Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 2
Capítulo 2 - We need to talk


Notas iniciais do capítulo

Aqui gente.
Mais um capitulo pra vocês.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567409/chapter/2

Hermione estava deitada em sua enorme cama de casal na mansão Malfoy. Mas seu sono estava conturbado. Ela se remexia demais fazendo com que a cama fizesse um pouco de barulho que poderia acordar alguém se a casa fosse menor.

Seu coração disparava enquanto ela sonhava novamente com aquele dia. E tudo que seu eu que assistia a lembrança fazia era pensar o motivo de ser tão burra por apenas ouvir o Malfoy. Como ela teve coragem de aceitar essa idéia maluca que ele havia proposto. Mas ela sabia, bem no fundo sabia, que ela precisava dele por um motivo.

– Qual é Granger. – Malfoy falou andando ao redor dela. – Apenas se case comigo, todos saímos ganhando, não?

A Hermione do sonho continuava andando tentando ignorar o loiro que não saia do seu pé. Ela estava tentada aceitar...Mas isso iria contra os seus princípios. Sempre odiar o Malfoy. Mas não precisava necessariamente gostar dele. Só casar com ele.

– Sim, Malfoy. – a Hermione do sonho fala. – Eu aceito me casar com você.

E quando Draco Malfoy deu um sorriso cínico ela acordou suando muito na sua cama. Olhou para o lado e pegou sua varinha para ver que horas era. Três e meia da manhã, pensou. Levantou da cama e foi até o banheiro anexo em seu quarto. Lavou o rosto pensando que assim melhoraria um pouco mas apenas acordou-a mais ainda.

Enxugou o rosto e voltou para seu colchão macio. Ela odiava o Malfoy, odiava essa casa mas tinha que admitir que desde que se mudara para cá tinha tudo do bom e do melhor. Se Draco não fosse um completo idiota com ela talvez aproveitasse sua pequena estadia por aqui, mas claro se ele não fosse. SE.

Tentou voltar a dormir mas o sono não voltou. Quantas vezes se revirou já era incontável. Estava sem paciência com si mesma. Por aquele maldito sonho havia acordado, sim ela não gostava da situação que estava mas Hermione mesmo tinha se metido nela, então teria que parar de ser uma criança que não para de lamentar pelo que aconteceu.

A morena percebeu que sua garganta estava seca então resolveu descer até a cozinha. Colocou suas pantufas e seu roupão de ceda – que ganhara depois que casou-se com Malfoy – e saiu do seu quarto para a escuridão de breu que era os corredores. Ela estendeu a varinha e sussurrou: Lumus e um pouco de claridade apareceu para que conseguisse andar.

Perambular por aqueles corredores ainda era um desafio para Hermione, mas ela estava aprendendo a se orientar pela casa. Quando achou as escadas desceu até chegar ao primeiro andar onde viu uma luz fraca da varanda ligada.

Aquele Malfoy não presta nem para apagar as luzes que acende. Ela pensou.

Foi em direção a cozinha e com cuidado para não acordar os elfos que dormiam perto dali abriu a geladeira para pegar água. Encheu o copo e ficou pensando como estava sendo contraditória. Na época de escola lutou tanto para defender os elfos e até criou a F.A.L.E e agora estava morando numa casa que era repleto deles escravizados.

Colocou o copo na pia e suspirou prometendo que pensaria nisso outro momento. Saiu da cozinha e viu a luz da varanda ligada resolveu ir apagar já que a conta de energia deveria vir muito alta, não iria piorar as coisas. Abriu a porta com cuidado para não ranger muito e surpreendeu com o que viu.

Draco estava sentado em uma das cadeiras de madeira que havia ali. Olhando para o horizonte escuro e com um cigarro na mão. Hermione balançou a cabeça com a visão. Ele até parecia alguém... descente.

– Fumar faz mal para a saúde, Malfoy. – ela disse saindo do esconderijo.

– Não aproveitar a vida também. – ele resmunga coloca o cigarro novamente na boca e depois assopra a fumaça. – Mas mesmo assim eu não implico com você por isso.

Hermione já estava acostumada com as tiradas dele mas sempre era automático ela querer retribuir com uma resposta indelicada. Mas naquela hora da manhã ela estava tão cansada e toda aquela escuridão só dava um ar mais depressivo que ela resolveu não responder.

– Sei que sou lindo, Granger. Mas me deixa incomodado você ficar me olhando sem dizer nada. – Malfoy diz olhando para ela.

– Vou voltar a dormir, acho que é melhor você fazer o mesmo.

