A Filha de Jacob escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 8
Capítulo 8 - Inferno Particular.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demoraaaaaa. Eu esqueci de vim coloco o capitulo, --' , e.. eu sou muito esquecida. Sem conta que eu tava meio enrolada terminando uma one-shot, e tendo que posta em outras fanfics.
Espero que gostem do capítulo.
Beijoooos.



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POV: Hinnata.

Eu estava dentro do avião, indo para meu inferno partícula. Sim inferno partícula, porque aquelas pessoas de La Push me olham torto, como se eu fosse algum tipo de lixinho deles, e aqueles lobos, parecem que tem alergia a mim. Me olhavam como se fossem vomitar ou empolar. Idiotas!

O único que não faz essas coisas comigo e o Sam, ele ate que e gente boa, pelo menos parece ser. Mas ele não deixa o filho dele fica perto de mim, ele fica achando que eu vou sufocar ele, ou coisa parecida. Eu pareço alguém que faz isso? Ta pareço.

Meu Deus, agora que a fixa caiu, EU FUI EXPULSA DA MINHA FAMILIA, OMG. Eu sei que nem ligo muito para eles, mas agora praticamente, minha família e o Billy, tem coisa pior?

To ate com vontade de chorar, vou pro lugar que eu odeio, morar com o velho chato do Billy, e ainda vou ter que aturar os lobos me encarando, Deus, o que eu fiz? Ta eu sei, mas não e para tanto.

Coloquei meu iPod, que tocava Paramore – Ignorance, enquanto Billy dormia do meu lado. Olhei para ele e tentei imaginar como seria nossa vida vivendo juntos, e só uma coisa veio em minha mente, não seria boa. Eu teria que fazer trabalhos domésticos, e com certeza ter um emprego. Billy não era do tipo de pessoa que me deixaria na mordomia sem fazer nada.

Logo após esse meu pensamento tenebroso, de ter que limpa casa e trabalha, dormi, um sono sem sonhos. Só acordei com Billy me chamando.

- Vamos já chegamos. – Disse ele.

- Ta. – Disse com a voz meio rouca por causa do sono, e o segui ate a saída do avião.

Queria que tudo isso fosse somente um pesadelo, que eu não tivesse que abandonar minha casa, meus novos amigos, não queria abandonar o Brian, não podia ter deixado ele nas mãos daquela loira abusada. Mas não, eu fiz tudo errado. Detesto ter que admitir que eu fiz tudo errado. E eu fiz tudo errado por causa de quem? Seth. Perdi tudo por causa dele, mas que idiotice. Billy passou a mão no meu rosto e eu não entendi. O que ele queria?

- Não chora, você ta tendo a conseqüência do seu erro. – Passei rapidamente as mãos em meu rosto, e então percebi que ele estava totalmente molhado.

Nem me dei ao trabalho de responde-lo, não tinha argumentos, a única coisa que eu poderia fazer, era xingá-lo, e eu não estava afim.

Billy pegou o carro no estacionamento do aeroporto e fomos para casa. Foi um total silencio, o único som que se ouvia era da nossa respiração.

Eu me sentia fraca, pois tinha parado de beber sangue, e eu sabia que não podia. As coisas em minha volta estavam ficando escuras e eu olhei para Billy desesperada, tentei pronuncia alguma coisa mais a inconsciência veio mais rápido.

Eu.. estava dentro de um sonho e Charlie me olhava de cara feia, ele vivia presente em meus sonhos, e eu adorava isso, pois nunca esqueceria dele.

Mas diferente dos outros sonhos, ele estava com aparência de quem iria brigar comigo, e não como nos outros sonhos que sempre estavam ele e Sue, me abraçando e dizendo que eu não estava só.

- Porque ta fazendo isso? – Perguntou ele.

- Isso o que? – Perguntei sem entender.

- Não ta se cuidando, fazendo essas besteiras com o Seth, onde pretende chegar com tudo isso? – Ele disse levemente irritado.

- Calma, eu só não pensei antes de agir. – Tentei me explicar.

- Você tem que parar de ser assim Hinnata, tão impulsiva. – Disse ele se aproximando de mim e passando as mãos em meus cabelos.

Mas ele tava sendo irritante, eu já tinha pedras de mais sendo atacadas contra mim em vida real, não precisava de Charlie vim me perturba em minha mente.

