POV Edward

Prazer, eu sou Edward Anthony Masen Cullen, tenho 25 anos, sou o filho do meio de três irmãos, meu irmão mais velho é Emmett Jason Masen Cullen, com seus 26 anos é o advogado mais brincalhão e criança que você poderia conhecer, ele é casado com Rosalie Lilian Hale agora Cullen à quase um ano. Minha irmã mais nova chama-se Mary Alice Masen Cullen, ela com apenas 24 anos já tem a sua própria grife, junto com Rose, que está crescendo gradativamente e tem um relacionamento firme desde que eu me lembro com Jasper Thomas Hale, irmão gêmeo de Rose. E sim, você percebeu certo e meus pais nos deram a luz com mais ou menos um ano de diferença, e sim também, foi proposital, para que pudéssemos ser criados juntos.

Eu estou começando a minha especialização em pediatria, juntamente com minha doce melhor amiga Isabella Marie Swan, minha Bella. Bella nasceu na mesma cidade que nós cinco, e nossas família eram muito unidas, porém quando Bells completou três anos, sua mãe pediu a separação e fugiu de Forks. Bella só voltou sete anos depois, para morar com o pai e mesmo com os sete anos sem noticias um do outro criamos um novo laço.

Flash back on

Eu havia decidido ficar olhando a calçada, pensando em algo divertido pra fazer.

Logo, a porta da casa ao lado da minha, onde meu tio Charlie morava, foi aberta, de lá saiu uma menininha fofa, com os cabelos cor de mogno solto e voando à medida que ela corria. Ela usava uma calça jeans bastante surrada, uma blusa de gatinho e seu converse cinza. Ela era tão graciosa, parecia uma das bonecas de Alice. Porém seu momento de graciosidade foi ao chão, literalmente.

Corri em disparada e pulei o pequeno muro que separava as duas casas.

–Hey precisa de ajuda? – perguntei estendendo a mão.

–Não precisa estou acostumada, foi só uma quedinha. – falou dando de ombros.

–Mas está sangrando. – falei preocupado.

–Não é nada que não vá parar daqui alguns minutos. Essa calça está assim por causa das minhas quedas, a comprei com alguns rasgõezinhos, mas eu caio tanto que ficou assim. – falou como se fosse à coisa mais normal do mundo

–Vamos pelo menos limpar e colocar um band aid. – falei.

–Se você insiste. Vem vamos entrar. – falou ela me puxando pela mão. – Tem uma caixinha de primeiro socorros em todo canto da casa, já que eu me machuco tanto, mas só a do meu quarto tem band aid.

Subimos as escadas e entramos em um quarto completamente diferente do que eu imaginava e nada parecido com o de Alice ou o de Rose. O quarto era azul claro com detalhes lilás, tinha pequenas borboletas espalhadas pela parede, uma cama enorme no centro e um lustre bem em cima da cama.

–Uau, seu quarto é bem bonito. – comentei.

–Obrigada, já volto vou buscar o curativo.

Observei algumas fotos que tinham pelo quarto e vi algumas dela com o tio Charlie, com a mãe dela, com algumas outras crianças, mas uma me chamou atenção. Era da minha mãe e da dela juntas, grávidas, era uma foto que tinha lá em casa também.

–Essa é a minha mãe e uma das melhores amigas dela. As duas estavam grávidas no mesmo tempo, a melhor amiga dela teve um menino um mês antes de eu nascer. – falou a menina quando percebeu que eu estava observando a foto.

–Essa é a minha mãe. E o menino na barriga dela sou eu.

–Sério? Quando você nasceu?

–Dia 22 de agosto e você?

–13 de setembro.

–Nossa, eu nem sei seu nome. Só sei que você é filha do tio Charlie.

–Meu nome é Isabella, mas se você me chamar de Isabella ou de Isa eu vou te bater. É só Bella.

–E eu sou o Edward. Mas eu não tenho nenhum apelido legal. – falei dando de ombros.

–Edward é um nome bonito, me lembra um príncipe.

–E Bella também é bonito. Você se mudou faz quanto tempo e por quê?

–Me mudei ontem, eu cansei de morar com Renée, ela troca demais de namorados. Prefiro ficar com meu pai, ele parece comigo e eu sentia falta dele.

–Ele também sentia sua falta, sempre falava de você pra gente.

–Pra gente quem? – ela perguntou confusa.

