Graceland - Interativa escrita por CaleidoscópioGold


Capítulo 8
Capítulo 8 - Presente de Grego


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração! Voltei depois de mais de um mês de provas :D Que são uma merda, btw. Mas o que importa é que a fic está de volta, espero que gostem desse capítulo!

P.s - Viram o tamanho do comentário da Little Angel no último capítulo?? Mels Delsis, foi o maior que já recebi em toda a minha vida hahaha Obrigada, love *--* Queria também agradecer a todos os outros comentários, vocês são os leitores que toda autora deseja.



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Todos permaneceram em silêncio por longos segundos após a revelação da morena. Artemisia nunca falara sobre sua família, nem mesmo com Kenai, e sempre fora muito reservada quanto ao assunto. Ver o irmão pareceu tê-la abalado e a alegrado ao mesmo tempo.

– Não vai me dar um abraço? - Heitor disse e Artie se levantou, dando poucos passos até ele e parando por alguns segundos para observá-lo. Dez anos haviam se passado desde a última vez que o vira, ele não havia mudado em quase nada.

A agente do DEA o abraçou com força e ele retribuiu com a mesma intensidade.

– Me desculpe... - ela sussurrou. - Eu não quis sumir daquela forma.

– Shh, tá tudo bem, Artie. O que importa é que eu te encontrei - ele se afastou e sorriu, olhando para os outros agentes já de pé. - Vejo que fez amigos.

– Não! - a morena disse alto, deixando os outros confusos. - Eles são meus... colegas.

– Fomos rebaixados - Kenai ironizou e se aproximou de Heitor. - Me chamo Kenai.

– E eu sou o "colega" Alex - o agente do FBI sorriu e apertou a mão dele.

– É um prazer conhecê-los - Heitor, então, voltou sua atenção para a agente da CIA parada ao lado de Alex. - E você é?

– Camile Rodrigues - a morena estendeu a mão para apertar a dele, mas Heitor a segurou com delicadeza e a levou até seus lábios, dando um beijo suave na mesma.

– Temos uma brasileira, então - ele sorriu, assim como ela.

– Como sabe que sou brasileira?

– Seu sotaque e beleza exótica respondem sua pergunta - o comentário dele a fez dar uma risada.

– Estávamos de saída, mas foi ótimo conhecer você - Alex disse, interrompendo a conversa dos dois.

– Ah, mas a Artie acabou de encontrar o irmão. Por que não levamos ele para conhecer os outros? Aposto que ficarão tão surpresos quanto nós - Camile sugeriu.

– E eu adoraria conhecer seus outros amigos - Heitor disse para a irmã, que mordeu a língua para não gritar e apenas assentiu com a cabeça.

– Não sei se é uma boa ideia - Alex comentou, olhando para Camile.

– Claro que é! Ele não é nenhum terrorista ou coisa do tipo - a brasileira sorriu e começou a andar, seguida por Heitor e Artie.

– O que você acha? - Kellygan perguntou para Kenai.

– A Artie não colocaria a casa em risco se ele fosse perigoso, não vai dar nenhum problema - o loiro deu dois tapas leves no ombro do amigo e andou na direção da praia.

Quando estavam próximos de Graceland, os cinco avistaram os outros agentes sentados na areia em volta do lugar onde faziam a fogueira. Allana parecia ensinar a Matt como ficar de pé da forma correta sobre a prancha enquanto Kath, Robb e Jim os assistiam e faziam alguns comentários para ajudar ou zoar ele.

– Não precisa empinar a bunda, já vimos que é bonitinha - Kath riu e Matt lançou um olhar na direção de Ally.

– Temos mesmo que fazer isso perto deles?

– Precisa de estímulo - a ruiva arrumou a postura dele. - Além do mais, eles até estão certos sobre algumas coisas - a agente do FBI deu um leve tapa na bunda do amigo que soltou uma exclamação.

– Acho que você só consegue ficar de pé na prancha quando está na areia - eles ouviram a voz de Kenai e viram os cinco se aproximarem.

– Ótimo, chegou para completar o time de "vamos zoar o Matt" - Granward revirou os olhos e recebeu como resposta a risada do loiro.

– Quem é ele? - Jim perguntou, apontando para Heitor.

– É o irmão da Artie, Heitor Callas - Camile respondeu.

– Irmão? - Robb franziu o cenho. - Achei que fosse filha única.