- Charlie, você sabe que eu te amo mais que tudo, mas você ta chato demais, sai da minha cabeça.

- Você vai me escutar primeiro. – Disse ele em tom de autoridade.

- Sai, sai, sai, você e só um sonho, volte para luz Charlie, pare de me assombrar. – Fiz o sinal da cruz, porque se ele fosse alguma coisa do alem podia voltar pro lugar dele, e parar de me irritar. Ele riu da minha cara.

- Pare com isso Hinnata. Billy já esta ficando preocupado, você tem que me dar sua palavra de que vai se cuidar.

- Se você para de me assombra eu prometo que vou me cuidar.

- Tudo bem. – Ele beijou o topo de minha cabeça e eu abri os olhos.
Percebi que Billy estava falando com alguém no telefone e nem havia percebido que eu tinha acordado.

“- Jacob, ela ta doente.” – Ele disse bravo.

“- E mesmo Billy? ” – Meu pai falava do outro lado da linha, eu não estava nem um pouco afim de ouvir ele dizer, “Por mim, que ela morra.” Então resolvi me manifesta.

- Billy, to bem. – Disse balançando a mão. Ele ficou visivelmente aliviado, e desligou o telefone. Mas, o que foi aquele sonho com o Charlie?

- Como você ta? – Perguntou Billy.

- Bem, só to com sede. – Ele fez uma careta.

- Sabe que nada de ataca humanos por aqui. – Balancei a cabeça dizendo que sim. – Vamos, vou te levar para caçar.

- Não precisa Billy, eu conheço isso aqui. – Sorri e levantei do sofá onde estava deitada.

- Tome cuidado, e .. não faça besteira. – Olhei para ele e dei um leve sorriso.

- Ta. – Abri a porta da casa, e sai correndo em direção a floresta.

Eu só queria ficar sozinha, tinha que me acostuma com a idéia de só ter Billy. Uma imensa saudade do Brian me bateu, olhando para essa floresta, lembrando de quando cassávamos juntos, e das nossas apostas idiotas, lembro-me de que sempre ganhava, e ficava rindo dele, que ria junto comigo.

Talvez ele deixasse eu ganhar, porque só agora to percebendo isso? Afinal, porque estou com saudades do Brian? Ele nem liga para mim, só para a vaca de torcida idiota. E agora ele não quer sair da minha cabeça, SAI BRIAN, SAI, eu to surtando, calma, respira, inspira, respira, inspira. Já e angustiante demais ta sozinha, e ainda ter que ficar pensando no passado, não dá.

Corri para onde era minha antiga casa, lá por perto tinha animais grandes. Corri o mais rápido que eu podia, e parecia que eu não tirava meus pés do chão.

Finalmente depois de um tempo, que para mim pareceu longo de mais, eu cheguei nas redondezas da minha antiga casa. Fiquei olhando-a por fora, e a observando, vendo como ela era bonita, e senti uma imensa saudade de quando morava nela. Olhei mas para frente e vi a mansão, e percebi o quanto eu não tinha dado valor a eles, e agora eu havia os perdido. Como eu fui burra, passei as mãos em meus cabelos, eu perdi tudo de importante.

MAS QUE DROGA E ESSA? EU NÃO SOU ASSIM. Fechei os olhos, agora eu só queria me concentrar no que eu iria caçar, ouvi os pássaros, ouvi cada inseto se locomovendo, e finalmente ouvi barulho de bichos bebendo água no rio.

Sem pensar muito, sai correndo o mais rápido que eu podia, agora eu era simplesmente conduzida pela sede, cheguei ao veado sedenta e sem pensar um segundo drenei seu sangue todo. Como aquilo me fazia falta, terminei e o joguei no lado de umas arvores, só aquilo não me satisfazia, parei para me concentrar novamente, fechei meus olhos, e consegui ouvi passos de vários veados correndo, com certeza eram os que eu havia assustado, corri ate eles, e peguei o maior que era o macho, drenei todo o sangue dele também, só que ainda faltava um pouco, havia uma fêmea grande e que tinha muito sangue, pensei logo em atacá-la mas os seus filhotes que estavam tão próximos da mãe me tiraram a atenção de matá-la, virei o rosto e sai de perto, minha sede já havia passado.

