How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 7
1.07 - Let's Talk About It


Notas iniciais do capítulo

Opa, opa, cheguei, povão!
E aqui está o sétimo capítulo de How I Met Your Mother, feito com muito sacrifício por parte do meu bloqueio criativo. Sorte que de quarta-feira pra cá as coisas melhoraram e eu consegui atualizar minhas duas fics recentes (vamos lembrar de White Is The New Black, que estreou semana passada e eu ainda acho que vocês não deram uma olhada, mas OK).
Só uma coisa: sinto falta de alguns de vocês. No segundo e terceiro capítulos, muita gente se manifestou sobre a história por comentários. Hoje, é meio difícil ter gente comentando por aqui - aliás, agradecimentos especiais a Chery Melo e Miss Melindre que não desistiram dessa coisa aqui - e isso, por mais que não seja a parte principal de uma fanfic, é algo que incentiva os autores a continuar. Não estou ameaçando nem obrigando vocês a comentar um livro de 320 páginas, só peço para que digam algo, qualquer coisa. Estou aceitando até coisas como "amei, continue assim" [pra tu ver o nível de desespero do autor aqui, né? #risos].

Hoje o capítulo está no mesmo nível do anterior: comédia daqui, drama de lá... e alguns suspenses por aqui. Um envolvendo o Ryder, outro envolvendo Sam. Eita, Giovana! O que será, hein? Só lendo pra saber ;)

(10:00pm – 11:45pm | 21 Horas – 19 Horas e 15 Minutos Antes do Casamento)



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Crianças, vocês amam dormir, certo?

Mais do que amar. Nós simplesmente temos a hora de dormir como a melhor dádiva de Deus. — Podia-se notar um brilho nos olhos de Lily ao dizer isso.

Não precisa ser tão exagerada, Lily. — Ted revirou os olhos.

Tudo bem, filho. Eu diria o mesmo que ela. — Sebastian interveio em defesa da garota, que arqueou as sobrancelhas para o irmão. — Enfim, todos envolvidos naquele casamento precisavam dormir o máximo que pudessem. Porque, como sabem, a tia Rachel é muito perfeccionista e faz de tudo para que a coisa toda saia do jeito que ela quer.

A gente sabe muito bem.

Então, já eram dez horas da noite e os noivos da vez finalmente decidiram parar de discutir por ciúmes.

— Já notou que eles pararam de gritar? — Sam entrou no quarto do amigo Sebastian e o encontrou na pequena varanda do compartimento, apoiado na cerca de madeira.

— Claro que notei, não há silêncio quando eles não estão com sono. — O moreno respondeu, vendo o outro se acomodar ao seu lado.

— Olha... certo, vamos falar sobre isso. Sei que pode não parecer muito do meu feitio, mas eu acho que preciso te pedir desculpas.

— Desculpas pelo quê? Por trazer minha ex-namorada traidora para o casamento de um dos meus melhores amigos sabendo quem ela era? — Seb jogou as palavras como se não acreditasse em Sam.

— Na verdade, é exatamente isso.

— Então esquece. Não aceito suas desculpas.

— Qual é, deixa de coisa, Smythe. Você sabe que eu com certeza teria feito outra escolha em vez de trazer a Quinn para esse casamento.

Sebastian pareceu refletir por alguns segundos. Notou que estava sendo rude com o loiro por um motivo que poderia ser facilmente ignorado por ambos. Mas o que realmente estava mexendo com sua cabeça era a reação de uma certa Marley Rose a tudo aquilo. Simplesmente não conseguia entender o porquê dela ter surtado daquele jeito. E esse momento, gravado na cabeça de todos os cinco amigos por ser o primeiro barraco de vários antes de um casamento, o incomodava a ponto de ser grosso com o resto da humanidade.

— Foi mal, cara. Estou meio estressado.

— “Meio”? — Retrucou Sam.

— Mas você também sabe o porquê disso, nem venha com cinismo pra cima de mim.

— Tá, eu me rendo. — Ergueu as mãos em sinal disso. — Já falou com ela sobre o que aconteceu?