– Eu não a culparia por esconder o passado, nossa família não era uma das melhores - Heitor colocou o braço ao redor do ombro da irmã.

– Podemos conversar em particular? - Artemisia deixou as palavras saírem subitamente, de forma séria.

– Precisa ser agora? Queria que me apresentasse seus amigos - ele sorriu e olhou para os outros.

– Caramba, continua falando, eu amei seu sotaque - Kath sorriu de canto ao receber um olhar de Robb.

– Por que não tem esse sotaque grego, Artie? - Matt perguntou, mas ela não prestava atenção na conversa, parecia querer apenas puxar Heitor para longe.

– Posso perguntar como se chama, minha cara? - Heitor se aproximou de Kath.

– Katherine - a loira estendeu a mão e ele a apertou.

– Sabia que seu nome vem do grego Aikaterhíne e significa independente e decidida. Posso acrescentar também exuberantemente linda - disse e em seguida deu um sorriso. Kath teve que se segurar para não rir alto.

– O namorado dela concorda - Robb a puxa delicada e lentamente pela cintura para que ficasse ao seu lado.

– Esse é o Robb - a loira coloca a mão na lateral do rosto de Evans. - Sua cantada foi melhor que a dele quando me conheceu, Heitor.

– Concordo - Alex comentou e se sentou em uma das pedras grandes na areia. - Robb sempre foi péssimo quando o assunto são relacionamentos.

– Licença, eu posso ouvir vocês - Robb chamou a atenção deles.

Enquanto continuavam a discussão sobre quem paquerava melhor, Kenai se aproximou de Artie e a puxou para que ficassem um pouco afastados dos outros.

– Por que nunca falou sobre ele? Parece ser um cara legal - o loiro questionou, vendo-a manter os olhos em Heitor.

– Como ele disse, nossa família não era uma das melhores. Heitor era a única parte boa dela - ela respondeu com certa tristeza na voz.

– "Era"? - ele repetiu, estranhando o tempo passado na frase.

– Devia ter contado há alguns anos porque vocês são minha nova família, confio em vocês com a minha vida, só que simplesmente não consegui... - as lágrimas começavam a se formar nos olhos castanhos da morena.

– Bossy, você tá começando a me deixar preocupado - Kenai segurou os dois ombros dela. - Não importa se não disse antes, pode dizer agora.

Ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, usando as costas da mão para secar os olhos e andando de volta para onde os outros estavam.

A agente do DEA percebeu que Heitor contava uma história e apressou o passo.

– ...Então ela subiu no muro da vizinha para pegar a maça e caiu. Tentei correr pra pegar ela, mas acabei tropeçando e a Artie caiu em cima de mim - ela se lembrava daquela história e de como ele havia quebrado o braço depois disso.

– Uau, Bossy era uma criminosa quando criança - Allana brincou e sorriu para a amiga.

– Ela queria ser, sempre inventava algo novo para nos meter em confusão - Heitor colocou o braço ao redor da cintura da irmã e a abraçou de lado.

– Quem diria que ela iria virar uma federal, não é? - Matt comentou e Artemisia rapidamente tirou seu chinelo e o lançou na cabeça do amigo, que deu um gemido de dor e não entendeu a reação dela.

– Federal? - o sorriso de Heitor ficou mais fraco, mas não se desfez.

– Não contou para o seu irmão que é federal? - Kath perguntou. Ela sabia que essa era informação confidencial o fato de ela ser uma agente disfarçada, mas todos os agentes eram autorizados a avisarem suas famílias de que trabalhavam para o governo como federais.

– Acho que agora é uma boa hora para nossa conversa em particular - Heitor disse e Artie assentiu rapidamente.

Os dois se afastaram dos agentes e seguiram para Graceland, entrando pela porta dos fundos. Artie fechou a porta e se virou para o irmão, vendo seu sorriso sumir por completo dessa vez.

– Heitor... - as palavras morreram em sua garganta quando ele ergueu a mão, mandando ficar quieta.

– Agente federal, - ele passou a outra mão na nuca e começou a andar lentamente de um lado para o outro. - Você desapareceu por dez anos, pensei que estivesse morta! Agora, quando finalmente te encontro, descubro que virou uma merda de uma agente federal! - agora ele gritava.

– Você sabe por que eu fugi! Assim que nosso pai morresse você e eu assumiríamos "os negócios da família", teríamos que fazer as mesmas coisas horríveis que ele fazia - Artie se aproximou dele. - Quando vim para os Estados Unidos descobri uma forma de ajudar as pessoas e me orgulho do trabalho que...