Corri de volta para a casa de Billy, e pulei a janela do meu quarto, que no caso era o antigo de meu pai. Deitei na cama, e o cheiro dele ainda estava nela, mas o de minha mãe estava junto, eca, não quero nem pensar o que eles fizeram aqui.

Fechei meus olhos, tentando refleti, eu tinha que parar de fazer loucuras, tinha que virar uma garota normal, coisa impossível, mas eu tinha que tentar. Logo cai no sono e só acordei com Billy me chamando.

- Ei,dorminhoca, tem escola. – Billy me sacudia, eu o olhei, e ele estava sendo tão diferente, não o velho chato que eu sempre o chamei, ele estava sendo tão.. carinhoso. – Vamos levante.

- Ta bom. – Ele saiu do quarto e eu fui na minha mala, peguei uma calça jeans qualquer e uma blusa de mangas curtas lilás, e fui para o banheiro.

Tomei meu banho, lavando meus cabelos, e saindo logo em seguida, coloquei minha roupa no pequeno banheiro, e sai de lá, secando meus cabelos.

Billy estava na cozinha fazendo ovos com bancam, fui para o quarto, arrumei meu material, e voltei para a cozinha já com minha mochila nas costas, a coloquei em uma cadeira, e fiquei olhando Billy cozinhando. Ele se virou para trás e sorriu, pondo um prato em minhas mãos.

- Vamos, como rápido, eu não vou te levar para escola.

- Ta bom, mas.. onde fica a escola? – Perguntei colando um pedaço de ovo na boca.

- E só segui adolescentes como você, não e tão difícil. – Ele sorriu.

- Não tem nenhum atalho pela floresta? – Bebi um pouco de suco.

- Tem. – E ele me explicou mais ou menos como ir pela floresta.

Terminei de comer e corri para o banheiro, escovei meus dentes, olhei para o relógio, só faltavam 15 minutos para começar a aula, eu tinha que correr. Gritei um tchau para Billy quando estava saindo de casa, e entrei na floresta, eu estava um pouco perdida, mas não tinha tempo para isso.

Eu estava correndo, e agora estava começando achar que estava indo para o caminho correto, não via ninguém ainda, mas batidas de corações já eram audíveis. Apertei meus passos na corrida, mas ainda corria, bem mais devagar.

Meus pensamentos foram interrompidos quando eu senti uma coisa me derrubando, e vi um lobo negro em cima de mim, fuzilei o lobo idiota, e o joguei longe.

- Ridículo, vai passa pulgas em outro. – Eu sei que meu pai e lobo, mas eu não sou muito fã deles. O lobo foi rápido pra trás de uma arvore e voltou um menino moreno, alto, assim, deveria ter 1, 85.

- Ridícula e você, que não sabe por onde anda, meia vampira nojenta. – Fingi que não escutei e sai andando e limpando minha roupa. – Eu falei com você, pelo o que eu soube, você era bem nervosa e forte. – Ele suspirou, mas que cara chato. – Só to vendo uma pessoa ignorante, mal educada, e fraca. – Continuei na minha, eu vou me controla, eu vou mudar.

Por fim o idiota desistiu, e começou a caminhar ao meu lado, sem falar nada, obrigada Deus.

Cheguei à escola, que por sinal era bonitinha, eu tinha pensado que era cabanas ou coisas do tipo.O sinal tocou, fui para secretaria pois tinha que saber qual era minha turma, uma senhora de cabelos grisalhos, e morena me viu entrar e logo sorriu para mim.

- A neta de Billy, certo? – Ela me perguntou ainda com sorriso nos lábios.

- Certo, poderia me dar meu horário? – Sorri, tentando ser simpática.

- Claro querida. – Ela pegou um papel que pelo visto já esperava para me entregar, e me deu. – Boa Aula.

- Obrigada. – Sai da secretaria, e fui caminhando ate a minha sala, aqui as aulas eram todas em uma única sala, e os professores que vinham para sala, era diferente, pois as pessoas daquela turma iriam me acompanha sempre.

Cheguei à sala, e bati na porta que estava fechada, um homem com a aparência comum de todos os Quileutes me olhou e fechou a cara.

- Não gosto de atrasos em minha aula. – Disse ele dando espaço para mim passar, era aula de geografia.

