A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 6
Você Existe E Nisso Eu Decaí


Notas iniciais do capítulo

olá meus amores, voltei e estou muito animada! Quero ver o que vocês (leitores novos) vão achar do beijo que vai rolar hoje (sim, eu dei SPOILER lalalalalalala, me julguem)
Nos vemos nas notas finais.
P.S: eu to passando a colocar as músicas no capítulo, fica mais fácil.



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"Eu sou o protagonista

 E as mentiras que eu crio são tão confusas

 Oh tão confusas"

This Ain't A Scene, It's An Arms Race - Fall Out Boy

                                                                ANNABETH

                                                       Música - para o capítulo

Dias depois no palácio...

Todos os participantes estavam lá em baixo para o jantar, eram completos desconhecidos, e isso me deixava mais nervosa. Eu conversava sobre isso com as minhas criadas. Enquanto elas ouviam tudo o que eu dizia atentamente, ajustavam cuidadosamente meu vestido azul ‘tomara que caia’. Quando finalmente desabafei tudo o que tinha para falar (sem nenhuma delas dizer se quer uma palavra) Piper – Uma das criadas – disse:

— Vossa Alteza, não tem que ficar com medo – Elas eram minhas novas criadas, então me tratavam com muita formalidade, mesmo eu falando a todas que não era necessário. – Tenho certeza que a senhorita vai achar seu “príncipe encantado” – Falou suspirando levemente.

Eu ri junto com as meninas sobre o comentário de Piper. Ela é muito sentimentalista e achávamos isso engraçado. Mas cortando o nosso riso, Hazel falou:

— Eu acho que Vossa Alteza pode aproveitar bastante, mas seja cautelosa, pode haver rebeldes ou mal intencionados entre os participantes. Acredite, é mais comum do que se pensa, uma vez eu quase cheguei a namorar um rebelde sulista, mas quando descobri seus planos, fui embora o mais depressa que pude.

Calipso confirmou com a cabeça e completou:

— Mas não se esqueça de ficar com os mais gatinhos, hein?! Se não for pedir demais, os que você não quiser, pode apresenta-los para mim, já que o que mais está faltando, é boy na minha vida.

Nós caímos na gargalhada imediatamente, mesmo que aquilo não fosse exatamente engraçado. Hazel curvava o corpo de tanto rir, e era de uma forma muito cômica. Então Thalia apareceu na porta, e dizia que todos estavam à minha espera. Perguntei:

— Algum último conselho?

— Não se mostre fácil. Seja desafiadora, você precisa descobrir os que estão ali verdadeiramente por você, mas ao mesmo tempo não deixe de se entrosar, lembre-se que isso não para te torturar, você pode sim se divertir. Porque sendo do contrário, possivelmente irá espantá-los de forma nada agradável para ambos os lados.

—Pode deixar capitã. Mas, e se eu quiser espantá-los? – Brinquei

— Você não gostaria nada do resultado. Agora vai logo, espertalhona!

Saí do quarto rindo, pensando no como a Thalia tinha se tornado uma pessoa tão especial para mim em pouco tempo – o que particularmente, é muito difícil comigo – E com isso fui para escada, perdendo completamente o sorriso, ficando apavorada com o que poderia encontrar. Respirei fundo, joguei os ombros para trás ajeitando a minha postura, e me concentrei onde todos os participantes podiam me ver. Não esqueci o conselho de Thalia e lancei um olhar desafiador para cada um deles. Mas acabei perdendo um pouco o compasso do meu andar, nos olhos verde-mar de um dos participantes, e fiquei assustada “Eu sonhei com ele, eu sonhei com ele...” era só o que eu conseguia pensar. Apesar de tudo, voltei a ter foco e resolvi me concentrar na minha entrada, que tinha de ser a melhor possível, afinal, em dois dias já teria que eliminar 8 candidatos.

