How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 1
1.01 - Pilot


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas! Sei que a história só sairia amanhã, mas devido a uns problemas, tive de adiantar para hoje. Mas também estou MUITO animado para saber o que vocês vão achar desta nova fic, que com certeza é um desafio para mim. Se eu contar a longa história de como ela surgiu, vou demorar um ano para contá-la. Mas tudo se resume em: planejo-a desde junho. Seria uma colaboração com a Gabriela Sampaio (as fics dela sambam na sociedade), mas como sempre há a vida e seus problemas, o projeto foi sendo adiado até que eu assumisse as rédeas e voltasse a escrevê-la.
Espero que gostem desse início, e boa leitura ;)



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Crianças, precisamos conversar. — Sebastian abriu a porta do quarto de Ted e Lily sem avisar.

Primeiro, nós não somos mais crianças. Já temos 15 anos! — Lily começou a sua defesa.

Lily, é melhor você calar a boca por enquanto. — Ted olhou seriamente para a irmã.

Vocês já devem ter uma noção do porquê de eu ter vindo aqui no quarto de vocês bem na hora de dormir.

Foi porque fomos suspensos da escola por uma semana inteira? — Lily jogou.

Não, imagina. Ele veio aqui por causa do cartão de crédito que estouramos semana passada. — Ted ironizou.

Como é que é? Então foram vocês… — Sebastian se arriscou a um sorriso de vitória, mas depois voltou a falar. — Mas depois conversaremos sobre isso. É sobre a suspensão mesmo. A mãe de vocês e eu conversamos e resolvemos aplicar o castigo que merecem.

Vão nos tirar o direito de comer sanduíche no café da manhã? Porque, se for isso, podem me internar num hospício. Não vou aguentar. — Ted implorou, fazendo a típica cara de filho dramático.

Nada a ver. Na verdade, acho que está na hora de contar para vocês uma história.

Que tipo de história? A terceira continuação de Crepúsculo que não deu certo? — Lily arriscou. O irmão deu um tapa no braço da garota, que fez cara feia e só voltou a olhar para o pai quando ele forçou um pigarro.

Não, uma história muito melhor e, sem ofensa, mais realista. — Seb acenou com a cabeça e os dois se deitaram em suas camas. — Jovens, eu vou lhes contar a longa e incomum história de como eu conheci sua mãe.

Ih, lá vem... — Ted esbravejou. E ele estava certo. Lá vinha uma história longa e incomum de como Sebastian conheceu sua esposa e mãe de seus filhos, Ted e Lily. — Tudo começou em junho de 2014, quando eu havia acabado de terminar um relacionamento com uma garota chamada Quinn Fabray. Ela havia me traído com um colega do trabalho, Jake Puckerman…

— Sebastian, como seu amigo, eu ordeno que você pare de enfiar sua cabeça debaixo do travesseiro. Não vai adiantar. Finn tentou reanimar o amigo de um jeito não tão agradável.

— Me deixe aqui, Finn. Prefiro ficar com a cabeça debaixo do travesseiro do que de cabelos ao vento na rua com medo de encontrar a Quinn por aí com o Jake de novo.

— Acontece que eu preciso de calma e concentração para terminar um trabalho da faculdade. Você sabe como direito é difícil.

— Na verdade, eu não sei. Nunca estudei isso para saber. O moreno arriscou arrancar o travesseiro da cara só pra dizer isso.

— Não sei onde eu estava com a cabeça quando fui te convidar para ser meu colega de quarto.

— E eu também não sei como eu pude aceitar morar com um chato nerd.

— Ei, pode corrigir a frase. O grandão apontou o dedo para a cara do “doente emocional”.

— Chato nerd que vai pedir a namorada em casamento quando terminar o trabalho.

— Agora sim. E se você não parar de se lamentar pelos cantos, não vou terminar 12 folhas constitucionais em paz, e aí não terei nem paciência para pedir a Rachel em casamento.

— Cai na real, Finkenstein. Ela aceitaria seu pedido até se estivesse de TPM.

— Então levanta essa bunda da cama e me ajude a fazer com que tudo ocorra do jeito que quero.

Sebastian ficou de saco cheio da conversa que parecia não ir a lugar algum. Ele não queria se levantar por vontade própria, e Finn não poderia ter o dia perfeito se continuasse a encarar o amigo de coração quebrado. Então se sentou na cama, arqueou a sobrancelha esquerda e chantageou:

— Só por 20 dólares.

— 10.

— 15.

— 18 dólares. É tudo o que tenho na reserva de emergências.

— Fechado. Finn estendeu a mão para que Seb apertasse, mas este interrompeu o momento. Mas vai ter que me dar agora. Ou nada feito.

— Que seja. O amigo paciente retirou o dinheiro do bolso e o entregou.

— É um ótimo esconderijo para as emergências, não?

— Você sabe o quanto sou prevenido, Smythe. Agora levanta. Você tem que distrair a Rach durante toda a semana.

— Por qual motivo o Sam não pode fazer isso? Levantou-se, vestindo uma camisa básica preta e uma calça jeans preta por cima do short de pijama que vestia.

— Você sabe o que Sam Evans pode fazer quando está com uma simples e inocente garota.

— Ele nunca faria nada contra a sua futura noiva.

— Imagina, Sebastian. Agora você tem uma tarefa a cumprir.

.::.

— Rachel, o que faz aqui, sozinha no Starbucks?

