How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 29
2.11 - Epílogo [Series Finale]


Notas iniciais do capítulo

Já perceberam o SERIES FINALE aí no título, não é mesmo?
Pois é. Eu decidi pular logo pro epílogo porque, de fato, não havia nada mais a ser contado sobre a história de todos os personagens. Para todos os efeitos, eles viveram felizes para sempre, okay? Okay.
Agora venho lhes falar do temido epílogo. Sim, ele não mostra nenhum personagem de Glee. Sim, ele só apresenta Ted, Hunter (O OTP VIVÍSSIMO) e um outro personagem que... bem, só lendo pra saber! Eu realmente espero que vocês gostem desse final tanto quanto eu gostei, e tomem cuidado pra não chorar antes da última frase só porque How I Met Your Mother se encerra hoje, está bem? Também tô chorando e não aguentaria ver vocês no mesmo estado. Agradeço por tudo ;)

Sem mais delongas, vamos ao gran finale dessa história épica. Boa leitura!



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Ted estava tranquilo e favorável em seu escritório — que ficava em sua própria casa, denotando um dos privilégios de ter se formado em Cinema e ganhar a vida roteirizando filmes — preparando-se para mais um dia de escrita. Felizmente os diretores de um estúdio de produções cinematográficas aprovaram sua nova história e ele prometeu se dedicar veemente nas semanas seguintes para a roteirização da coisa toda. Sendo assim, nada melhor do que estar sozinho em casa numa fria manhã de sexta-feira, com as caixas de som soando uma música dos bons e velhos anos 2010 e com os dedos ansiosos para escrever novas páginas e garantir não só o emprego do dono desses dedos como também a renda da família.

E o Smythe-Lynch estava prestes a escrever a primeira palavra quando ouviu a porta da casa se abrir.

— Ué, mas já chegaram? — Olhou para o relógio, verificando que ainda eram 11h30 — Deve ter acontecido alguma treta.

— Senta aí, Nate — Hunter apontou para um canto no sofá, e seu filho logo foi se acomodar no espaço.

Mas não sem antes bufar de raiva.

— Oi, bom dia, como vocês estão e o que fazem tão cedo em casa? — Disse Ted ao chegar na sala de estar.

— Desculpe por interromper seu momento, querido — ambos trocaram um beijo antes de voltarem sua atenção para o jovem de quinze anos sentado mais à frente — sabe que eu jamais viria tão cedo se não fosse por um motivo urgente.

— Tão urgente que precisou tirar o Nathan da escola?

— Na verdade, foi o Nate quem me tirou da zona de conforto…

— Vovô Smythe que está no céu, dai-me paciência — Ted olhou para o céu como se pudesse ver seu avô dali mesmo — o que ele fez?

— Foi suspenso por três dias dessa semana.

— QUAL FOI A MERDA QUE TU FEZ, GAROTO? — Exaltou-se, já se direcionando para onde Nathan pudesse vê-lo.

— Gritaria não vai levar a nada, Teddy — Hunter foi atrás do marido, a tempo de afagar seus ombros e impedi-lo de uma explosão completa do cérebro do pobre Smythe.

É válido acrescentar um PS no meio desse ponto só pra dizer que agora Ted tem três sobrenomes graças ao seu pai, à sua mãe e ao seu marido?

Smythe, Pierce e Lynch. Haja paciência pra entoar esse nome numa chamada.

— Está bem, você está certo — cedendo aos movimentos das mãos do Lynch em seus ombros, procurou se sentar ao lado do filho. H o seguiu logo atrás — okay, Nate, o que você fez de tão grave?

— Bati em uns garotos da minha classe — o garoto coçou a cabeça, finalmente criando coragem para direcionar seu olhar aos seus pais — por causa de vocês.

— Essa parte o diretor não me contou, filho... — Hunter franziu as sobrancelhas.

— Eu queria contar pessoalmente, então o coagi a não te contar mesmo.

— Como?

— Eu sei de umas coisas.

— Tá, mas o que isso tem a ver com a gente? — Ted retomou o assunto.

— Aparentemente, mesmo nós estando na década de 2050, ainda existem pessoas que não compactuam muito bem com a ideia de dividir oxigênio com um garoto que tem dois pais.

— E você bateu neles só porque fizeram piada conosco? — Respondeu — Filho, você sabe que nós já estamos até acostumados com esse tipo de coisa.

— As piadas deles eram de outro nível que eu prefiro não comentar porque vocês já devem imaginar — Nathan engoliu em seco só de lembrar o que aqueles pirralhos disseram anteriormente — e eu não suportei por mais nem um segundo. E se querem saber? Eu fiquei feliz de mostrar a eles depois com um belo discurso o quão amo vocês dois.