- Desculpe. – E fui logo me sentar no único lugar vago, que por sinal era do lado do lobo idiota que havia me atropelado na floresta.
Sentei-me sem da ouvido para as piadinhas que ele fazia de mim para os amigos dele, que casualmente também eram lobos.
O idiota ficou tacando bolinhas de papel na minha cabeça, mas que infantil. Ele comentou para o amigo dele “Mas que burra, nem pega o papel para lê.” Olhei para cara dele, e ele já ia tacar outra bolinha de papel, ninguém prestava atenção no que ele fazia a não ser seus amigos.

Novamente ele tacou a bolinha de papel, mas eu a parei no ar, abri a boca dele, que arregalou os olhos e enfiei o papel em sua boca. Os amigos dele riram da cara dele.

- Não estou de brincadeira com você idiota. – Disse e me virei para frente.

- Mas que garota irritante. – Comentou ele para um de seus colegas.

- Você que ta implicando com ela Brad.

- Não enche idiota. – Ele respondeu para o amigo dele, que riu.

Tentei me desliga deles, e presta atenção na aula, que por sinal era chata demais. O sinal tocou e todos saíram da sala, olhei em meu papel que estavam os horários e vi que era intervalo.

O tempo estava com um sol fraco, o que e um milagre por aqui. Tirei meu casaco, e fui comprar um refrigerante, não estava com fome. Tinha uma fila grande, e eu estava quase desistindo de comprar meu refrigerante, pois nem estava com tanta vontade de tomar mesmo, uma menina esbarrou em mim e ficou me olhando assustada.

- Menina, você esta se sentindo bem? – Perguntou ela preocupada.

- Estou, porque? – Perguntei franzindo a testa.

- Você esta queimando na febre, tem que ir para enfermaria. – E ela saiu andando.

- Eu estou bem. – Falei, mas ela não ligou.

O garoto que ficou me irritando na sala chegou perto de mim.

- Ei, você esta passando mal? – Olhei para ele desconfiada, alguma coisa ele ia fazer, porque preocupado ele não podia ta, o menino tava me irritando desde cedo.

- To ótima, a menina que disse que estou queimando na febre. – Ele arregalou os olhos e chamou os amigos dele em um assobio. – Que foi? – Ele tocou na pele de meu braço que estava amostra, e balançou a cabeça.

- Você precisa ir conversa com o Sam. – Ele disse serio, eu não tinha entendido.

- Mas por quê? – Levantei uma sobrancelha.

- Não percebeu nada? A temperatura do seu corpo. – Mas do que ele estava falando?

- Do que você ta falando garoto?

- Brad, e melhor não irritá-la você sabe que isso acontece quando estávamos irritados. Só fale com Billy.

- Eu nem to de fora do assunto. – Bufei, e virei para fila. Brad tocou minhas costas me fazendo olhá-lo.

- Não se irrite, por favor. – Pediu ele suplicante.

- Se você continua perto de mim, eu vou fica muito irritada. – E ele saiu correndo de perto de mim, como as pessoas aqui são estranhas.

Comprei minha coca-cola e logo em seguida a senhora da secretaria vinha acompanhada da enfermeira. Ela me chamou dizendo que Billy tinha vindo me busca. Peguei minhas coisas na sala e sai da escola, logo em seguida entrando no carro de Billy.

- Billy, eu estou bem. – Olhei para ele, que não tinha uma expressão muito feliz. – E serio, não inventei nada, a menina que encostou em mim e disse que ia chamar a enfermeira.

- E, mas por quê? – Ele disse olha para a estrada.

- Ela disse que eu tava com febre, mas eu me sinto bem. – Ele tirou uma das mãos do volante e tocou na minha.

- Você não vai para escola essa semana.

- Mas por quê? – Perguntei curiosa.

- Porque eu vou precisar fazer uma viagem, e preciso que fique com Sam. – Não entendi nada.

- Mas o que isso tem haver em eu ir para escola Billy?

- Não discuta, por favor. – Me calei, ate chegarmos em casa.
Já estávamos em casa, e Billy olhava para mim e para o telefone, indeciso.

- O que foi? – Perguntei.

- Preciso falar com seu pai. – Disse ele.

- Não sendo sobre mim, tudo bem. – Caminhei para o quarto, Billy não respondeu nada. – E sobre mim? – Ele balançou a cabeça. – Mas eu não fiz nada, eu cheguei ontem.

