A Filha de Jacob escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 14
Capítulo 14 - Tempo.


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo da primeira temporada.



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POV Hinnata.

Eu e Vanessa corríamos feito loucas para sua casa.

- Vamos passar na locadora rapidinho? – Vanessa perguntou empolgada.

- Pode ser. – Disse sorrindo para ela.

- Que filme você quer vê?

- Tanto faz, você escolhe. – Ela deu de ombros.

 

 Fomos para a locadora que tinha perto de sua casa, e ela escolheu uma comedia romântica, que ate parecia ser legal, e fomos para casa. Vanessa abriu a porta e começou a saltitar e gritar.

- Mãe a Hinnata vai dormi aqui. – Laura apareceu na sala sorrindo.

- Oi querida. – Ela me deu um beijo no meu rosto e outro no de Vanessa. – Arruma o quarto de hospedes para ela então filha.

- Quarto de hospedes mãe? Ta doida? Vai ser festa do pijama, ninguém dorme hoje. – Ela disse subindo a escada, eu a segui.

 

Entramos em seu quarto e Vanessa começou a jogar um monte de almofadas no chão, e colchonetes que levam para acampar.

 

- Ei, que historia e essa de ninguém dorme, Vanessa? – Perguntei assim que ela deu uma pausa.

 

- Festa do pijama. – Ela respondeu como se eu fosse alguma retardada.

- Eu ouvi você dizendo isso. – Revirei meus olhos.

- Ah, não vai dizer que vai ficar dormindo que nem uma velha. – Ela cruzou os braços e fez bico me encarando. – Não tira minha alegria Hizinha, eu nunca fiz uma festa do pijama. – Ela correu ate mim e ficou me sacudindo.

- Ta, mas o que a gente vai fazer? – Perguntei levantando uma sobrancelha.

- Muitas coisas, unhas, conversa, comer, fazer o cabelo, essas coisas. – Ela sorriu e voltou o que estava fazendo, eu mereço viu.

 

Alguém abriu a porta do quarto, e eu logo pensei que era Laura, mas quando eu respirei fundo percebi que era o Guto.

- Amor, o que faz aqui? – Ele perguntou feliz.

- Oi para você também. – Sorri, e ele caminhou ate mim me dando um selinho. – E respondendo sua pergunta, eu vou dormi aqui hoje.

- Serio? – Ele sorriu de orelha a orelha.

- Guto, pode saindo do meu quarto, e você nem vai vê ela, vamos fazer festa do pijama. – Vanessa disse empurrando Guto que nem se mexeu.

- Deixa de ser chata Vanessa, eu vou curti minha namorada um pouquinho, você já passou o dia todo com ela. – Ela parou de empurrar ele e se jogou na cama.

- E tudo tão injusto, eu querendo minha amiga perto de mim, e meu irmão não deixa. – Sabia que era tudo encenação, ela começou a chorar, e Guto revirou os olhos.

- Eu não caiu nessa Vanessa, não sou o papai. – Ela tirou as mãos do rosto e mandou língua para ele.

- Chato mesmo viu. – E voltou a ajeitar o quarto dela para a nossa festa do pijama. – Mas de qualquer jeito, ela não vai ficar de amasso com você.

- Como é? – Ele aumentou o tom de voz. – Ela e minha namorada nanica, para de encher. – O que eu devo fazer? Me sentar e vê os dois discutindo? Ate que seria interessante, mas acho melhor não.

- Ei gente! – Os dois me olharam. – Que tal.. – Que tal o que Hinnata? Pensa anta. – Que tal, a gente ver o filme todo mundo junto, ai eu fico um pouco com meu namorado e depois fico com você Vanessa? – Sorri tentando ser convincente.

- Pode ser. – Ela disse por fim, sorri.

- Ta. – Guto respondeu me puxando para fora do quarto.

- Onde vocês vão? – Vanessa correu ate a porta do quarto dela e gritou.

- Vamos conversar um pouco. – Guto disse e piscou para mim, sei bem o que vamos conversar. Dei tchau para Vanessa e entrei no quarto do meu namorado.

 

Guto foi logo me empurrando para cama, e beijando minha boca.

- Tava com saudades. - Ele disse baixo no meu ouvido, fazendo meus pelos se arrepiarem.

- Eu também estava. – Virei meu rosto agarrando sua boca.