–Eu tenho mais dois irmãos, a Alice e o Emmett. E também tem os Hale’s, que são a Rosalie e o Jasper. Nossos pais são amigos. E estudamos todos juntos. O Emm é o mais velho, depois sou eu, a Rose e o Jazz que são gêmeos e depois vem a Allie. E agora antes da Rose e do Jazz vem você.

–Que legal, será que eu posso andar com vocês? Ainda não conheço ninguém.

–Claro que pode, todo mundo vai gostar de você.

Flash back off

Ri com as minhas lembranças. Como duas crianças que nem sabiam o nome um do outro podiam ter criado tanto assunto em tão pouco tempo, sem contar o fato de que mesmo sem ela me conhecer já me chamou pra entrar na casa dela e virarmos amigos.

Assim que eu a apresentei para o resto do pessoal viramos instantaneamente amigos, todos a aceitaram espontaneamente.

Ela me fazia companhia na adolescência , quando os dois casais, Rose e Emm e Alice e Jazz, saiam juntos em programa de casais.

Flash back on

–Edward!! Cheguei!! – Gritou Bella escancarando a porta do meu quarto.

–Finalmente, minha mãe quase que me obriga a sair com os quatro pombinhos, se eu não tivesse falado que você viria aqui ela quase que me empurra pra fora de casa. – falei revirando os olhos.

–Ainda bem que eu existo pra te salvar. – riu piscando os olhos. – Vamos fazer o que?

–Pensei que poderíamos ir até a campina, ou ficar aqui assistindo filme e tomando sorvete.

–Eu voto em ir pra campina, mas com o sorvete.

–Okay, quer levar um jogo pra lá? Ou só vamos levar comida?

–Leva o violão pra você cantar pra mim.

–O que eu ganho com isso?

–Um sorriso meu e se tocar muito bem ainda ganha um abraço.

–E que tal uma massagem nas costas?

–Vai levar sua torta de maçã?

–Vou.

–Então eu faço massagem. – disse rindo suavemente.

Meu coração balançou por alguns segundos, do jeito que acontecia toda vez que ela dava aquela risada. Eu amava tanto aquele sorriso que se pudesse virava um palhaço só pra ela não parar de ri nunca.

–Vamos pegar as coisas gatinha.

–Odeio quando me chama de gatinha, parece um tiozão tarado. Ou aqueles playboys metidos a besta.

–Okay princesa, parei de te chamar de gatinha. – falei lançando meu melhor sorriso torto.

Bella correu pela casa em busca de meu violão, enquanto eu buscava a torta de maçã que eu havia feito na noite anterior e algumas outras comidas para o nosso piquenique na campina.

–Tchau mãe, eu e a Bells vamos pra campina. – falei beijando a testa da minha mãe.

–Beijos tia Esme, se cuida. – falou Bella abraçando minha mãe.

–Não voltem tarde meninos, lembrem-se que hoje é sábado e vamos todos jantar fora. – falou minha mãe.

–Sem problemas dona Esme, vamos voltar cedo e em segurança. – falei puxando a Bella pela porta.

Abri a porta do carro pra ela e dei a volta no carro pra assumir o volante. Acelerei pela cidade em direção ao caminho das trilhas. Era engraçado que as trilhas levavam em direção à vários lugares lindos, menos à trilha, o que deixava a entender que éramos os únicos que conheciam o maravilhoso lugar.

Deixamos o carro no inicio das trilhas, e seguimos o tão conhecido caminho.

–Edward, me leva nas costas? –pediu fazendo um biquinho que me deixou meio bobo.

–Claro ai eu deixo toda a comida e o violão no chão e subo com você. – falei revirando os olhos.

–Chato. – falou mostrando a língua.

–Folgada. – respondi empurrando-a um pouco.

Chegamos à campina e me deslumbrei com a sua beleza, principalmente no ângulo em que eu estava, onde eu tinha uma visão panorâmica da campina e da Bells.

–A cada vez que viemos aqui ela fica mais linda. – comentou Bella.

–Sim, acho que quando eu me casar quero que seja aqui. Ou pelo menos fazer o pedido aqui.

–Você quer compartilhar a NOSSA campina com alguém? – perguntou Bella com cara feia.

–Mas a Allie, o Emm, a Rose e o Jazz conhecem aqui. O que tem demais trazer mais alguém aqui? – perguntei rindo. Á se ela soubesse que a única pessoa que eu queria pedir em casamento era ela.

–Mas eles são da família, e mesmo assim eles não vêm aqui sem a nossa permissão. – falou com a cara de emburrada já se formando.

