How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 4
1.04 - Five Freaks Arriving in Denver


Notas iniciais do capítulo

Horário Correspondente: 6:00pm - 7:00pm [24 horas antes - 23 horas antes]

Sempre terá isso nas notas iniciais, para que vocês nunca se percam na história do "quantas horas faltam para o casamento?" ou "que horas eram quando tal coisa aconteceu?", ok? Ok. [Momento Hazel e Gus aqui]
Hoje veremos esses cinco amigos malucões chegando em Denver para os preparativos do casamento Finchel, que deve ocorrer antes do capítulo final desta história. E eu garanto que o fim está longe... ah, e quanto aos asteriscos no meio do capítulo: Ted e Lily estão ouvindo a história, então o Seb tem de censurar as palavras feias, certo? São crianças. Ao menos para ele.
Ah, e vocês gostaram da capa nova? Tentei fazer o melhor que pude =) E para quem estiver com preguiça de ir ao índice da história, vou deixar a foto no início deste capítulo.
Leiam as notas finais, se conseguirem controlar as risadas ;)



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PAIÊ! CADÊ VOCÊ?

Eu já estou bem aqui e não precisa gritar, Ted. — Sebastian entrou pacientemente no quarto dos filhos. Lily estava com sua típica cara de “não tô nem aí para isso”, diferente do irmão, que parecia estar bem interessado na continuação da história.

Desculpe, pai. É que eu estou muito ansioso para ver o que aconteceu depois que o tio Finn pediu a Rachel em casamento. — O garoto se virou para a irmã. — Diferente de algumas pessoas que nem estão prestando atenção em nada por aqui.

Eu estou ouvindo, Ted. Dá pra ser ou tá difícil?

Tá, vou continuar a história de como eu conheci sua mãe. — Pegou a cadeira da escrivaninha do quarto e sentou-se nela. — Mas vou logo avisando: o que aconteceu durante os 12 meses seguintes não foi nada interessante.

Então pula esse tempo todo, ué. — Ted sugeriu. Seb não havia pensado nisso, mas resolveu adotar a ideia do filho.

OK, eu vou pular esse ano inteiro. Partimos, então, do dia em que viajamos para um hotel de luxo de Denver…

Denver? Foram de bicicleta, por acaso? — Lily advertiu.

Cale essa sua boca, garota, ou então terei de tomar medidas drásticas.

Nada disso, Ted. Então, tudo começou quando viajamos para um hotel de luxo em Denver. Finn e Rachel haviam escolhido se casar na melhor igreja de lá, então tivemos de partir para lá 24 horas antes do horário marcado para o casamento.

— Pronto, Sebastian? — Finn perguntava pela décima vez.

— Pela décima vez, Finn, eu estou pronto há um bom tempo. Você é que fica se atrasando aí. — Seb respondeu, entrando no quarto e vendo que o Finkenstein estava todo vestido, mas só faltavam os sapatos.

— Eu não estou me atrasando, p***a! Só não estou achando minha cueca da sorte…

O moreno começou a rir descontroladamente na hora. Nunca soube que o amigo tinha uma cueca da sorte, e ainda mais quando já está praticamente casado com uma garota moderna como Rachel Berry.

— Do que você está rindo, Smythe? Posso saber?

— Cara, você já não está grande o suficiente para largar peças que parecem dar sorte? Ainda mais uma cueca? Pelo amor de Deus, criatura.

— Eu estava usando ela quando pedi a Rachel em casamento. Imagine o que teria acontecido se eu não estivesse usando ela!

— Finn… — Aproximou-se do amigo, dando um tapa na cabeça enorme do mesmo. — Você é um idiota de carteirinha, viu? Todo mundo sabe que ela aceitou seu pedido porque te ama. Até o Sam sabe disso.

— Tá bem, não vou me preocupar mais com isso.

— Faz o seguinte: olhe a cueca que você está usando.

— Eu não estou usando ela. Já vi e… — Analisando bem, até que Sebastian tinha razão. — É, eu estou usando-a.

— Viu? Agora vamos. Ainda temos que buscar o Sam para irmos rumo à Denver.