 

Era tão bom e confortável beijá-lo, nossas línguas entrelaçadas, era uma sensação um tanto quanto gostosa. Só que faltava algo que no momento não tinha tanta importância.

Paramos de nos beijar e Guto se jogou na cama deitando olhando para o teto fiz o mesmo e ele segurou minha mão.

 

- Fez o que hoje? – Perguntou normalmente.

- Nada de mais, ajudei a Mari com algumas compras. – Virei o rosto para olhar para ele e ele se virou junto me encarando, nos olhávamos nos olhos, e a raiva me veio, porque eu não podia ter a impressão com ele? Ele era tão legal, e tinha todos os tributos de um namorado perfeito.

- E a Vanessa ficou com o cachorro lá não é? – Ele perguntou normalmente, e eu arregalei os olhos.

- Co-como.. – Ele me interrompeu rindo da minha expressão.

- Calma amor, e legal da sua parte ajudar ela, apesar que me incomoda um pouco saber que minha irmãzinha ta com um cara que e o dobro dela. – Ele alisou minha face. – E eu soube pelo cheiro dela, que esta muito diferente. – Fiz bico, nem colocando o cheiro do Brad tinha abafado o cheiro do Jeff.

- Mas podia ser o cheiro do Brad. – Disse baixinho.

- Mais o cachorro chato tem um cheiro diferente, não que o cheiro dele não estivesse na minha irmã, coisa que eu detestei, mas o cheiro do outro cachorro ta nela também.

- Não conta pra ninguém. – Disse baixinho, mas com a voz autoritária.

- Não vou contar, pode deixar. – Ele me puxou para um beijo calmo que foi interrompido por Vanessa, assim que começou a ficar realmente bom.

 

- Eca, podem parando, criança no recinto. – Ela fez graça, e eu fingi que não ouvi, porque eu tinha visto a tal “criança” dando altos beijos hoje. – Larga ela Guto, seu nojento egoísta. – Abri um de meus olhos e vi ela com braços cruzados e fazendo bico.

- Sai Vanessa. – Guto parou de meu beijar e disse irritado com ela, que revirou os olhos.

- Ela e minha amiga, e esta aqui para ficar comigo Guto,não pra você ficar tentando agarrá-la. – Guto levantou da cama irritado e pegou Vanessa no colo tirando ela do quarto em seguida.

 

Ela começou a gritar e eu comecei a rir.

- Sai do meu quarto, e para de atrapalhar. – Ele esbravejou, e eu fiquei encostada na porta do quarto vendo ele levá-la para o quarto dela.

- Mãe, o Guto ta me batendo, Mãe. – Ela começou a grita e Laura subiu rápido a escada.

- Querida, deixe seu irmão namorar um pouco. – Guto abriu a porta do quarto dela e eu fui atrás deles, entrando no quarto também.

- Mas.. – Laura balançou a cabeça em sinal de reprovação e Vanessa se calou.

- Querida, a Hinnata pode ficar conversando com você depois, deixa eles um pouco sozinhos. – Guto sorriu de orelha a orelha e deu um beijo no rosto de Laura.

- Ouviu Vanessa, nós deixe sozinhos. – Ela revirou os olhos e todos saímos de seu quarto batendo a porta atrás de nos.

- Vocês dois. – Laura nos chamou. – Olha o que vão aprontar. – E meu rosto corou.

- Não vamos fazer nada de mais mãe. – Disse Guto confiante e me abraçando.

- Espero. – E Laura desceu as escadas correndo.

Eu e Guto caminhamos para seu quarto em silencio e quando entramos ele fechou a porta e fez cara de safado, para logo devorar minha boca.

 

O beijo estava bom, como sempre esteve, só que uma parte de mim gritava me chamando de retardada e dizendo para mim sair dali, que eu deveria estar em outro lugar. Mas em que outro lugar eu estaria? Tentei deixar meus pensamentos tolos de lado, o que não aconteceu, e voltei a me focar no beijo, que já estava quase no fim, por causa que o ar já ia embora.

 

 

POV Brian.

Eu estou no meu quarto há exatamente 15 horas, por quê? Jacob parece um maluco me mandado fazer diversas rondas cansativas, para vê se paro de pensar em sua filha, que por sinal esta em minha mente a todo momento desde a conversa com Carlisle.