- Fica calma, não e nada demais. – Ele caminhou ate a cozinha.

- Seja o que for sobre mim Billy, não fale com ele, por favor. – Ele olhou para mim, e desviou os olhos.

- Tudo bem. – Suspirou. – Vai arrumar uma mochila para ir para casa do Sam.

- Mas você vai para onde? – Perguntei.

- Tenho que resolver alguns problemas da reserva, você sabe que eu cuida daqui.

- Sei. – Entrei no quarto, tirei tudo da minha mochila de escola, e joguei algumas roupas nela, e um chinelo, fui no banheiro, peguei minha nécessaire que eu havia deixado lá e enfiei na mochila, um cheiro de macarrão estava vindo da cozinha, peguei minha mochila, e sai do quarto, a joguei no sofá e fui em direção a cozinha.

- Que cheiro bom. – Disse ao entrar na pequena cozinha.

- E o gosto vai estar melhor ainda. – Disse Billy, se achando o cozinheiro, e eu ri.

- Tudo bem, quero só vê. – Sentei na mesma cadeira que havia sentado de manhã, ele me olhou com ternura e disse.

- Você parece tanto com a sua avó. – Papai nunca havia falado de sua mãe, e isso que Billy me disse me surpreendeu. – O seu jeito, o seu rosto, você e praticamente a copia dela, menos os olhos. – E uma lagrima escorreu de seu rosto.

- Ei ta chorando por quê? – Sorri para ele.

- Só lembranças. – Levantei e passei a mão em seu rosto.

- Se for lembranças tristes, esqueça. – Ele me olhou surpreso com minha atitude, eu estava surpresa comigo mesma, voltei a sentar na cadeira e ele colocou a macarronada para mim, experimentei e estava muito boa. – Merece meus parabéns, ta uma delicia. – Sorri.

- Eu sei, sou um ótimo cozinheiro. – Ele sorriu, um sorriso iluminado, e acolhedor, que ele nunca havia dado para mim, ou se um dia deu, eu nunca tinha reparado.

- Vovó, você e muito convencido. – Eu chamei ele de vovó? Eu não o chamo assim faz tanto tempo, ele alargou mais ainda o sorriso, vi que ele ficou feliz com uma simples palavra.

Terminamos nossa comida, e ele mandou eu ir correndo para a casa do Sam, que o Sam já sabia que eu iria, e ele só não me levaria porque estava com pressa.

Do jeito que ele falou eu fiz, entrei na floresta e corri, cheguei rápido na casa do Sam, e bati na porta, Emily veio me atender.

- Nossa, como você esta grande, e bonita. – Fiquei sem graça com o elogiou.

- Obrigada. – Sorri, e fiquei parada.

- Antigamente você não precisava de convite para entrar, e agora continua não precisando, vamos entre Hinnata. – Assim fiz, mas encontrei o Brad sentado no sofá, bufei, não ia com a cara dele.

- Olha à senhora falta de educação. – Ele comentou rindo, o amigo dele deu uma cotovelada nele, que olhou com raiva. – Desculpa.

- Não liga para ele. – Disse Emily. – Vem você vai fica no quarto de hospede. – Ela me levou para um quarto pequeno, mas bem aconchegante.

Coloquei minha mochila em cima de uma cadeira que tinha perto de uma escrivaninha e troquei de roupa.

Coloquei um short de lycra preto curto, e um chinelo, continuei com a mesma camiseta. Sai do quarto e fui em direção a cozinha, aqui não tinha nada para fazer. Assobios idiotas vieram da sala, virei e mandei o dedo do meio. O amigo do Brad, que eu não sabia o nome, ria tanto que chegava a chorar.

- Brad, você acha que ela vai te da mole? – Perguntou ele.

- Cala a sua boca Marcos. – Disse ele nervoso e começou a tremer.

- Nossa, acalma cachorro. – Revirei os olhos e fui em direção a Emily, que ria.- Emily, me ensina cozinhar? – Perguntei, pois já sabia que Billy não cozinharia sempre, e eu precisava me virar.

- Mas e claro. – Ela abriu um largo sorriso.

- Prepara um instinto de incêndio Marc. – Disse o idiota do Brad, corri rápido de mais ate ele e dei um soco na sua cara.

