Nick Fury:

Estava tudo preparado. Observamos os elementos durante semanas, e finalmente temos algumas teorias, mas precisamos de mais. Por isso decidi não apenas escolher um agente, mas uma equipe: Os Vingadores. Eles são os que melhor podem entender o que está acontecendo.

Quarta de manhã, marquei uma reunião com eles na SHIELD, começaríamos no horário se o bilionário e impontual Tony Stark tivesse chegado no horário marcado.

–Agora que estamos todos aqui, vou direto ao ponto -Comecei, tentando reunir o máximo de atenção deles possível. -Creio que voc~es devem ter se dado conta de alguns estranhos acontecimentos...

–Refere-se à quebra de acordos entre os continentes? -Pergunta Steve

–Ou às pessoas desaparecendo na Europa -Foi a vez de Thor

–Ou à crise social na América do Sul -Banner... quem será o próximo...

–Calem a boca, é óbvio que é sobre minha bebida preferida ter acabado -Francamente Stark...

–Senhores... tudo isso tem a ver, menos a colocação do Sr. Stark. -Ele me olha incrédulo e Barton contem o riso.

–Temos motivos para acreditar que há outros mundos, não iguais ao nosso, e não como outros planetas... -A tensão no ar agora era palpável.

–Rastreamos dois elementos... duas humanas que podem estar ligadas à eles. -Continuei.

–E vocês querem que todos nós as investiguemos?

–Sim, Agente Romanoff, e que as interceptem e as tragam para cá quando houver certeza.

–Onde elas estão?

–Europa, Sr. Rogers, mas devo avisar que não será fácil, darei uma pasta com algumas informações coletadas, o que inclui que uma delas não está sozinha, e será mais difícil, mas devem esperar até que estejam vulneráveis.

Damon:

Enquanto preparamos a surpresa para minha adorável e incontrolável irmãzinha, o quase namorado palerma da minha irmã chega, mas tenho que dizer, ele ajuda um bocado. Não posso dizer o mesmo de Caroline... digamos que com a presença dele ela fica um pouco... desconcentrada.

Deixo-os organizando o restante na sala e sigo para meu quarto, pego minha caixinha trancada às sete chaves (com Natália em casa isso realmente é necessário) e a abro. Dois anéis com um S em cima brilham... o dia em que papai e mamãe sumiram me deram isso, disseram que era para mim e Caroline, e que usássemos quando fosse a hora, e sinto que a hora está chegando... Apenas queria saber hora de que... De qualquer maneira a fecho e guardo em meu bolso.

Pego minhas coisas e vou direto ao carro.

–A onde pensa que vai? Ainda não terminamos. -Minha querida e doce como um limão Caroline...

–Vou passear por aí e comprar bombas nucleares para atirar na casa do prefeito. -Minha usual resposta nunca envelhece, penso com um sorrisinho que a faz revirar os olhos.

–É sério Damon... -Já começa a ameaçar...

–Ta bem, ta bem. Apenas comprar alguma coisa para Naty -O que não era 100% mentira...

–Okay, mas não demore -Ela diz jogando as chaves do carro para mim... Muito esperta.

Sigo o endereço deixado por papai, o que não foi nada fácil já que era muito longe e no meio do mato... Agora terei que pagar por uma limpeza completa no meu carro.

Paro na frente de um sobrado de madeira, vários sinos de bambu estão pendurados do lado de fora, fazendo barulho conforme o vento, bato a porta e uma garota loira de olhos verdes a abre quase que imediatamente, me fazendo recuar.

–Lydiaaaaaa, ele está aqui! -Ela grita inclinando a cabeça para dentro da casa.

–Entre, por favor -Ela diz abrindo mais a porta e fazendo gesto com a mão

–Obrigado -Por alguma razão digo isso apertando a caixinha em meu bolso, o que a faz olhar na direção dele. Disfarço dando alguns passos. Ela dá um leve um leve sorriso, e como é bonita, seu rosto é tão delicado que ela pode quebrar com um simples tropeço.

–Damon Salvatore... -Uma mulher de uns 30 anos aparentemente e de cabelos cobreados e grandes lábios rosados diz...

–Ora, você é a cara da sua mãe! -E me dá um abraço...

–Olá Lydia, saudades? -Digo retribuindo o abraço, é óbvio que lembro dela ser amiga de meus pais, e de ler para mim e meus irmãos quando eramos pequenos, e também, por ela ter feito os anéis.

–Hahaha muitas! E sei exatamente porque você está aqui! Eu já comecei a preparar as coisas para sua irmãzinha. -Ela me guia até a cozinha onde há uma grande mesa de madeira, sento-me e ela se senta na minha frente, acompanhada da garota loira. Ela segue meu olhar até a garota e põe a mão em suas costas.

–Está é Jéssica, minha filha adotiva e pequena assistente -E as duas dão um risinho.

–Muito prazer -Digo com meu sorriso lateral típico, o que por algum motivo a faz sorrir e apoiar os braços na mesa.

–O prazer é meu -Ela diz, e como tem uma voz doce...

–Então querido, você deve saber que as circunstâncias de vocês três é diferente... -Lydia começa

–Tenho esse pressentimento, mas agradeceria se você explicasse, por que não fazemos ideia do que pode ser.

No mesmo instante ela pega uma faquinha e dá um corte em meu braço, Jessica se assusta e eu também.

–Damon, você lembra do dia em que foi "assaltado"?

–Lembro, e porque disse "assaltado" desse jeito?

–Porque você foi mordido Damon, e tem noção que desde aquele dia não envelhece e não se machuca, olhe seu braço! -Olhei e não tinha indício nenhum de que tinha sido cortado. -Com esse anel, você vai liberar sua total capacidade.

–E qual seria minha total capacidade? -Pergunto e ela sorri.

–Você irá descobrir. Sobre o de Caroline, ela não é como você, logo ele dará a ela outras capacidades.

–E quanto à Naty?

–Não poderia seguir o padrão, ela é diferente. -Ela sai e começa a remexer umas gavetas até retirar uma caixinha um pouco maior.

–Isso dará a ela a proteção que necessita -E retira uma pulseira fina com um pequeno pingente. -Não diga nada sobre isso para ela, deixe-a descobrir sozinha.

–Ha, não duvido que ela descubra muito antes de mim... -Comento, o que faz as duas rirem.

Subitamente Lydia fica séria.

–Damon, venha comigo, preciso lhe pedir uma coisa.

Sigo-a até os fundos da casa, onde ela para e toma fôlego para contar.

–Preciso que leve Jéssica com você. -O choque no meu rosto deve ter sido evidente pois rapidamente ela continuou. -Aqui não é mais seguro para ela, ela lhe contará tudo que quiser saber, só peço que cuide dela, não deixe ninguém a levar, por favor.

Não tinha como recusar, seja lá qual fosse a situação, Jéssica precisava de alguém. É... uma amiga para Naty não seria nada mal.

Quando voltei, Jéssica tinha uma pequena mala e estava pronta para ir... Grande surpresa para o aniversário, penso imaginando a cara de Natália.