 

Hinnata estava bem, e isso me fazia ficar bem também, só que eu tinha tanta saudade dela, de sua voz, que permitia minha mente pensar nela todos os minutos do dia, e realmente acho que mesmo que eu não permitisse minha mente a voltar-se para Hinnata ela iria por vontade própria. Minha mãe entrou no quarto me tirando de meus pensamentos, ela trazia uma bandeja com suco e um misto quente.

- Oi mãe. – Sentei-me na cama e sorri para ela.

- Oi querido. – Minha mãe sorriu e colocou a bandeja na cama. – Você precisa conversa com Jacob Brian. – Ela me olhou seria. – Não agüento mais ele vindo aqui, querendo falar com você.

- Ele não quer falar comigo mãe, quer me escraviza, me obrigar a fazer diversas rondas sem descanso. – Bufei e dei uma mordida no misto.

- Então vá conversa com ele, e pergunta o motivo disso.

- Eu já sei o motivo. – Revirei os olhos, e minha mãe me fitou com curiosidade. – Ele diz que enquanto eu estiver com minha mente ocupada, eu não irei ficar pensando na Hinnata, que não e coisa boa para mim.

- Não acredito. – Minha mãe abaixou a cabeça e balançou, como se estivesse repreendendo o que Jacob fazia. Eu achava totalmente ridículo da parte dele fazer isso, e ainda mais ficar falando mal da filha dele de tal maneira. – Mesmo assim você precisa conversa com ele Brian.

 

- Vou conversa o que? Ele vai me vê e me mandar fazer ronda, e impossível conversa com ele mãe. – Minha mãe abriu a boca para dizer algo, mais eu interrompi antes mesmo dela começar. – Ele ainda não aceita o fato do que aconteceu entre ela e o Seth. – Ok, nem eu aceito, mas não fico descontando nos outros. – Então ele não quer que ninguém se lembre dela, o que eu acho besteira e impossível, e como eu fico pensando nela direto, ele me manda fazer essas rondas idiotas e cansativas. Então eu só posso fugir dele.

- O Jacob não era assim. – Minha mãe murmurou baixo, parecendo que era só para ela.

- Ele era legal antes. – Disse, concordando com as palavras dela.

- Sim, ele era. – Minha mãe suspirou e se levantou da cama passando suas mãos amorosamente sob meus cabelos. – De qualquer forma, converse com ele. – E saiu do meu quarto.

Conversa com ele era tudo que eu menos queria. Jacob agora havia se tornado um cara chato e totalmente sem noção, pensando somente nele e dizendo que tudo que fazia era para o bem da Nessie.

 

Acho que ele só se esquecia de uma coisa, Nessie era mãe da Hinnata e mesmo com todos os problemas sentia falta dela, e somente ele não conseguia percebe isso, o que eu achava estranho, afinal, impressões não sabe como sua outra metade estão?

 

 

POV Jacob

Eu precisa falar com Brian, esse menino tinha que tomar juízo e começar a pensar em outras garotas, e não insistir em focalizar seus pensamentos no erro.

 

Mas parecia que ele fugia de mim, como se eu fosso algum louco, mas eu só queria o bem dele, era tão complicado assim para entender? Afinal, ele era filho da Leah, que e uma grande amiga minha e não poderia deixar de cuidar do filho dela e de afastá-lo de coisas ruins, mesmo essa coisa sendo minha filha.

 

Entrei em casa atordoado, eu tinha ido na casa da Leah umas 4 vezes, e ele não saia do quarto para falar comigo, ate pensei em pular em seu quarto mas achei melhor não, porque eu realmente estava fazendo-o fazer muitas rondas, e ele devia estar cansado. Fui para a cozinha e encontrei Nessie cozinhando, cheguei atrás dela e beijei seu pescoço.

- Oi amor. – Disse em seu ouvido. – Adoro quando você cozinha. – Nessie se virou e deu um sorriso de leve para mim, o sorriso que ultimamente era o único que invadia seus lábios.

- Oi querido. – Ela suspirou e lançou um leve olhar para a mesa e sorriu fraco de novo para mim. – Que bom que você gosta, estou preparando macarrão com atum. – E se voltou para o fogão.

 

Beijei sua bochecha e fui me sentar na mesa, vendo que tinha muitos álbuns de fotos espalhados pela mesa.

Balancei a cabeça reprovando tudo aquilo. Não entendia porque Nessie ficava olhando essas fotos de Hinnata por horas e chorando.

