Cor de Rosa escrita por uchihakyara


Capítulo 8
Bebês


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!
Sentiram minha falta?
Pois é final de ano, faculdade, as vezes fica dificil arranjar tempo para escrever, e até postar, mas está ai mais um capitulo para vocês, e sem pressão, mas deixem comentários.



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Eu caminhava pelas ruas de Konoha sem prestar atenção em nada especifico, eu precisava espairecer colocar os pensamentos em dia, me entender.
Porque eu estava tão alterado com aquela noticia? Porque aquilo me afetava? Eu estava casado com outra, isso não devia ser um problema.
– Oe Teme – eu ouvi a voz de Naruto vindo atrás de mim, não parei continuei andando como se ninguém me chamasse, ele era insistente – Oe Teme, ta surdo, eu estou te chamando, peraí.
Entrei no primeiro estabelecimento que vi aberto, talvez o loiro não viesse atrás de mim, e é claro que eu estava enganado, insistente era o apelido de Naruto.
Me sentei em uma das mesas e vi Naruto se sentar na minha frente ofegante, o garçom chegou em seguida para anotar nossos pedidos.
– Uma garrafa de Sakê – eu pedi – duas – o loiro completou.
– Você não devia estar trabalhando nanadaime?
– Você está de TPM Teme? – eu apenas bufei – Qual é o motivo da sua Azedisse?
– Naruto porque você está sempre tão feliz?
– Eu não tenho motivos para não estar – ele disse sorrindo – eu sou Hokage, realizei meu sonho, tenho uma esposa linda, a quem eu amo sei que me ama de volta e em breve serei pai.
– Então é só isso que um homem precisa pra ser feliz?
O garçom chegou com nossas bebidas, e Naruto não disse nada, mas percebi que seu sorriso de outrora havia diminuído.
– Sasuke, o que aconteceu? – ele me perguntou serio, eu hesitei antes de responder, peguei a garrafa deixada pelo garçom despejei o liquido no copo e levei até os lábios bebendo tudo em um só gole.
– Meu casamento não vai nada bem. – eu esperava que Naruto me repreendesse com um sonoro “eu te avisei”, mas ele ficou calado, parecia me analisar.
– Karin não pode ter filhos, nós estamos tentando um tratamento de fertilidade, mas as chances são baixas, quase nulas.
Aquela era com certeza uma das maiores frases que eu já tinha dito em minha vida, talvez a bebida já estivesse fazendo efeito, então tomei mais uma dose.
– Esse é o único problema? – eu não consegui dar uma resposta ao loiro. – acha que um filho vai salvar esse casamento? – eu continuava calado – Sasuke você ama sua esposa?
A julgar pela minha reação as novidades recentes, a resposta para todas as perguntas de Naruto era uma só. Não.
– Isso não se trata de amor, Naruto.
– Teme, você não entende mesmo.
– Karin é forte, membro de um clã renomado, está apaixonada por mim – eu mesmo tentava me convencer de que aquilo era o suficiente.
– Estar apaixonada, é diferente de amar.
– Onde quer chegar?
– Sasuke, sabe que a Sakura nutre sentimentos por você há muito tempo.
– Eu não escolhi a Karin para magoar a Sakura.
– Nem escolheu a Karin por amor.
– Lá vem você de novo com essa historia – eu começava a perder a paciência.
– Mas, é essa a questão – ele parecia falar de uma coisa obvia – você fez uma escolha através da lógica, onde quem deveria prevalecer o amor. – Pense Sasuke, será que o que atrapalha seu relacionamento é só a infertilidade da sua esposa, será que não falta mais nada?
– O que quer comigo Naruto? – eu disse desanimado tentando mudar de assunto, eu saí para pensar sobre algumas coisas e o Dobe me faz repensar minha vida inteira, eu não podia ter errado tão feio, o problema é que todas as coisas que Naruto falara tinham sentido, isso também me incomodava.
Naruto suspirou cansado.
– Eu só queria te convidar para um jantar em minha casa esta noite, Hinata está animada para cozinhar e nós queremos comemorar a volta da Sakura-chan.
– Vou estar lá.
– Tudo bem – Naruto já se levantava para ir – as 19:00.
Aquela conversa com Naruto foi ao mesmo tempo esclarecedora e perturbadora, eu simplesmente me recusava a acreditar que tinha errado tão feio, e se o tivesse feito como iria consertar?
Eu acabei com minha garrafa de Sakê e bebi também o que Naruto havia deixado, eu estava indo pra casa quando o sol raiava no meio do céu, devia ser por volta do meio dia, eu tinha comido alguma coisa no bar em que estava, e não sentia fome, minha cabeça estava um pouco aérea e eu sabia que era por conta do álcool, fui para casa, esperava que Karin não me perturbasse mais por hoje, e para minha sorte ela parecia ter saído, fui para a cama e apaguei por algumas horas, quando despertei o dia já começava a escurecer, então me lembre do compromisso na casa de Naruto, fui para o banheiro e tomei um banho, quando voltei para o quarto a casa ainda permanecia em silencio sinal de que Karin ainda não tinha voltado, ótimo, assim ela não ficaria me questionando para onde eu estava indo e nem ia querer me acompanhar.
