Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 15
Capítulo 15 - Last Game


Notas iniciais do capítulo

Não, não é uma alucinação.
Eu voltei.
Descupe-me a demora, eu só não ia postar durante a semana de provas mas acabou que tive tanta coisa pra fazer depois que escrever ficou muito complicado, eu tentava mas as palavras não saiam.Talvez por isso o cap. não esteja tão bem escrito mas espero que gostem.
Qeuro agradecer a Vani Malfoy, pela recomendação, esse cap. é dedicado a vcê, linda.
Boa leitura.



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Hermione estava nervosa enquanto esperava seu marido voltar da empresa Malfoy. Quando acordara naquela manhã Draco não estava mais ao seu lado na cama e ela até se repreendeu por ter caído no sono lá, quando o viu estava se arrumando para ir até a empresa.

– Você vai conseguir. – ela disse tentando animá-lo antes dele sair.

Desde que Malfoy fora, a Grifinória ficou presa em casa andando de um lado para o outro rezando para que os investidores aceitassem o prazo que Draco estabelecera e caso isso acontecesse o que eles iriam fazer para convencer que o loiro era a melhor pessoa para administrar o aglomerado.

Quando o Sonserino abriu a porta e entrou na sala encontrando então sua esposa em pé andando de um lado para o outro preocupada. Os olhos de Hermione brilharam assim que caíram sobre o marido. Parou de andar e Draco a encarava.

– Então... – Hermione estava ansiosa. – Como foi?

Malfoy suspirou parecendo cansado.

– Consegui os quarenta e cinco dias que me pediu. – ele disse afrouxando o nó da gravata e indo se jogar no sofá. – Mesmo que eu não ache que vai servir de muita coisa.

Granger soltou a respiração que não havia notado que tinha prendido.

– Tudo bem, a crise de imediato esta resolvida. – Hermione falou mais para si mesmo do que para o loiro. – Agora como melhorar a imagem sua é a questão? – ela tentou levar pra brincadeira. – É mau humorado, rude, arrogante, Sonserino, teremos muito trabalho.

– Sou sexy, bonito, um encanto de pessoa e ser Sonserino não é um defeito. – resmungou.

– E muito humilde. – Hermione falou suspirando em seguida. – Temos muito o que fazer. – e com isso ela olhou o horário o que fez Granger se assustar. – Estamos atrasados!

Draco franziu o cenho não entendendo nada.

– Não me lembro de termos marcado alguma coisa pra hoje.

– É o ultimo jogo de Gina. – ela gritou enquanto ia para as escadas. – Começa em meia hora.

– Não estou afim de ir. – Malfoy falou já odiando a idéia de ter que passar mais três horas com o cicatriz e a família cenoura.

Hermione parou na escada, suspirou e se virou para ver o loiro ainda deitado no sofá.

– Vai estar cheio de repórteres lá, Malfoy. – ela disse tentando atrair a atenção do marido. – Um ótimo jeito de você mostrar ser uma pessoa boa indo apoiar a melhor amiga da sua esposa não?

Draco suspirou sabendo que ela estava certa.

– Além de que você prometeu pra Teddy que iria. – ela concluiu. – Não seja chato Malfoy, e não destrua as esperanças de uma criança.

– Tudo bem, Granger, eu vou. – a morena sorriu, nunca entenderia qual era aquela ligação que Draco sentia em relação ao pequeno Teddy mas já sabia como chantagear o loiro.

– Esteja pronto em meia hora.

***

O estádio de Quadribol estava lotado de fãs e repórteres.

Saber que seria o ultimo jogo da senhora Potter deixaram muitos fãs de seu time em desespero e os repórteres alvoroçados. Hermione andava tentando não esbarrar nas pessoas mas era um pouco difícil, suspirou irritada, sempre odiava lugares cheios de pessoas. Olhou para o lado a procura de Draco mas não o viu, virou-se para trás a sua procura e não o achou novamente. Franziu a testa tentando lembrar de algum momento que eles poderiam ter se separado mas não conseguiu pensar.