 

Tudo bem que eu pareço ser um insensível, mas ela estava bem, estava com meu pai, e voltaria em.. Voltaria um dia, como todos um dia voltam para suas casas. Mas Nessie, queria ela ali e agora, e parecia não compreender que era necessário ela ficar com meu pai, longe de tudo e de todos, em La Push respirando um ar mais puro e ficando bem sozinha para pensar em suas atitudes inapropriadas.

- Jake. – Nessie me chamou baixinho.

- Oi amor. – Disse calmo, não queria mais uma briga sobre “Devemos trazer nossa filha para perto de nos Jake.”

- Eu to com saudade.. – A interrompi, não queria voltar para esse assunto.

- Amor, saudade da e passa, vamos, ela deve estar bem. – Sorri, tentando passar confiança, Nessie fez bico de choro e meu coração apertou, detestava de todas as formas vê-la daquela forma, fazia-me sentir-me um monstro.

- Como você pode dizer isso Jake? – Ela perguntou seria.

- Dizer o que amor?

- Saudade da e passa. – Ela revirou os olhos, enquanto falava tentando me imitar. – Você nem parece o meu Jacob mais, que era um homem romântico e que me queria bem a todo momento, eu quero minha filha Jacob, eu quero a nossa filha do nosso lado,e você vem me dizer que saudade da e passa? – Ela gritou, ficando vermelha, provavelmente de raiva, e eu fiquei calado, não sabia o que dizer e se deveria dizer alguma coisa naquele momento. – Eu tento de todas as formas não me irrita com essa sua indiferença com a nossa filha, porque ela cometeu um erro, eu juro que eu tento, mas você já esta passando de todos os limites Jacob Black. – Ela gritou novamente e caminhou para mais perto de mim. – Eu nesse momento sinto tanta raiva de você Jacob! – E aquelas as palavras que saiam de sua boca me atingiu, como se fosse à adaga mais afiada do mundo, me furando por dentro. Abaixei meus olhos envergonhado de fazê-la sentir raiva de mim e muito triste também.

 

- Desculpe Nessie.. – Disse baixinho, e quando eu ia termina de pedir minhas desculpas ela me interrompeu me assustando um pouco.

- Cale a boca, eu ainda estou falando. – E eu encarei seus olhos que transbordavam autoridade e raiva. – Você tem sido totalmente ignorante nesses últimos meses, agindo feito um idiota, e querendo que todos concorde com suas idéias de que nossa filha e uma vagabunda. Ela não é nada disso Jacob. Sabe, as pessoas erram, a mamãe cansou de erra com o papai por sua culpa, e alguém te trato assim como você esta tratando sua filha? Não, então eu quero que você traga nossa filha de volta, e não estou brincando Jacob.

- Eu não vou fazer isso. – Eu disse alto.

- Porque cisma em ficar fazendo essa pose?

- Não estou fazendo nada Nessie, eu só quero ela longe, não gostei de suas atitudes e ponto final, e sim ela foi uma vagabunda se envolvendo com o Seth, e é isso que eu penso e não vou mudar meu pensamento.

- Pare de agir assim Jake. – Nessie agora chorava.

- Você quer ter ela sempre ao seu lado como se ela fosse um bebe desprotegido, ela não e nada disso Nessie, ela já e bem grandinha!

- Mais e minha filha! – Ela gritou. – Eu tenho direito de estar preocupada com ela, e você esta sendo totalmente mesquinho.

- Sim ela e sua filha, e você realmente tem direito de estar preocupada. Mas se algo tivesse acontecido meu pai já teria ligado. – Nessie abaixou o rosto e correu para a porta da cozinha. Eu a seguei e ela gritou, percebendo que eu a seguia.

- Não me segue Jake, por favor. – E saiu correndo batendo a porta logo em seguida.

Era incrível que quando o assunto era Hinnata, tudo desandava, e dava errado. Era quase impossível acreditar que minha filha pudesse fazer tantos estragos assim, em minutos.

 

 

POV Bella

Daria para escutar a briga de Nessie e Jacob mesmo se tivesse ouvidos humano. Os dois gritavam e eu tinha uma vontade louca de ir lá e parar a briga dos dois, que por sinal era realmente necessária.