Quando ela estava prestes a se virar e voltar para seu quarto ouviu Draco sussurrar:

– Se pelo menos eu conseguisse.

Isso a fez parar e virar para encará-lo. Ela queria perguntar mais. Perguntar o que estava acontecendo de errado. Tinha uma curiosidade enorme sobre aquele loiro que agora era seu marido. Mas sabia que ele nunca a trataria bem nem se fosse para ajudá-lo então ela apenas sussurrou:

– Boa noite, Malfoy. – e continuou andando.

***

Draco não queria ficar sozinho mas não pediria para Granger ficar e fazer companhia à ele. Seu orgulho não permitiria. Um Malfoy não iria se rebaixar a esse ponto. Então continuou ali olhando para o jardim escuro com o cigarro em seus dedos e depois em sua boca.

Ele nem se lembrava quando havia começado a fumar. Só uma hora percebeu que isso já virara parte do seu cotidiano e sabia que fazia mal, talvez um dia morreria por causa do cigarro...Mas o que tinha de bom nesse mundo afinal para fazê-lo ficar por aqui?

A escuridão era reconfortante para o ex-comensal. Tinha algo naquela imensidão preta que mostrava que o alegrava. Mostrava que mesmo um dia claro deixaria de brilhar para a noite escura aparecer o que o fazia pensar que em toda pessoa tinha o lado claro – o bem – e o lado escuro – o mal.

A mente de Draco voltou para a festa da noite anterior. Merlin finalmente parecia estar ficando a seu favor já que tudo ocorrera bem. Muitos de seus sócios pareceram aceitar que agora ele estava no comando e não seu pai, seria uma luta árdua até que conseguisse conquistar todos mas no fundo o loiro sabia que conseguiria. O único contratempo fora o aparecimento de Erick.

Só pensar nele fez Malfoy tremer de raiva. Como ele ousara aparecer em uma festa da empresa dele e ir conversar com a mulher dele. Não que estivesse com ciúmes de Hermione, nunca. Mas odiava Erick e Draco admitia que sempre fora possessivo com suas coisas e mesmo não a amando, Granger era sua esposa agora e ninguém sequer poderia olhá-la sem fazer o pior de sua personalidade aparecer.

Draco apagou o cigarro e jogou-o fora.

Era melhor tentar dormir um pouco mesmo tendo que conviver com os pesadelos. Passar por uma guerra mudava você e Draco só percebeu isso depois que tudo aconteceu. Ele sempre fora o garoto sem escolhas e isso o atormentava muito. Acordar no meio da noite – como aquela – Só por que sua mente o fez relembrar as torturas que ganhou e fez, as mortes que presenciou. Não era fácil.

Então Draco levantou e foi para seu quarto.

***

Hermione acordou com o despertador gritando perto do seu ouvido.

Ela não queria ter que sair de sua cama porem o trabalho a esperava. Depois de Hogwarts a morena percebeu que o que ela mais queria fazer era cuidar de pessoas, de doentes. E com isso resolveu virar medi-bruxa. Fora uma surpresa para todos que já esperavam até que ela fosse a próxima ministra mas Hermione gostava de sua profissão e nunca pensara em abandoná-la. Estaria voltando para o St.Mungus depois de quase um mês fora.

Trocou-se rapidamente e colocou o jaleco que tanto sentira saudade em seu corpo. Prendeu seus cachos num coque e logo viu a medica que tanto amara voltar. Era uma parte dela voltando em como era antes.

Por um minuto sua mente voou para os últimos tempos. Desde que saiu de Hogwarts ela sentira um vazio... Ron fazia falta... Ela não conseguia falar com Harry nem Ginny sobre isso... Harry! Ele deveria estar tão preocupado com ela. Hermione sumira sem dar noticia simplesmente por que não sabia como encará-lo já que estava pensando seriamente na hipótese de se casar com Malfoy. Então quando a própria aceitara, ela nem conseguira pensar em Harry sem se sentir culpada... Já que afinal teria que mentir. Dizer que era completamente apaixonada por Malfoy mesmo não sendo verdade.

Hermione balançou a cabeça tentando espantar esses pensamentos.

Ela teria sim que resolver tudo isso com Harry. Ele era seu melhor amigo e ela não conseguiria passar mais um mês afastada dele porem não era coisa para se pensar agora se não chegaria atrasada em sua volta ao hospital.

Pegou sua bolsa e varinha.

Desceu com a esperança que Draco já tivesse indo para seu escritório. Não estavam casados nem uma semana e ela já percebia que o loiro fazia de tudo para não se encontrarem. Se fosse me pedir em casamento, podia ter pelo menos me dado uma lua de mel decente, Hermione pensou.

