Como Domar o seu Chefe escrita por Atena


Capítulo 5
Regra n5 - Não chegue atrasada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpe a demora.
Espero que gostem.



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Eu não lembro quando exatamente eu dormi, se foi logo depois de eu chegar na casa do Sasori ou enquanto nossas roupas eram jogadas pelo chão da sala. Tudo bem, talvez tenha sido um pouco depois disso. Só sei que acordei em uma cama macia com um braço envolvendo a minha cintura.

– Bom dia. - Escutei a bela voz daquele ruivo.

– Pensei que tinha dito que me levaria para a minha casa. - Falei, brava. Mas logo depois sorri. - Bom dia. - Selei nossos lábios.

– Foi sua culpa. Você que veio pra cima de mim. - Virou o rosto, emburrado. Apenas sorri e beijei sua bochecha. Ele virou bruscamente, ficando por cima de mim.

– Para de ficar me beijando assim, ou não me responsabilizo pelas consequências. - Murmurou, me encarando profundamente.

– Eu não gosto de coisas com responsabilidade. Espero que saiba, tudo o que acontece nesse quarto é sem compromisso. - Encarei de volta, tocando seus ombros. Ele sorriu de canto. Me martirizei por lembrar de Sasuke. Eu via o Sasuke ao invés de Sasori e me sentia culpada por isso. O que o ruivo disse depois mudou um pouco esse sentimento.

– Ok, sem compromisso. Isso melhora as coisas.

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– Bom dia, Sasuke. - Falei com desânimo quando cheguei no escritório. Eu mal conseguia manter meus olhos abertos, minhas olheiras eram o Grand Canyon e meu corpo todo doía, tanto quanto minha cabeça.

– Está atrasada. - Ele disse, conferindo uns papéis em sua mesa, nem havia direcionado o olhar para mim. Eu estava tão acostumada com as férias que esqueci que teria que trabalhar naquela manhã, e lá estava eu na casa do Sasori, quando lembrei e olhei a hora. Nunca cheguei tão rápido.

– Desculpe. Tive umas distrações. - E que distrações. Caham.

– Faz uns três anos que você não se atrasa. Tem alguma coisa relacionada com meu casamento? - Perguntou, finalmente erguendo o rosto para me encarar.

– Um pouco. - Sorri constrangida.

– Eu também estou de ressaca, não se preocupe. - Ele disse, sorrindo de canto. Como ele conseguia disfarçar uma ressaca tão bem? Eu estava quase caindo ali, e ele com a mesma compostura de sempre. Profissionalismo é com ele mesmo. - Bom, faz um tempo que você não aparece, e eu estou completamente necessitado do seu café. Pode pegar para mim?

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– Meu Deus, como eu precisava disso. - Murmurou quando deu o primeiro gole no café. - Acho que a Karin nunca fez um café na vida, foi uma semana difícil. - Eu soltei uma risada. Ele me encarou, sério, pensei que ia ser demitida na hora, mas então ele sorriu, e riu comigo.

– Só eu sei fazer esse café, receita secreta. - Falei, com o dedo indicador sobre meus lábios. Ele sorriu de novo.

– Ótimo, mas tem outras coisas que a Karin não sabe fazer, como separar pilhas de documentos, responder os sócios, organizar a agenda...

– Tudo bem, me diga o que ela sabe fazer, acho que vai ser mais fácil. - O interrompi, em brincadeira.

– Acho que não posso dizer isso alto. - Ele respondeu, sorrindo de canto. Era brincadeira, não pensei que ele fosse mesmo responder. De qualquer forma, aquilo me deu enjoo. - Aqui, tenho essa papelada toda para conferir.

– Tudo isso?! - O que aquela inútil da Karin estava fazendo aqui esse tempo todo? Tudo bem, não quero saber a resposta. Me aproximei.

– Sakura, por que você está com cheiro de perfume masculino? - Ele perguntei assim que cheguei perto. Senti que iria explodir com aquela pergunta. Vou matar o Sasori depois.

– Eu gosto de perfume masculino. - Sorri, sem graça, gaguejando. Sakura, nem para mentir você serve.

– Não, você não gosta. Eu sei que perfume você usa desde sempre. - Ele disse com uma sobrancelha arqueada. Eu fiquei sem resposta, ele realmente sabia, tanto que era ele que sempre me dava de presente o tal perfume. - Bom, deixa para lá, não sendo algum daqueles primos pervertidos da Karin que foram ao casamento, tudo bem. - Disse, por fim. Gelei dos pés à cabeça. Esse homem lê mentes, não é possível.

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Chegando em casa depois de um dia de trabalho não muito agradável, tomei um banho, me vesti e me joguei na cama, exausta. Estranhei quando encontrei um relevo na minha cama.

– Sasori?! - Gritei, assustada, sentando na cama.

– Eu estava te esperando. - Ele disse, sentando ao meu lado e passando os braços em minha cintura.

– Como você entrou aqui? - Perguntei. Mesmo confusa, passei os braços em torno de seu pescoço.

– Pela porta. - Respondeu, arqueando os ombros. - Você deixou sua chave lá em casa. Coloquei ela em cima da mesa.

– Aham. - Falei lentamente, estreitando os olhos. - E por que está aqui?

– Você disse que tudo o que acontecesse no meu quarto era sem compromisso. Então eu vim até o seu. - Sussurou, mordendo o lóbulo da minha orelha. Jesus, me abana! Se controla, Sakura.

– Meu chefe disse para não me aproximar dos primos pervertidos da Karin, me desculpe. - Falei, fechando os olhos e virando o rosto. Ele riu.

– Diga para o seu chefe que ele não é seu pai, isso aqui não é seu emprego. Você manda na sua própria vida fora daquela empresa, sabia?

– É, mas ele me mata mesmo assim. - Ri com ele. - Ele diria que sou irresponsável.

– Eu não gosto de coisas com responsabilidade. Mas eu gosto de compromissos. - Murmurou, próximo ao meu pescoço.

– Eu... Não entendo. - Falei, suspirando pelos arrepios que seu hálito me proporcionou.

– Sakura... - Segurou meu rosto, me encarando profundamente. - Estou apaixonado por você. - Disse, pouco antes de tomar meus lábios.

Não, isso não... Droga, Sasori, não faz isso comigo!

Claro que eu não consegui resistir ao beijo dele. Sinto que estou enganando ele, eu sei que não amo ele dessa forma. Mas, pode ser uma oportunidade para esquecer o homem que eu amo, que por sinal está casado.

Pronto, cometi todos os pecados possíveis ao mesmo tempo, mas já tem um lugar reservado para mim no inferno mesmo, então porque não aproveitar?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, vou tentar postar mais rápido agora que estou de férias.
Beijos.