— Eu ia fazer isso, mas ela foi direto para o quarto dela e aparentemente não queria conversa com ninguém... — Respirou fundo. — Sam, você acha que eu estou colocando muita pressão nesse ataque da Marley? Tipo, querendo saber o que ela sente a todo custo e tal...

— Sinceramente? Sim. Vocês se conhecem há quanto tempo? 2 meses?

— Na verdade, a gente se conhece há um ano inteiro. Idiota, nem percebeu o tempo passar.

— Não gosto de contar o tempo em dias. Eu conto em garotas conquistadas pela minha pessoa, e eu consegui um número suficiente para dois meses, então...

— Idiota de novo. — Seb deu um tapa na cabeça do amigo.

— De qualquer maneira, vocês se conhecem há um bom tempo, mas nunca saíram da amizade. Pode ser que agora ela esteja confusa em relação a si mesma. Percebeu as expressões na cara dela depois da discussão? Ela não sabia o que fazer, Sebastian.

A brisa do vento passou por nós do nada, e foi embora na mesma velocidade. E esse vento passageiro fora a representação perfeita de uma citação da Luiza Possi: “bons ventos sempre chegam”. A mente de ambos se abriu repentinamente, e os dois tiveram ideias diferentes se desenvolvendo em suas cabeças.

— Eu vou falar com o Ryder. — Seb se dirigiu à porta do quarto ao mesmo tempo que Sam.

— Eu vou falar com a Marley. — O outro se pronunciou, já indo direto ao quarto que ela dividia com Rachel.

[…]

— Rachel...

— O quê? — A baixinha resmungou, enquanto os dois se encaravam sem palavras, ainda no restaurante do hotel.

Rory saiu de seu turno, então ela não tinha necessidade de beber naquele momento em que ainda estava sentada no mesmo lugar de minutos atrás, encarando seu noivo como se fosse a pior coisa do mundo. Detalhe: eles se casariam dali a aproximadamente 21 horas.

— Nossos parentes vão chegar lá pelo início da manhã, não é?

— E o que isso tem a ver com nossa discussão?

— Dá pra me ouvir sem interrupções? — Ela assentiu. — Então, depois que eles chegarem, nós não teremos paz pelo resto do dia.

— Finn, o dia já não vai ser calmo por causa do casamento.

— Mas e se um de nós tiver um desejo incontrolável que só o outro poderá suprir? Eles estarão por todos os cantos, não haverá chance de nos satisfazermos. Sacou?

— Ah... ainda não saquei muita coisa. — Rach tentava entender o que o noivo estava dizendo. Sem sucesso.

— Vamos fazer agora, em algum lugar por aí, antes que o sono chegue e os familiares também?

— Oi? — Ela ficou boquiaberta. — É sério isso, produção?

— Seríssimo, Little Rach.

Eca, pai! Precisa mesmo contar pra gente sobre essa vontade dos noivos em sair se pegando por aí?

Lily, pelo amor de Deus! Deixa de ser careta! E olha que eu acho que já falei isso pra você umas... é... dez vezes ou mais. — Ted reclamou, se controlando para não dar uma voadora na irmã, como sua mãe provavelmente faria.

Chega, vocês dois! Ou então eu paro por aqui e fim de papo! — Sebastian precisou gritar para que ambos se calassem. — E sim, Lily, eu preciso contar isso ou então vocês vão ficar sem entender coisa alguma no futuro.

— Eu não sei se é uma boa ideia conversarmos sobre isso aqui, Finn! — Rachel falou em voz alta, chamando a atenção de praticamente todos os hóspedes que estavam no recinto. Ou seja, apenas eles, uma velha jogando xadrez sozinha e Ryder, que continuava a observar o casal 20. — Estou irritada com você o suficiente para “ter uma conversinha civilizada” no meio de um restaurante.

Obviamente, o grandão ficou sem entender coisa alguma, mas quando sua noiva arregalou os olhos intencionalmente para ele – e de uma forma que apenas ele mesmo saberia o significado – assimilou corretamente e entrou no “drama”.