Mas para sua surpresa Draco estava sentado na mesa de jantar lendo o profeta diário. Hermione se sentiu um pouco irritada mas resolveu que não ia comer na cozinha apenas por causa de sua presença. A mesa era de dez lugares e de madeira. Draco sentava numa ponta então Hermione se sentou na outra só para manter-se o mais distante possível.

– Me ignorando, esposinha? – Draco falou sem ao menos tirar os olhos do jornal.

– Eu? Nunca faria isso com o meu maridinho. – ela respondeu no mesmo tom de zombaria.

Colocou café em sua xícara – que ela havia pedido para os elfos aprenderem a fazer café já que Hermione era praticamente movida à cafeína – e comeu um pedaço de bolo que tinha ali.

– Acho que você não vai gostar de ver a primeira reportagem. – Draco falou colocando o profeta em cima da mesa.

Hermione se aproximou para pegar o jornal e logo de cara viu uma foto dos dois estampado na primeira pagina. Ela já deveria ter esperado algo assim sobre a noticia do casamento deles, porem Hermione pensara que teria mais tempo... para se acostumar com a idéia... para contar à Harry.

– Merda. – ela praguejou.

Draco sorriu.

– Acho melhor você conversar com o cicatriz. Ele provavelmente já leu essa reportagem.

E com essa frase Hermione lembrou que Harry assinava o profeta para ver se não tinha nada falando sobre ele. Então Draco estava certo, seu melhor amigo com certeza já teria lido a reportagem... E a senhora Weasley... Hermione precisava dar explicações.

– Converso com eles no fim de semana. – ela se prometeu em voz alta.

Draco tomou um copo de suco de abobora.

– E aonde pensa que vai vestida desse jeito?

Hermione levantou a sobrancelha.

– Hospital. – ela respondeu. – Você lembra que sou medica, certo?

Deveriam ser o casal que menos sabiam sobre o outro. Eram poucos dias juntos mas neles só ficavam um perto do outro o tempo suficiente para que o mundo achasse que eram loucos de amor pelo outro.

Malfoy assentiu.

– Pensei que agora que é uma Malfoy não iria querer mais trabalhar.

Essas palavras saindo da boca dele foram como um insulto. Hermione não era e nunca foi uma aproveitadora e por mais que a odiasse, ele deveria saber disso. Ela levantou abruptamente e colocou sua xícara na mesa.

– Não sou uma Malfoy.

E com isso se foi com raiva. Mas pelo menos logo estaria novamente no seu hospital onde salvara tantas vidas.

***

Draco sabia que era um idiota.

Na noite passada ele havia prometido a si mesmo que tentaria ser mais legal com Hermione. Mesmo ela sendo uma sangue ruim e amiga do Potter, aceitou se casar com ele e era uma divida que não sabia como pagar. Claro que ele sabia que ela estava nisso por que tinha algo a ganhar, mas casar com um comensal seria difícil para ela.

Draco terminou de comer e chamou um elfo e pediu para avisar Hermione que hoje chegaria mais cedo. Ele planejara pelo menos ter uma certa paz entre os dois. Se as coisas continuassem do jeito que estava Draco não achava que conseguiria sobreviver nem mais um mês casados...Quem dirá dois anos.

Colocou seu sobretudo e aparatou em seu escritório pronto para ter um dia estressante e cheio de trabalho. Como ele adorava só para esquecer de como sua vida havia desandado.

***

– Hermione. – Flávia gritou quando a viu entrar.

Flávia era uma loira enfermeira do St.Mungus que entrou para o hospital praticamente na mesma época que Hermione o que as aproximou bastante.

– Como você não me contou que iria casar com Draco Malfoy, sua louca? – a loira beliscou a morena. – Sabe o choque que foi estar hoje tomando café com Dean e descobrir que minha amiga esta casada com aquele pedaço de mau caminho?

Hermione teve que sorrir com o comentário. Flávia nunca tivera muito juízo mesmo.

– Era uma surpresa. – a morena respondeu.

– E o que esta fazendo aqui? – ela perguntou. – Achei que tiraria férias para a lua de mel ou algo assim. Se eu fosse você e tivesse casada com um homem daqueles eu nem sairia do quarto por uma semana.

Hermione guardou sua bolsa e pegou sua ficha de pacientes do dia.

– Ele esta muito ocupado com a empresa agora, resolvemos adiar a lua de mel. – a morena respondeu automaticamente.

Flávia andava em volta de sua amiga.

– Mas me conta... Ele é bom de cama?

