How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 15
1.15 - The B Plan, Part 2/2


Notas iniciais do capítulo

Antes que vocês venham com pedras, eu venho com argumentos: essa demora de duas semanas com HIMYM foi estratégica. Devido aos grandes acontecimentos da minha vida, tenho ficado com menos paciência pra escrever fanfics toda semana e resolvi atualizar minhas histórias a cada duas semanas, sempre no domingo, para que seja bom para mim (que ficarei mais relaxado e bem melhor para inventar) como para vocês (que terão mais tempo para comentarem porque essa fic tá em crise de reviews). Okay? Okay.

Chegamos à conclusão de The B Plan e grandes coisas estão para acontecer no capítulo de hoje! Tramas concluídas, muitas risadas e draminhas no meio disso tudo, além de interações em família no período de 2030. Preparados? Boa leitura e deixem seus comentários no final!



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(11:00am – 12:00pm | 7 Horas – 6 Horas Antes do Casamento)

E foi assim, crianças, que Rory Flanagan ganhou o vale de entrada para a vida de comediante de stand-up pelo país afora.

Se antes suas piadas eram o plano B, elas agora se tornaram o plano definitivo da carreira dele. — A Mãe entrou no quarto já pronunciando tais palavras.

Assim como Mason era o plano B para que Sam deixasse de ser machista! — Ted observou.

Muito bem, filho! Mas algum de vocês sabem qual era o plano B de Marley e Quinn para que a Sue contasse a verdade sobre o parentesco delas? — A mais velha continuou.

Não deu pra descobrir, o papai não contou. — Lily bufou de frustração.

Não contei porque só a mãe de vocês sabe o final desse enredo aí. — Seb argumentou.

Verdade. — A esposa completou.

Ah, então conta aí, mãe! O que aconteceu com Marley e Quinn?

— Mil desculpas pelo que eu vou te fazer agora, mãe, mas tanto eu como a Marley Bündchen aqui precisamos saber a verdade sobre nosso parentesco. — Quinn adentrou o banheiro do campo de golfe com Marley atrás, já surpreendendo Sue com tais palavras.

— O que vai fazer agora? — A mais velha tentou impor autoridade, mas ficou mais amedrontada ao ver a porta sendo trancada pela garota de cabelos castanhos. — Isso é mesmo necessário?

— Claro que é! Você tirou onda com a nossa paciência naquele momento, fazendo brincadeiras com Miles e nem chegou direto ao ponto!

— É o seguinte, mamãezona: ou você conta tudinho agora ou vamos ficar aqui trancadas até a hora do casamento. — M argumentou, olhando para Sue com um olhar feroz. — E podemos fazer isso sem grandes problemas.

— Na verdade, só você. Eu preciso almoçar daqui a pouco. — Q apontou.

— Não estraga a graça da coisa, Lucy Caboosey.

Quinn ficou possessa de fúria ao ouvir “Lucy Caboosey”. Uma descrição de todo o seu passado estava sendo erguida à tona, e ela não deixaria barato. Deferiu um tapa no rosto de Marley sem pensar duas vezes.

— Ninguém me chama disso!

— Ah, você realmente acha que o Sebastian não me contaria essa parte do namoro de vocês? — A morena provocou mais uma vez, levando outro tapa da loira mais nova.

— Lucy Quinn Fabray! — Sue aumentou o próprio tom de voz para fazer a filha parar.

— O que é, porra?

— Limpa essa boca porque eu não te ensinei esses modos! — Apontou para ela. Quinn logo ficou cabisbaixa. — Não acredito que você desenterrou o próprio passado justamente com um ex-namorado. Eu mereço ter uma filha dessas, meu Deus? Mereço? — Clamou olhando para cima.

— Ei, podemos saber a verdade sobre os fatos? — A Rose interveio.

A Sylvester ficou estática por um momento. Q continuou de cabeça baixa. Marley encarou Sue como se o mundo dependesse daquela revelação. E assim ficaram as três, sem contato por palavras, por intermináveis segundos, até que o celular de uma delas tocou.

— É o meu, com licença. — A morena pegou o celular no bolso de sua calça jeans básica, se afastando das duas para atender. — Oi, Sebastian. Como assim, seu irmão já chegou? Aquele Mason? Nossa, eu quero tanto conhecê-lo... não dá agora, eu tô numa conversa muito séria com Sue e Quinn. É, eu ainda não sei a verdade. É, eu tô louca pra sair daqui com os fatos em mãos e respirar aliviada, mas tenho de ficar aqui. Como assim, tem bomba envolvendo Mason e Sam? OK, chego logo. Abraço. — Desligou o telefonema. — Seguinte, mãe Sue: fale agora ou se cale para sempre.

— Tudo bem... — Ela se rendeu. — O Miles que é seu pai — apontou para Q — e o Miles que a Marley conhece — olhou para a morena — não são o mesmo Miles.

— Ah, aleluia! — As duas inimigas gritaram de alívio.

— Certo, agora explica o resto. — A Fabray pediu.

