O anjo da Noite escrita por Amanda Yvina
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura.
E se o mundo acabasse naquele dia eu morreria feliz.
Odeio falar de morte por que sei que ela rodeia minha vida com Stella esperando o momento certo pra envolvê-la e levá-la para longe de mim.
Queria ter mais força... Ter mais capacidades... Queria ir no lugar dela.
Nos dias que se seguiram ao casamento, fomos para Londres e tivemos uma perfeita lua de mel, passamos dois meses lá e Stella estava radiante.
Não queríamos mais voltar, mas o laboratorio nos esperava.
Quando retornamos dei férias a Danny que havia ficado no comando todo o tempo que tivemos na lua de mel. Organizei algumas papeladas e dei conta que Peyton tinha muitas faltas, ninguém sabia explicar, ela simplesmente havia evaporado.
Mas os bilhetes insanos e sem lógica não paravam de aparecer, alguém queria nosso mal e dias mais tarde tudo veio à tona.
(Narrador)
Mac tentava consertar a pia da cozinha enquanto Stella o observava, a mesma estava na ponta dos pés, pois toda cozinha estava encharcada.
Stella: - Não é melhor chamar um encanador?
Mac: - Não, eu posso fazer isso... – antes que acabasse de falar uma enxurrada de água o molhou o rosto e o corpo e ele caiu pra trás.
Stella ria desenfreadamente.
Stella: - Chamo o encanador agora?
Mac: - O Mais rápido que puder! – gritou tentando recuperar o fôlego.
Três horas depois quando tudo já estava resolvido Mac e Stella estavam assistindo abraçados, ouviram algumas batidas na porta e Mac foi ver quem era.
Quando ele abriu a porta não havia ninguém, olhou de um lado a outro e não tinha ninguém, quando já se preparava pra fechar a porta viu um papel azul no chão e se agachou para pegar, ao lado do papel havia um saquinho preto.
“ Se eu fosse você eu correria, o menino Caleb é muito inquieto e sem querer posso cortá-lo a orelha.” – dizia o bilhete escrito com letra trêmula.
Sentindo o coração acelerado e as mãos trêmulas ele abriu o saquinho preto e viu que o que tanto temia era verdade: Dentro do saco haviam cachos dos cabelos de Caleb.
Sem saber o que fazer Mac engoliu em seco e olhou para dentro de casa.
Stella estava deitada, mais magra e fraca, os cabelos caiam e ela dormia facilmente.
Não ia contá-la nada, ele daria um jeito.
Mac: - Amor, já volto. – gritou para Stella e saiu fechando a porta atrás de si.
Enquanto descia as escadas (o elevador estava quebrado) ele viu o celular apitar e quando olhou a mensagem dizia: “Mais rápido... Casarão”
Prendendo o ar ele corria como louco e acabou por tropeçar e quase cair algumas vezes. No fim quando chegou ao saguão tão ofegante como nunca, ele parou e então retornou a correr.
Estavam no casarão.
MEIA HORA MAIS TARDE, CASARÃO
Caleb sentia as dores voltarem, sua mão estava amarrada atrás das costas e seus pés não se encostavam ao chão, estava sentado numa cadeira alta de madeira escura de frente aos degrais da escada, qualquer coisa poderia derrubá-lo dali e ele não teria como se defender. Seria fatal.
Ele não se lembrava de nada além de que quando entrava no prédio alguém o deu uma pancada na cabeça e depois tudo ficou escuro e ele já acordou sentado nessa cadeira e amarrado.
Peyton o havia amarrado e cortado um pedaço de seu cabelo. Peyton o dava medo e ele sentia o coraçãozinho muito acelerado.
Peyton: - E então xexelento, amarrei com muita força? – Perguntou subindo a escada.
Caleb: - Xexelento é você. – gritou
Peyton sorriu cinicamente e segurou o queixo do menino.
Peyton: - Não te ensinaram a respeitar os mais velhos?
Caleb: - Me ensinaram que devemos correr das cobras. – cuspiu na cara da morena e ela cambaleou para trás enxugando o rosto.
Peyton: - Seu mendiguinho de uma figa... Vou te ensinar a respeitar...
Ela levantou a mão para deferir-lhe uma bofetada ele se contraiu mais antes que a tapa viesse ouviram um grito.
– Peyton!
Mac estava parado a porta com as mão no alto da cabeça e atrás dele um homem encapuzado segurava uma arma apontada para suas costas.
Peyton: - Mac! – abriu um sorriso e parecia já ter esquecido a raiva de segundos atrás.
Mac: - Solta ele, é de mim que você não gosta... Caleb não tem nada haver com isso. – pediu.