– Skáse! - ele a mandou calar a boca em grego, e apesar de não falar a língua há muitos anos, a morena compreendeu. - Você é uma vergonha para a família.

– Nossa família é uma vergonha! Somo o quê? A quinta geração de traficantes internacionais de drogas e armas?! Nem sabemos mais, eu preferi ir embora a ter que aturar isso - Artie mantinha os olhos nos dele, que estavam repletos de raiva.

– O que contou a eles? - perguntou, entredentes.

– Eles não sabem de nada! - ela gritou, porém quando ia falar mais, sentiu a mão dele se fechar em sua garganta e suas costas baterem com força contra a parede de pedra onde a lareira ficava.

– E se estiver mentindo? - ele apertou mais a mão ao redor do pescoço da morena.

Ao sentir o ar começar a faltar em seus pulmões, Artemisia deu um forte empurrão no irmão e respirou fundo quando ele se afastou.

– Você pode ser o chefe agora, - ela começou, olhando para ele com seriedade. - Mas é descuidado e imbecil! Já podia ter sido preso milhares de vezes, só que eu apaguei qualquer registro sobre você do banco de dados do DEA e do FBI. Se eu quisesse você preso, irmãozinho, estaria atrás das grades há muito tempo.

Ele ficou em silêncio, pensando no que ela dissera e depois voltou a se aproximar. Heitor, então, ergueu uma das mãos e a posicionou na bochecha dela, acariciando a mesma com seu dedão.

– Deveria estar comandando comigo - disse, dessa vez com a voz mais calma e baixa. - Estou no meio de um negócio muito grande e quero que participe.

– Eu não vou fazer parte disso, nunca. Quero deixar claro agora, e também não vou mais te ajudar a sair da mira dos federais.

Ele trincou o maxilar e recolheu a mão, se virando para a porta.

– Que seja. Arque com as consequências de sua escolha, então.

– O que aconteceu com o meu irmão? - ela gritou, fazendo-o parar antes de sair. - Quando éramos crianças, nosso pai nos obrigava a assistir ele torturar os clientes que não o pagavam, mas meu irmão me escondia dentro do armário para eu não ver aquele tipo de coisa. E ainda ficava do lado de fora porque sabia que nosso pai nos encontraria se ficássemos juntos, e concordava em assistir tudo para que ele não fosse me procurar. O que aconteceu com meu irmão que me amava e me protegia?

Heitor se virou e viu algumas lágrimas escorrerem pelo rosto dela. Não eram só de raiva, mas também de tristeza.

– Ele descobriu uma coisa chamada dinheiro - dizendo isso, abriu a porta. - Seus amigos são companhias agradáveis. Vou passar mais algum tempo com eles.

Essas palavras confirmaram exatamente o que ela quis evitar desde o princípio, quando viu Heitor pela primeira vez mais cedo. A morena não fazia ideia se seu irmão estava tão cruel quanto seu pai era, e seus amigos corriam o sério risco de saírem dessa muito machucados ou mortos. Pensar nisso a fez se sentar no sofá e cobrir o rosto com as duas mãos, para logo em seguida sentir um peso extra ao seu lado e se virar para o husky peludo sentado ali.

Artie deu um leve sorriso quando Elvis se aninhou em seu colo e usou uma das mãos para acariciar sua cabeça.

– O que eu faço agora, garoto? - ela perguntou e ele ergueu a cabeça, seus olhinhos azuis a encarando com curiosidade.

Depois de se acalmar o suficiente, Artie voltou para a praia, levando Elvis consigo dessa vez. O husky correu na direção de Matt e pulou em cima dele, o derrubando da prancha e arrancando uma gargalhada de Allana e Jim.

– Eu disse que esse cachorro era do mal - Kenai riu e Matt viu o cachorro começar a correr de um lado para o outro, como se chamasse ele para brincar.

– O universo conspira para eu não conseguir ficar em cima de uma prancha! - o agente do CSIS se levantou da areia e correu atrás do husky, que parecia mesmo querer aquilo para poder se divertir.

Artemisia olhou para o mar e viu Camile e Kath conversando com seu irmão perto do mar, parecendo mostrar a ele alguns prédios próximos do centro que podiam ser vistos de lá.

– Algum problema? - ela ouviu Robb perguntar e se virou para o amigo parado ao seu lado.

