How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 2
1.02 - That's How I Met...


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu de volta com essa fic e com um capítulo escrito pela Gabriela Sampaio - sendo assim, preparem suas clavículas e forninhos, porque eles vão quebrar...
Ainda poderia ficar aqui agradecendo a ela por ter digitado todo esse samba aqui, mas vamos ao capítulo, que é mais interessante ;)



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Prontos para a continuação, crianças? – Lily revirou os olhos para o pai.

Quantas vezes vou precisar dizer que não somos mais crianças? - Seb riu da teimosia da filha.

Você vai sempre ser a minha garotinha. – a morena abriu um sorriso mínimo e depois voltou com sua fachada séria.

Vamos começar logo essa história? – resmungou e o irmão riu.

Parece que alguém está interessada. – ele a empurrou de leve e Lily revirou os olhos novamente.

Mas, é claro que não! Só acho que quanto mais rápido começarmos, mais rápido iremos terminar e eu vou poder ter meu sono de beleza.

Só porque você irá dormir, não significa que vai ocorrer uma mágica e ficará bonita. – os dois iam começar uma discussão das feias quando o pai os interrompeu.

Depois não querem ser chamados de crianças. – Sebastian disse, se divertindo e os irmãos se ajeitaram, ficando em silêncio. – Posso começar? – Lily e Ted assentiram. — Continuando da parte que Sam me fez conversar com a garota do bar de um jeito muito humilhante...

— Prazer em te conhecer, Sebastian. – ela disse, dando um sorriso tímido, seus olhos eram hipnotizadores.

— Você é linda. – ele disse sem pensar muito e depois ficou vermelho. — Eu não deveria ter dito isso. — a morena franziu o cenho. — Não que você seja feia, mas é que mal nos conhecemos e estou te elogiando.

— Eu entendi o que você quis dizer e obrigado pelo elogio do mesmo jeito. – disse, rindo da falta de jeito dele, Sebastian teve que desviar o olhar para não parecer um bobo admirado.

— Então, de nada. – ele limpou a garganta. — Sei que pode parecer muito estranho, porque acabamos de nos conhecer, mas estava pensando se não poderia me juntar a você enquanto toma o seu café.

O sorriso que ela carregava no rosto, se desfez e Sebastian previu que estava prestes a tomar um fora fenomenal e já imaginava como seria vergonhoso contar isso para Sam:

— É um pouco complicado. – ela começou, depois pegou um guardanapo no balcão e tirou uma caneta da bolsa. — Meu amigo Kurt está sentando nas mesas perto da entrada, me esperando e ele acabou de terminar com o namorado, se perceber que estou te dando meu número, vai surtar porque está com raiva de todos os homens do planeta Terra, então me desculpe por isso.

Sebastian mal teve tempo de processar suas palavras, a morena lhe deu um tapa no rosto com força e rasgou o guardanapo, pulando da sua cadeira, fazendo uma cara de ofendida:

— É claro que não vou te dar meu número, seu idiota! – resmungou, chamando a atenção de pessoas em volta, ajeitou a alça da sua bolsa no ombro e deu as costas para o homem.

Seb ficou boquiaberto e continuou a fitando até sair pela porta da Starbucks acompanhada do amigo, depois pegou o guardanapo em cima do balcão e percebeu que ela tinha o rasgado em duas partes e que no canto esquerdo, estava escrito o número dela com uma pequena frase rabiscada “Me ligue qualquer dia.”.

Ele ficou fitando o número da garota por um bom tempo e tentando segurar a vontade de ligar para ela no mesmo momento, quando percebeu que era idiotice esperar, Sam apareceu do nada com seu típico sorriso “consegui o número de uma gata!”.

— Desculpa, cara! Vi o fora que você levou, mas estava ocupado demais marcando encontro com uma morena quente para mais tarde. E aí? Uma rodada para comemorar como a vida é ruim para loucos apaixonados como você? Eu pago! – Sebastian negou com a cabeça, rindo.