–Okay, não irei trazer ninguém para o nosso refugio. – falei fingindo rendição. – Acho que toda essa negação é ciúmes.

–É claro que é ciúmes, eu morro de ciúmes da nossa campina. Ela é nossa e de mais ninguém. – falou ficando um pouco vermelha.

Estendemos a toalha de piquenique que trouxemos e deitamos começando a comer.

–Você é linda sabia Bells? – falei e logo após me arrependi em pensamento, devia parar de ser impulsivo ou ela logo descobriria.

–Obrigada. – falou ficando muito vermelha. – Você também é lindo Edward, por dentro e por fora.

Flash back off.

Nossa convivência era sempre assim, cheia de momentos “fofos” e de declarações clichês e mesmo assim ela não percebia que eu era apaixonado por ela. Sim, eu sou completamente apaixonado por ela se você também não percebeu.

Eu não me lembro de como comecei a gostar dela, só sei que quando percebi que gostava dela já não havia volta. E mesmo que eu tentasse demonstrar de todo jeito ela não enxergava e a merda da minha timidez não deixava eu falar abertamente.

Todos haviam percebido nossos amigos, meus pais, os pais dela... Literalmente todos, menos ela, que era quem mais importava.

E era completamente angustiante passar a maior parte do meu tempo com ela sem poder beija-la ou abraça-la a todo o momento, do jeito que eu desejava.

–Edward? Posso entrar? – perguntou Alice.

–Claro Allie, mas você não deveria estar na loja? – perguntei.

–A Rose está lá e vamos fechar mais cedo. Mas não foi sobre isso que eu vim falar.

–Então senta aqui e diga. – falei batendo a mão na minha cama.

–Bem, eu, a Rose, o Emm e o Jazz decidimos que cansamos de ver você e a Bells separados. Então hoje vamos fazer alguma coisa, vamos sair os seis e você vai pedir a Bella em namoro.

–O que? Como assim?

–Você escutou o que eu disse Edward Anthony.

–Sim, Mary Alice, eu escutei. Mas eu não vou pedir a Bella em namoro, você sabe que eu não posso.

–Não posso? Chega Edward, há quanto tempo você esta nessa? Você tentou o seu método por anos, esta na hora de tentarmos o meu método.

–Eu conheço a Bella há 15 anos Alice, se ela disser não e acabarmos a nossa amizade eu não terei nada.

–Mas pelo menos você terá alguma coisa, o sentimento de ter pelo menos tentado. Você lembra-se de Jacob né? O menino de La Push que era super afim de Bella. E teve também, Mike Newton, Eric Yorkie, Tyler Crowley... Você lembra-se deles não é? Do mesmo jeito que você a ama e acha linda, existem vários outros que também a acham linda e diferentes de você eles tem atitude.

–Mas... – tentei falar.

–Mas nada Edward. Você conhece o Dr. James Cambriel? O neurologista do hospital que você e Bella trabalham. Bem, ele já chamou a Bella pra sair várias vezes e ela rejeitou várias vezes, todas porque vocês iriam sair. Você está entendendo? Ela recusou um dos médicos mais bonitos do hospital só pra sair com você, um nerd bonitão que não tem o mínimo de atitude.

–O que? O James já chamou a minha Bells pra sair? E ela nem me contou?

–Ela fez isso porque não era importante, se era mesmo importante ela teria desmarcado com você e saído com ele. E estou te contando isso pra ver se você abre os olhos. Vai esperar até quando pra pedir pra sair com ela? Uma hora ela vai cansar de te esperar.

–Quem disse que ela está me esperando. – falei um pouco arrastado.

–Eu conheço gente apaixonada melhor do que você. Se ela disser não, eu compro um carro novo pra você. – disse sorrindo um pouco. – Estou falando sério Edward, não espere ela cansar de você e finalmente aceitar o pedido de outro pra correr atrás dela.

–Tudo bem Allie, você está certa. Esta na hora de eu parar de ter medo e correr atrás do meu amor.

–Assim que se fala. Então, pra onde vamos hoje à noite? Ou você quer ir sozinho e escolher o lugar sozinho?

–Eu sei que vocês vão me seguir de qualquer jeito, então vamos juntos.

–Vai chamar o papai e a mamãe pra ir junto?

–Sim, vamos a família inteira.

–Okay, pra que lugar?

–Vamos no December’s ? Eu posso cantar algo pra ela, já que lá tem um palco e um karaokê. Ou podemos ir ao parque.

