How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 3
1.03 - Will You Marry Me...?


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que o título está mais confuso que uma Marley Rose na própria Glee, mas eu acho que fãs de Finchel vão gostar do capítulo de hoje. Eu gostei, então é óbvio que vocês vão amar também... eles são o foco, mas todos têm destaque.

Leiam as notas finais, é bem importante. Sendo assim, boa leitura!



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Crianças, esta é a história de como eu conheci… Sua tia Marley.

O QUÊ? — Os dois filhos saíram de suas zonas de conforto e ficaram em pé perante o pai.

Me enganou por dois dias inteiros só para contar como conheceu a tia Marley? Pai, você oficialmente tem um problema. — Lily indagou.

Eu precisava contar, ou então vocês dois não entenderiam o que aconteceu depois.

E o que aconteceu após isso? Conheceu a Shakira? — Ted ironizou.

Nada a ver, Ted. O tio Finn pediu a Rachel em casamento.

E o que isso tem a ver com a história de como você conheceu a nossa mãe? — O garoto voltou a falar.

Algumas coisas. E então, querem que eu conte ou a mãe de vocês vai precisar intervir na situação?

NÃO! Pode ir contando, pai. — Lily rapidamente mudou de opinião.

Vamos lá. Toda essa história de pedido de casamento começou com a canção “Tongue Tied”…

— “Oh, take me to my best friend's house, go around this roundabout, oh…” — Sebastian cantarolava a canção que soava em seu iPod conectado ao aparelho de som, enquanto Finn tentava aproveitar seus últimos minutos de sono antes de preparar o grande momento.

— Smythe, cala essa boca por um tempo!

— Bem que eu queria, mas esta canção é contagiante.

— Só se for pra você…

Não aguentando mais todo aquele barulho, o grandão desistiu de dormir e se sentou na cama, esfregando as mãos no rosto e dando um tapa no mesmo com o objetivo de sair do transe. Era uma técnica que sua namorada havia lhe ensinado há algum tempo, quando Sebastian teve crises de insônia e ficava acordado à noite, e até agora sempre havia funcionado com ele. Perdido em seus pensamentos, nem percebeu quando o amigo entrou em seu quarto sem bater à porta.

— Só passei aqui para avisar que a música já acabou e que você já pode voltar a dormir.

— Jura? Depois que eu desisto oficialmente, você vem aqui e diz que eu posso ficar em paz?

— Também vim avisar que eu consegui fazer com que o gerente do Starbucks desse uma rodada de café grátis para o caso da Rachel aceitar seu pedido.

— Pelo menos isso para alegrar meu dia. — Finn finalmente se levantou e foi direto para o banheiro.

Encarou-se no espelho, dizendo palavras encorajadoras para si mesmo. Seb o olhou por trás, e questionou se era mesmo a Berry quem teria surpresas e não o próprio Finkenstein. Sua questão fora bruscamente interrompida quando seu telefone começou a tocar dentro do bolso de seu short jeans. Ele pegou o celular com cuidado — o aparelho costuma bater asas e voar quando o moreno quer pegá-lo — e verificou quem era. Marley.

— Oi! — Disse quando atendeu.

— Olá, Sebastian! Por incrível que pareça, eu fiquei com vontade de conversar com você hoje. Podemos tomar um café na Starbucks em vinte minutos?

— Claro, eu só preciso acordar um amigo meu pra vida e logo chego aí.

— Acordar um amigo para a vida?

— Ele vai pedir a namorada em casamento e não quer que nada saia errado. Sabe como são esses momentos…

— É, sei bem como é. Encontro você daqui a pouco, então. Um abraço.

— Outro para você. — Desligou a ligação e relaxou na cama do amigo, que saiu do banheiro e estranhou o Smythe deitado com um enorme sorriso no rosto.

— Já deu pra perceber que você estava falando com a Marley. Adivinhei?

— Sim, você adivinhou.

Os dois conversavam sobre o telefonema quando ouviram o som de panelas batendo na cozinha. Nenhum dos dois havia mexido no fogão naquela manhã, então saíram correndo para o cômodo.

— Jesus Cristo! — Finn exclamou quando viu Sam cozinhando.

— Não, sou só eu, Sam Evans. Mas minha mãe já me chamou desse nome várias vezes.

— O que você está fazendo aqui, como entrou aqui e que universo alternativo é este onde você está cozinhando? — Seb emendou as perguntas numa frase só.