— Mas e as meninas? — O grandão disse, calçando seus sapatos rapidamente e indo direto para a sala de estar.

— Vão em outro carro.

— Então tudo bem. Melhor irmos.

Os dois desligaram a energia, para economizá-la, e estavam quase saindo do apartamento que dividiam quando o moreno parou tudo.

— Finkenstein, saiba que dividir o apartamento com você foi um martírio.

— Foi tão ruim assim?

— Claro que teve as partes inadmissíveis, como naquele dia em que você apareceu só de toalha no meu quarto às 2h da manhã.

— Momentos que eu prefiro levar comigo para o caixão. — Completou.

— Mas, no final das contas, acabou sendo bom dividir o lugar com alguém que eu conheço. Pena que agora eu vou ter que preparar as minhas refeições sozinho.

— Folgado. Vamos logo.

.::.

— Rachel, você não acha que estamos muito adiantadas em relação aos garotos? Saímos antes das 18h, sabe… — Marley perguntou à amiga, enquanto viam a cidade de Los Angeles ir embora dos seus campos de visão. Elas já estavam indo para Denver, diferente dos outros.

— Esse é o objetivo, querida Marley. Se chegarmos antes, podemos pegar tudo o que eles sonham em aproveitar no hotel.

— Estou começando a pensar se nós não somos irmãs que foram separadas na maternidade. — As duas riram, enquanto viam a longa estrada que teriam de enfrentar.

— Então… Já pensou em procurar alguém para amar?

— Ainda não. Preciso, antes de tudo, consertar minha vida pessoal e profissional antes de partir para outra.

— Isso é desculpa. Você já tem o emprego dos sonhos, que é salvar a vida de outras pessoas; e ainda tem amigos incomparáveis como nós.

— Além do Kurt, óbvio.

— Isso. Falando no Kurt, você sabe dizer se ele vai para o casamento?

— Ele disse que já está na cidade com o namorado.

— OK, voltando ao assunto que estávamos conversando, sua vida já está bem ajustada. Só falta um homem para completar o pacote.

— Eu não sei se estou preparada para enfrentar tudo isso de novo.

— Não sabe se está preparada para um novo amor ou não sabe se consegue lidar com o que sente pelo Sebastian?

Marley olhou para Rachel, incrédula pelo que a baixinha havia acabado de falar. Se olhares matassem, Rach já estaria morta; mas ela não podia olhar por estar dirigindo na hora.

— Por que diz isso, Rachel?

— Está bem estampado na sua cara! “Sinto algo pelo meu amigo da Starbucks e não consigo admitir por conta do medo de que ele me peça em casamento e eu recuse.”

— Pode até ser, mas… — De repente começou a tocar “Me Against The Music”, da Britney Spears, no rádio. A Rose aumentou o volume. — Eu simplesmente amo essa música!

— Quem não ama não tem vida!

— Você também gosta?

— Claro, por que não?

Já na parte do refrão, as duas começaram a cantar juntas, o que tornou a viagem muito mais interessante do que poderia ser. Com tantas músicas para cantar, nem perceberam quando chegaram à Denver quase 45 minutos depois de terem saído. [Nota: Na história, Denver é próxima a Los Angeles. De carro dá mais ou menos esse tempo.]

.::.

— Eu ainda não acredito que nós ainda estamos viajando. — Sam repetiu, pela quarta vez seguida, enquanto Finn dirigia o carro dos meninos rumo à cidade do casamento.

— Culpe o Hudson aqui. — Sebastian apontou para o amigo, que bufou de forma pesada e só não deu uma voadora no cara pelo fato de que estava dirigindo.

— Foi mal aí, mas eu precisava da minha cueca da sorte.

O loiro não conteve um ataque de risos, o que acabou contagiando Seb.

— Vocês podem parar de rir, eu deixo. Estão me desconcentrando aqui.

— Finn, eu não sabia que para dirigir precisava de tanta concentração. — O moreno afirmou, depois de finalmente conseguir conter as risadas.

— Cara, é tão simples… Basta pensar que tem mulher gostosa no destino final da viagem. — Sam disse, e o grandão bufou de novo.