— Pensei que adolescentes tivessem complicações em demonstrar sentimentos, mas acho que esse é o mais próximo de um “eu amo vocês” que vamos obter de você, Nate.

— Pelo amor de Shawn Mendes, não chora agora, Huntie — Ted envolveu o companheiro num abraço de lado, esperando que ele não se derrubasse em lágrimas numa conversa tão séria, e só depois de conseguir acalmá-lo é que ele voltou suas atenções para o filho com problemas — Nathan Matthew Smythe-Lynch, você vai pro seu quarto agora e só sai de lá quando eu contar qual será sua punição.

— Mas essa já não é a punição?

— Estou te dando acesso às suas tecnologias antes de pensar se vou tirá-las de você. Cale a boca e vá aproveitar os últimos momentos com elas — aumentou o tom autoritário em sua voz.

E só isso foi o bastante para seu filho sair correndo como se sua vida dependesse de uma última visita ao Tidal para ouvir a música nova daquele artista preferido antes que até mesmo o serviço de streaming fosse tirado de sua rotina.

— Eu que sou o psicólogo da casa e você é quem domina o controle da situação do menino. Isso é injusto — o Lynch se pronunciou, arrancando risos do marido antes da seriedade voltar à tona — e então, o que vai fazer com ele?

— Os motivos são diferentes, mas isso é quase um déjà vu da minha adolescência — Ted começou aquele que se tornaria um discurso inspirador — lembra de quando eu contei o que meu pai fez para punir a mim e a minha irmã quando fomos suspensos da escola?

— Lembro até do modo como você descreveu a “tortura”, foi hilário e… e… — Hunter aos poucos foi tomando conhecimento do que estava por vir — você não vai transmitir esse ritual ao Nathan, não é?

— Mas é claro que vou — disse, já se levantando do sofá — vai ser bom virar esse jogo pelo menos uma vez na vida e causar o mesmo sofrimento a outro alguém.

— Mas é seu filho tanto quanto é meu. Tenho participação nisso.

— Venhamos e convenhamos, Huntie — arqueou as sobrancelhas — em 15 anos de adoção, essa é a primeira vez que eu vejo vantagem no fato de ele não ter vindo diretamente de nossos organismos.

— Santa Cher — respondeu, levando as mãos às têmporas — está bem, está bem. Esse argumento ridículo me convenceu só por ser ridículo.

— E que comecem os jogos.

Chegando ao quarto do garoto, Ted e Hunter puxaram uma única cadeira giratória que sobrava no ambiente — claramente vocês podem imaginar Ted dominando a cadeira e Hunter se apoiando no colo do marido — e chamaram a atenção dele. Felizmente, Nathan não se incomodava mais com as demonstrações excessivas de carinho entre seus pais desde que tomou conta do amor exasperadamente doce entre eles.

— Nate… deita aí na cama.

— O que foi agora?

— Deita logo, caramba — foi a vez do psicólogo gritar — o negócio é sério.

— Mas não dá pra levar vocês a sério com essa posição em que estão sentados! — E o menino desatou a rir na cama.

— Finge que não tá vendo o órgão do seu pai pulsando e foca no que eu vou dizer — Ted ironizou, fazendo o marido cobrir a região meio que no mesmo instante — por mais que seu ato nos traga orgulho por termos um filho como você, ainda existem consequências.

— Lá vem.

— Por isso, nós vamos fazer com você a mesma coisa que seu avô, meu pai, Sebastian Smythe, fez comigo — respirou fundo, antes de soltar a fatídica frase — decidi que vou te contar a história de como eu conheci seu pai.


—- Fim. --


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Notas finais do capítulo

Então, é isso. HIMYM acaba aqui.
Muito obrigado pelos mais de 100 comentários recebidos ao longo dessas duas temporadas que significaram muito pra mim. Obrigado também por todos os incentivos e elogios, e por todas as críticas construtivas que me fizeram melhorar. Obrigado pelo carinho e pelo acompanhamento!

Por favor, deixem uma última review comentando o que acharam do epílogo e da história em geral. Quero ver uma última opinião de todos vocês, okay? Okay.

PS: Continuo na ativa com minha fic original, O Curioso Caso de Daniel Boone ;)
PS: Década de 2050, Tidal ainda existe e Cher ainda é lembrada. Celebrem.
PS: Nathan foi interpretado pelo Jack Griffo, okay? :D
PS: O final mais gay da história dos finais.
PS: Chega de PS's. Até uma outra fic, talvez?



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