Como Domar o seu Chefe escrita por Atena
Notas iniciais do capítulo
Voltei!
Espero que gostem.
– Foi ótimo. Sua noiva é adorável. - Respondi. Será que um tombo da janela do 5º andar dói muito?
– Que bom que se deram bem, porque quero que seja a nossa conselheira de casamento. Ajudará com a organização e é claro, será nossa madrinha. - Cê tá tirando com a minha face né? Sério, alguém me mata? Bem rápido e indolor, por favor.
– Tudo bem, seria uma honra. - Honra? Honra é o caralho! Se Sasuke soubesse o que se passa na minha cabeça...
– Ótimo. Agora, está dispensada. - Ele disse, se levantando. - Tenho que ir para casa. Acredito que Karin gostará da madrinha que escolhi. - Ele sorriu.
Eu não teria tanta certeza, querido Sasuke.
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Cheguei em casa e fui tomar meu banho bem quente. Vocês já pensaram em como o chuveiro é maravilhoso? Ele é meu melhor amigo, além de escutar meus shows sem reclamar, ainda me ajuda a pensar na vida.
– Ai ai, Sasuke... Você está mudando. - E por um breve momento, senti falta da época em que éramos mais amigos do que apenas colegas de trabalho. Ele estava apenas começando com sua carreira, o dinheiro ainda não lhe tinha subido à cabeça e não conversávamos formalmente o tempo todo. Ele esqueceu de tudo aquilo.
Depois do banho, fui direto para a cama. Amanhã seria um longo dia. É sério, e você vai ver o porquê.
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– Sasuke, meu amor, por que nossa madrinha tem que nos acompanhar até na hora de comprar as alianças? - Karin perguntou, toda cheia de não-me-toques.
– É Sasuke, por que? - Perguntei baixinho, para ele não ouvir.
– Disse algo, Sakura? - Ele perguntou, ouvindo meus murmurios.
– Nada. - Continuei olhando os anéis atrás dos vidros.
– Karin, Sakura é nossa madrinha, tem que nos acompanhar em tudo. - Ele respondeu a sua pergunta anterior. Sasuke é estranho. Madrinhas não acompanham em tudo.
– Acho desnecessário. - Ela disse para ele. Tentou dizer baixinho, para que eu não escutasse, mas não funcionou.
– Eu acho seu casamento completamente desnecessário e não falo nada. - Murmurei.
– Hm? - Sasuke virou-se para mim novamente.
– Nada.
Depois de muita discussão, Karin concordou com a aliança que Sasuke escolhera. Era com esmeraldas.
– Ah, mas eu queria a de diamantes. - Ela reclamou enquanto estávamos voltando. Sasuke tinha saído antes, tinha sido chamado ao trabalho, então tive que voltar sozinha com o Seu Siriqueijo.
– Bota na sua cabeça que Sasuke não gosta de diamantes. - Falei tranquilamente, olhando despreocupada pela janela do carro.
– Como você sabe? - Ela perguntou.
– Já esqueceu do episódio do vestido? Eu conheço ele há mais tempo que você. - Respondi, ainda sem encará-la.
– Sakura... Me responda sinceramente. - Ela pediu, virei para ela.
– O quê? - Perguntei, sem o mínimo interesse.
– Você e Sasuke já tiveram algo? - Ela abaixou os olhos, como se temesse minha resposta.
– Não. - Rápido e fácil, eu sou muito prática. Ela continuou em silêncio. Eu sabia que ela não se sentia segura com o noivado. - Não se preocupe, ele gosta de você. - Eu disse, voltando a olhar pela janela.
– Não tanto quanto gosta de você. - Murmurou.
– Disse algo? – Perguntei.
– Não. – Ela respondeu, e virou-se para o outro lado.
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Chegamos ao escritório e Sasuke logo disse para Karin ir para casa, como sempre fazia. Parei para pensar em como Sasuke a tratava com indiferença muitas vezes. Eu sei que ela é horrível e tudo mais, mas também não precisa humilhar.
– Por que trata sua noiva com indiferença? – Perguntei quando ela já tinha saído.
– Não a trato com indiferença. – Ele respondeu.
– Trata sim, sempre a manda embora logo, é rude com ela e não demonstra carinho, pelo menos não quando estão em meio aos outros. – Continuei.
– Sakura, entenda, eu tenho uma reputação no mundo da contabilidade. Sabe que não posso demonstrar romance em público. – Ele respondeu, tomando mais um gole do café que eu a recém havia preparado e já estava no fim.
– Mas aposto que também não demonstra quando está sozinho. – Falei.
– Bobagem. – Pegou uma papelada no canto da mesa.
– Você mudou, Sasuke. – Falei, abaixando a cabeça. – Quando precisar de algo, peça para a sua reputação arranjar para você. – Eu ia saindo, quando senti sua mão segurar meu braço. Virei para encará-lo, ele estava de cabeça baixa. – O quê? – Perguntei.
– Desculpe-me. – O quê? Sasuke pedindo desculpas? Jesus, um milagre aconteceu. – Eu só... Não sei. Por favor, continue comigo, acho que eu ia me perder nessa papelada sem você. Inclusive, não faço a mínima ideia do que fazer com aquela pilha. – Ele apontou para uma das pilhas de papéis. Não consegui evitar um sorriso. Caminhei até a mesa.
– Essa pilha é dos custos do último projeto, essa é dos relatórios da produtividade da filial 1 e essa é das mensagens do sócio. – Separei e disse com clareza para que ele entendesse. Ele sorriu.
– Obrigada. Pode ir descansar. – Ele disse, voltando a sentar em sua mesa.
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Quando abri a porta do escritório, dei de cara com Karin, escorada na parede, com a cabeça baixa.
– Karin, o que faz aqui? – Perguntei.
– Shiu, fala baixo, Sasuke me mandou ir para casa, se souber que eu não fui, vai me matar. – Ela tapou minha boca. Me livrei de sua mão.
– Tá, mas por que está aqui?
– Por que... Bem... – Ela abaixou novamente a cabeça. – Acho que o meu noivo não me ama. – Ah, não tem como amar mesmo.
– Por que acha isso? – Perguntei.
– Já desconfio há um tempo, ele nunca demonstrou nenhum afeto por mim. Ontem, quando dormimos juntos, ele disse o nome de outra mulher... – Ela falava, triste.
– De quem? – Perguntei.
– Eu... Não escutei direto. – Ela desviou o olhar. Aí tem.
– Fique tranquila. Como eu já disse, ele gosta de você. Boa noite. – Falei e continuei meu caminho.
– E como eu já disse, não tanto quanto gosta de você. – Murmurou pela segunda vez.
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Espero que tenham gostado.
Beijos.