– Não. Por que pergunta? - ela desviou o olhar por alguns segundos.

– Porque te conheço o bastante para saber quando esteve chorando.

A morena cruzou os braços e suspirou. Ele realmente conhecia ela muito bem.

– Olha, sei que eu agi como um babaca depois da morte do Jon e da Sara, mas você ainda pode me dizer se algo está te incomodando - Robb estava genuinamente preocupado com ela, isso só a fazia se sentir mais culpada por não poder dizer a verdade a eles.

– Artie, - ela virou o rosto rapidamente na direção de Heitor, vendo-o se aproximar. - Boas notícias! As meninas me indicaram um hotel aqui perto, assim posso ficar mais perto de você.

– Ótimo - ela respondeu sem muita empolgação, e isso não passou despercebido por Robb.

– Conversamos depois - Evans disse para a amiga e, antes de se afastar, lançou um olhar nada simpático para Heitor. Ele quase podia sentir que ele era problema.

– Adoraria ouvir essa conversa - ele comentou e a morena revirou os olhos.

– Com quem está fazendo negócios, Heitor? - ela perguntou, friamente.

– Quer que eu diga para depois você contar aos seus amigos, provavelmente agentes federais como você? - ele deu uma risada seca. - Não sou estúpido, Artie.

– Foi você quem trouxe a fênix pra cá, não foi? - ela se segurou para não gritar. Seu irmão apenas assentiu com desdém.

– Só existe um homem que sabe fazer essa droga e ele está sob minha custódia em um lugar onde nem os federais podem tocar nele. Não perca seu tempo tentando impedir, a droga já foi espalhada e está fazendo muito sucesso.

– Pessoas que não souberem usar irão morrer!

– Nossa, como vou dormir a noite depois disso? - ele fingiu que se importava e depois lançou um sorriso escárnio para a irmã. - Estamos no mundo real, aqueles que são fracos morrem e os fortes sobrevivem. Eu sou forte, eu vou assistir os fracos morrerem.

– Estou pensando sinceramente em te prender agora - ela disse entredentes.

– Com que provas? Você apagou tudo, maninha. Isso a torna minha cúmplice, se eu for preso, você vai comigo.

Ele retirou o relógio digital em seu pulso direito e segurou o braço de Artemisia, que nem tentou puxá-lo de volta, pois sabia que ele era mais forte. Heitor, então, prender o relógio no pulso da irmã.

– Tem um localizador nele, só para o caso de você tentar fugir de novo. E se tirar, eu vou saber - ele sussurrou perto do ouvido dela e andou na direção de onde Camile e Kath estavam.

(***)

Ela cortava os legumes com tanta força que eles se tornavam tiras finas em menos de dois segundos. O som alto da faca batendo contra a tábua de madeira ecoava pela cozinha enquanto ela descontava toda a sua raiva na comida que estava preparando.

– Bossy? - ela parou ao ouvir a voz de Jim e se virou para onde ele estava.

– O que foi?

– Hum... Nada. É só que hoje era meu dia de fazer o almoço, mas se você quiser pode continuar. Não quero acabar como esses legumes - ele deu uma leve risada e a viu soltar a faca.

– Foi mal, eu precisava me ocupar com algo.

– Pode ir ficar mais com seu irmão, eu dou conta da comida - ele passou pelo balcão e se posicionou ao lado dela, lentamente puxando a faca para fora do alcance da morena.

– Não quero ficar com ele.

– Por quê? O cara é legal, engraçado e irrita o Robb, diversão garantida - ele a cutucou de leve com o cotovelo e a viu dar um sorriso fraco, que logo sumiu. - Problemas de família?

– Tipo isso.

– Quer falar sobre o assunto? - Jim pegou os legumes dilacerados e os jogou dentro da panela com água fervendo.

– Já fez algo que parecia certo no momento e que depois você percebeu ter sido a maior merda que já fez na sua vida? - ela perguntou, se virando para o moreno.

– Sou da CIA, é claro que já - ele respondeu, sincera e espontaneamente.

– E o que fez pra consertar isso?

– Minha resposta não seria nada motivadora, então não vou dizer o que fiz. Mas se você sente que tem algo errado, enfrenta o problema.

– E se meu problema afetar os outros? - Artie o viu parar de mexer na panela e se virar para ela.

– Então peça ajuda. Conheço oito pessoas que ficariam mais do que felizes em fazer isso.

