P.O.V Obi-Wan
Quando terminei de contar minha historia, olhei para Anakin e Padmé a procura de ver suas reações. Anakin estava estático, assim como sua esposa.

– Eu devia ter lhe ajudado quando ví que estava com Padmé, mas eu estava com medo de que minha visão na caverna de Dagobah se tornasse real. Mas no fina, de nada adiantou. Parece que a visão estava certa. Eu causei mesmo tudo aquilo – Prossegui, olhando fixamente para o chão.

Percebi que Anakin agora estava de pé ao meu lado e sua mão repousava sobre meu ombro.

– Você sabe como eu me senti e foi compreensivo comigo. Agora, eu sei como você se sente. E serei compreensivo com você – Falou sorrindo.

P.O.V Anakin

Quando Obi-Wan me contou tudo aquilo, eu fiquei sem reação. Me senti na pele de Obi-Wan quando descobriu sobre Padmé e eu. Era muita coisa para engolir de uma só vez. Ele me apoiou naquele momento, mesmo que no fundo ainda estivesse chateado com aquilo tudo. E eu retribui da mesma forma. Dando-lhe todo o apoio possível.

Após um bom tempo conversando, a noite chegou. Entrei no quarto junto a Padmé. Deitamos e ela se aninhou junto ao meu peito.

– Lembra de quando nos conhecemos - Ela sorriu

– Faz tanto tempo...Eu era apenas um garotinho escravo de 10 anos. Lembro que quase não dormi na noite que sai de Tatooine. Sinto tanta falta da minha mãe... – Senti algumas lágrimas a ponto de caírem.

– Ela era tão gentil, Anakin..Ela estaria orgulhosa de você agora. – Padmé sorriu.

– Ela amaria ver você ,Luke e Léia... – Disse eu, pensando como tudo seria se minha mãe ainda estivesse viva.

– Eu sei que ela está amando ver você Ani, onde quer que ela esteja. – Padmé sorriu

– Assim espero, anjo. – Falei ao dar um beijo em Padmé.

Ouvi um choro baixo vindo do berço dos gêmeos.

– Acho que alguém acordou. – Disse Padmé indo em direção ao berço das crianças.

Ela foi até o berço e trouxe as duas crianças para a cama em que estávamos e me passou Luke, enquanto segurava Léia.

Passamos um tempo apenas admirando as crianças juntas, até que o silêncio foi cortado por risadas nossas e das duas crianças.

Léia ria e brincava alegremente com os cabelos de Padmé, enquanto Luke achava estranhamente cômico o fato de eu ter uma prótese metálica no lugar na mão. Alguma coisa me dizia que quando Luke ficasse maior ele iria dizer que eu tinha uma mão estranha. Ou que eu tinha uma mão muito legal. Ou as duas coisas.

Léia parecia uma princesa. Adorava mexer nos longos cabelos de Padmé e gostava de mexer no seus belos e curtos cabelos infantis. Era uma garota linda, que se parecia extremamente com Padmé. Talvez quisesse ser uma politica assim como a mãe. Ou talvez uma pequena Jedi.
Luke era quem mais dava pistas de que seria um Jedi. Frequentemente tentava pegar meu sabre de luz, que era grande e perigoso demais para suas pequenas mãos.

Aos poucos o silêncio do sono foi tomando conta. As crianças bocejavam e logo fecharam os olhos, caindo em sono profundo, aninhados a mim e a mãe.
Meus olhos começaram a pesar. Talvez eu tivesse pela primeira vez uma boa noite de sono, sem pesadelos com o Imperador. Somente sonhos bons, com minha família.

Finalmente um pouco de paz.