 

Jake estava estranho e totalmente irritante, se achando o dono da verdade, coisa que de fato não era. Ouvi o ultimo grito de minha filha e corri para a porta de casa esperando-a de braços abertos, que logo foram aconchegar minha Renesmee.

- Mãe, o Jake não me escuta mais. – Ela disse enquanto chorava em meus braços.

- Calma querida, deixe ele pensar um pouco. – Coisa que eu não deixaria, mas eu tinha que dar o conselho mais sensato para minha pequena.

- Manda o cachorro fedido embora Renesmee. – Disse Rosalie atrás de mim.

 

Como sempre foi o sonho dela, que o “cachorro fedido” que no caso era o Jacob fosse embora, ela tentou.

- Rose. – Reprovei ela que riu.

- Tia Rose.

- Quer sua filha de volta, então vá buscá-la e pare de ficar chorando por causa das brigas com o cachorro. – Rose disse agora seria e puxando o rosto de Nessie para encará-la.

- Mas.. – Nessie olhou para baixo pensativa. – Ela deve estar com raiva de mim. – E disse baixinho.

- Como se ela já não sentisse raiva de tudo e todos, antes daquilo. – Respondeu Rose ainda seria.

- To com medo de ir ate La Push sozinha. – Continuou dizendo baixo.

 

- E você não vai. – Jake apareceu, atrás de Nessie que estava de costas para a floresta, com o rosto serio e falando firme. – Temos que termina nossa conversa Nessie. – E olhou com mais doçura para ela, mas mesmo assim eu a prendi mais nos meus braços, Jacob a faria chorar mais ainda, mesmo ele não tendo a intenção.

- Agora não Jake. – Respondi por minha filha.

- Bella, isso não.. – O interrompi antes que ele fala-se algo como, “Isso não e assuntou seu.”

- Agora não Jake. – Repeti minhas palavras. – Volte para casa, e pense melhor. – Eu olhei em seus olhos negros que eu dia haviam sido meu sol e agora não me parecia mais ele.

- Mas eu e a Nessie precisamos conversa, não e amor? – Ele perguntou tocando no braço dela.

- Jake, faz o que a mamãe disse. – E se encolheu mais em meus braços. Era visível que ele estava quase tirando-a de meus braços então Rose entrou na frente de nós.

- Anda cachorro, deixa de ser insistente, vai para casa tira as pulgas e para de ser chato. – Praguejou ela.

 

Jake começou a tremer, e então senti o ambiente mais calma e leve, e Jake mais calmo. Jasper estava acalmando a situação.

- Tudo bem. – Ele respirou fundo. – Mas, Nessie amor, não fica com raiva de mim. – Ele choramingou.

- Ta. – Ela respondeu baixo.

E Jake se transformou correndo direto para a floresta.

 

 

POV Hinnata

Eu e Guto paramos nosso beijo e eu me levantei.

- Onde vai? – Perguntou segurando minha mão.

- Vou tomar banho. – Ele sorriu. - Sozinha, credo Guto, não to te convidando para tomar banho comigo. – Ele riu da minha cara.

- Eu sei, só queria vê sua reação. – Ele soltou minha mão e se jogou na cama.

Caminhei ate a porta do quarto e sai. Fui direto para o quarto de Vanessa e logo quando entrei percebi que ela estava no banho, caminhei ate a porta do banheiro pink.

- Vanessa. – Chamei, ela precisava saber que o Guto estava sabendo que ela havia se encontrado com o Jeff.

- Oi. – Ela respondeu, e eu fiquei quieta, esperaria ela sair do banho. – Que foi? – Ela colocou a cabeça para fora de seu box e me olhou com uma interrogação na testa.

- Depois te falo. – Disse e me joguei em sua cama.

Poucos minutos depois ela já estava saindo do banho com seu roupão rosa claro e com uma toalha no mesmo tom enrolada nos cabelos.

- Conta, o que aconteceu? – Ela perguntou se sentando na cama também.

- O Guto sabe. – Eu disse rápido.

- Do que? – Levantou uma sobrancelha, e eu revirei os olhos.

- Você e Jeff, hoje no shopping. – A menina ficou mais branco do que tio Jazz quando vê sangue, e falando nele me deu ate saudade.

- Co-como? – Gaguejou nervosa.

- Ele sentiu seu cheiro, disse que reconhecia o cheiro do Brad e que seu cheiro não era o dele. – Ela tirou a toalha dos cabelos e passou a mão tremendo nervosamente.