A nova senhora Malfoy sentiu seu rosto ficar vermelho.

– Flávia. – repreendeu. – Não vou te falar da minha vida sexual.

A loira riu.

– O que temos para hoje? – Hermione perguntou.

O rosto da amiga escureceu enquanto respondia:

– Muitos problemas.

E como Flávia havia dito muitos problemas apareceram durante seu dia. Hermione amava o que fazia. Cuidar de pessoas sempre fora parte de si. Antes cuidava de Harry e Ron e agora de estranhos, era algo normal para si. Então seu dia fora bastante alegre. Reencontrar varias pessoas e alguns pacientes fora maravilhoso fazendo a alegria de viver voltar para a morena. E por algumas horas ela esqueceu o que a esperava em casa e pelos próximos dias.

Claro que teve seus momentos ruins como quando alguém perguntava sobre Malfoy e brigavam com ela dizendo que ele era uma péssima companhia. Tudo que ela queria era concordar mas uma esposa apaixonada não faria isso certo? Então lá foi ela tentar fazer com que todos vejam o “novo” lado de Draco Malfoy. Tudo piorou quando na hora de ir embora vários repórteres ficaram na porta do St. Mungus esperando para ver se ela tinha algo sobre seu casamento para contar.

Hermione aparata em frente a mansão Malfoy e tudo que ela quer é chegar ao seu quarto e ir para a banheira tentar relaxar um pouco. Abre a porta e olha para a grande sala – exageradamente grande – branca. Ela tinha que concordar como era bonita e ficara imaginando quem que decorou todo o lugar.

– Bom dia senhora Malfoy. – uma elfa sempre ficava ali para recebê-la. – Como foi seu dia?

Hermione sorri entregando a bolsa para ela.

– Foi ótima Wonka. – respondi agradecendo ter alguém que se preocupa com ela naquela casa. – E por aqui?

Wonka assentiu.

– O senhor Malfoy pediu para que quando chegasse fosse até seu escritório. – ela disse quando Hermione estava prestes a subir as escadas.

Granger ficou em alerta com esse pedido. Malfoy nunca pediu para estar na sua presença só por que queria então talvez algo serio tivesse acontecido. Ela assentiu para Wonka e foi em direção ao escritório de Draco até um pouco curiosa para entrar lá já que entrara apenas uma vez e fora para discutir o “contrato de casamento”.

Ela bate fraco a porta e ouve um: entra lá de dentro. Abriu a porta e encontrou Malfoy sentado atrás de sua mesa olhando para o porta retrato a sua frente. Quanto mais se aproximava mais via quem esta na foto.

Lucius e Narcisa Malfoy.

Hermione não conseguia se sentir bem olhando para aquele homem. Se achava que odiava Draco comparado com o pai não era nada. Fora aquele homem na foto que trazia seus piores pesadelos, claro muitos outros comensais participava.

– Você deve estar pensando que ele mereceu o fim que teve. – Draco comentou e tirou os olhos da fotografia vendo Hermione encará-lo. – Lutou tanto para conseguir que o Ministério fizesse aquilo com ele.

– Pode acreditar que depois de tudo que eu passei, não vou ter dó de seu pai. – Hermione resmungou. – Acho que foi merecido um beijo de dementador.

Hermione estremeceu quando terminou de falar. Esperou Draco gritar e dizer que era seu pai ali mas isso não ocorreu o que deixou a morena bem confusa.

– Sim, eu concordo. – ele respondeu surpreendendo Hermione.

– Ele é seu pai...

– Aquele homem não é meu pai. – Draco retorceu o rosto. – Apenas meu progenitor. Acha mesmo que sua vida foi difícil? Tente crescer com um pai que não ama nada que não seja poder e sua casa sendo a sede de comensais da morte. Não entendo como consegui viver até meus quatorze anos sem ser torturado.

Hermione estava confusa. Nunca havia parado para pensar em como fora a infância de Draco Malfoy mas sempre pensou que fora boa, ele era rico, bonito e realmente filhinho de papai então como que reclamava? Mas pelo jeito havia muita coisa que ela própria não sabia.

– Mas minha mãe não. Ela nunca quis isso tudo, claro que tinha seus preconceitos por que fomos criados assim, mas ela deveria ter uma redução de pena por ter ajudado você e o Potter. – ele continuou e olhou novamente.

– Pelo menos saiu viva disso tudo. – ela disse tentando reconfortá-lo.

– Viva? Ela não pode mais colocar os pés na Grã Bretanha. – o loiro resmungou. – Aqui sempre fora o seu lar e nunca mais poderá voltar. E por que? Se apaixonou pelo cara errado, se não tivesse se casado com meu pai ela nunca teria entrado nessa bagunça dos comensais.