— Primeiro, eu vim falar sobre o meu encontro quente e ver se o jogador de basquete aí já havia desistido de pedir a baixa Berry em casamento. Segundo, vocês dois têm esse péssimo costume de deixar uma chave reserva embaixo do tapete. Terceiro, eu percebi que se quero conquistar as mulheres pelo estômago, preciso aprender a cozinhar de verdade. Por que vocês acham que eu fui parar no hospital um mês atrás?

— Intoxicação alimentar. Foi o que o Dr. Puckerman disse. — O Hudson respondeu.

— Sim, eu fiquei intoxicado. Por causa das panquecas picantes que eu mesmo preparei naquela noite.

— Ah… Está explicado. — Os dois moradores assentiram em uníssono.

— Caras, vocês se virem com as coisas. Vou na Starbucks agora e talvez demore um pouco. — O moreno já ia pegando sua chave própria e o celular quando Sam o parou.

— Posso saber o que o senhor vai fazer lá?

— Ter um segundo encontro com a Marley. Fui! — Saiu em disparada pela porta, deixando até o casaco no cabide.

.::.

— Então quer dizer que seu amigo Kurt já fez a fila andar? — Sebastian perguntou, arqueando as sobrancelhas. Ele e Marley já haviam bebido metade de seus copos de café com leite, e a conversa fluía tão bem que era como se eles fossem velhos amigos.

— Pois é, cara! Ele disse que viu quando eu saí com você naquele dia, e percebeu que se até uma garota como eu estava tocando a vida pra frente depois de tantas coisas, ele também poderia ser feliz. E aposto que neste exato momento ele está no telefone, conversando com a nova paquera. — A jovem falava de um jeito tão animado que encantava Seb ainda mais. Ele não queria forçar a barra, mas o universo estava conspirando contra isso.

— Como assim… Tantas coisas? — Ele perguntou, curioso. Sabia que ela poderia desconversar, mas não custava tentar.

— Há algum tempo atrás, eu namorava um cara chamado Noah Puckerman. Nos conhecíamos desde o ensino médio por causa de um musical que estrelamos, chamado West Side Story. Desde então estávamos juntos. Depois da formatura, por incrível que pareça, continuamos mais unidos do que nunca. E… Eu estou contando a história de minha vida amorosa para alguém que mal conheço direito.

— Não tem problema. Já me entreguei muitas vezes para pessoas que me largaram no dia seguinte. E eu juro que não sou um maníaco psicopata. — Marley riu depois disso, e depois continuou.

— Nos formamos em Medicina, que é algo que sempre tivemos em comum. Mas aí, o relacionamento começou a esfriar e eu sempre contava tudo para Kurt, que ainda é meu melhor amigo desde a adolescência. E quando eu menos esperei, o Puck me pediu em casamento. Eu não sabia o que fazer, aí do nada eu simplesmente recusei o pedido.

— Uau. Que bomba.

— Um dia depois nos encontramos por acaso no shopping, e então eu expliquei que não estava preparada para tal compromisso e que desde a formatura da faculdade eu já sentia um abismo entre nós. No final, ele acabou entendendo e continuamos amigos.

— Puck é diminutivo de Puckerman, certo?

— É.

— Então ele foi o médico que atendeu meu amigo Sam quando ele teve intoxicação alimentar. Mundo pequeno, não?

— Com certeza.

Seb observou Rachel entrar na cafeteria, e arregalou os olhos. De acordo com o plano arquitetado por Finn, se ela chegasse antes, o amigo que estivesse lá na hora deveria distrai-la por um tempo até que tudo estivesse pronto e o namorado chegasse lá.

— Marley, eu sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas a namorada do meu amigo chegou e eu preciso distrair ela antes que ele chegue para fazer o pedido de casamento. Poderia me ajudar com isso?

— Sei exatamente como distrair uma pessoa. — Nos levantamos e fomos direto para a mesa onde Rach havia se sentado. — Olá, querida!

— Oi! Eu… Te conheço? — A baixinha disse.

— Não, mas vai conhecer a partir de agora. Esta é minha nova amiga, Marley Rose. Nos encontramos naquele dia e acabamos nos cruzando por aqui. — O moreno interveio na situação, apresentando Marley a Rachel e vice-versa.

As duas rapidamente se deram bem e conversaram sobre diversas coisas, desde manias estranhas dos homens — as quais eu contestei em 50% dos casos — até os benefícios e malefícios do café em nossas vidas. E Sebastian ficou estarrecido quando os benefícios envolveram os Países Baixos dos seres humanos. Alguns minutos depois, ele observou o carro de Sam estacionar numa das vagas do lado de fora, então foi direto para o gerente lembrá-lo da rodada de graça caso o pedido fosse aceito; e depois ajudou Sam e Finn a entrarem pela porta dos fundos com um violão nas mãos do loiro e a caixa especial da aliança junto com o grandão. Depois voltou para onde as garotas conversavam e as interrompeu.