Vesti calças e blusa preta com um sutil emblema do clã Uchiha nas mangas, quando terminei de me vestir eram 18:20, saí de casa, eu iria caminhar até a casa de Naruto, mas eu pegaria um caminho mais longe, eu gostava de andar, poderia pensar principalmente na conversa que tive com o Uzumaki mais cedo, milhares de coisas borbulhavam na minha cabeça e eu ainda não tinha conseguido colocar meus pensamentos em ordem, isso porque segundo meu amigo eu deveria organizar meus sentimentos, ser menos racional era o que ele queria.
Cheguei a casa de Naruto exatamente as 19:00, fui recebido por Hinata, ela estava com um vestido branco com leves estampas de flores lilás, sua barriga estava levemente maior do que da ultima vez que a vi, ela me indicou o sofá da sala onde Naruto estava esparramado.
– Aceita uma cerveja Sasuke-kun? – ela perguntou com sua voz doce, eu acenei positivo para ela, que me trouxe uma lata em seguida, ela pediu licença e foi para a cozinha deixando eu e Naruto sozinhos.
Nós não tivemos tempo de conversar porque assim que tomei o primeiro gole da minha cerveja a campainha tocou.
– Naruto-kun pode atender para mim – Hinata havia gritado da cozinha.
– Hai – o Uzumaki se levantou e foi em direção a porta, minha respiração falhou um pouco, eu sabia que era Sakura que havia chegado, não demorou muito tempo e os dois apareceram na sala, Naruto indicou o sofá.
– Uma cerveja Sakura-chan? – Naruto a ofereceu.
– Obrigada, estou evitando álcool.
– Um suco então?
– Aceito.
Naruto se retirou do cômodo, e nós ficamos sozinhos, Sakura se consertou no sofá ao lado do que eu estava sentado, pareci um pouco tímida talvez desconfortável, nós não conversávamos a muito tempo.
Naruto voltou com um bebida vermelha nas mãos.
– É de morango.
– Obrigada Naruto. - Ela pegou o copo nas mãos de Naruto.
Sakura estava vestida com uma bata bonina que tinha uma um leve decote, e estava usando uma saia preta que pegava no meio das suas coxas, nos um sapato estilo boneca preto de salto baixo e ela trazia uma sacola de papel nas mãos.
– Onde está Hinata? – ela perguntou.
– Na cozinha terminando a sobremesa. – Naruto respondeu.
Hinata apareceu em seguida como se tivesse escutado seu nome, ela se sentou ao lado de Naruto trazendo uma cerveja para e ele em uma das mãos e na outra ela bebia um liquido parecido com o servido para Sakura.
– Olá Sakura, quanto tempo – ela cumprimentou.
– Pois é, eu estava em Suna.
Aquela frase me fez lembrar porque saí de casa hoje, porque encontrei Naruto e tive uma profunda conversa com ele.
– E como foi lá?
– Muito bem, terminamos antes do previsto.
– Que ótimo, isso significa que não tiveram problemas, já estava preocupada achando que ia ficar sem minha medica, o bebê sentiu sua falta.
Elas conversavam como se eu e Naruto nem estivéssemos ali.
– Ah e por falar nisso, eu me lembrei de você – Sakura disse isso e entregou o pacote para Hinata, na sacola tinha escrito “Flor do Deserto”, provavelmente ela comprara o embrulho em Suna.
Hinata pegou a sacola e tirou o conteúdo, era uma caixinha de plástico transparente com um sapatinho de lã laranja.
Hinata apenas encarou o presente sem dizer nada, Naruto a olhava com carinho, eu senti que mais uma vez o loiro estava na minha frente, ele tinha exatamente o que me faltava, Amor.
– Entrei na loja e quando vi isso sabia que tinha que comprar pra você - Sakura disse na ausência de uma resposta da morena.
– Obrigada Sakura, é perfeito.
– Ne Sakura-chan, porque estava em uma loja para bebês? – Naruto era sempre muito indiscreto.
– Bem – ela começou – Na verdade eu estava fazendo compras para mim.
– Como? Naruto não tinha entendido bem, de fato nem eu tinha entendido muito bem.
– Estava fazendo compras para mim, ou melhor, para o meu bebê.
Ela disse isso e passou a mão na barriga inexistente, Sakura estava grávida e provavelmente de Gaara, pois tinha conseguido aquele bebê em Suna depois de uma, ou sabe-se lá quantas noites com o ruivo, eu vi Naruto arregalar os olhos e mira-los em mim me analisando.
O que eu sentia agora?
Era um misto de impotência, frustração, raiva, ciúmes e muita inveja do Kazekage, ele não só ia ser pai como para minha agonia a mãe era Haruno Sakura.


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