Como Domar o seu Chefe escrita por Atena


Capítulo 3
Regra n3 - Seja o motivo das brigas


Notas iniciais do capítulo

Voltei, espero que gostem.



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– Sakura, a Karin e eu vamos ver a decoração hoje à tarde. Gostaria de ir? – Sasuke me perguntou enquanto eu lhe entregava seu café. Falta uma semana para o casamento, já estava quase tudo decidido, falta apenas a decoração, se não me engano.

– Então... – Eu iria responder que tinha outras coisas para fazer, mas Sasuke me lançou um olhar tipo: “Isso não foi uma pergunta”. – Eu adoraria.

– Ótimo. Você está fazendo um ótimo trabalho, Sakura. Tem um bom gosto. – Disse, tomando um gole do café.

– Obrigada. Também estou adorando ajudar, você e Karin são um belo casal. – Eu falei, meio que duvidando das minhas próprias palavras. Sasuke fez uma cara de desgosto. – O que foi?

– Falta açúcar. – Ele demorou um pouco para responder. Não, não falta açúcar, isso é impossível. Eu faço esse mesmo café há anos.

– Quer que eu coloque mais? – Perguntei, estranhando o fato de eu ter errado no café do meu chefe. Ele negou com a cabeça e tomou o resto, sem pestanejar.

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– Acho que deveria ser vermelho, com algumas coisas brancas. Não acha, querido? – Karin perguntava a Sasuke enquanto olhávamos algumas malhas, flores e tecidos para decoração.

– Por que vermelho? – Sasuke perguntou. – Acho muito chamativo.

– Mas combina com meu cabelo. – Ela resmungou. Oi, meu nome é Karin e eu sou o centro do universo.

– Tem que ser algo mais delicado, tons pastéis. – Falei, sem pensar. Quando notei que os dois viraram para mim, me encarando, senti minhas bochechas esquentarem. – Quer dizer... Só dando minha opinião, sabe... – Balancei os braços em frente ao corpo.

– Concordo. – Sasuke disse. – O que sugere, Sakura? – Fiquei nervosa com toda aquela atenção, mas escondi muito bem e me preocupei em demonstrar meu bom gosto. Caham.

– Tem que ter detalhes pequenos em branco, pois é a cor essencial. Agora, o centro de tudo mesmo, tem que ser em algum tom pastel, como esse verde, ou esse azul... – Falei para eles, apontando para alguns tecidos organizados por tonalidade.

– Gostei desse cor-de-rosa. – Sasuke disse.

– Muito brega. – Karin reclamou.

– É delicado, e combina perfeitamente com o resto da decoração. – Sasuke argumentou. A ruiva apenas bufou. – Vamos levar esse.

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– Vai seguir tudo o que a rosada diz? Aproveita e casa com ela também. – Os dois discutiam enquanto voltávamos. Eu apenas olhava pela janela.

– Ela tem um ótimo gosto e sabe o que vai ficar bom ou não. – Sasuke dizia, tranquilo.

– Primeiro o vestido, depois a aliança, agora a decoração. O que sugere, Sakura? Ótima ideia, Sakura. – Karin me imitava, fingia que eu nem estava ali. Eu não a tratava tão mal, porque essa revolta comigo? Quer dizer... Ela não ouvia meus pensamentos, certo?

Eu me sentia mal pela briga dos dois. Não era minha intenção que Sasuke desse mais atenção a mim, não nesse momento. Odiava interferir no relacionamento dos outros, e se estão brigando, é por minha culpa. Me sinto mal. Limpei uma lágrima assim que chegamos e saí do carro, meio que com pressa.

– Sakura? – Escutei Sasuke me chamar, mas não dei muita bola. A última coisa que eu queria era ter que explicar o que eu sentia para alguém. Principalmente se esse alguém é o culpado por isso.

– O que ela tem? – Escutei Karin perguntar para ele. Seu tom não era de preocupação e sim de sarcasmo.

– Não sei. – Sasuke disse por último, antes que eu me afastasse o suficiente para não ouvir mais nada.

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Eu me olhava no espelho do banheiro do escritório. Já havia dado um jeito na maquiagem para que ninguém notasse as olheiras, olhos vermelhos e tudo mais. O problema é que se um drogado passasse por mim iria querer me cheirar. Dá para rebocar uma parede com o tanto de pó que eu tive que passar para disfarçar isso, pareço até a Karin. Não gosto de passar muita maquiagem, mas né.

Saí do banheiro com passos firmes, seguindo para a sala de Sasuke.

– Com licença. – Pedi, entrando. Ele estava sentado em sua mesa, como sempre. Os olhos baixos, lendo um documento qualquer. Não levantou os olhos para me encarar.

– Feche a porta. – Pediu. Fechei e me aproximei.

– Precisa de algo? – Perguntei. Ele me olhou pela primeira vez. Ficou alguns segundos me encarando, sem dizer uma palavra. É constrangedor. – Sasuke?

– Sente-se. – Apontou para a cadeira ao meu lado. Estranhei, mas sentei. Ele colocou o documento que lia para o lado e apoiou o queixo nas mãos. – Sabe, Sakura... Karin acha que você está atrapalhando o nosso noivado. – Abaixei a cabeça ao ouvir aquilo. Eu já sabia.

– Tudo bem. – Falei, calma.

– O problema é que eu realmente precisava que você nos ajudasse. Eu preciso desse casamento, Sakura. Mas, no momento, a única forma que você pode nos ajudar é dando um tempo. – Meu coração disparou quando ouvi aquilo dele. Eu estava sendo despedida, é isso?

– Está me despedindo? – Perguntei. Não que eu teria problemas para arranjar outro emprego, nada disso. Mas, esse é meu trabalho há muito tempo, e eu gosto.

– Não exatamente. Só até o casamento. Acho que depois disso, Karin te deixa em paz. Não leve a mal, Sakura. Eu adoro trabalhar com você e é a melhor secretária que eu já tive. Vou pedir para Karin ficar por aqui me ajudando enquanto você está fora. – Ele dizia. Eu estava prestando o mínimo de atenção. – Vamos dizer que você está de férias. É só uma semana, tudo bem? Quero você no casamento, e no dia seguinte volta ao trabalho.

– Claro, tudo bem. – Respondi, estava tentando não demonstrar minha tristeza. Eu sei que é só uma semana e que eu estou de férias apenas, mas sabendo que é porque sou considerada um estorvo...

– Vai ser a pior semana desse escritório, acredite. – Sasuke riu, tentando quebrar o clima que havia se formado ali. Ri também, tentando descontrair.

– Posso ir, então? – Perguntei, já indo pegar minha bolsa.

– Espera... Pode organizar as pilhas para mim? Por favor. – Ele pediu, apontando para pilhas de papéis em cima da mesa. – Não sei se Karin consegue fazer isso. – Dessa vez eu ri, sem falsidade. Sasuke tinha uma pequena dificuldade em organizar as pilhas de documentos.

– Tudo bem. – Falei, indo até a mesa dele. Deixei todas as pilhas organizadas e escrevi o que era cada uma, para que ele não se perca.

– Obrigada. Não sei o que seria de mim sem você. – Ele riu. – Tenha uma boa semana. Se precisar de algo é só pedir. Até o casamento. – Ele disse, nos despedimos e eu saí.

Até o casamento, ele disse. Por mais que ele tentasse, eu me sentia mal. Não sei quem é mais culpada, se sou eu, ou Karin.

Eu sei o que seria de você sem mim, Sasuke. Seria o mesmo que é hoje. Vem de você, não de mim.


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Notas finais do capítulo

Haha tadinha... Espero que tenham gostado.
Beijos.



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