–Gosto da ideia do parque e você pode cantar lá.

–Ótimo. Vamos fazer um piquenique ou compramos comida lá?

–É melhor a gente cozinhar.

–Okay, você liga pra mamãe pra ela fazer a comida? Eu vou fazer a minha torta de maçã.

–Eu ligo pra mamãe, pro Tio Charlie e pros meus sogros. Depois vou arrumar a Bella. E você tem que comprar a aliança né?

–Isso eu não preciso, tenho-a desde que comecei a trabalhar no hospital.

–Uau, até que você não é tão lerdo assim. Estou saindo, nos encontramos na entrada principal do parque às 17:00?

–Sim. E pode deixar que eu ligo pra Bells e aviso que vamos ao parque, ai te mando uma mensagem e você arruma ela.

–Pode deixar irmãozinho. Boa sorte.

Alice saiu correndo de meu apartamento, provavelmente indo falar com o resto da família. Mesmo quando nos mudamos de Forks pra Seattle continuamos morando perto um do outro. Rose e Emmet moravam no mesmo prédio que eu, porém no duplex do andar de baixo. Charlie e Bella moravam a duas quadras daqui, meus pais e Alice moravam na rua de baixo e os pais de Jasper (e Jasper) moravam no prédio de frente para o meu. Eu era o único que havia optado em morar sozinho por um tempo, o que era quase mentira, já que todos os dias alguém vinha aqui em casa ou no serviço, ou até eu ia visita-los.

Peguei o telefone e disquei o numero de Bella que eu sabia de cor.

–Edward?

–Sim princesa, vamos sair?

–Sério Edward? Eu quero ficar em casa... – resmungou e eu já sabia que estava fazendo bico.

–Por favor, Bells, vai todo mundo hoje. E quando eu digo todo mundo estou dizendo meus pais, o seu e os pais da Rose e do Jazz.

–Uau! Tudo bem, você venceu. Vamos aonde?

–Vamos naquele parque no centro da cidade, fazer um piquenique e ver o pôr-do-sol.

–Tudo bem. Leva o violão? E a minha torta?

–Vou fazer a torta assim que desligar o telefone. – falei rindo.

–Você lê os meus pensamentos. Por isso que eu te amo.

–Por falar em amor... Eu sou seu melhor amigo certo?

–Sim, claro. Por quê?

–Então porque não me contou que o James te chamou pra sair?

–Porque eu ia sair com você no dia e não era importante.

–E porque você não aceitou?

–Eu ia sair com você no dia. E acho que ele quer algo que eu não posso dar a ele.

–Ótimo, não quero você saindo com ele.

–Ciumento!- disse rindo. – E quem Alice te contou?

–Acertou.

–Essa anã é uma boca aberta. – falou e eu sabia que ela estava revirando os olhos.

–Falar na Alice, ela esta indo ai na sua casa te arrumar pra sairmos.

–Seu malvado! Vou passar a tarde sendo a Barbie humana.

–Desculpa, não pude evitar. Sabe que mesmo se eu não deixasse ela iria do mesmo jeito.

–Vou desligar já que ela esta chegando. Faça a minha torta seu bobão.

–Pode deixar boneca. Até mais tarde, amo você.

–Também te amo.

Desliguei o telefone e corri pra preparar a tão amada torta de Bella e pra me arrumar em seguida.

~*~*~*~*~*~

Eu estava com uma camiseta branca, uma camisa xadrez azul e uma jaqueta preta por cima, peguei os óculos escuro que havia ganhado de Alice na semana passada. Andei pela casa procurando o violão e a caixinha da aliança, correndo para não me atrasar nem um segundo.

Entrei no meu volvo sem saber como tinha conseguido sair do apartamento equilibrando todas as coisas que eu carregava. Joguei o violão no banco traseiro e acomodei a torta, o vinho e as tolhas de piquenique ao lado de violão.

Minhas mãos tremiam tanto que também não sabia como consegui chegar ao parque.

Cheguei ao parque e após cinco minutos vejo Rose e Emmet acompanhados dos pais da Rose e de meus pais, logo em seguida Alice e Jazz chegaram com Charlie e minha Bella, todos eles estavam tentando esconder a animação, mas dava pra ver a felicidade pelo pedido de namoro em seus olhos.

–Vamos família? – falei e estendi a mão pra Bella.

Era engraçado como esses movimentos eram tão automáticos entre nós, desde pequenos, sempre andando de mãos dadas, fazendo carinho e abraçando o outro, isso me ajudava bastante quando eu queria espantar os meninos que davam em cima dela.