— Não dessa vez, consegui o número dela. – o moreno mostrou o guardanapo rabiscado como se fosse um bilhete premiado.

— Oh, Sebastian Smythe irá ter mais um encontro que vai virar namoro e depois vou ter que ouvi-lo reclamar que ela não era O Grande Amor Da Sua Vida! Isso merece uma comemoração do mesmo jeito. – o moreno fez uma careta para o pessimismo do amigo e quando ia responder, deu pela falta da namorada de Finn.

— Onde está a Rachel? – perguntou, olhando ao redor desesperado.

— Ela me disse que ia ver se o Finkenstein estava precisando de alguma coisa.

— Ah, não! Faz quanto tempo que ela saiu? – o loiro precisou pensar, aumentando a agonia do amigo. – Uns cinco minutos, deve estar saindo com o carro agora.

— Droga, precisamos pará-la, Finn vai me matar, era para mantê-la longe dele até terminar esse maldito trabalho!

Os dois atrapalhados correram para fora da cafeteria e nesse exato momento, Rachel dava partida no carro, a primeira reação deles foi se jogar na frente do automóvel, fazendo a morena cantar pneus pela freada rápida. Sam estava rezando baixinho, esperando o impacto do carro e quando percebeu que estava vivo, riu:

— Estamos vivos! Sebastian, estamos vivos. – o moreno não respondeu, porque observava a futura noiva de Finn sair do carro com uma cara nada boa. – Estamos encrencados. – ele sussurrou.

— Posso saber o que o Tico e o Teco estavam pensando? Nesse exato momento, poderiam estar estirados no chão, mortos! – a mulher estava histérica, os dois se entreolharam.

— É que não queríamos que fosse embora, gostamos da sua companhia. – Sam tentou, mas o olhar duro dela sobre eles não diminuiu. – E... Nosso amigo aqui conseguiu um encontro e você sabe como é ruim com essas coisas, pensei que eu e você podíamos dar uns conselhos, sabe como é, um especialista e uma mente feminina iriam ser bem úteis.

Sebastian reprimiu uma careta, não querendo imaginar as asneiras que precisaria ouvir da boca do amigo, Rach semicerrou os olhos e colocou as mãos na cintura:

— Não acredito em vocês! Estão tentando me fazer não ir encontrar Finn, não é? O que está escondendo? – eles engoliram em seco e continuaram em silêncio. – Senão me contarem, vou começar a imaginar e isso não vai ser bom para ninguém. – falou num tom agudo e bem ameaçador.

— De onde tirou isso? Acho que uma dose de conselhos femininos vai me ajudar muito, quem sabe não encontrei A garota e tudo pode dar errado porque me deixou aqui sozinho, ouvindo dicas de relacionamento do Sam.

A morena relaxou um pouco, começando a acreditar na mentira deles e deu um sorriso:

— É melhor que eu fique mesmo. Só Deus sabe que tipos de conselhos ele pode falar! – Seb ri, concordando. – Vou estacionar o carro de novo e já volto!

— Essa foi por pouco. – Sam diz depois que Rachel volta para o carro, depois coloca o braço em volta dos ombros do moreno. – Agora vamos conversar sobre o seu encontro.

— 18 dólares não são o bastante para aguentar isso! – ele resmunga, aceitando que não tem como fugir dessa situação.

.::.

— Já vai! – Sebastian ouve a voz melodiosa de morena do outro lado da porta e seu nervosismo aumenta.

Ok, talvez tenha sido meio cafona trazer flores, pensou, mas agora estava feito e só restou esperar obedientemente do lado de fora, quando a porta se abriu, um sorriso bobo tomou seus lábios:

— E você conseguiu ficar mais bonita ainda. – ela abre um sorriso e coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha.

— Obrigado.

— Eu trouxe para você, não sabia quais eram as suas favoritas, então escolhi as mais bonitas. – Seb estende as azaleias para ela que espirra automaticamente.

— Sou alérgica ao pólen. – diz, espirrando novamente e ele dá um passo para trás.