— Vocês são primas porque eu tenho esse irmão por parte de pai chamado Miles. Ele é mudo desde que nasceu, nunca falou palavra alguma na vida...

— E morreu antes que eu nascesse, grande novidade. — Marley completou.

— Mentira da sua mãe. Ele está vivo até hoje.

— OI? — Nas palavras de Ryder Lynn, Marley ficou “jogada” com aquela informação. — Mas como ele conseguiu pegar uma mulher sendo mudo?

— Tua mãe não te contou como pegou o seu pai, criatura?

— Olha a ignorância, mãe. — Quinn precisou interferir antes que Sue causasse algum estrago na vida da inimiga.

— Eu não quis saber, tá? — A Rose gritou. — Mas isso também não interessa agora... o que realmente está em jogo é o fato de que eu e a Quinn não somos primas diretamente.

— Mas ainda somos primas, e isso é uma lástima.

— Ah, quase esqueci... o Miles que é seu pai, Lucy, não é o seu pai.

— MAS O QUÊ? — A loira mais nova quase teve um infarto ao ouvir mais aquela bomba.

— Bom, acho que já está na hora de eu ir e conferir outra bomba com o Sebastian... fiquem aí para uma boa conversa de mãe e filha sobre isso.

E foi assim que Marley Rose saiu daquele banheiro: sambando nas palavras e sambando no meio do campo de golfe, feliz por não ter de dividir sangue com aquela loira horripilante de nome Quinn Fabray e que era a ex-namorada traidora de seu Seb... espera, “seu Seb”? Por que diabos ela pensou nisso? Era cedo demais. Eles só haviam tido uma conversa simples às cinco e meia da manhã, nada decidido ali poderia interferir tanto no futuro.

Ou poderia? A pessoa narradora disto aqui não quer contar o que eles realmente decidiram naquela conversa mostrada em capítulos anteriores.

Ah, então elas não são literalmente primas? Tudo uma complicação do destino? — Lily perguntou, quando sua mãe terminara de contar o que sabia.

Apenas isso, minha filha.

Mas ainda tem muitas pontas soltas nisso aí... tipo, como assim, o Miles Sylvester-Fabray-sei-lá-o-sobrenome não era pai da Quinn? E como Marley conhecia Sue e nunca soube de Quinn antes? Com- — Ted foi interrompido por ela.

Calma, calma! Nem tudo tem explicação nessa vida. Já viram aquelas séries de televisão completamente sem sentido e que não explicam nenhum dos acontecimentos? Pois bem, a história de parentesco dessas duas é como essas séries. Nunca mais soubemos de nada e nem estamos tão incomodados com isso... não é, amor? — A Mãe encarou o marido.

Fale isso por você mesma. Já procurei saber disso várias vezes.

Idiota. — Reclamou, dando um leve tapa no antebraço de Sebastian.

Mas sou o seu idiota. — O patriarca da família sorriu para ela.

Olha, se vocês estão pensando em começar uma sessão de carinhos e afagos, façam isso em outro lugar. — Ted pigarreou para depois falar. — Eu e a Chatily aqui só queremos saber da história e nada mais.

Tudo bem, tudo bem, vocês estão certos. Acho bom eu continuar com aquele segredo que Sam havia guardado com meu irmão, certo?

Mason e Sam ficaram estáticos com o que Sebastian dissera. Eles não esperavam revelar o seu segredo em comum tão cedo, e nem sabiam como o moreno Smythe soubera da coisa toda.

— E então? Não vão falar nada? — Seb perguntou outra vez, tirando-os do transe mental.

— É... — Mason ia começar a pronunciar algo, mas Marley chegou do melhor jeito que uma sambista poderia chegar numa conversa de homens: atropelando todos a sua frente e com os cabelos totalmente bagunçados devido a correria.

— Desculpem o meu modo totalmente incomum de chegar, mas eu não estava a fim de ouvir o barraco entre mãe e filha e também estava desesperada para chegar aqui e dizer... MASON, SEU LINDO! — E depois de tropeçar nas próprias palavras, a morena se jogou nos braços de Mason, partindo para um abraço caloroso até demais.

— Eu estava sentindo muita falta da sua pessoa, sabia? — O irmão de Sebastian pronunciou no ouvido dela, deixando-a corada com o que o amigo dissera. — Saudades de fazer brincadeiras com esse seu cabelo mais sem graça que os do Seb.

— Eu ouvi isso e vou te matar um dia. — O mais velho falou, cortando o momento de carinho entre Mason e Marley. Ambos se separaram o mais rápido que puderam.

— Tudo bem, reencontros feitos, já posso falar o que aconteceu. — Dessa vez foi Sam quem tomou a frente da coisa toda. — Mas vocês tem certeza de que querem saber?

— Não chegamos aqui pra morrer na praia, então você vai botar tudo pra fora. E vai ser agora. — Ameaçou Finn.

— Tá... eu sou machista porque já peguei o Mason.