Achamos um lugar aconchegante, entre algumas árvores, o lugar parecia tão movimentado quanto acolhedor. Arrumamos as toalhas e cadeiras reclináveis e colocamos toda a comida no centro.

Começamos a comer e a conversar, mas todos me olhavam com expectativa, Alice só faltava me beliscar com o olhar.

–Edward, não vai cantar? – perguntou Bella fazendo com que todos sorrissem satisfeitos.

–Claro. – falei e peguei o violão. Era agora ou nunca. – Espero que goste Bells.

Peguei o violão e comecei a dedilhar um pedaço de Rather Be do Clean Bandit.

– If you gave me a chance / I would take it / It's a shot in the dark but I'll make it / Know with all of your heart / You can't shame me / When I am with you / There's no place I'd rather be / N-n-n-no, no, no, no place I'd rather be (Se você me desse uma chance / Eu a pegaria / É um tiro no escuro, mas eu vou fazer isso. /Saiba com todo o seu coração / Você não pode me envergonhar / Quando estou com você / Não há nenhum lugar que eu prefira estar / N-não, não, não, não há lugar que eu preferiria estar) – cantei olhando dentro dos olhos dela.

Substitui a música por um trecho de Better Together do Jack Johnson.

– Hum... It's always better when we're together / Yeah, we'll look at the stars when we're together / Well, it's always better when we're together / Yeah, it's always better when we're together. (Hum... É sempre melhor quando estamos juntos. / Sim, olharemos para as estrelas quando estivermos juntos. / Bem, é sempre melhor quando estamos juntos. / Sim, é sempre melhor quando estamos juntos).

Pelo canto do olho percebi que uma pequena plateia havia se formado ao meu redor, eles sorriam e mexiam-se no ritmo da música. Troquei a música por Love Bug dos Jonas Brothers,

– I can't get your smile out of my mind (I can't get you out of my mind) / I think about your eyes all the time. / You're beautiful but you don't even try (You don't even, don't even try). / Modesty is just so hard to find. [Não consigo tirar seu sorriso da minha cabeça (Não consigo tirar você da minha cabeça). / Eu penso nos seus olhos toda hora. / Você é bonita, mas você nem mesmo tenta (Você nem mesmo, nem mesmo tenta). / Modéstia é tão difícil de encontrar]

O cabelo de Bella balançava um pouco por causa do vento e escondendo o rosto que agora estava ganhando sua famosa cor avermelhada. As pessoas ao redor se mexiam junto com a música e os casais ao redor riam apaixonados e admirados pelo ato que eu estava fazendo. Troquei de música para Do I Wanna Know do Arctic Monkeys.

–Have you got colour in your cheeks? / Do you ever get the fear that you can't shift / The type that sticks around like summat in your teeth? / Are there some aces up your sleeve? / Have you no idea that you're in deep? / I dreamt about you nearly every night this week / How many secrets can you keep? / 'Cause there's this tune I found / That makes me think of you somehow / And I play it on repeat / Until I fall asleep / Spilling drinks on my settee. (Você está com as bochechas coradas? / Você já teve aquele medo de não poder mudar / Do tipo que não sai como algo nos seus dentes? / Tem alguns ases na sua manga? / Você não faz ideia do quanto está envolvida? / Sonhei com você quase todas as noites esta semana / Quantos segredos você consegue guardar? / Porque tem uma música que descobri que me faz pensar / Em você de alguma forma / E eu a ponho tocar sem parar / Até eu pegar no sono / Derramando bebidas no meu sofá)

– (Do I wanna know?) / If this feeling flows both ways? / (Sad to see you go) / Was sorta hoping that you'd stay / (Baby, we both know) / That the nights were mainly made / For saying things that you can't say tomorrow day / (Do I wanna know?) / Too busy being yours to fall / (Sad to see you go) / Ever thought of calling, darling? / (Do I wanna know?) / Do you want me crawling back to you? [(Eu quero saber)/ Se este sentimento é recíproco? / (Triste em vê-la partir) / Eu meio que esperava que você ficasse / (Querida, nós dois sabemos) / Que as noites foram feitas principalmente para se dizer / Coisas que você não conseguirá dizer amanhã / (Eu quero saber?) / Ocupado demais sendo seu para me apaixonar /(Triste em vê-la partir) / Já pensou em ligar, querida? / (Eu quero saber?) / Você me quer rastejando de volta para você?]