— Desculpa, eu não imaginava. – por sorte, há uma lata de lixo no corredor e joga o buquê de flores lá, bem longe dela.

Os seus olhos e nariz estão vermelhos mais fora isso, tudo parece bem, então Seb fica ali sem saber o que fazer, começando a se achar um completo idiota:

— Está tudo bem. Não tinha como você saber. – ela tenta se recompor e força um sorriso. – Vou pegar minha bolsa e depois podemos ir.

O moreno respira fundo, prevendo que a noite seria caótica se continuassem desse jeito.

.::.

— Melhor lembrança da infância? – ela pergunta, mordiscando o canudo do seu milk-shake.

— Halloween, eu e meus primos sempre tocávamos o terror na vizinhança, éramos conhecidos como “Aquelas crianças problemáticas...”.

— E o que houve? – Sebastian franze o cenho.

— Como?

— É que você usou um tom tão melancólico, estou me perguntando o porquê. – a morena diz, jogando o seu copo numa lixeira e se aproximando um pouco mais de Sebastian.

— Saudades da época, apenas isso. – disse e timidamente, entrelaçou sua mão na dela que estava gelada. – E você? Qual sua lembrança preferida? – pensou por um instante, tentando não demonstrar sua surpresa com o contato dele.

— Quando meu pai me levava para pescar nas manhãs de sábado, ele sempre quis ter um menino, então cresci mais ou menos como um moleque, jogando beisebol e aprontando com os meninos do bairro. – Sebastian riu, imaginando a infância daquela mulher linda. – Sinto falta dele, New York pode ser muito solitário de vez em quando. –ele apertou a mão dela com mais força.

— Eu sei como é, mas pense que não é a única a se sentir assim, qualquer coisa você pode me ligar, meus ouvidos estão sempre dispostos para ouvir. – a frase ficou estranha e ambos riram.

A noite tinha sido divertida, eles foram jantar num restaurante novo no centro da cidade e quando passaram por uma loja especializada em milk-shakes, não conseguiram resistir e resolveram provar sabores que não imaginavam existir como limão misturado com amora e chocolate.

Quando pararam na porta da casa dela, fitaram as mãos entrelaçadas e ficaram com as bochechas vermelhas, ela sorriu e soltou sua mão da dele, colocando no bolso do casaco:

— Eu me diverti muito essa noite. – a morena começou.

— Mas, você se divertiu o suficiente para querer uma segunda vez? – a falta de delicadeza provocou uma risada nela.

— Vou pensar no assunto e te ligo. – seu tom de brincadeira o deixou aliviado, mas não conseguia parar de pensar, se ela ia ligar mesmo. – Boa noite, Sebastian. – a voz dela era delicada como a música de uma orquestra.

A morena hesitou por alguns segundos, as chaves em mãos, os dois ficaram se olhando até que ela sorriu, balançou a cabeça e se virou, colocando a chave na fechadura com mais lentidão do que o normal.

Pai, me diga que você a puxou de volta e a beijou, por favor, não vou conseguir acreditar que meu pai era tão lerdo quando mais novo. – Lily pontuou.

Não, eu não a beijei, não queria ser precipitado. – ambos os filhos dele reviram os olhos em sincronia.

Você foi um lerdão, pai. Até eu preciso concordar com isso. – a irmã deu um empurrão nele, rindo e Sebastian estava de cara fechada.

Vão ficar zoando os bons modos do pai de vocês ou vão querer saber o final da história? – Lily tossiu, sufocando uma risada.

Mamãe devia ser muito paciente naquela época para ter aguentado esse seu furo de não perceber o quanto ela queria ser beijada. – Sebastian abriu um sorriso, curtindo sua piada interna.

Crianças, essa é a história de como eu conheci Sua tia Marley.


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram? O que sei é: todo esse drama misturado com comédia é necessário para o desenvolvimento da fic. Agradeçam à Gabriela (vou continuar citando ela aqui, e daí?) por todos os sambas de hoje, e quero ver TODO MUNDO comentando!