Ele colocou a mão no nariz que sangrava, e eu sorri debochada.

- Fala mais uma asneira que te quebro todo. – O amigo dele soltou altas gargalhadas.

- Vai apanha para uma menina. – Ele disse em meio aos risos.

Brad fez bico feito uma criança mimada, e olhou para o lado irritado.

- Você quebrou meu nariz. – Choramingou ele, eu ri alto e Marc também. – Parem de rir, se eu morrer a culpa e sua. – Ele apontou para mim, Marc se jogou no chão rindo da cara dele. – E sua também por não me ajuda. – O filho do Sam Jaffy entrou na casa e ficou olhando para gente que ria de Brad, pegou uma almofada de um dos sofás e jogou na cara de Brad.

- Mas que bicha.- Eu ri muito com isso. – Ei Hinnata, você nunca mais apareceu aqui na reserva, faz o que..? 4 anos? – Perguntou ele, eu sorri. – Ta bonita.

- Cuidado, ela vai te xinga ou quebra seu nariz. – Disse Brad. Corri ate Jaffy e o abracei, dando um beijo estalado em seu rosto. Jaffy era um ano mais velho do que eu, e ele era um amor comigo, ele retribuiu o abraço e quando foi beijar meu rosto acabamos dando um selinho, eu fiquei sem graça e o larguei. – Como pode? Com ele e beijinho e abraço, ate selinho, e comigo e xingamentos, socos, bolinhas de papel na minha boca, eu sofro. – Todos riram dele, incluindo Emily, ate que não estava sendo tão ruim como eu pensava.

(...)

Há minha semana na casa do Sam foi maravilhosa, aprendi a cozinhar, ri da cara do Brad que vivia fazendo palhaçada, e acabei descobrindo que ele era um ótima pessoa, viramos de verdade amigos, tão rápido mas eu sentia que era sincero.

Ele me contou que não queria ter a impressão, que ele era forte e resistiria, e eu falei para ele que isso não dava para resisti, era incontrolável, depois disso ele ficou um pouco cabisbaixo, mas eu falei a verdade, como ele era meu amigo, não mentiria. Hoje seria o dia que eu voltaria para casa, e eu estava triste.

- Eu sei que a comida da minha mãe e boa, mas não precisa fica triste Hi, a sua comida e comestível, relaxa. – Disse Jaffy.

- Idiota, não e isso. – Ele sentou do meu lado e passou a mão em meus cabelos. – Aqui foi divertido. – Olhei em seus olhos pretos, que transbordavam carinho, ele era como um irmão para mim.

- Você sabe que pode vim sempre, não sabe? – Ele perguntou me acolhendo em seus braços.

- Sei sim. – A porta da sala se abriu e logo senti o cheiro de Brad.

- Olha a safadeza na minha presença. – Ele veio para nossa frente. – Essas coisas, caricias e só no quarto gente. – E ele deu um largo sorriso.

- Como se você soubesse algo sobre isso. – Disse Jaffy rindo, Brad como sempre, fez bico e sentou no sofá.

- Mas eu sempre sofro, sou amigo, legal, bonito, engraçado, e o que eu recebo em troca? Desaforo. – Ele resmungou, nós rimos.

- Para de ser exagerado Brad. – Joguei uma almofada nele.

- E para completa sou espancado diariamente. – Ele cruzou os braços. – Mas eu vou me vinga, vou denuncia todos vocês. – Ele disse olhando para mim e Jaffy, como já era de costume, rimos, e Brad abriu um sorriso enorme.

Billy entrou na casa, me olhou e fez um gesto para mim ir ate ele, me levantei do sofá e fui.

- Oi meninos. – Ele disse para Jaffy e Brad. – Vá pega suas coisas, já estamos indo. – Eu fui ao quarto que eu estava dormindo temporariamente, e peguei minha mochila, indo para sala, chegando lá, encontrei Emily no sofá ao lado do seu filho.

- Tchau Emily, obrigada por me ensina cozinhar de novo. – Sorri e beijei a bochecha de Emily.

- Cozinha? Você? – Billy me olhou, e levantou uma sobrancelha. Eu balancei minha cabeça positivamente e ele sorriu. – O almoço e seu amanhã.

- Prepara o instinto de incêndios. – Disse Brad, eu olhei para ele mortalmente.