E de repente, um silêncio absoluto invadiu a situação. Ninguém comentou nada pelos dois minutos seguintes. Aquela era uma informação bombástica demais para ser discutida imediatamente.

Sebastian apenas processou a notícia por frações de segundos antes de partir para cima de Sam e tentar enforcá-lo com suas duas mãos. Não houve tempo de impedi-lo; Marley bem que tentou falar calmamente com ele antes que a tragédia pudesse se concretizar, mas foi em vão, já que ele não parava de apertar o pescoço do loiro – que, por sinal, já estava virando um tomate humano devido a tamanha força do amigo.

— Como puderam esconder uma coisa tão... tão incomum assim de mim? — Seb se exaltou, após Finn arrancá-lo à força da briga. — Eu só queria... entender!

— Não foi intencional, tá? — Disse o Smythe mais novo. — Depois que isso aconteceu, nunca mais tocamos no assunto e o Sam apenas se tornou o garanhão que é hoje.

— Ah, isso me consola muito: se pegaram e isso foi a gota d'água pra mudarem de comportamento. — O mais velho continuava incrédulo. — Bem que eu devia ter desconfiado da sua franga solta após aquele fim de semana em Vegas, Mason.

— Opa, espera aí que eu não sabia dessa! — A Rose ergueu a mão para falar, interrompendo o drama e fazendo Ryder soltar um risinho discreto.

— Ele não tem a obrigação de te contar tudo sobre a vida dele, Marley Rose. — O Lynn conseguiu falar após acabar com sua própria risada. — São só amigos.

Sebastian e Marley se olharam como quem escondia alguma coisa, fato esse que não foi percebido por nenhum dos demais. O olhar “morreu” logo depois do Evans levantar sua mão.

— Posso falar agora?

— Nossa, que educado, merece um Prêmio Nobel. — O Hudson fingiu aplausos. — Fala.

— Essa noite com o Mason se tornou uma vergonha pra mim... não sabia o que fazer se vocês descobrissem, daí deixamos o assunto morrer e eu desenvolvi esta minha figura de Sam Evans, o arrasa-corações. — Parecia esbaforido ao falar tais palavras. — Mas até que gostei dessa figura, consegui várias coisas incríveis...

— Tipo noites selvagens com metade das garotas da nossa cidade. Uau, que “coisas incríveis”, hein? — Seb já estava menos irritado, mas ainda inconformado com o que ouvira.

— Ei, é você quem quer uma garota para casar, não eu!

Nossa, amor, precisava contar para as crianças desse jeito? — A Mãe encarou o marido com uma cara de incrédula.

Mas são apenas fatos. E contra fatos não há argumentos. — Ele se defendeu.

Deixa, mãe. Estamos em 2030, já ouvimos coisas piores dos nossos colegas de sala. — Lily comentou, recebendo uma expressão de concordância de Ted e espantando os pais.

É sério isso? Vou trocar vocês dois de escola. Não merecem isso. — Disse o mais velho do ambiente, deixando os filhos eufóricos no sentido negativo.

Não, pelo amor de Deus, a gente escuta essa história até o fim dos tempos, mas não tira a gente dali! — Ted implorou, com direito a gestos com as mãos.

O pai de vocês não teria essa coragem... não é? Não é? — A mais velha olhou para o Smythe novamente, dessa vez com uma expressão do tipo “faça isso e nós viraremos caso de polícia”.

Ele rapidamente acatou tal coisa e sorriu para Ted e Lily, acalmando-os ao dizer que não faria isso com eles.

Aproveito também para contar uma coisa a vocês.

Opa, adoro novidades! — A garota de quinze anos se animou com tal fala do pai. — Qual é a nova dessa vez?

Bom, as próximas horas que antecederam o casamento não são relevantes porque foram apenas coisas relacionadas ao evento do ano, então... amanhã é sábado!

Tanto a mãe como as crianças fizeram expressões de confusão. Com certeza aquela fala de Sebastian estava incoerente.

Não somos o Sherlock Holmes para interpretar o ininterpretável, pai. Então desembucha. — O garoto Smythe pediu.

Amanhã é domingo, dia de churrasco com nossos amigos mais queridos... e todos eles se ofereceram para contar uma parte do que aconteceu no casamento de Finn e Rachel. — Os olhos dos quatro brilharam instantaneamente. — Gostaram da notícia?

Claro, não aguentava mais sua visão objetiva sobre esse evento. Queremos emoção, palavras amorosas, queremos subjetividade! — Animou-se mais uma vez Lily, deixando o irmão de olhos arregalados.

Temos uma ótima aluna de português aqui no recinto.


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Notas finais do capítulo

Ted e Lily esbanjando charme nas cenas que pegam, certo? Certo! E o que acharam do capítulo? De cada cena? Espero ver as considerações finais de todos que estão lendo a fic em dia [essa é pra você, Chery!]. Com tantas dificuldades em pleno 2015, esta história tem sido um dos meus refúgios para a liberdade e por isso fico emocionado quando vejo alguém dizendo que curte a história.
Hora de comentar!