- Se ele sentiu, o papai também vai sentir. – Colocou a mão no coração. – Não quero nem pensar se ele descobrir.

- Vai sobra pra mim se ele descobrir. – Eu disse calmamente. – Mas tudo sempre sobra pra mim mesmo, fica calma. – Toquei sua mão que estava na cama. – O Guto disse que não vai contar para ninguém.

- Precisamos da um fim nas roupas. – Ela se levantou e foi ate o banheiro. – Temos que queimar, joga no mar, qualquer coisa.

 

- Que exagero Vanessa. – Eu ri dela.

- Não posso corre ricos de não poder vê meu lobão. – Ela disse colocando o pijama, levantei e fui para o banheiro.

- Tudo bem, vamos jogar no mar depois. – Tirei minhas roupas já dentro do banheiro e entrei no chuveiro.

- Ta bom. – Ela respondeu e eu ouvi barulho de porta se abrindo, e percebi que ela havia saído do quarto.

Tomei meu banho lavando meus cabelos, e um pouco demorado. Sai do banho e encontrei um pijama preto com verde fluorescente em cima da pia, junto com minhas roupas intimas limpas. Coloquei as roupas intimas e me enrolei na toalha saindo do banheiro.

- Vanessa pra que aquele pijama? – Perguntei a ela que estava na cama com um livro na mão.

- E pra você usar. - Ela me olhou e sorriu, revirei os olhos, só me faltava essa, ela vim querer manda nas roupas que eu uso.

- Ta. – Disse e voltei para o banheiro, porque sabia que ficar discutindo sobre as minhas roupas seria perda de tempo.

 

Coloquei o pijama que ficou ate legal, era com a parte de cima preta e o short verde fluorescente com um sapinho estampado na blusa, tinha que ser Vanessa pra compra uma coisa assim né.

- Gostou? – Ela perguntou quando me viu sair do banheiro secando meus cabelos.

- Ficou bom.

 

- Que bom, porque achei mesmo muito parecido com você, esse preto ficou lindo. – Ela sorriu de orelha a orelha e eu dei um sorriso torto, estilo vovô Ed.

Abriram a porta do quarto e eu nem precisei olhar para saber que era o Guto, ele estava sem camisa, e OMG estava lindo com os gominhos da barriga a mostra, e só com um short com a aparência confortável para dormi. Assim que ele me pegou secando ele, ele riu da minha cara e Vanessa me cutucou.

- Limpa aqui. – Vanessa encostou no canto na boca, repetindo o que eu havia feito com ela mais cedo, abaixei minha cabeça totalmente envergonhada e passei a mão no canto da boca, que por sorte eu não havia babado mesmo. – E bom deixa os outros sem graça né. – Ela riu, e eu levantei o rosto fuzilando-a com os olhos.

Guto se sentou do meu lado na cama e me abraçou, dando um beijo no meu pescoço que me arrepiou toda.

- Não precisa ficar com vergonha de me seca. – Ele disse baixo e com a voz sensual no meu ouvido, voz a tal que ele nunca tinha usado comigo. - Ele e todo seu. – Terminou dizendo com a voz um pouco mais rouca.

- Não vão começar, por favor. – Vanessa resmungou do nosso lado. – Guto, sai daqui. – Ela ficou em pé na cama e cruzou os braços.

- Não, você não sai do meu quarto quando eu mando. – Ele respondeu e sorriu para ela.

- Então não fiquem de agarramento aqui no meu quarto! – Ela se irritou e depois fez um sorriso malicioso, e eu fui vê o que ela estava pensando “Agarramento no meu quarto, só se for com meu lobão.”

 

Eu fiz cara de nojo, porque ficar vendo em pensamento o que ela estaria fazendo com o Jeff era realmente nojento.

- Para com esses pensamentos Vanessa, depois diz que e “criança” – Fiz aspas no ar, ela corou instantaneamente.

- Você que fica vendo o pensamento das pessoas. – Ela disse baixo se sentando na cama.

- Ainda bem que eu não leio mentes, e vamos assistir ao filme que vocês pegarão logo. – Guto disse.

- Hinnata, pega a pipoca lá em baixo enquanto eu coloco o filme. – Ela pediu indo em direção ao DVD.

 

- Ok. – Disse já saindo do quarto.