A morena olhou para o relógio em seu pulso e pensou por alguns segundos para depois deixar a cozinha e subir as ecadas rapidamente.

Kenai, Alex e Allana entraram na casa naquele momento e entranharam a rapidez com que ela subia, trocando olharem confusos.

– Acharam o comportamento da Artie estranho perto do irmão? - a ruiva perguntou, se dirigindo para a cozinha com os dois.

– Não confio nele, tem algo de errado nessa história - Alex se sentou em uma cadeira perto do balcão e tirou seu maço de cigarros do bolso, colocando um na boca.

– Conheço bem o motivo de você não confiar nele - Kenai riu e Kellygan franziu o cenho.

Antes que pudesse acender o cigarro, o mesmo foi tirado de sua boca rapidamente.

– Já disse pra não fumar na cozinha - Camile disse, deixando todos surpresos, já que não haviam visto a morena entrar.

– Você diz para eu não fumar em todos os lugares.

– Pare de fumar, então - ela abriu a lixeira e jogou o cigarro dentro da mesma. - Vou almoçar fora, não me esperem!

Camile foi na direção da escadas, porém parou ao ouvir a pergunta de Alex.

– Aonde vai almoçar?

– Heitor me chamou para ir em um restaurante aqui perto.

– E você aceitou? - ele ouviu Kenai e Allana tossirem propositalmente alto e segurarem o riso.

– O sotaque dele me conquistou, devo admitir - Camile sorriu e voltou a subir. - Volto antes do jantar, não se preocupem!

– Muito lento, amigo - o loiro comentou e Alex se levantou.

– Vê se cresce, Kenai - dizendo isso, o agente do FBI saiu da cozinha. Sua reação arrancando risadas dos três.

– Ei, vocês acham que tem algo perturbando a Artie? - Jim perguntou.

– Tenho certeza que tem - Kenai respondeu, voltando a ficar sério.

– Ele não parece mesmo ser má pessoa, mas ela se sente desconfortável perto dele - Allana pegou uma maça sobre a bancada e começou a comê-la.

Nesse momento, o telefone de Kenai tocou e ele atendeu.

– Sim? - o loiro ficou em silêncio enquanto ouvia a pessoa do outro lado da linha. - Tem certeza?

– Quem é? - Jim perguntou, olhando para trás.

– Tudo bem, valeu, Oscar - o agente desligou e respondeu o amigo. - Um cara que trabalha com arquivos no DEA. Mandei uma mensagem pra ele perguntando sobre o Heitor, se ele tinha algum histórico.

– E ele tinha? - a ruiva se debruçou sobre o balcão e o viu negar com a cabeça.

– Mas ele esteve aqui nos Estados Unidos quatro vezes nos últimos cinco anos, - Kenai continuou. - Quando o encontramos no Starbucks, ele disse não ter vindo aqui antes.

– Por que ele omitiria isso? E por que veio aqui tantas vezes se não sabia que a Artie estava aqui? - Allana olhou para Jim.

– Tantas perguntas. Aposto que a Bossy sabe as respostas - o moreno desligou o forno. - Só que ela não vai falar.

– Vamos descobrir sozinhos, então - Kenai se levantou e andou até a sala de estar.

– Alex, quer nos ajudar a seguir a Camile no encontro dela? - perguntou, surpreendendo o agente do FBI que assistia televisão.

– Por que eu iria querer fazer isso?

– Porque o novo namoradinho dela é suspeito e nós estamos entediados! - Kenai pegou a chave do jipe e correu para a porta. - Vamos logo!

– Tenho um almoço para preparar! - Jim gritou.

– Eles sabem se virar, bora Jim - Allana puxou o amigo e Alex foi logo atrás deles.

– Tenho a impressão de que isso não vai dar certo - Kellygan comentou.

– Isso não é sério, Canny. Só estamos mesmo sem nada pra fazer - Allana o tranquilizou. - Afinal, o Heitor é irmão da Artie, não é um traficante como os que vocês já enfrentaram. Então, relaxa.


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Notas finais do capítulo

Iiiihhh, agora lascou! Camile tá afim do bandido lol E o que tem a dizer sobre a Artie? Acho que ela merece umas palmadas depois do que fez, mas depois pode ser perdoada hehehe We love you, Bossy.

Achei que esse capítulo ficou curto... Tô tristeeee! Não me odeiem, prometo que o próximo vai ser maior...

É isso, espero que tenham gostado! Obrigada por lerem e até a próxima, queridos ;D