A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 13
Coisas Boas Não Virão


Notas iniciais do capítulo

4/4
E a maratona termina por aqui. Quem sabe eu não faço mais uma no próximo final de semana?! Me digam se vocês querem
Boa leitura.
Beijos, Quel.



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"Sei que estão te cortando profundamente

Que sente as cicatrizes enquanto dorme"

Scars - Tove Lo

 

                                                               PERCY

                                                Música - para o capítulo

Annabeth com uma reverência brincalhona nos acompanhou até o jardim, onde por acaso, lembrei que precisava devolver uma coisa a ela.

— Annie, você deixou cair seu celular no meu quarto sem querer, tentei te mandar uma mensagem, mas você não respondeu.

A princesa pegou o celular e leu as mensagens juntamente a Nico

“ Annie, seu celular está comigo vem buscar...

                                                           23:47

Porque você não responde?

                                                           00:13”

Nico e Annabeth riam da minha cara, mas eu não compreendia o porque...

— Ei, Jackson, por acaso veio a sua cabeça que para ela receber a mensagem, teria que estar com o celular?

Foi então que eles desataram a rir, e eu como uma boa criança, fiz bico.

— Chora não meu neném! – Annie riu me fazendo carinho.

— Hey, eu também quero carinho - Nico choramingou – Mas não é para chorar nem rir que Percy e eu te chamamos, quer dizer, talvez haja choro ou riso, mas apenas depois da pergunta.

— Então falem logo, porque vocês sabem que eu odeio sentir angústia – Annabeth não levava a sério.

— Annie, quer namorar conosco? – dissemos Nico e eu em uníssono – Sabemos que depois você terá que escolher um marido, mas precisamos de você.

— Eu... hã...tenho que ir – a garota ameaçou correr, mas a seguramos

— A senhorita não vai a lugar algum até responder – Nico falou

— Pra falar a verdade, eu nem entendi a razão disso

— Seria tipo um pedido para você nos manter aqui até a final, até porque temos uma missão pra cumprir e isso seria tipo uma “garantia” – Nico explicava – Mas como não queríamos pedir essa garantia assim, na lata, resolvemos fazer ela na forma de um pedido de namoro, porque basicamente seria isso.

— Agora faz mais sentido. Mas mesmo assim parte de mim quer muito aceitar, afinal, poder “namorar” os dois caras que eu gosto, não acontece com todo mundo. Porém a outra parte diz que isso é errado e posso acabar prejudicando tudo.

— Não vai prejudicar ninguém – eu dizia

— Eu sou muito doida – ela revirava os olhos – Mas como não aceitar?

— Mas o que nós fazemos agora? – Nico perguntava – As coisas mudariam entre a gente?

— Tecnicamente sim, mas eu não serei essa namorada que estão pensando, vai continuar basicamente tudo como antes. Mas lembrando que esse pedido não é garantia nenhuma de que um de vocês será o futuro rei, somente os leva as finais.

— Entendemos. Mas agora vamos voltar as nossas atividades de nos ignorarmos ou vamos nos divertir? – Nico questionava

— Diversão, claro – Annabeth ria.

Não prestei muita atenção depois disso, estava fascinado com uma borboleta azul.

— Olhem a borboleta...

— Não começa, Cabeça de Alga – aquela linda garota me puxava.

— Okay, Sabidinha.

— Ei, e qual é o meu apelido? – disse Nico ligeiramente enciumado

— Hm, quem sabe...Caveirinha hahahaha – Annabeth ria – falando em diversão, que tal passarmos o dia com Max?

— Max? – O Caveirinha e eu falamos (cara, eu adorei o apelido dele hahaha)

— Meu irmão, tolinhos! Ele está precisando se animar.

— Okay. Então vamos lá buscar o seu irmão – dizia Nico

Assim que adentramos o palácio, havia dois casais virados de costas, cheios de malas, Annabeth nos deixou e abraçou os quatro que se viraram de frente revelando serem o rei, o Luke, a esposa dele e também a rainha – foi nesse exato momento que tive de me acalmar “Percy, não era Luke na noite do tiro, não era ele, você estava alucinando. Controle-se”

— Mãe, pai, Luke, Thalia!!! – ela gritava alegremente – Vocês voltaram!

Nico e eu fizemos pequenas reverências. Annie queria saber tudo sobre a viagem, eles iniciaram uma conversa, mas assim que ela nos observou e viu que estávamos em um tipo de área de isolamento. Encerrou o assunto e disse que havia marcado compromisso. Depois nos puxou em direção ao quarto de seu irmão Maxon. Ela estrou primeiro, Nico e eu logo atrás.

— Oi Max. Tudo bem? – Correu atrás do garoto que chorava.

— Vai embora Annie, sai – Ele saiu às pressas, se escondendo

— Volte aqui agora Maxon, o que é essa coisa vermelha que eu vi na sua mão?

 O garoto foi aos poucos saindo do esconderijo e mostrando que em suas mãos havia sangue, muito sangue. Eu não sabia como reagir, Nico também não e Annie correu em direção ao irmão.

— Max, da onde isso vem? – Dava pra perceber que ela se controlava para não entrar em completo desespero.

O príncipe virou de costas mostrando uma extensa mancha vermelha que percorria por todo canto. Olhei para Annabeth, que até tremia com a visão.

 - Mas co-como? – Ela gaguejava.

— Por favor, não me force a falar – Maxon explicava, já bem fraco.

— Me conta, eu prometo que fica só entre nós

Então ele olhou para mim e para o Nico, foi quando ela explicou

— Relaxa, eles são de confiança.

— Foi o papai – O menino diz de forma quase inaudível.

— O-o que? – Annie começa a tremer mais a ponto de surtar, foi então que percebi que era hora de agir, assim, me ajoelhei do seu lado e a abracei, logo em seguida Nico se juntou a mim.

— Eu não fiz algumas coisas que ele mandou eu fazer enquanto estava fora, então ele ficou bravo e me puniu – maxon continuava, bem baixinho.

— Como ele pôde? – A princesa sussurrava.

— Já aconteceu algumas vezes, com isso fiquei amigo de alguns curandeiros que prometeram cuidar de mim e manter silêncio.

— Isso já aconteceu antes?! Isso é repugnante Max, são chibatadas, é muito sério.

— Por favor Annie, só me leve até a enfermaria.

Annabeth, respirava fundo para conter seu ódio, mas obedeceu o irmão. Nico e eu a acompanhamos no caminho, pegamos rotas em que menos pessoas passam, pra ninguém ver Maxon naquele estado. A caminhada fora silenciosa e lenta, pois o garoto não tinha muita força para andar mais rápido. Annie tentou carrega-lo mas acabava encostando nos machucados, o fazendo gemer ainda mais de dor, então ele teve realmente que andar.

Assim que o deixamos lá, Nico perguntou

— E agora, o que você pensa em fazer?

— Eu não sei, preciso me deitar, pensar. Mas de uma coisa eu sei, Clarkson vai pagar por isso.

Ela saiu andando em direção ao seu quarto, nos deixando ali. Se eu tenho uma conclusão para o dia de hoje, é que coisas boas não estão para vir.


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Notas finais do capítulo

Gente, comentem aqui se vocês querem mais uma maratona de capítulos como essa.
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