Saíram de casa as pressas por já estarem atrasados e Malfoy não falaram nada desde que chegaram como um protesto por ter que sempre ir nesses encontros dos Weasley’s onde sempre se sentia fora do seu mundo. Olhando ao redor Hermione começou a achar que seu marido teria apenas se livrado dela e voltado para casa, e caso ele tivesse mesmo feito isso iria ouvir muito quando ela voltasse.

– Não fique parada que nem uma tonta, Granger. – ouviu a voz do Sonserino e levantou o rosto para olhar mais a frente. – Não estávamos atrasados?

Draco parara de andar e observou discretamente Hermione dar um sorriso torto e correr em sua direção pegando sua mão para não perdê-lo novamente. Ela começou a puxá-lo em direção a uma parte restrita onde a família Weasley, ela e Harry sempre ficavam para ver os jogos de Ginny.

Hermione começou a ver os ruivos de longe e já abriu um largo sorriso puxando Malfoy para andar mais rápido até perceber que muitas câmeras estavam apontadas para eles. Era o momento perfeito para começar o plano de nova imagem de Draco Malfoy. Apertou a mão do marido e o puxou para mais perto, pego de surpresa quase tropeçou em cima dela o que a fez rir.

– Mais cuidado, Malfoy. – sussurrou em seu ouvido percebendo os flashs em sua direção.

– Você que me puxou. – ele resmungou.

Granger teria até respondido se não tivesse notado que mais a frente estava Harry com Teddy ao seu lado. Viu no menino os olhos brilharem quando percebeu que Draco tinha vindo como prometera e antes que Potter pudesse sequer perceber o pequeno Lupin correu em direção ao casal Malfoy.

– Pegue ele. – Hermione sussurrou no ouvido do marido.

Draco franziu a testa até notar que Teddy corria na direção deles, quando o menino já estava quase os acalcando instintivamente Malfoy abaixou seu corpo para receber o abraço do pequeno Lupin que se jogou no loiro que o segurou no colo.

– Tio Draco.

– Hey, Teddy. – cumprimentou enquanto ia mais perto de Hermione que colocou uma mão no menino e outra nas costas do marido.

– Senti saudades,tio...

– Estou ficando com ciúmes assim. – Hermione brincou e os olhos do garotinho brilharam.

– Não precisa ficar com ciúmes, tia Mione. – Teddy falou estendendo os braços para que a morena o pegasse. E foi o que ela fez sorrindo.

– Agora você vem até mim né? – ela disse. – Até um minuto atrás parecia que só havia notado que Draco tinha vindo.

Malfoy deu um sorriso irônico.

– Não é culpa do garoto se eu sou mais legal.

Eles voltaram a andar em direção a área vip onde todos os amigos de Hermione se encontravam. Harry parecia aliviado quando viu quem estava com seu afilhado e logo sorriu mesmo irritado por ter tantos repórteres ali os fotografando.

– Teddy, você não pode sair sem um adulto. – o moreno disse enquanto Draco soltava o primo. Harry se virou para Hermione com a sobrancelha erguida. – Pensei que não viria mais, sempre é a primeira a chegar.

A castanha deu de ombros.

– Problemas na empresa. – respondeu dando-lhe um olhar intenso para que entendesse que mais tarde conversariam e sem que o marido dela percebesse, Harry assentiu. – Perdi muita coisa? É tudo culpa do Malfoy.

– Elas nem entraram em campo, Granger. – Draco respondeu olhando admirado para o campo.

Era uma visão que Draco Malfoy sempre iria amar. Lembrava da primeira vez que veio ao estádio com seu pai, fora para o jogo mundial de Quadribol em seu quarto ano e o final acabara sendo um fiasco mas nunca esqueceria da sensação que foi entrar naquele dia. Quadribol sempre seria uma paixão para ele. Muitos achavam que ele só entrou para o time em seu segundo ano para tentar superar o Potter, e em parte era verdade, mas na verdade Draco sempre amara a sensação de liberdade que apenas uma vassoura conseguia dar para si. No ar não tinha seu pai, não tinha exames, não tinha Potter, muito menos Voldemort.

