How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 5
1.05 - Damn, I Forgot It!


Notas iniciais do capítulo

(7:00pm – 8:30pm | 23 Horas – 22 Horas e 30 Minutos Antes do Casamento)

HEY, PESSOAS! Voltei aqui em How I Met Your Mother com o último capítulo de 2014 antes do ano novo... espero que gostem, eu escrevi às 23h30 porque enfrentei bloqueio com minha outra fic ;) Mas é claro que em 3 de janeiro a história voltará com tudo. Por enquanto, vamos rir com o que houve nesse período que citei mais acima? VAMOS, SIM!
Desde já desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo para todos vocês, principalmente porque estou impressionado com o número de reviews que HIMYM está tendo. Obrigado mesmo, gente, eu não imaginava que a fanfic seria tão bem recebida assim =D
Vamos à leitura?



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Querida, cheguei! — Depois de um dia de trabalho pesado, Sebastian abriu a porta de casa como se fosse a melhor coisa do mundo – às vezes o estressava mais, às vezes o relaxava porque tinha alguém pronta para bancar a Anaconda no quarto do casal – mas não ouviu a esposa responder.

Ela não está em casa. E nem a Lily. — Ted surgiu da cozinha, com um pacote de Doritos nas mãos. E os dedos melados.

Ted Smythe, você tem quinze anos, já não está na hora de parar com essa sujeira toda com apenas um pacote de pipoca? — O mais velho cruzou os braços, esperando que o filho desse alguma explicação.

Primeiro, isso aqui não é pipoca. É Doritos. Não há nome genérico para essa perfeição em formato de comida. — Passou os lábios nos dedos, tentando limpar e ao mesmo tempo comer os restos. — E segundo, ainda não tenho dezoito anos, então ainda posso fazer coisas infantis, tá?

Odeio quando você me deixa sem argumentos. — Bufou. — E onde estão as meninas?

Mamãe foi deixar a Chatily na casa daquela amiga do lado leste da cidade.

Aquela que tem um nome de homem?

Se está falando da Robin, é ela mesma.

Não sei como o pai dela teve a coragem de dar esse nome pra menina, mas enfim... estamos apenas nós aqui, certo? — Seb já imaginava o que poderia fazer naquela noite.

Está pensando o que eu estou pensando? — Ted olhou para o pai com segundas intenções.

Noite dos homens Smythe!

[…]

Umas três horas depois, a matriarca da família não havia chegado e os dois já tinham feito loucuras e mais loucuras com a casa: emporcalharam a sala de estar com comida e bebida, resultado das 13 batalhas no Just Dance 2015 - não importa se existe o 2029, quando o 2015 é o melhor para esses dois - que ambos enfrentaram com muita energia; sujaram ainda mais a cozinha, porque tentaram fazer uma torta de limão que não deu certo; e nem se deram ao trabalho de limpar. Lily e a mãe com certeza virariam duas feras se vissem aquilo, então Sebastian e Ted apenas se limparam e foram para o quarto dos mais novos.

Então, pai… como o senhor conheceu o tio Ryder?

Se você está pensando que eu vou contar essa história apenas para você hoje, está completamente…

Certo, porque esse tipo de coisa não pode ser dito a mulheres. — Ted interrompeu-o. — Qual é, são dois homens se conhecendo 24 horas antes de um casamento, faz diferença esperar a Lily?

É, nisso você tem razão.

Então, cá entre nós, pai... — Arqueou as sobrancelhas. — Como conheceu Ryder? E o que isso tem a ver com a história de quando você viu a mamãe pela primeira vez?

Vamos lá... eu, Sam e Finn finalmente tínhamos chegado ao hotel.

— Sam, você precisava mesmo soltar aqueles gases antes de sair do carro? Ele vai ficar cheirando a pum podre de Samuel Evans até o amanhecer! — Finn reclamou, ainda com uma das mãos no nariz, tentando espantar o “cheiro ruim”.

— Desculpem, mas eu não aguentava mais.