Sebastian iria na casa dela, levá-la para uma bela diversão entre amigos. Porém, resolveu dar uma passada na famosa cafeteria Starbucks do bairro antes de buscá-la; e acabou tendo uma surpresa quando a viu tomando um café com leite sozinha.

— Finn não liga para mim desde ontem. Resolvi espairecer um pouco aqui no Starbucks.

— É sobre isso que eu queria falar com você. O moreno encheu um copo de 300ml com café expresso e sentou-se ao seu lado. Finn está muito ocupado com um trabalho da faculdade de 12 laudas.

— Laudas?

— Folhas impressas. Você sabe o quanto ele gosta de palavras mais complexas.

— E como sei. Já te contei que no ensino médio...

— Seu primeiro encontro com o Finnado foi tão complexo que vocês tiveram de ter um segundo primeiro encontro? Vamos analisar as opções; você falou isso? Sim ou claro?

— Quanta graça, Smythe. Se pelo menos você fosse engraçado assim nos seus encontros, ainda poderia estar com a Frida até hoje.

— Frida é passado, Berry.

— E é por isso que eu vim ao Starbucks. Ajudar-te a encontrar seu futuro no mundo feminino. Sam apareceu, aparentemente de um universo alternativo onde as pessoas são todas canalhas. Pelo menos era o que Finn sempre dizia sobre o loiro pegador.

— Acredite, Sam, eu não preciso de uma nova mulher na minha vida agora. Estou muito bem e...

— Nem tente disfarçar, eu sei que você se lamentou a madrugada toda por causa da Fabray.

— Sam, você nem mora com os dois. Como sabe disso? Percebendo que ia ficar de fora, Rachel tratou de interferir no assunto.

— Tenho meus contatos. Agora, vamos encontrar uma mulher para o Smythe…

Sam girou a cabeça para todos os lados, em busca de uma que pudesse ser fácil, bonita e inteligente o suficiente para conversar com Sebastian. Enquanto isso, Seb e Rach voltaram a conversar sobre Finn, mas logo foram interrompidos pelo cara.

— Seguinte, pessoas: contei vinte mulheres aqui na cafeteria. Uma tem dono…

— Sou eu. A baixinha falou.

— Não contei com você, Barbra Streisand. Mas agora são 21 mulheres por aqui. Tanto ela como o moreno reviraram os olhos. Das vinte que restaram, 19 serão minhas durante o resto do mês, então fazendo as contas…. Só sobrou aquela ali.

E então o Evans apontou para uma garota de cabelos castanhos que estava tomando um café com leite na bancada principal do estabelecimento. Sebastian foi obrigado a analisá-la, e logo percebeu o quanto ela parecia ser perfeita. Aqueles cabelos sedosos, aliados aos olhos também castanhos e ao sorriso angelical que fez quando bebeu do último gole de seu café, foram os fatores determinantes para que Seb falasse:

— Talvez entrar nos conselhos de Sam Evans não seja tão ruim assim.

— É, mas eu acho melhor você não falar com ela agora, Sebastian. Ela parece estar ocupada. Rachel ainda tentou bloquear o amigo de mais uma possível desilusão amorosa.

— Infelizmente o Evans aqui tem outros planos. Que tal brincarmos de “Você conhece o Sebastian?” agora?

Sam pegou o amigo pelo braço e saiu puxando-o até onde a garota estava. Na maior cara de pau, o loiro a cutucou, e de repente ela virou-se para quem havia tocado em seu ombro.

— Porra, eu já falei que não sou touch screen! Não precisa me tocar... Assim que ela se deu conta do que estava falando, pôs a mão direita na testa e sentiu suas bochechas corarem. Ah, me desculpe, eu não devia ter gritado.

— Tudo bem. Na verdade, eu gostaria de fazer uma simples pergunta.

— Ok.

— Você conhece o Sebastian? E aí Seb se limitou a aparecer na frente da mulher, abrindo um sorriso de vergonha. Quando ele se virou para pedir ajuda, Sam já havia sumido de vista, assim como Rachel.

— Então... será que é bom começar esta conversa inusitada com um “Oi”?

— Acho que sim. Ela respondeu.

— Oi. Prazer, eu sou Sebastian.

E era a mamãe? — Lily perguntou, ansiosa. Não para saber o final, mas para descobrir se a história tinha acabado.

Será que eu posso voltar a contar a história, Lily? — Ele aumentou o tom de voz.

Pai, posso fazer uma pergunta antes de você voltar a falar? — Ted levantou a mão.

Pode.

Esta história é pequena?

Quer que eu seja franco? — O garoto fez que sim com a cabeça. — Não é nem um pouco pequena. Pelo contrário: vou levar dias para contá-la. Então vamos fazer o seguinte: hoje eu vou terminar por aqui e amanhã eu continuo. Pode ser?

Não. — Lily se manifestou.

Eu voto sim. Diferente desse ser humano sem coração... — Ted apontou para a irmã, que fez uma careta de brava. — Eu gosto de histórias. E prevejo que essa será a melhor de todas.


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Notas finais do capítulo

ALERTA DE MISTÉRIO, ALERTA DE MISTÉRIO! Nunca direi quem é a Mãe dessa história, assim como na série de TV original... mas vocês já podem ir chutando, adoro ver palpites. Comentários são importantes para que eu saiba do quanto vocês gostaram desse primeiro capítulo; se destruiu forninhos, se não destruiu... enfim. Já sabem ;)
Ah, e para os leitores de New York Love Story: amanhã não terá capítulo novo. :'(