A parte de baixo da casa estava toda escura, mas eu já tinha noção de por onde ir para   chegar ate a cozinha. Chegando encontrei 2 pacotes de pipocas de microondas em cima da mesa e fui na geladeira pegar o refrigerante, assim que fechei a porta da geladeira percebi que havia um bilhete, parei para lê.

“Crianças saímos e não iremos dormi em casa.
Beijos Mamãe e Papai.”


Depois de lê o bilhete peguei as pipocas, copos plásticos e o refrigerante e subi as escadas, com um pouco de dificuldades, mas cheguei sem derrubar nada no quarto.

- Acho que expulsamos os pais de você de casa. – Disse, e coloquei as coisas no tapete rosa pink de pelos.

- Não expulsamos não, relaxa. – Vanessa disse. – Eles foram namorar. – E sorriu.

- Ata. – Disse me sentando do lado de Guto.

- Vamos assistir o filme logo. – Vanessa disse e colocou para começar.

1 Hora depois

O filme tava passando ainda, mas pra falar a verdade, eu não tinha assistido nada, pois estava ocupada, beijando a boca do meu namorado e ouvindo Vanessa bufar toda hora.

- Chega! – Vanessa berrou do nada. – Não agüento mais vocês dois, quero meu lobão! – E ela fez bico, eu e Guto nos olhamos e rimos da cena.

- Liga para ele então. – Guto disse me fazendo arregalar os olhos. – Mas.. vai ter que nós deixar em paz. – Vanessa sorriu de orelha a orelha.

- Lógico, te parece que vou quere vocês aqui atrapalhando. – Revirei os olhos e ela foi ligar para o Jeff.

 

- Amorzinho, pode vim aqui em casa? – Ela perguntou toda manhosa no telefone. – Ta bom, vou te esperar. – E sorriu. – Beijos amo você. – Desligou o telefone.

- Ele vai vim? – Fiz uma pergunta idiota, porque era obviou que ele viria.

- Sim, então podem saindo do meu quarto. – Ela deu uma pausa no filme e começou a cata as coisas espalhadas. Eu e Guto nos levantamos e fomos saindo do quarto.

- Vanessa, só presta atenção no que vai fazer. – Guto disse antes de bater a porta, e em um tom totalmente serio.

- Pode deixar Maninho, não farei nada que você não faria. – Ela gritou.

Fomos para o quarto de Guto e ficamos no amasso como já era de se esperar, mas eu estava cansada demais e logo cai no sono, encostada no peito do cara que eu queria que fosse meu amor, mas que infelizmente não era do jeito que eu tanto desejava.

[...]

 

 

Acordei me sentindo muito bem, e percebi que Guto ainda dormia, apoiei minhas mãos em seu peito e fiquei olhando seu rosto, talvez se não existisse nada disso de vampiros, lobisomens eu e ele seriamos o casal perfeito, afinal, ele era lindo e muito legal.

 

Levei uma de minhas mãos ate seu rosto e ele suspirou quando toquei suas bochechas, um leve sorriso brotou em meu rosto, cheguei mais perto de seu rosto traçando seus lábios com a ponta de meus dedos, e depois selei nossas bocas, suspirei e me deitei novamente com minha cabeça bem próxima de sua orelha e sussurrei:

- Queria tanto que fosse minha impressão, meu amor verdadeiro. – E fechei meus olhos.

Por mais que tudo parecesse perfeito, eu sabia que não estava, porque a qualquer momento eu podia ter uma impressão por um estranho e deixaria o Guto extremamente triste, e o pior de tudo, minha cabeça provavelmente não me faria sentir culpada e sim só pensaria na minha impressão, mas.. só de pensar em acabar com o Guto, eu me sentia mal, era como se não fosse hora de fazer isso ainda, era como se eu devesse aproveitar nosso momento junto.

 

Mas isso estava ficando quase que impossível, porque sempre que eu parava para pensar um pouco, minha cabaça voava em pensamento de que eu poderia ter uma impressão a qualquer momento e o Guto ficaria mal. Abri meus olhos e encarei o teto, e tentei o máximo que pude não pensar em nada. Fiquei um bom tempo apenas olhando o teto, e só me toquei que estava daquele jeito quando Guto se mexeu do meu lado e beijou meu rosto.