- Lembra o que eu disse quando você fez essa piadinha? – Ele arregalou o olho, e Jaffy e Emily riram. – E agora. – Ele saiu correndo porta afora e gritando, não me agüentei e comecei a rir. – Ele acreditou.

- Acreditei nada, só tava brincando. – Disse ele com a cabeça na porta.

- Ta bom, você se borrou de medo. – Disse Jaffy.

Flash back

Eu tinha acabado de pedir para Emily me ensinar à cozinha, e Brad e o Amigo dele estavam na sala, Brad soltou uma piadinha para Marcos, ou Marc como ele costuma chamar.

- Prepara um instinto de incêndio Marc. – Disse o idiota do Brad, corri rápido de mais ate ele e dei um soco na sua cara. Ele colocou a mão no nariz que sangrava, e eu sorri debochada.

- Fala mais uma asneira que te quebro todo. – O amigo dele soltou altas gargalhadas, e ele fechou a cara.

Fim do flash back

- Parem por favor. – Brad entrou na casa e me abraçou. – Você e chata mas e legal. – E deu um peteleco na minha orelha. – Te amanhã. – Me larguei dele e fui ate Jaffy, beijei sua bochecha – Cadê o meu?

- O seu o que?

- Meu beijo.

- Você não, só dou beijos no Jaffy.

- Sem graça. – Ele se sentou, e fui para porta onde Billy me esperava.

- Billy, posso vim aqui amanhã depois da aula? – Perguntei.

- Depois do almoço pode. – Sorri.

- Então, ate amanhã para todos. – Acenei e fui para o carro de Billy.

- To vendo que gostou da casa da Emily. – Ele comentou. – O Jaffy e você... – Eu olhei para ele, não entendendo sua pergunta. – Tiveram uma impressão? – Eu gargalhei.

- Nada vê vovô, ele e só um grande amigo. – Sorri de leve.

- Ainda bem. – Ele suspirou aliviado. – Então, como foi?

- Foi divertido, eu ri bastante. – Olhei para ele. – Resolveu o problema?

- Resolvi, a prefeitura estava querendo comprar nossas terras, só que eu não aceitei e lógico.

- Ata. – Tudo ficou silencio, um silencio nada incomodo, pois todos os dois estavam em seus pensamentos, meu pensamento ia em direção a Honks, a cidade da desgraça, mas talvez nem tão desgraça assim, acho que eu acordei para vida depois de passar por esse lugar.

E aqui no lugar que eu me recusei a vim por tantos anos, eu encontrei meus amigos de verdade, interessante,acho que e destino mesmo, talvez exista isso de verdade.

Chegamos em casa e eu fui para meu quarto, deitei na minha cama e fiquei olhando para o teto, um costume que só fazia quando eu não queria pensar em nada, simplesmente queria vegetar.

Meus olhos lentamente foram se fechando e uma única imagem veio a minha cabeça, Brian, ele agora vivia permanente em minha cabeça, era eu fechar o meus olhos, que eu o via sorrindo para mim, eu sentia saudade dele, talvez fosse o único que eu sentisse saudade de verdade, apesar dele ter me trocado pela vaca loira. Talvez ele nem tivesse me trocado, ele só estava interessado nela, mas pensar nisso me incomoda tanto, como se estivesse enfiando agulhas em meu coração e as puxassem rápido, rasgando tudo.

Eu nessa semana que passei na casa da Emily, jurei para mim mesma que quando chegasse em casa iria ligar para ele, mas a coragem não era muito minha amiga quando se tratava de sentimentos, normalmente ela fugia de mim, nesse sentido eu parecia uma humana indefesa sendo atacada por um exercito de vampiros. Amanhã eu ligaria, tomaria a coragem que tanto me falta, não podia ser tão fraca com meus próprios sentimentos, que eu mesma os desconhecia.

Logo após meu pensamento de como eu era fracassada com meus sentimentos adormeci, e sonhei com Charlie, mas ele num tinha dito que ia parar de me assombrar? Estávamos no mesmo lugar que no dia do meu desmaio, e ele sorria fraco para mim.

- Esta fazendo o que eu falei, se cuidando e tomando juízo. – Ele disse encostado na parede de um quarto branco, que só tinha uma cama.