– Estavam apenas cantando o hino. – Harry respondeu. – O jogo vai começar agora, parece que todos já sabem que Gina vai sair do time, ouvi fãs me xingarem falando que era minha culpa. – concluindo parecendo nervoso.

Hermione sorriu.

– As noticias correm rápido por aqui.

O moreno ia dizer algo quando sentiu um cutucão de George que estava ao seu lado, se virou para o cunhado.

– Ahn?

– Vai começar, calem a boca.

***

Malfoy mesmo achando que era acabar com seu orgulho admitiria para a Weasley que ela é uma ótima jogadora de Quadribol. Passou maior parte do jogo segurando suas próprias mãos apreensivo enquanto Hermione resmungava impacientemente ao seu lado.

– Eu realmente acho que isso é uma falta. – ela comentou durante o jogo. – Ela pegou o balaço e ficou jogando pro próprio time por muito tempo, esta errado.

– Não é falta Granger. – ele respondeu ainda com os olhos vidrados nas jogadoras. – Pode fazer isso.

– Mas eu nunca vi o Harry fazendo isso em Hogwarts. – Hermione protestou.

– Por que Hogwarts é um campo menor além de que é jogo amador, não profissional. – disse começando a se irritar.

Hermione balançou a cabeça convicta.

– Ainda acho que esta errado, eles deveriam ganhar um cartão vermelho direto e serem expulsos.

– E muito raro um jogador sair com o jogo em andamento, praticamente impossível. – Malfoy disse e virou o rosto olhando para sua esposa com o cenho franzido. – Cartão vermelho?

– Sim, que usam pra mandar algum jogador pro banco no futebol. – explicou-o.

– Futebol? – ele perguntou mais confuso ainda.

Granger revirou os olhos.

– Um dia iremos no mundo trouxa e verá jogos muito mais interessantes do que Quadribol.

Draco apenas ignorou para tentar voltar sua atenção para o jogo mas esse não era exatamente o plano de Hermione. Granger teve sorte de não ter sido jogada no campo pelo marido de tão estressado que ficou depois da sessão de perguntas sobre o jogo que ela fazia a cada segundo sem deixá-lo prestar atenção. Harry que ouvia o casal ao lado ficou confuso com isso já que lembrava muito bem de já ter explicado tudo para sua melhor amiga há alguns anos, mas logo viu o sorriso que ela tentava esconder por importunar Malfoy que não comentou nada.

O jogo já tinha começado a cerca de três horas quando Gina avistou o pomo e foi atrás o mais rápido que conseguiria, mas para sua infelicidade o apanhador do outro time também notara e voava em sua direção. O coração de Hermione parecia que estava sendo apertado e isso a deixou nervosa. Olhou novamente para a melhor amiga que voava rápido demais em direção ao outro jogador.

Tudo aconteceu muito rápido, um minuto ela ainda estava voando em direção a ele e segundos depois algo enroscou na vassoura dos dois fazendo-lhes perder o equilíbrio. Gina se pendurou na vassoura para não cair e olhou para baixo calculando quantos metros estava do chão, cerca de 30, não era uma opção pular.

Harry se levantou nervoso do banco que sentava pronto para pular no campo e correr até sua esposa se esquecendo até que o jogo continuava mas uma mão forte segurou seu braço, o moreno virou e viu que era Draco.

– Me solte, Malfoy. – rosnou.

– Não seja tonto, Potter. – disse com firmeza. – Elas vão perder o jogo se entrar.

– Melhor perder o jogo do que a vida. – Harry respondeu.