Hermione nunca havia parado para pensar em Narcisa Malfoy nem na pena que fora aplicado-a. Mas vendo Draco dizer aquilo, ela chegou até a simpatizar com a sogra mesmo sabendo que a mulher nunca gostaria dela de volta.

– Por que queria falar comigo? – a morena resolve mudar de assunto. Para o bem de ambos.

Isso parece ter trago Malfoy de volta a vida.

– Queria dizer que já mandei começarem a papelada para a transferência da empresa. – Draco falou olhando para sua esposa procurando qualquer reação.

Mas ele apenas se surpreendeu. Conhecia Hermione há anos e sabia que por mais que fosse controlada em seu rosto sempre dava para ver a real emoção da mulher mas desde que eles se casaram ele não conseguia mais interpretá-la.

– Posso ir? – ela pediu.

Ele assente pensando na papelada que teria que ver agora.

– O jantar fica pronto em uma hora.

Hermione assentiu e saiu deixando Draco sozinho com suas lembranças e sua dor.

***

Ele estava impaciente.

Havia pedido para um dos elfos avisar sua esposa que o jantar estava pronto mas nada dela descer. Estava sentando na mesa de jantar esperando-a já fazia dez minutos. Não que se importasse de comer sozinho mas ele sabia que ela não gostava, deveria ter passado tempo demais na família grande que era os Weasley então agora ela detestava comer sozinha.

Ouviu a campainha tocar e nem precisou se preocupar já que um elfo foi atender. Draco apenas ficava olhando para a escada a espera de Hermione para enfim poder comer sua refeição em paz.

– Senhor Malfoy. – Wonka veio até ele hesitante.

– Sim?

– A senhora Malfoy tem visitas.

Draco ficou confuso. Ninguém sabia que ela estava morando lá então como sua esposa estava demorando demais Malfoy levantou e foi para a sala onde estava sua visita. E claro que se surpreendeu já que ninguém no mundo imaginaria Harry Potter e Gina Weasley – agora era Potter? Draco se perguntava - parados na sala de estar da família Malfoy.

– Potter.

Harry se virou para encarar o loiro.

– Malfoy.

Os dois trocaram olhares por alguns segundos e todo o passado deles viera a tona. O clima ficou tenso ao ponto de Gina ter medo se todos sobreviveriam aquela noite.

– O que faz aqui? – Draco perguntou.

– Não é obvio? – Harry rosnou. – Vim falar com Hermione e a loucura que ela fez casando-se com você.

Malfoy quis debochar da situação.

– Desde quando você é contra o amor verdadeiro, Potter? – Draco perguntou. – Não foi você que depois da guerra disse aos quatro ventos que queria seguir seu amor e até pediu a ruiva ai para se casar contigo?

Gina tinha que admitir que Draco Malfoy tinha atitude. Ninguém falava assim com Harry a não ser ela e os amigos mais próximos com medo da repreensão. Para a ruiva não importava se Hermione estava casada com Hitler, a única coisa que ela queria era ver a melhor amiga bem. Mas sabia que essa conversa que teriam seria muito complicada por isso não deixou seu marido vir sozinho.

– E vocês dois se amam de verdade? – Harry falou ironicamente. – Conte-me outra Malfoy. Só quero saber o que você fez para obrigar Hermione a se casar com você.

Gina colocou a mão no braço do marido dizendo que não. Ele tinha que se acalmar já que agora Draco era marido de Hermione. Só que o mais irônico dos pensamentos era de Draco já que ele sabia da verdade. Sabia que obrigara sim Hermione a se casar com ele então Potter não estava tão errado assim.

– Draco por que você esta aqui. – eles ouviram a voz da Hermione vindo dos corredores. – Eu estou com fome...

Ela parou no meio de sua frase quando entrou na sala e viu Harry e Gina ali parados olhando para ela. De inicio ela pensou que fora ótimo ela ter chamado-o pelo primeiro nome e depois suas emoções quase afogaram-na.

Eles estavam ali.

Harry e Gina.

Hermione nunca fora uma mulher medrosa mas naquele momento ela tinha medo do que eles iria falar. Não queria pensar que seu melhor amigo a odiaria.

– Harry... – ela sussurrou seu nome.

O moreno falou:

– Precisamos conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, o motivo deles terem se casado vai ser um segredo por enquanto, então prestem atenção nas dicas que dou a cada cap.
Beijos.
Review?
Até o proximo cap.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mr. and Mrs. Malfoy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.