— Tem uma mulher me esperando, sim. E é a minha noiva, vê lá como fala dela.

— Eu até poderia falar da baixa Berry, mas… Não foi uma direta, criatura. — Sebastian logo percebeu, mesmo estando no banco da frente e com o amigo atrás, que era uma mera referência a ele.

— Sam, não começa, por favor.

— Vou começar, criar um meio e o final quem decide é você. Todos nesse carro sabem muito bem que você morre de amores pela Marley. Não minta.

— Tudo bem, e se eu estiver? — O Smythe explodiu. — Não posso fazer nada! Ela não quer nada mais sério comigo e já deixou isso bem claro. Somos apenas amigos e pronto! Se ela se meter em relacionamentos sérios, não será da minha conta.

— Sebastian, já se passou um ano inteiro desde que vocês se conheceram. Acha mesmo que ela ainda não superou o fim do noivado com o Puckerman? — Finn se meteu no assunto.

— Tive uma ideia, Romeu. — O “galã Evans” se pronunciou. — Por que você não prova que pode tentar apenas iniciar uma relação, digamos… “casual”? Tipo, vocês podem apenas…

— Ficar? Não, vai sonhando. A Marley nunca pensaria nisso.

— Como você sabe se nunca tentou? — O maior de todos voltou a falar.

— Nunca pensei que diria isso em vida, mas… concordo com o Finn. — Sam expirou.

— Nossa, obrigado pela consideração. Você é um ótimo amigo, Evans.

— Eu sei que sou, obrigado também.

— Quer que eu liste aqui as inúmeras vezes em que você não foi um bom amigo para mim?

— Foi apenas uma única vez! E quem estragou todo aquele encontro foi você mesmo, não tinha como salvar.

— Finn, tem certeza de que é com a Rachel que você quer casar? Pelo que eu vejo, você combina mais com o Sam. Vocês se merecem. — Seb ironizou, arrancando olhares matadores dos dois amigos.

— Só… — Sam interrompeu tudo, bufando de irritação. — Pensa nessa possibilidade, Smythe. Uma mulher daquelas não é de se jogar fora. Eu pegaria fácil.

— Vê lá como você fala da Marley, seu filho da puta. — Explodiu mais uma vez.

Detectei uma palavra feia nessa frase, meu caro pai. — Lily interrompeu a história, fazendo Sebastian olhar seriamente para a mais nova.

E daí, garota? Já somos grandes o suficiente para diferenciar o certo do errado. — Ted quase deu uma voadora na irmã, mas conteve a vontade.

Concordo com o Ted, filha. Vocês não queriam ouvir os fatos? A verdade e nada além disso? Então, estou apenas seguindo fielmente os acontecimentos reais.

Mas precisava deixar em aberto os palavrões?

Ai, que garota mais careta. — O irmão revirou os olhos.

POSSO VOLTAR AGORA? — Seb precisou gritar para chamar a atenção de ambos, que assentiram na mesma hora. — Então, depois que eu falei a palavrinha especial...

— Ui, se revelou agora. — Finn imitou uma voz feminina.

— Hudson, você realmente está louco para morrer um dia antes do casamento, não é?

.::.

Rachel e Marley chegaram no Hotel Waters Place com dezenas de malas a serem descarregadas. Enquanto Marley, como uma boa dama de honra que se preze, ia até o balcão pegar as chaves dos quartos que as duas reservaram anteriormente (um para Rachel e Finn, outro para Sam e Sebastian – cuja escolha foi feita por eles mesmos, para… um motivo que nunca revelaram – e um último para Marley, que ficaria sozinha), a noiva começava a entrar em desespero. Os homens ainda não haviam chegado.

— Algum problema, senhorita? — Um dos funcionários do hotel percebeu o estado de Rachel e se aproximou dela.

— Não, imagina! É só que o meu futuro marido não chegou ao hotel com os padrinhos a essa hora da noite e nós vamos nos casar em 24 horas, então é óbvio que eu estou com um problema! E dos grandes!

Ele arregalou os olhos, impressionado com a pressa e voracidade com que as palavras saíram.