Hermione segurou o braço do marido com uma mão e a outra o braço do melhor amigo. Os dois olharam para ela que com a cabeça apontou para o campo fazendo todos os olhares voltarem para lá.

O jogador do time adversário havia estendido a mão para Gina depois que conseguiu voltar para sua vassoura e agora ajudava a ruiva a voltar para sua vassoura. Harry suspirou aliviado e Draco jogou-lhe um olhar arrogante de sabe tudo típico de Granger.

Mas sem dizer nada voltaram sua atenção para o jogo.

***

O jogo não durou muito mais depois desse acontecimento. As Harpias ganharam e um sorriso triste estava nos lábios da ruiva Potter quando finalmente desceu da vassoura pela ultima vez como jogadora profissional de Quadribol. A primeira coisa que Ginny fez foi correr até seu marido e jogar-se em seus braços o que pareceu deixar Harry Potter muito mais calmo. O beijo que deram em seguida estaria estampado nas capas dos jornais bruxos no dia seguinte.

– Você foi fantástica, maninha. – George disse dando-lhe um abraço apertado. – Tinha que ser é claro, depois de eu ter-lhe ensinado tudo.

Ela sorriu para ele enquanto revirava os olhos.

– É claro que seria fantástico. – respondeu e olhou ao redor. – Mamãe não quis vir? – perguntou com um certo desapontamento.

– Não faz essa cara, sabe que a dona Molly faz tudo por você. – o irmão disse. – Mas ela falou que era melhor ficar em casa pra fazer comida assim comemoraríamos quando terminasse o jogo.

A ruiva assentiu.

– Então a gente já vai? – Hermione perguntou. – Aqui tem gente demais.

Harry sorriu enquanto sua esposa gargalhava.

– Você tem que cuidar dessa sua fobia por pessoas. – ela brincou.

Granger revirou os olhos.

– Não respondeu minha pergunta.

– Se conseguirmos passar por esse formigueiro de repórteres. – Ginny respondeu já tremendo em imaginar o sufoco que passaria.

– Aparatem para A’toca.

***

Hermione e Draco foram os últimos a chegar na casa da família Weasley.

O Motivo? Hermione Granger. Antes de sair do estádio com seu marido lhe veio em mente que iria novamente para a casa de Molly sem levar nada e isso a perturbou. Molly e Arthur foram como pais para ela desde que perdera os seus e Hermione achava errado não levar nada já que sempre estava indo comer lá.

– Vamos primeiro em um supermercado. – ela falou quando seus amigos já haviam aparatado.

Draco fez careta.

– Acho que Wonka foi esses dias. – ele respondeu. – Não é nosso dever, você sabe, ir. Se quiser algo peça pros elfos comprarem.

Granger revirou os olhos.

– Não estou falando pra gente. – afirmou. – Temos que levar alguma coisa pros Weasley.

– Por que? O que ganharíamos com isso?

– Porque é educado. – resmungou irritada. – Não fazemos as coisas só por que podemos ganhar algo com isso.

– Não fazemos?

Hermione achou que era melhor irem do que ficar naquela confusão que era a saída dos torcedores. Apenas pegou a mão do loiro e aparatou para um mercadinho trouxa vinte e quatro horas que lembra de ter ido durante a caça as horcruxes. Suspirou aliviada por não ter ninguém no beco onde apareceram se não teriam muito o que explicar.

– Avisar antes de aparatar é sempre bom. – o Sonserino estava irritado.

Sua esposa não respondeu nada apenas começou a andar esperando que ele a seguisse o que logo aconteceu. Abriu a porta de vidro e ficou aliviada por lá dentro estar mais quente do que do lado de fora. Fora direto para a sessão alimentícia deixando o marido para trás. Draco olhava ao redor com uma mistura de irritação e surpresa. Nunca havia ido em nenhum outro mercado, nem bruxo e muito menos trouxa. Sempre lhe fora ensinado de que trabalho como ir ao supermercado não era de seu interesse, quem fazia isso eram elfos.

