Caroline:
Jéssica estava muito estranha, ela e Naty tinham virado super amigas mas ela escondia algo, na verdade as duas escondiam. Não gostava nada disso.
Felizmente tinham uma missão para nós, que não incluía os vingadores, Naty parecia bem decepcionada, mas eu estava animada. Eles sempre faziam tudo!
Fiquei é decepcionada com o local ao que nos mandaram. Nossa velha casa de campo que minha irmã tanto adorava. Não fazia ideia do que poderia ter de estranho ali, além das plantas exóticas como um cacto que lança espinho que brotou do nada, mas enfim.
Eu, Damon, Natália e Jéssica chegamos lá ao amanhecer, entramos na casa e aparentemente nada tinha mudado, exceto por dardos tranquilizantes acertarem um por um de nós de repente. Tentei desviar mas não consegui, e cai.
Quando acordei cada um de nós estava amarrado numa cadeira, Damon respirava pesadamente mas acordado já, Jéssica ainda inconsciente e eu me sentia completamente chapada. Quando me dei cota Naty estava amarrada olhando furiosa para o círculo de homens em volta dela, ela era a única que não estava amordaçada, então a estavam interrogando. Como eu ainda não estava 100% não ouvia o que eles falavam direito. Apenas via ela responder algo agressivo e levar socos em seguida. Ela estava ofegante e tinha sangue escorrendo de seus ferimentos no rosto, quando me dei conta ela e Damon já haviam se soltado, precisava fazer isso também, fui treinada para isso. Mas não conseguia entrei em desespero, de repente Naty explodiu levantando, socando e acertando homens na cabeça com a cadeira. Damon correu até mim e me soltou, depois Jéssica. Ele a carregou nos braços, achei estranho não ter acordado ainda.
Naty já tinha detonado com todos e parecia meio tonta mas rejeitou qualquer ajuda.
–Vamos logo... –Ela estava com falta de ar e dificuldade pra falar –Temos que... Ser rápidos... Vão vir mais... Deles.
Ela nos guiou de volta à sala principal da casa e corremos apressados, ela corria muito rápido pra quem tinha levado dúzias de socos, no mínimo deveria estar com o maxilar quebrado.
–Espera! –Parei abruptamente. –Nossas armas!
–Deixa Caroline, temos que ir. –Damon disse, não deveria estar sendo fácil carregar Jéssica.
–Deixar meu rifle? NUNCA! –Corri de volta.
Encontrei eles rapidamente na mesa da cozinha e tinha ainda mais munição na mesa, aproveitei e peguei tudo! Que dia feliz!
–Agora podemos ir. –Disse a ninguém em especial, voltando para fora.
Jéssica já estava acordando e corremos. Naty tentava chamar alguém para nos tirar dali pelo comunicador mas pelo visto não estava dando certo.
–Estamos presos aqui. –Ela disse se jogando no chão.
Resolvemos andar para mais longe, ninguém conhecia aqueles Campos como Natália, ela nos guiou para uma área escondida entre árvores e acampamos ali. Damon saiu para fazer qualquer coisa que ele precisasse fazer.
–Carol. –Jéssica chamou.
–Oi?
–Por favor, preciso que entregue isso ao Damon... Eu não consigo. –Ela me estendeu uma carta.
–Hm, ok... Agora? –Perguntei já levantando.
–Não! Agora não. Depois. Por favor.
–Ok. –Naty parecia com lágrimas nos olhos, o que era que estava acontecendo?
Antes que pudesse perguntar Damon voltou e escondi a carta sentando em cima... Talvez não tivesse sido a melhor opção mais foi o que deu.
Dormimos ao anoitecer, sabe-se lá o que faríamos amanhã.

Damon:
Acordei e decidi ir buscar comida com Carol enquanto Jess e Naty ainda dormiam. Não foi fácil, só o que encontramos foi algumas frutinhas. Era um dia lindo, me lembrou papai e mamãe, queria que tivessem conhecido Jéssica...
Quando voltamos gelei. Naty estava no chão chorando agarrada ao corpo sem vida de Jéssica. Tentei perguntar mas as palavras não saiam. Sombras pretas começaram a aparecer em minha visão. Ela... O que...? Não sei quanto tempo passou, perdi o controle, ergui Naty do chão deixando-a de pé e apertando com força seu pulso.
–O que foi que aconteceu! –Gritei com ela.
–Eu... Me solta Damon! –Ela chorava muito, e mal conseguia falar, gritar com ela não iria adiantar.
–Irmão... –Caroline estava pálida e andava lentamente até mim. –Ela pediu que eu lhe entregasse isso... Eu não sabia...
Peguei a carta rapidamente e li.

Querido Damon,
Sinto muito mas não consegui olhar em seus olhos e dizer, “ei, eu vou morrer!” Então escrevi está carta... Espero que um dia me perdoe por tudo que não disse, por tudo que não fiz, mas eu te amo Damon, porém minha vida sempre foi assim, vi demais o futuro, a linha do tempo está instável, mas saiba que não importe quanto tempo passe, não se esqueça de mim, pois eu nunca vou esquecer de você. Espero que faça as escolhas certas, não estarei ai sempre pra te guiar. Um dia vamos nos ver de novo. Por favor me espere. Vou sentir sua falta.

Amassei a carta junto ao meu peito, não acredito nisso, ela sabia e não me contou.
–Vocês sabiam disso? –Perguntei com uma repentina onda de fúria.
–Eu não sabia Damon. –Carol respondeu, e ainda estava pálida.
Natália não respondeu, ela sabia! Ela sabia e não disse nada!
–Por que não me contou?! –Gritei com ela.
–Eu não podia! –Ela choramingava ainda.
A empurrei com força e ela caiu. Corri, fugi, decidi que nunca voltaria, que se dane a SHIELD, os vingadores e minhas irmãs. Nunca mais voltaria. Daria um jeito nessa situação.

Tony:
Apenas Carol e Naty voltaram. Elas contaram o que aconteceu, Jéssica estava morta e Damon fugiu.
O clima ficou muito estranho, Jess não merecia isso. Mas ela também não tinha escolha. Damon não entendia isso. Pensamos em fazer a busca por ele, mas ele precisava de um tempo sozinho, para agredir a sua própria irmã mais nova ele não deveria estar muito certo das ideias. Estávamos para todos concentrados em Naty, mas meio sem saber o que fazer.
Natália parecia disposta a treinar até morrer pois passava o dia na sala de treinos espancando sacos de areia e de vez em quando quebrando alguma coisa. Steve teve trabalho em controlá-la de destruir toda a unidade da SHIELD. Geralmente ela também socava um de nós que tentava se aproximar, especialmente Clint, mas ele sempre a imobilizava e ela caia em lágrimas. Estava voltando da cozinha depois de pegar um pouco de gelo depois de nosso último “contato”. Fury encomendou alguns tranquilizantes para emergências. Thor o convenceu de que ela precisava de algo para ocupar a cabeça e não tranquilizantes. Assim que decidimos a mandar de voltar para Asgard naquela caverna, dessa vez eu, Thor e o capitão iríamos com ela. Certamente algo explodiria lá, considerando as pessoas que estavam indo... Seria divertido.
Chegamos lá na caverna e Natália entrou sem hesitar. Tinha algo estranho ali.
–Não ouse entrar. –Uma voz conhecida soou de lá de dentro. Não podia ser.