— Então tá, vamos falar civilizadamente sobre nossa relação instável lá em cima. Vai que ninguém escuta... — Respondeu no mesmo tom de voz dela.

Ambos se levantaram de onde estavam e caminharam até as escadas que levavam aos cinco andares seguintes, e assim que pisaram no primeiro andar, pararam frente a frente entre si.

— Que coisa foi aquela, querida?

— Todo mundo estava achando que ainda estávamos brigados por conta dos ciúmes, você realmente gostaria de levantar uma bandeira branca a essa altura do campeonato? — Argumentou a baixinha, com uma expressão de “você é um mané, vou te contar, viu”.

— Olhando por esse ponto de vista... é, dá pra aceitar. — E foi assim que Finn e Rachel se pegaram pela última vez antes do casamento: no corredor do primeiro andar do hotel.

Infelizmente, Sebastian estava descendo para procurar o funcionário de sobrenome Lynn justamente no momento em que os dois estavam fazendo uma “rapidinha” no lugar dito anteriormente, e precisou se deparar com a cena antes de descer. E, bem, a fase onde o casal estava não merece ser descrita aqui porque há crianças na sala.

— Sério, vocês nem se preocuparam em procurar um quarto pra isso?

— Cale-se e vá fazer o que ia fazer antes disso, cara. — Finn forçou uma voz mandona para que o amigo saísse logo dali.

— Vocês podem até ser fofos juntos, mas depois das 22h, é melhor se trancarem em algum lugar.

[…]

— Manda um conhaque, cara. — O Smythe ordenou ao funcionário, assim que se sentou na bancada.

— Conhaque saindo! — Ryder encheu um copo e entregou ao hóspede. — Problemas na cabeça?

— Ah, se fosse isso... é pior. Marley Rose.

— Opa, colega, vamos conversar sobre isso. Primeiramente, eu sou suspeito pra falar porque eu mal a conheço. — Apoiou seus braços na bancada. — E antes que você pergunte, não, eu não conheci todos os 25 anos da vida dela naquela pequena conversinha regada a risos.

— Eu ia perguntar mesmo, como sabia?

— Acontece muito quando eu começo a conversar com alguma mulher que fica por aqui. Alguns homens têm ataques de ciúmes; outros me perguntam a fórmula do meu sucesso.

— Eu também ia perguntar qual a fórmula do seu sucesso com as mulheres! Você é vidente, por acaso?

— Nem tanto. Mas minha mãe é.

Opa, opa, alerta de spoiler! — Ted interrompeu o próprio pai. — Tio Ryder nunca nos contou sobre a mãe dele, e agora você me vem com essa coisa de vidente? OI? OOOIII?

Tudo bem, eu ia contar para vocês mais cedo ou mais tarde... durante as várias conversas que Ryder teve comigo ou com a mãe de vocês, algumas pistas sobre “a misteriosa mãe do Ryder Lynn” foram dadas.

Espera, eu vou pegar uma folha de caderno pra anotar isso! — Lily catou um caderno de seu criado-mudo e arrancou uma folha, escrevendo “Pistas Sobre Mãe do Tio Ryder”. — Pista número 1: ela é vidente. Tem mais?

Sim, mas eu não vou contar antes da hora, viu? — O mais velho cortou o barato da filha, logo redirecionando para a história novamente.

— Então isso com certeza passou para o seu DNA, porque, colega...

— Por que todo mundo diz isso? Eu não sou um vidente!

— Mas poderia muito bem ganhar a vida com isso. — Aquele momento de distração logo acabou, e a seriedade chegara logo depois. — De qualquer maneira, eu ainda estou tentando entender toda aquela reação da Marley.

— Você não acha que está um pouco preocupado demais com isso? — Ryder encheu um copo com cerveja para si mesmo. Dane-se a futura demissão por aquilo, tinha um novo amigo para apoiar. — Cara, como diria o Felipe Neto nessas horas... seje menas nervozo.

— Hã? — O moreno ficou sem entender coisa alguma. — Esquece, você parece ser um grande mistério.

— E você parece não conhecer um dos melhores caras do YouTube até hoje.