Depois da ultima música, me aproximei um pouco mais da Bella, ajoelhei e tirei a caixinha de aliança que estava em meu bolso.

–Sabe Bells, nós crescemos praticamente juntos, vi quando deu o seu primeiro beijo e bati no menino no dia seguinte, eu estava do seu lado na sua primeira TPM, fui eu quem espantou todos os garotos que queriam sair com você, fui eu quem te levou ao primeiro baile da escola e à todos que vieram depois dele, fui eu que estava do seu lado quando abriu a carta da faculdade e fui eu que estava lá no primeiro dia de aula na faculdade.

“E eu estava lá quando você quis pular de paraquedas e andar de balão. Estive lá em todas as vezes que ficou com gripe. Fui com você em todos os shows que você queria ir, até aqueles de boyband’s que eu odiava. Eu estive em presente na maioria dos grandes momentos da sua vida e cada momento em que eu estive ao seu lado eu me apaixonava um pouco mais. Cada um deles me mostrou um pedaço de você e cada pedaço foi tomando conta do meu coração e hoje eu posso dizer que sou inteiramente apaixonado por você.”

–E hoje, de frente pra nossos amigos, nossa família e de todas as pessoas que estão no parque venho admitir meu amor por você e pedir que você me faça o homem mais feliz da face da Terra. Namora comigo Bells?

–Oh meu Deus! Mil vezes sim!! – ela disse e se jogou no meu colo. Eu estava de joelhos e nenhum pouco preparado pra essa reação e acabamos caindo na toalha de piquenique.

As pessoas ao nosso redor começaram a bater palma e assoviar juntamente com nossa família. Coloquei a aliança prateada no dedo dela e pude ver que seus olhos estavam marejados, fazendo uma combinação fofa com suas bochechas coradas.

–Vocês tem minha benção. – falou Charlie piscando pra mim.

–Finalmente desencalharam, 15 anos nessa enrolação. – falou Emm se jogando em cima da gente.

Consegui escutar alguns murmúrios de espanto pelo tempo que eu tive medo de me declarar. As pessoas começaram a se dissipar desejando felicidades a nós dois.

Continuamos o nosso final de tarde e o começo da noite rindo e brincando, conseguia pegar a Bells olhando para a aliança extasiada, como se não acreditasse que aquilo estava acontecendo.

–Vamos dar uma volta Bells? – falei.

–Claro, vamos comprar algodão doce. – respondeu.

–Eu quero também! – gritaram minha mãe, tia Ellen (mãe da Rose e do Jazz), Alice, Rose, Jazz e Emm.

–Pode deixar que a gente traz. – falei levantando e estendendo a mão pra Bells.

Fomos nos afastando do pessoal e olhando para as nossas mãos entrelaçadas.

–Nem parece que mudou tanta coisa nesses últimos 20 minutos. – comentou Bella.

–Verdade. Mas a coisa mais importante mudou, eu posso fazer isso. – falei e aproximei os meus lábios dos dela.

O beijo começou calmo, estava com medo de que fosse estranho pra ela, mas logo percebi que ela correspondeu ao beijo e o aprofundei. Minhas mãos tomaram posse de sua cintura, enquanto ela deixava meu cabelo mais bagunçado. Nossos corações batiam no mesmo ritmo, acelerado.

–Imaginei esse beijo durante anos. – falei enquanto recuperávamos o folego, ainda perto um do outro.

–Eu também. Só não imaginei que meu pai e os seus estariam assistindo. – comentou rindo.

–Eles nos seguirão? – perguntei rindo também.

–Obviamente. Todos eles, Emmet com certeza vai nos zoar assim que voltarmos com os algodões doces.

–Acho que eles esperavam por esse beijo tanto quanto a gente.

Continuamos caminhando pelo parque e algumas pessoas que assistiram ao pedido de namoro acenavam e sorriam. O pedido foi tão publico, mas não me arrependia de tê-lo feito assim nem por um segundo.

Pois não importava se minha família estava vendo, ou se outras pessoas também assistiam, só importava que era ela ali, a minha melhor amiga, a menina que eu chamava de minha secretamente e agora eu podia gritar para o mundo.

Era ela ali, junto comigo, de mãos dadas, andando em um parque. Seria ela andando em um tapete vermelho, andando por um corredor de igreja comigo esperando em outra ponta. Seria ela também que levaria comigo meus filhos até a escola. E seria ela com quem eu andaria de mãos dadas até eu não ter mais força.