O homem do caixa observava seus únicos clientes com curiosidade. Draco observava enquanto Hermione andava pelos corredores cheio de comidas industrializados impacientemente. Ela estava cansada e louca para comer a melhor comida do mundo depois de sua mãe, que era de Molly Weasley.

– Porcaria de salto. – ela disse parando e se apoiando em uma das paredes ao seu lado. Abaixou e tirou primeiro o sapato de salto do pé direito em seguida do esquerdo.

– O que esta fazendo? – Malfoy perguntou enquanto olhava para ela.

– Meus pés estão doendo muito. – ela reclamou. – Me lembre de nunca mais usar salto.

– Isso é falta de higiene, Granger. – ele comentou.- Você imagina como esse lugar esta sujo?

Ela deu de ombros.

– Fique quieto, Malfoy. – a morena disse olhando pelas prateleiras procurando o freezer e assim que achou praticamente jogou seus saltos no loiro que pegou antes que caísse no chão e correu a procura dos sorvete que procurava.

– Tenha mais cuidado com as suas coisas. – ele respondeu. – O que é isso?

Hermione pegou dois potes de sorvete e começa a caminhar em direção ao caixa.

– Sorvete trouxa. – respondeu um pouco antes de chegar ao balcão.

O loiro queria perguntar mais coisas só que não achou que era um momento adequado.

– Quanto ficou? – ela perguntou.

– Quinze dólares. – o homem respondeu olhando para os dois curiosamente tentando se lembrar de onde já vira o rosto deles.

– Não tenho dinheiro trouxa. – Draco sussurrou no ouvido da morena.

– Mais eu tenho. – ela disse pegando sua bolsa e pagando o senhor.

Hermione pegou uma sacola onde colocou os potes assim que pegou seu troco estava prestes a sair quando o rosto do senhor que os atendeu se iluminou.

– Com licença. – chamou. – Estava imaginando onde já havia visto vocês dois antes e agora me lembrei. No noticiário. Vocês não são o casal Malfoy? Dono da empresa Malfoy?

Hermione sorriu docemente.

– Sim somos nós.

– Eu nunca imaginei que os veria na minha humilde loja. – o homem falou entusiasmado. – Sempre imaginei que nunca sequer iam no mercado!

A morena riu.

– Se fosse por ele não iríamos mesmo. – ela disse e quando notou que poderia entender de um jeito ruim continuou: - Draco gostaria de ficar na cama o dia inteiro.

O senhor riu.

– Então somos dois garotos.

Malfoy sorriu sem saber o que dizer, nunca tivera uma conversa assim com um trouxa antes. Os trouxas que já havia visto não acabaram bem já que fora durante seu tempo de comensal.

– Posso tirar uma foto de vocês? – ele perguntou pegando seu celular. – Minha mulher nunca vai acreditar que foram vocês mesmo que entraram aqui.

Granger assentiu.

– Claro.

Hermione se aproximou mais de Draco que ainda estava em silencio um pouco nervoso. Colocou a mão na cintura do loiro e logo o dono do estabelecimento apontou seu celular para o casal.

– Digam xi’s.

Hermione sorriu mas Malfoy não devido ao incomodo.

– Vamos meu rapaz, sorria.

A morena levantou o olhar e viu a expressão meio tensa do marido.

– Vamos Draco, sorria pra foto. – pediu.

– Estou bem assim. – ele disse e recebeu um cutucão da esposa. – Eu sorrio com o olhar e não com os lábios.

Ela pigarreou.

– Isso é o jeito dele dizer que não tem o sorriso bonito. – brincou.

Malfoy levantou a sobrancelha.

– Eu tenho o sorriso mais lindo que você um dia vai ver na sua vida. – falou convencido.

– Então mostre ele aqui. – o senhor pediu levantando seu celular novamente. – Vamos mais uma, por favor.

