto dela. – Fugaku estendeu uma velha fotografia um pouco machada nas pontas para Sasuke. Por um instante o moreno petrificou os olhos negros como ébano sob a imagem da garota sorridente, arregalados depois caiu na gargalhada surpreendendo os pais.

— Se for ela... eu aceito – respondeu entre as gargalhadas.

  

---

Olá pessoas o/

Esse capitulo saiu mais rápido do que eu imaginava >.  a pretendente de sasuke o... e que coisa, parece que Sasuke e Sakura realmente não se deram muito bem ^^, o casamento entre os dois vai ser muito interessante .. “olha eu aqui falando de mais ¬¬”

Obrigado pelos review |O|

Até mais ^^


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!