Quando cheguei na mesa, onde os garotos babavam pelo decote e pela fenda do vestido que subia ao meu andar – prestes a cometer um grande erro, contrariando tudo que Thalia me disse por ser puramente estúpida - mostrei meu rosto mais acolhedor e disse:

—Bem vindos a minha casa. Não quero que se sintam presos aqui, então a qualquer instante que quiserem sair é só me alertar. Antes que me esqueça – fiz cara de cínica – se algum de vocês quiser apenas a coroa pode esquecer, tenha certeza de que na primeira oportunidade, vou enxotá-lo daqui sem a mínima piedade. Estando avisados, podemos comer?!

Nenhum deles respondeu, todos estavam de cabeça baixa, menos o garoto de olhos verde-mar, que ficava me encarando com um sorrisinho maroto nos lábios (que conseguia me tirar do sério nos meus sonhos e aqui também) parecendo que achava engraçado tudo aquilo que eu disse. Foi então a minha vez de ficar sem graça (por eu mesma saber que aquilo era puro fingimento devido ao meu medo, e desconfiar que ele sabia também), e sentar.

O resto do jantar foi silencioso. Meus pais estavam viajando, para tentar encontrar uma maneira de deter os rebeldes sulistas. Então era só eu e os candidatos. O mais tedioso, era que eu tinha que esperar todos subirem para os seus quartos, para eu enfim poder cair na minha cama.

Todos os garotos tinham ido dormir, porém – para a minha desgraça, devo acrescentar – tinha ficado apenas um, ele tinha um estilo meio gótico. Acho que lembro da ficha dele, e na foto, ele parecia até um pouco gay, tinha uma franja estranha, mas aqui, tinha até um certo charme nele, com aqueles cabelos castanho recém cortados e um olhar ameaçador. Ele – sem um pingo de juízo – se levantou, chegou bem perto de mim e cochichou:

— Não tenho medo de você. Todo esse seu jeitinho rebelde e ousado, me faz querer você só para mim, amor. Pode ter certeza de que não vai demorar tanto assim – estremeci. – Pensando melhor, prefiro que seja agora.

Depois de falar aquilo, ele me puxou com muita força sem que eu conseguisse evitar, e me beijou. Apesar de forte, eu consegui me afastar num golpe de segurança que eu aprendi com os guardas. Em seguida, dei uma joelhada, um tapa na cara do idiota e disse:

— O que você pensa que é? – Mesmo meio abaixado por causa da dor da joelhada, eu apontei o dedo para ele e completei – Você nunca, nunca, vai me ter.

— Vamos ver por quanto tempo... – mostrou um sorrisinho malicioso. – Alteza...

Ele subiu as escadas, se “curando” magicamente. Eu esperei até ele entrar no quarto – não queria ver aquele garoto no meu caminho – e então fui para o meu.

Enquanto saía daquele lugar, fiquei pensando no como nunca fui beijada daquele jeito, e o pior de tudo, no fundo eu gostei – mesmo que ter a língua dele dentro na minha boca, tenha sido uma sensação meio estranha.

Quando eu me dei conta, já estava dentro do meu quarto. As criadas perguntaram para mim como foi o jantar, e o que rolou, eu disse que amanhã contaria cada detalhe sobre o assunto, porém agora precisava dormir. Elas se entreolharam, mas respeitaram minha decisão e foram para o lado de fora.

Durante a noite, não consegui dormir porque fiquei pensando sobre mais sobre aquele beijo. Além de tudo, ficava pensando se aquele garoto queria mesmo me conquistar ou se ele percebeu algum desequilíbrio meu e aproveitou para se divertir com isso – apesar de fazê-lo da maneira mais bizarra. Me perguntava também se fiz a coisa certa ao dar uma joelhada nele e fazer todas aquelas “promessas” de que nunca seria dele – porque após a minha mente começar a focar pensamentos nele, poderia sim acontecer algum envolvimento, nunca se sabe o que o nosso coração pode aprontar com a gente - Tudo isso era muito confuso, mas o cansaço do meu corpo e cabeça, faziam com que tudo aquilo fosse apagado pelo sono, dando lugar a sonhos com o idiota de olhos verde-mar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram amores? Comentem e me digam suas críticas, sugestões, elogios, qualquer coisa.
Até o próximo capítulo!
Beijos, Quel.