— Nós saímos do carro três segundos depois, Sam. Com certeza dava pra segurar. — Sebastian alertou, arrastando sua mala e a do loiro para o saguão. — Vamos, tem que ter alguém aqui para nos ajudar com isso.

— Que interessante, porque eu não vejo ninguém aqui. — O grandão disse, desvalorizando a recepcionista que estava lendo alguma revista de fofocas.

— Com licença. — Seb foi em direção a ela, mas não obteve resposta. — Olá. — Nada. — OLHA PRA MIM, CRIATURA!

— O QUE É? — A jovem respondeu à altura, erguendo a cabeça para o moreno. — Não vê que estou ocupada?

— Você deveria estar ocupada atendendo a nós aqui, não acha? — O Smythe respondeu de forma arrogante, já irritado com o atendimento da moça.

— Tenho coisa melhor pra fazer do que dar informação pra quem tá perdido.

— Queridinha... — Finn entrou na discussão. — Não estamos perdidos. Eu sou o noivo de Rachel Barbra Berry-Hudson.

— Tá muito empolgado. Tira o Hudson. — Seb interveio.

— Eu sou o noivo de Rachel Barbra Berry, e marcamos hospedagem aqui, neste hotel. Eu sou Finn Christopher Hudson, você vai achar meu nome nessa coisa que você chama de computador, senhorita... — Analisou o crachá da moça. — Destiny.

— Argh, tudo bem. Vou procurar. — Ela fez cara de desprezo e começou a teclar no computador.

Seb desviou seu olhar para as escadas que levavam aos outros andares do hotel, dando de cara com uma Marley Rose sorridente descendo os degraus ao lado de um funcionário do local. “Droga, eu não posso pensar nisso, ela não quer ficar com você, Sebastian, que droga”, pensou, enquanto os dois se aproximavam do trio.

— Até que enfim chegaram, hein? — Marley ironizou, acenando rapidamente para Ryder enquanto chegava mais perto da confusão. — O que está havendo?

— Essa recepcionista não tá cooperando com a gente.

— Em que sentido?

— Anda logo, eu tenho de falar com a minha futura mulher! — Finn se exaltou, quase saltando para cima da tal Destiny. Felizmente, Sam o puxou de volta para a terra firme. — Não veem que ela está demorando de propósito?

— Eu estou vendo, mas bater nessa “zinha” não vai adiantar, sabia? — O Evans vociferou, ainda segurando o amigo.

— Licença, deixem-me passar! — A Rose se enfiou no meio da coisa, chegando ao balcão poucos segundos depois. — Oi, Senhorita Destiny.

— Chame-me de Harmony, por favor. — Sorriu descaradamente como se não tivesse tido um ataque de preguiça segundos antes.

— Então, Harmony... lembra de mim? Eu vim pegar as chaves do quarto da minha amiga e do meu quarto. Esses três homens, gentis e educados, como pode ver... — Estava bem óbvia a ironia no que Marley dissera. — …são nossos acompanhantes. Um deles é o noivo e os outros dois são padrinhos, apesar do loiro arrebata-corações aí não ter uma garota para chamar de madrinha.

— Esqueceu de mim. Eu vou entrar sozinho. — Disse Sebastian, erguendo a mão para se pronunciar.

— Depois falamos sobre isso, Smythe. Mas você tem um par.

— Oi? Como é? — Ele arregalou os olhos, espantado com a notícia. Mas foi o único a ter essa reação, já que os outros estavam mais preocupados com a falta de responsabilidade de Harmony Destiny.

— Então, cara Harmony... dá pra liberar as chaves deles, por favor?

— Mas eu pensei que você tinha pegado todas elas! Por isso não as dei antes.

— SÉRIO, MARLEY? — Finn, Sam e Seb soaram em uníssono, virando os rostos para a cara avermelhada da amiga.

— P***a, esqueci!

Não estamos com a Lily aqui, papai. Pode falar à vontade.

Sério? — O mais velho soltou um suspiro de alívio. — Amém, não aguentava mais.