— Desculpem-me, meninas, mas tem um cara em especial querendo falar com você, Rachel.

— Quem?

— Finn Hudson. Basta virar para trás.

Rach, que estava virada de costas para o pequeno palco da Starbucks, virou-se e encontrou o amado segurando um microfone preso a um pedestal, enquanto Sam tocava os primeiros acordes da canção que Finn cantou para a Berry em seu quinto encontro, “I Only Have Eyes for You”. Os clientes que ali estavam começaram a bater palmas no ritmo da canção, enquanto Sam e Sebastian acompanham o amigo na letra. Marley olhava atentamente para os três amigos cantando a música, que curiosamente foi a primeira que ela ouviu em seu iPod horas atrás, quando acordou. Enquanto isso, a baixinha apenas ficava atenta ao grandão, com os olhos brilhando como estrelas e quase chorando de emoção. Outros clientes também arriscavam cantarolar junto, tornando a harmonia ainda mais agradável.

Ao fim da música, aplausos e ovações vieram de todo o público, mesmo ainda sendo num horário relativamente cedo demais para tal. O Hudson desceu do palco, assim como Rachel se levantou da cadeira e foi ao encontro dele, quebrando o espaço existente entre os dois com um abraço envolvente e que rendeu ainda mais palmas.

— Rach… — Ele começou a falar, quando se separaram. — Eu não posso negar que você é e sempre será o grande amor da minha vida. Quero estar ao seu lado em todos os momentos de nossas vidas, e mesmo que o nosso infinito não seja o maior de todos, ficarei feliz só em saber que o preenchi com você. — Ela já estava em lágrimas. Seb e Sam desceram do palco e sentaram-se na mesa de Marley, observando os dois pombinhos. — Mas eu sinto que apenas um namoro não vai me deixar satisfeito. Então...

O Finkenstein se ajoelhou, erguendo a cabeça para a namorada, que já previa o que aconteceria.

— Ah, Meu Deus…

— Rachel Berry, você gostaria de me tornar o homem mais sortudo do mundo aceitando se casar comigo?

— Nunca pensei que teria de ver isso de novo. — Marley sussurrou no ouvido do moreno, causando arrepios em todo o seu corpo. Mas ele disfarçou com um sorriso.

Todos esperavam que a garota dissesse “sim”. Mas o que veio a seguir foi melhor.

— É claro que eu quero! Já estava demorando!

Depois de uma risada coletiva, os dois noivos selaram a nova fase de suas vidas com um beijo apaixonado e que rendeu ovações e aplausos até de quem não entendia o que estava acontecendo.

Tudo bem, eu até entendo. Foi um pedido bem legal mesmo, e a resposta da tia Rachel foi bem condizente. Mas… — Lily foi interrompida pelo irmão.

O que isso tem a ver com a história de como você conheceu a mamãe?

E o que aconteceu no encontro quente com o Sam? — A garota interveio.

Estas respostas vocês irão descobrir... Nesta sexta, no Globo Repórter.

PAI! — Os dois gritaram em uníssono, quase deixando Sebastian surdo.

Crianças, como eu disse antes, é uma história muito longa e que vai levar várias noites para que eu possa terminar.

Agora eu me arrependo do que fiz para merecer isso! — A jovem indagou.

Deixa de drama, Lily. Histórias que demoram geralmente são as melhores. Quero só ver o que vai acontecer amanhã.

Lily, acho que agora você entende por que eu tenho mais afinidade com seu irmão Ted. — Seb cobriu os dois filhos e beijou o topo da cabeça de cada um deles. — Boa noite, Ted. Boa noite, Lily.

Tchau, pai. — Responderam.

Antes de sair definitivamente do quarto, o mais velho sussurrou para si mesmo:

Mal sabem eles que o encontro do Sam era com a mãe deles. Sabem de nada, inocentes.


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Notas finais do capítulo

Todos brilharam hoje, certo? Certo!
Agora eu vou explicar como irão funcionar os próximos capítulos: como na 9ª e última temporada de How I Met Your Mother (a série de TV), cada episódio corresponderá a uma das horas que antecederam o casamento. Aqui, Finn e Rachel vão se casar, então, para que a fic não se prolongue muito, os capítulos poderão corresponder a horas variadas.

Sabendo disso, comentem à vontade =D