Peyton: - Mac... Eu gosto de você, eu não gosto é da Stella – abaixou o tom pensando que só Mac a ouviria – O Menino, eu peguei, só pra afetar a Stella...
Caleb: - Pai! Ta doendo... – choramingou e Mac sentiu um aperto no peito, era a primeira vez que era chamado de pai.
Peyton parecia atenta a todo movimento, mas tinha uma aparência de louca, estava mais magra, os cabelos desgrenhados e um sorriso psicótico surgia em seu rosto, a calça e a blusa branca parecia sujas.
Ela começou descer as escadas indo ao encontro de Mac que era conduzido para dentro da casa aos empurrões pelo homem misterioso.
Mac: - Filho, vai ficar tudo bem...
Peyton: - Não, não vai... Vamos todos morrer – gritou enquanto descia o último degrau.
O Homem encapuzado empurrou Mac o derrubando no chão e segurou Peyton pelo braço, parecia zangado e falou:
Homem: - Morrer? Ta louca? Não era esse nosso trato.
Peyton: - Vamos todos morrer – cantarolou se soltando do homem.
Mac aproveitando o desentendimento da dupla correu até a escada e subiu, estava com as pernas bambas e cansadas, seu corpo doía mas ele não podia parar. Alcançou Caleb e o desamarrou.
Caleb: - Pai! – falou o abraçando.
Mac: - Vamos sair daqui meu filho. – segurou a mão de Caleb e começaram a descer correndo quando der repente ouve um disparo e uma dor lacerante lhe faz parar e cair, saiu embolando escada a baixo, o tiro havia atingido sua coxa direita e com todo o susto nem teve tempo de pensar em nada, der repente já estava no chão e pôde ver o homem segurando a arma, ele havia atirado.
Ele era Frank.
Peyton: - O que você fez seu desgraçado?! – correu até Mac que mal podia se mover.
Mac: - Corre Caleb, corre! – gritou com todas as forças, Caleb estava parado no mesmo lugar, a camisa e a bermuda cheia de respingos de sangue e ele parecia estar totalmente paralisado. Os olhos arregalados mostravam medo.
Frank: - Se ele correr atiro nele também. – apontou a arma na direção da cabeça do menino que mal conseguia desviar o olhar de Mac.
Peyton: - Vou cuidar de você, calma, já já estaremos num lugar melhor...
Mac: - Me solta, não vou a lugar nenhum com você... Você me da nojo!
Frank levantou Peyton e a levou para perto da escada.
Frank: - Trouxe a gasolina? - cochichou
Peyton: - Ta tudo ali – apontou para o canto da sala – é só começar a festa!
Mac tentava se levantar apoiando-se nos degrais mas der repente alguém lhe chutou nas costas e ele caiu novamente e então Caleb se moveu correndo até ele.
Caleb: - Sai de perto do meu pai! – começou a bater em Frank e quando o mesmo se deu conta empurrou o menino com tanta força que ele acabou caindo e desmaiando.
Mac: - Desgraçado! – se levantou cambaleante e nauseado.
Enquanto isso Peyton começava a jogar a gasolina pela sala e escada, jogou na porta e observando tudo lágrimas caiam de seus olhos enquanto um sorriso diabólico marcava seu rosto.
Mac foi pra cima de Frank e conseguiu desarmá-lo, apesar da dor sentia muita raiva e seu instinto era matá-lo.
Frank: - Stella vai ser minha, e quando você morrer ela será só minha! – dizia enquanto desferia murros em Mac.
Mac: - Nunca! – gritou e derrubou Frank, dando vários murros ele se via zonzo mas continuava batendo no moreno que parecia não sentir dor.
Mac olhou para a arma que estava a um braço de distancia, enquanto se esticava para pegar Frank segurou sua perna e ele gritou.
Frank: - Eu vou transar com a Stella e vou ter ela todos os dias pra mim... – dizia puxando Mac para que ele não alcançasse a arma.
Mac: - Maldito! – juntando a força que tinha deu um chute na cara do mesmo e pegou a arma.
Peyton observava a briga atônita e rapidamente puxou Caleb para a escada, Mac olhava para ela e para Frank, mas não atirava, cambaleava sem parar e as mãos tremiam, antes que ele atirasse Frank avançou feito cachorro raivoso para cima dele e começaram novamente uma briga corpo a corpo, a arma foi lançada para longe e Peyton correu para pega-lá mais pra sua surpresa alguém pegou antes.
Stella estava agora parada a porta com a arma na mão apontada para a cabeça da morena que sem pensar jogou um fósforo aceso dentro da casa começando um incêndio que acabaria com vidas.
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