— Dá pra gente se concentrar no meu assunto aqui? — O barman do momento se calou num instante. — Eu e ela juramos ser apenas amigos há um tempo, e parece que as coisas resolveram se complicar justamente perto de um casamento...

— Quer um conselho de um funcionário de hotel que já viu de tudo por dentre essas paredes aqui? — Seb assentiu com a cabeça. — Dê a ela um momento para respirar. Cabeça de mulher é mais complicada que todos os psicopatas da série “Stalker” juntos, vai por mim. Não que eu já tenha sofrido com isso... mas acredito que nem ela mesma consegue entender o que fez. Por que não dá um tempo, e amanhã você conversa com a Marley sobre o que houve? Vai que ela já tenha tomado uma decisão sobre o que fazer com a amizade de vocês e tal...

— Sabe que isso até faz sentido? Sam me disse a mesma coisa... valeu, Ryder.

— Nada que um velho conhecedor das artes amorosas não possa resolver com palavras encorajadoras.

— De novo: hã?

— Esquece, Sebastian. Você nunca vai entender o que se passa nessa cabeça que Deus me deu.

Sábado, 22 de novembro de 2014, às 11:41pm ←

Depois de cinco ou seis copos de conhaque bebidos e muito papo jogado fora, Sebastian se despediu de Ryder pela última vez no dia e garantiu que chamaria o Corpo de Bombeiros se algo acontecesse em seu quarto por culpa da bebedeira. O padrinho de Finn ainda conseguiu subir as escadas com consciência do que estava fazendo, e agradeceu aos céus por não encontrar os noivos se atracando por aí.

Assim que chegou ao seu quarto, jogou-se na cama e preferiu não tomar banho por ora. Optou por enterrar sua cabeça no travesseiro e assimilar todos os acontecimentos do dia, que passou tão rápido como um furacão. Mentalmente começou a cantar “Some Nights”, um clássico do grupo “Fun.” que seus pais costumavam entoar na sua infância – “não que tenha sido há muito tempo, vinte anos contam?” era o que ele sempre dizia ao recordar suas memórias – e um sentimento de paz começou a tomar seu corpo por completo. Por um segundo pensou ter erguido um sorriso bobo no rosto, mas teve certeza de que era por causa da música.

Se Marley o amava ou não, pouco importava naquele momento. Sebastian esteve em paz por segundos preciosos, que jamais seriam esquecidos.

Porque foram interrompidos por um Samuel Evans esbaforido que invadiu o quarto no mesmo momento.

— P**ra, Sam, precisava abrir a porta desse jeito? — Seb voltou ao modo estresse.

— Sim, eu precisava. Não posso dormir no mesmo quarto que a Quinn Fabray.

— Por quê? Percebeu o erro que cometeu em trazê-la pra esse hotel? — Sentou-se na cama, pronto para ouvir mais uma daquelas confissões abobalhadas do amigo quando esse tipo de coisa acontecia. “Não que aconteça com frequência; cinco vezes por mês conta?” era outro argumento usado entre eles, dessa vez pelo loiro. Mas a cara de nervoso de Sam naquele momento indicou o contrário. — Eita, Giovana... fala logo o que houve.

— Eu fui falar com a Marley, como havia dito naquela hora.

— E então?

— Primeiro: entrar no quarto dela foi tão ruim quanto penetrar o sistema de segurança do Jack Bauer.

— Eu não quero saber como aconteceu, mas sim o que ela disse! — Logo ficou com a mesma cara de nervosismo do Evans.

— Eu... eu e a Marley, na verdade... nos beijamos.


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Notas finais do capítulo

BARRACO! QUEM QUER BARRACO? Podem apostar que o Seb vai ficar p*** da vida com essa revelaçãozinha do Sam que aconteceu no final deste capítulo... e quem aí riu com a vontade do Finn em pegar Rach por tudo quanto é canto? E convenhamos, a mãe do Ryder será um mistério por toda a fanfic... ela será bem útil e interessante no final das contas, quem sabe? Hahahaha
Então... já sabem. Comentários me deixam feliz e até incentivam ;)