— Oh, me desculpe. Estou muito nervosa quanto ao meu casamento amanhã e…

— Não, tudo bem. Já vi mulheres piores que você por aqui.

— Obrigada por entender, senhor… — Ela checou o crachá do tal homem. —Lynn.

— Por favor, me chame apenas de Ryder.

— Tudo bem… Ryder. Será que você poderia me ajudar a levar estas malas para o meu quarto?

— Todas elas? — Ele transpareceu surpresa na voz.

— Ah, nossa, esqueci que tem algumas da Marley. — Depois de dar uma rápida olhada pelas malas, concluiu onde estavam as suas. — São essas do lado esquerdo. Pode pegar.

— É, prevejo que vou precisar de ajuda. — Ryder falou, mais para si mesmo. Em seguida, virou-se para trás e olhou um outro funcionário. — Rory! Preciso de você aqui.

— Olá, senhorita. — O tal Rory falou, quando chegou mais perto deles.

Futura Senhora Hudson. — Rach reforçou, mostrando toda a sua antipatia por meio de uma única frase.

— Rachel Barbra Berry, eu tenho certeza de que você não precisa ser tão antipática com esses dois. — Marley apareceu, esbanjando alegria, ao contrário da amiga.

— Eles me chamaram de senhorita, sendo que em menos de 24 horas serei a Sra. Hudson!

— A diferença é que você ainda não é a Sra. Hudson, como você mesma acabou de falar. Que feio, desmentindo a si mesma numa frase. — A amiga jogou na cara. — Não liguem para esses ataques de estrelismo da Rachel. Coisa de noiva, sabem… — Falou para os funcionários. — Você é o…

— Rory.

— Isso. Por favor, ajude-a com essas malas aqui até o quarto dela. É o 306. E você é... — Ela apontou para o outro rapaz.

— Ryder.

— Ryder. Você pode levar essas outras bolsas aqui para o 308? É o meu quarto, e eu preciso dar um jeito nessa maluca aqui antes de ir lá. — A Rose completou, dando a chave de seu cômodo para ele. — Obrigada aos dois, desde já.

— De nada, senhorita… — O homem de cabelos castanhos perguntou.

— Marley Rose. — Involuntariamente, ela sorriu para ele, que fez o mesmo.

Quando um silêncio sepulcral invadiu a conversa, Rory e Ryder voltaram à vida real e seguiram seus caminhos, enquanto Marley ia com Rachel até o quarto dela dizer umas poucas e boas.

Espera, pai… Como você soube de tudo isso se você nem havia chegado ao hotel? — Ted interrompeu a história.

E-eu n-não posso c-contar. — Sebastian tropeçou nas palavras, logo gerando desconfiança nos filhos.

Agora que você falou que não pode, vai ter que contar. Detalhe por detalhe. — Lily exigiu explicações do pai.

Tudo bem, vocês me pegaram… O Ryder contou tudo para mim depois que cheguei ao hotel e pedi a sua ajuda. Pronto?

Então foi exatamente aí que você conheceu o tio Ryder. — O garoto concluiu.

Eu não “conheci” o tio Ryder nesse exato momento.

Então, como isso aconteceu?

Bom… isso já é assunto para o que aconteceu depois das 19h.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Caíram na risada? Ficaram de boca aberta? Comentem, meus caros. De acordo com as reviews que já apareceram, todos estão amando a história. Só pra ressaltar, é a primeira fic que faço que é inteiramente engraçada, e já que está dando certo, vou matá-los de curiosidade... mentira, eu não sou tão mau assim. Mas vou logo avisando: no próximo sábado, teremos o último episódio de 2014 :'( Não poderei postar aqui em HIMYM depois do dia 20.12, mas eu garanto que no 1º sábado de janeiro/2015, a fic será atualizada. Garanto!
Mas comentem, por favor :)

P.S.: Gostam do Natal? Estou com esse projeto novo com algumas autoras chamado "Deixe a Neve Cair". Uma coleção de one-shot's somente com o espírito natalino. Curtiram?
http://fanfiction.com.br/historia/570896/Deixe_a_Neve_Cair/