Hermione passou novamente o braço ao redor do marido e o apertou tentando dizer para sorrir e foi o que ele fez. Mais tarde quando esse senhor mostrasse a foto para sua esposa, ela iria rir ao ver o casal que não parecia nem um pouco glamoroso que sempre aparecia na TV. Hermione estava descalça com o rosto cansado enquanto ao seu lado estava um loiro deslumbrante segurando os saltos da mulher.

– Obrigado. – o homem agradeceu. – Voltem sempre que quiser.

– Até a próxima.

Draco fora o primeiro a sair seguido de Hermione. Assim que estavam longe de ouvidos trouxas ele perguntou uma coisa que acabara ficando na sua cabeça.

– Por que você tem dinheiro trouxa na carteira?

Ela olhou surpresa pela pergunta e em seguida deu de ombros.

– Ah... Por que eu moro no mundo trouxa, ué.

Malfoy parou de andar.

– Você não mora mais no mundo trouxa. – ele disse quando ela parou também para olhar pra ele.

– Sim... Eu só quis dizer que é costume. – ela falou rapidamente. – Vamos que já estamos bem atrasados.

E assim aparataram.

***

– Pensei que não viriam mais. – George disse assim que o casal se aproximavam. – Eu senti a tensão sexual durante o jogo, achei que não agüentaram e voltaram pra casa assim se saciariam.

Malfoy revirou os olhos.

– George, não fale isso na frente de uma criança. – Molly ralhou.

– Não tem tensão alguma. – Hermione disse andando até a mesa.

– Vixi... Se num casamento tão novo não tem nenhuma tensão vocês estão perdidos. – ele brincou.

– Onde vocês foram? – Harry perguntou tentando mudar de assunto.

– E por que você ta descalça? – Ginny continua.

– Comprar isso. – Hermione diz enquanto coloca a saco em cima da mesa.

– Sorvete? – indaga Harry.

A morena assente vendo o marido pegar uma cadeira e logo se sentando.

– Isso não explica por que esta descalça. – a ruiva insiste. – E por que Malfoy esta com seu salto?

George se levanta dramaticamente.

– Eu já esperava esse momento. – falou e todos os olhares voam até o ruivo. – Nós iremos te aceitar pelo o que você é Malfoy, mesmo sendo Sonserino, loiro, Malfoy, e até sendo um homem gostando de se vestir de mulher.

– Eu não gosto de me vestir de mulher! – Draco ralha.

Gina e Harry começam a rir.

– Não precisa negar, cara. – George continua. – Estamos aqui para sermos compreensivos.

Hermione sorri e pega novamente os potes de sorvete.

– Vou colocar isso na geladeira. – ela disse mas ninguém pareceu ouvi-lá.

Virou-se e foi em direção a cozinha enquanto ainda ouvia os protestos irritados de Draco e George zuando ainda mais com a cara do loiro. O caminho que Hermione fez ela já sabia fazer quase de olhos fechados. Ainda se lembrava de todas as vezes que acordara no meio da noite nas férias depois da guerra e vinha para o primeiro andar encontrar Rony escondidos assim poderiam namorar um pouco sem Harry ou Gina no meio.

Abriu o freezer quando chegou e guardou os potes para o sorvete não descongelar.

– O que aconteceu hoje? – ela se assustou com a voz do Harry vindo do seu lado.

– Harry! – exclamou. – Não me assuste assim.

Ele sorriu como se pedisse desculpas.

– Fui comprar o sorvete. – ela explicou.

– Não agora. – ele balançou a cabeça negativamente. – Estou falando de antes do jogo, você me falou que contaria depois.

Hermione suspirou e se encostou na parede olhando ao redor pra ver se não tinha ouvindo e logo continuou:

– Os sócios da empresa querem tirar Draco da posição de diretor.

Harry franziu o cenho.

– E podem fazer isso? – perguntou. – Por que?

– É difícil mas podem. – ela respondeu derrotada. – Estou tentando com ele mudar a opinião dos investidores mas estou realmente nervosa.