— Porra, esqueci!

— Alguém esqueceu de alguma coisa? — O funcionário que antes estava falando com Marley reapareceu no saguão, com as chaves dos quartos restantes em sua mão esquerda.

— Ryder, ainda bem que você apareceu! — Ela quase o abraçou, mas se conteve porque ele era apenas um ajudante do hotel. — Mas como as chaves chegaram até você?

— Entregou-as pra mim antes de ir ao quarto da Rachel Berry, lembra?

— Oh, é mesmo. Esqueci disso também.

— Precisamos mandar a Marley para um neurologista. Suspeita de um Mal de Alzheimer tá grande aqui. — Sam sussurrou para Finn, que soltou um breve riso instantaneamente.

— Tem razão, Evans. Qual será o problema dela, hein?

— Eu ouvi isso, garanhões. — Sebastian se meteu entre os dois, acabando com a “brincadeira”.

[…]

A primeira coisa que Finn fez ao receber a chave – obviamente, ele teria de passar uma noite sem a noiva dividindo a cama – foi sair em busca do quarto, com a única mala em mãos. Sam desapareceu durante a corrida do Hudson pelas escadas. Marley fez o mesmo, e acabou restando um Sebastian sozinho no saguão com duas pesadas bolsas a carregar.

— Quer uma ajuda, senhor? — O tal Ryder perguntou, após alguns segundos de silêncio.

— Pode ser. — Entregou uma das malas ao funcionário. — Eu ia dividir o quarto com meu amigo Sam, mas…

— Ele sumiu.

— Como de praxe. Eu já devia ter me acostumado com essas saídas repentinas dele.

— Tudo bem, às vezes esse tipo de coisa acontece por aqui. Harmony, a recepcionista, me contou que um dos hospedados já saiu em busca da namorada pelos arredores e nunca mais voltou.

— Uau, que medo... o cara foi encontrado?

— Diz ela que sim. Num saco vermelho, como se fosse do Papai Noel. Foi nessa parte que eu logo deixei de acreditar nela.

— Claro, até porque Papai Noel não existe. — O Smythe foi na frente, com a chave em uma mão e sua bolsa na outra.

— Gerações inteiras estão sendo enganadas por essa historinha. — Ryder foi logo atrás, ainda conversando com o hóspede. — E daqui a pouco o Natal chega de novo, e mais crianças iludidas vão se hospedar aqui e achar que o “bom velhinho” vai aparecer aqui também.

— Entendo. Quando fiquei sem emprego uma vez, tive de trabalhar como Papai Noel de um shopping lá em L.A. Foi uma loucura, aquelas crianças tinham imaginação saindo até pelo nariz.

— Tenho pena de meu amigo Rory. Ele trabalha aqui, e por causa do “sotaque exótico”, é sempre escolhido para interpretar o velhote. — Ambos chegaram ao primeiro andar, que era justamente o dos meninos. — Só uma coisa: por que vocês, homens, vão ficar dois andares abaixo do andar das mulheres?

— Paranoias de Rachel Berry. Ela acha que um de nós vai lá só pra ver o vestido de noiva dela ou alguma coisa secreta que Marley e ela possam esconder.

— Você sabe que mulheres só falam em segredos quando têm um, não é?

— OK, essa é nova. — Seb riu, enquanto posicionava a chave no trinco do quarto 105, correspondente ao que ele dividiria com Sam. — Mas vou ficar atento à sua dica. Ah, e eu acho que nós não nos apresentamos formalmente. Sou Sebastian Smythe, padrinho do noivo.

— Ryder Lynn, funcionário deste hotel e sempre a seu dispor.

— Certo, agora chega de formalidade e me fala de um lugar onde eu possa beber café.

Vai por mim: eu estava com muita vontade de tomar um café, mas acabei dormindo pelo resto do tempo. Ou ao menos até eu acordar com fome, às nove horas da noite.

Depois reclama quando eu acordo muito tarde e com uma vontade de comer a Torre Eiffel inteira, não é, pai? — O mais novo arqueou a sobrancelha direita, como se estivesse dizendo “ganhei essa, admita”.