- Estou, mas você não disse que ia parar de me assombrar? – Eu perguntei, ele riu.

- Não estou te assombrando, estou cuidando de você. – Ele caminhou ate mim, que estava sentada na cama de pernas cruzadas. Ele passou suas mãos que eram estranhamente frias em meu rosto, e sorriu. – Você cresceu tanto nesse tempo, mudou muito. – Olhei para ele com uma interrogação na testa.

- Do que você esta falando vovô?

- Nada. – Ele suspirou. – O Brad e um ótimo rapaz, seu amigo de verdade. – Ele sorriu.

- Eu sei, mas eu to com tanta saudade do Brian, eu.. nunca pensei que sentiria isso. – Suspirei me jogando na cama.

- Isso? Não se chama amor assim Hinnata. – Levantei assustada da cama.

- Charlie, volte para luz serio, você fica dizendo cada coisa em meus sonhos. – Ele riu.

- Estou falando de seus sentimentos, que eu sei que não conseguiria decifrar sozinha, você não e boa com coisas do coração. – Ele me insultou. – Não insultei, só disse a verdade. – Que isso? Lê mentes? Ele só sorriu. - Eu não o amo, e só saudade de amizade, eu conheço ele a minha vida toda. – Tentei me explica.

- E você conhece a sua família a vida toda, e mesmo assim não esta choramingando em pensamentos dizendo que esta com saudades. – Comentou ele.

- E que.. e.. que... – Não sabia o que falar.

- Você gosta do Brian, e não sabia. – Ele sorriu, eu fiquei vermelha. – Não tem problema gosta das pessoas Hinnata, paixões são normais. – Olhei para meu avô, que sorria.

- Eu não posso.. – Suspirei. – Ele não me aceitaria.

- Tome coragem e ligue para ele. – Depois dessas palavras, acordei, mas que sonho louco, mas isso só acontece comigo mesmo.

Sentei-me na cama e olhei para o relógio que ficava no criado-mudo 07h00min da manhã, passei a mão na testa e estava suada. Levantei da cama, peguei um short e uma camiseta em minha mala, calcei um chinelo, e peguei minha nécessaire, fui no quintal peguei minha toalha e corri para o banheiro, estava pensando em fazer uma sessão de descarrego, para mandar Charlie para luz, ele ficar me perseguindo em minha cabeça não e legal, apesar de parecer que ele estava cuidando de mim.

Deixei essa bobeira dos meus sonhos de lado, e me concentrei na água morna que caia sobre minhas costas, era relaxante. Fechei meus olhos, e novamente a imagem de Brian veio em minha cabeça, só que dessa vez ele sorria e a vaca loira o abraçava por trás, no mesmo instante meu coração correspondeu a minha imaginação fértil, com batidas rápidas e uma dor imensa, e o medo me atingiu, será que ligar seria o certo? Ou tentar matar esse sentimento faria mais sentido? Eu tinha essa duvida me atormentando.

Sai do banho me sequei, e me vesti, fui direto para a cozinha, preparando um misto quente para mim. Sentei do lado do telefone, esperando o misto ficar pronto, olhava para ele insegura e temendo uma rejeição, levantei e fui olhar meu misto que já estava pronto, comi na cozinha mesmo, e voltei para sala, olhando novamente para o telefone, o peguei e digitei o numero do celular do Brian, no primeiro toque desliguei. Eu sou uma fracassada, tentei de novo, e ele atendeu rapidamente.

- Alo. – Disse o Brian com voz de sono, meu coração acelerou, e palavras não saiam de minha boca. – Alo. – Ele repetiu, e eu continuei calada, desliguei o telefone de nervoso e fui para o quarto.

Eu parecia uma menina de 10 anos com sua primeira paixonite, eu era tão ridícula ao ponto de ligar e ficar calada. Me joguei na cama me sentindo o pior lixo dos lixos, talvez eu tenha perdido a minha chance, talvez com essa minha bobeira, perca o MEU BRIAN.

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Notas finais do capítulo

Gente, o nome da cidade onde aconteceu tudo, eu esqueci *vergonha*, mais acho que foi essa mesmo que eu coloquei.. Se não foi, desculpa.
Ah, espero que tenham gostado. E, por favor, deixem um Reviews para mim saber o que estão achando.
Beijoooos, e logo, logo posto. *sem demora agora*



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