– É tão ruim assim?

– Harry, Draco só conheceu essa vida de riquinho. – Hermione disse. – Não sei como ele reagiria perdendo tudo de uma hora pra outra, a família dele já perdeu o nome que agora esta manchado, perder a empresa, a casa e todo o dinheiro, eu... Acho que isso acabaria com ele.

Harry assentiu.

– Vocês vão dar um jeito, você sempre dá Mione.

Ela sorriu e ele a abraçou forte.

– Por que estão demorando tanto? – Gina gritou do outro cômodo. – Tenho algo pra contar.

Hermione e Harry se soltaram e entreolharam já sorrindo com medo do que a ruiva estaria aprontando agora. Voltaram para a sala onde todos estavam quietos olhando para a senhora Potter esperando para saber o que ela tinha pra contar.

– Estamos aqui. – Hermione falou se sentando ao lado do marido. – Fale logo ruiva.

Ela sorriu ainda mais e olhou pra Harry.

– Harry... Me desculpe por não contar pra você primeiro. – Gina pediu entusiasmada. – Mas achei melhor contar para todo mundo de uma vez, eu estou tão feliz e queria falar logo, só que era melhor contar depois do meu ultimo jogo...

– Fale logo Ginevra. – Molly pediu. – Esta me deixando apreensiva.

Gina sorriu.

– Estou grávida.

O silencio reinou pela sala pelos próximos segundos. Todos estavam em choque, o primeiro a sair fora Draco que virou para olhar sua esposa que estava com uma expressão surpresa no rosto. Harry piscou varias vezes.

– Eu... Vou... Ser pai?

A ruiva assentiu.

– Seremos pais, Harry.

Nessa hora todos pareceram acordar. Potter deu um pulou e puxou sua esposa para um abraço e Hermione colocou a mão na boca ainda surpresa e feliz por ver seu melhor amigo começar a família que tanto desejava fazia tempo.

– Nós vamos ser avos, Arthur. – Molly falou. – Avos.

– Não é como se vocês já não fossem avos. – George fala. – Sei que o Gui esta mais pra o adotado da família mas ainda devemos considerar nossa pequena Victorie da família.

– Cale a boca George. – Molly disse indo abraçar a filha. – Meu bebe vai ter um bebe.

Hermione deu um pulo e ficou em pé correndo até Harry o abraçando com força.

– Parabéns Harry. – ela disse sorrindo.

– Eu vou ser pai, Mione. – ele disse contra o cabelo da castanha. – Vou ser pai.

Ela o soltou e não conseguia conter o sorriso ao ver o sorriso enorme na boca do melhor amigo.

– Parabéns Potter. – Malfoy disse ainda sentado.

– Obrigado, Malfoy. – Harry agradeceu.

– Mione eu vou ser mãe. – Gina fala quando Hermione a abraça.

– Eu vou ser tia. – Hermione disse. – E madrinha certo? Você não teria coragem de chamar mais ninguém pra ocupar o meu posto, certo?

Gina a soltou sorrindo.

– Claro que não. – disse passando a mão na barriga. – Você vai ser madrinha do meu pequeno garoto.

– Quantos meses esta?

– 5 semanas. – ela respondeu.

– Ainda não da pra saber que sexo é. – Hermione disse convicta.

– Eu sou a mãe, eu sei. – Gina falou sorrindo.

Granger sorriu mais ainda.

– Com mãe não se discute.

Gina estava prestes a brincar quando todos ouviram uma voz que não estava presente antes dizer:

– Eu acabei de ouvir certo? Eu vou ser tio?

O estomago de Hermione pareceu ganhar vida. Ela conhecia aquela voz tão bem quanto poderia mas não queria acreditar que era mesmo ele. Não agora. Ela não queria ter que passar por aquilo agora. Mas mesmo assim automaticamente todos da sala se viraram para porta e viram um ruivo parado com uma mala na mão.

– Rony?


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Notas finais do capítulo

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