OK, fim de história por hoje. Afinal, o que aconteceu depois já era depois das 20h30.

Mas o senhor disse antes que ia nos contar a parte em que o tio Ryder te contava sobre a “briga” da Rachel com a Marley! — Advertiu, antes que Sebastian pudesse chegar à porta.

Mas você gosta de ficar por dentro de tudo mesmo, não é, moleque? — O mais velho teve de voltar para onde estava sentado.

Aprendi com o melhor, fazer o quê?! — Ironizou o filho, fazendo ambos rirem em seguida.

Tudo bem. Eu não ia contar porque é algo muito feminino, então...

Ah, é, como se eu ligasse pra isso.

Certo. Apesar dos problemas da Marley com o suposto “Mal de Alzheimer”, ela ainda teve cabeça pra gritar com a melhor amiga naquela noite. E antes que você ache que eu sou algum sociopata da vida, foi o Ryder quem me contou essa história.

E como é que ele soube disso?

Métodos nada ortodoxos. Não queira saber.

— Rachel, você tem noção do que está fazendo? — A Rose gritou, assim que trancou o quarto da amiga por dentro. Ninguém ali interromperia a discussão que estava prestes a surgir. — Está ficando desequilibrada demais! E não é a primeira vez que isso acontece!

— Marley, eu já pedi desculpas sete vezes enquanto subíamos até aqui. Dá pra me perdoar? Eu sou assim mesmo, estressada em um minuto e calma em outro, já devia entender...

— Não, ainda não consigo digerir isso tudo, amiga. No mês passado você era um poço de gentileza e bondade, e olha só no que você se transformou nesse tempo! Não consigo mais te reconhecer. — Andava de um lado para outro, sem parar quieta por um instante, enquanto Rach ficava sentada na cama, apenas ouvindo e respondendo.

— São os hormônios à flor da pele. Estou muito nervosa quanto ao casamento, veja pelo meu lado!

— Queridinha, hormônios de casamento não fazem isso com a pessoa! Só se... — Parou por poucos segundos, mas logo desistiu do que imaginara. — Ah, mas não tem como, você me diria antes.

— O quê? — A Berry interrogou, já curiosa.

— Esquece, Rachel. Não é nada.

— Tudo bem. — Deu de ombros. Já estava enfadada devido à viagem. — Mas antes que eu comece a dormir do nada, tenho que te pedir um favor. Está mais calma para receber a notícia?

— Acho que sim. — Respirou fundo. — Manda.

— Você pode entrar na igreja com o Sebastian?

— É brincadeira, não é? — Marley, que já estava surtada, se exaltou ainda mais. — Eu já disse que não quero nada com o Sebastian, e aí você me vem com essa!

— Posso terminar de falar? — Rachel gritou no mesmo tom. — Você não será a única madrinha a entrar livre, leve e solta na capela. E o Smythe lá também não obteve o aval do Finn pra entrar sozinho. Poxa, até o Sam conseguiu um par e vocês dois ainda ficam nisso!

— Vou pensar no seu caso. — A morena já ia saindo do quarto, quando a voz da amiga a paralisou.

— O Sam convidou seu ex-noivo pra vir ao casamento. Não conta pra ninguém.

A Rose virou no mesmo instante e sorriu como se a discussão de segundos atrás não tivesse acontecido.

— Já nasci pronta, querida. Vamos logo com isso.


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Notas finais do capítulo

Sobre a noite dos homens Smythe: EU AMEI, queria ter feito antes, mas acho que coube melhor agora por causa do papo masculino e tal... quem amou também levanta a mão o/ E aquela discussão lá com a recepcionista Harmony que resultou em como o Sebastian conheceu o "tio Ryder" foi épica, admitam :P
Enfim, não sou eu quem preciso comentar, mas sim vocês. Abram suas mentes e deixem seus últimos comentários do ano na fic, desde já fico muito agradecido e desejo boas festas a todos! ;)