- Já acordou amor? – Olhei para ele e sorri de leve. – Ta tão cedo ainda. – Ele disse e depois ficou me observando, sorri largo para ele.

- Não está cedo, você que dorme demais. – Ele olhou no relógio que ficava do lado da cama e viu que era 11 da manhã.

- E, eu durmo um pouco demais mesmo. – E sorriu.

- Uhum. – E fiquei quieta, novamente encostando minha cabeça em seu peito e ouvindo seu coração acelerar após eu fazer isso.

Guto começou a fazer carinho em meus cabelos e eu suspirei de puro prazer, era bom quando ele fazia aquilo e eu fechei meus olhos.

- O que você esta pensando? – Perguntou ele.

- Para falar a verdade, em nada. – Disse, e não era uma mentira.

- Duvido.

- Ta, eu estou pensando em como e bom você fazendo carinho em meus cabelos. – Disse mais sem olhar para ele e sem abri meus olhos.

 

- Eu poderia fazer carinho em você por toda a eternidade. – Ele respondeu, e meu coração acelerou, em si, não foi pela intensidade de suas palavras e sim porque eu deveria dar um final em tudo aquilo.

- É. – Respondi, eu era fraca e idiota demais para dizer, “Não Guto, você não pode, porque temos que termina.”

 

A palavra mais certa seria egoísta, talvez por eu ser tão egoísta, e só ter percebido nos últimos meses, que ninguém havia ligado para mim, nem ao menos minha mãe, que eu cheguei ate pensar que me perdoaria e que fosse vim atrás de mim, porque, mãe e mãe, independente do erro do filho certo? Mas ela não ligou. Mas.. acho que tudo bem, eu praticamente fui expulsa da família, e todos me odiavam, menos meu Biso, mas o resto tinha se esquecido da Hinnata, ou melhor dizendo “da rebeldizinha sem motivo.”

- Porque você esta chorando? – Guto perguntou, e eu levantei a cabeça para olhar para ele, porque eu não estava, então eu vi as lagrimas no seu peito nu, eu era tão idiota, que chorava por qualquer coisa. Suspirei.

- Nem percebi. – Dei de ombros e voltei à mesma posição.

- O que você esta pensando? – Ele perguntou amorosamente para mim, de novo.

Eu realmente não queria dizer que estava pensando na minha família e em como eu havia sido abandonada por eles, eu não queria ser motivo de pena dele no momento em que estávamos tão bem. Porque sempre esse meu humor idiota que vivia mudando tinha que estragar tudo? Porque sempre eu estragava tudo?

- Só estou pensando em como eu gosto de você, e como eu não te mereço. – Menti, mas ele acreditou.

- Não repita isso. – Ele me puxou para encarar meus olhos verdes, tão profundos de tristeza. – Temos tudo que merecemos, certo que às vezes acontecem coisas que ninguém merece, mas as pessoas que nos rodeiam e porque gostam da gente e porque nós a fazemos bem.

 

- Ta. – Disse. Guto não soltou meu rosto e continuou encarando meus olhos de uma maneira tão penetrante que era impossível eu sair de seu olhar. – Vou levantar. – Disse e ele desviou os olhar.

- Tudo bem. – Suspirou. – Daqui a pouco eu levanto. – Levantei e sai do quarto, indo em direção ao quarto de Vanessa.

Caminhei pela casa silenciosa, Laura e Nahuel ainda não haviam voltado. Cheguei ao quarto e abri a porta devagar, não queria acordá-la e nem encontrar Jeff ali, e não encontrei, só encontrei Vanessa jogando bom ar por todo o quarto.

- Pra que isso? – Perguntei levantando uma sobrancelha.

- Para não deixar cheiro ué. – Ela me olhou e sorriu.

- Jeff dormiu aqui?

- Não, bem que eu queria dormi perto do meu lobão, só que ele foi embora por precaução de papai aparecer.

- Ata. – Disse e fui pegar minha mochila que estava no canto do quarto. – Vou tomar banho para ir embora.

- Mas já? – Ela fez cara de choro e parou de borrifar o bom ar.

- Sim. – Fui para o banheiro.

 

Tomei meu banho, lavando meus cabelos. Sai do banho vesti uma bermuda ate a metade do joelho, uma sandália gladiadora prata e uma camiseta branca de alça fina, deixei meus cabelos soltos.

- Nossa, gostei da combinação. – Vanessa disse assim que sai do banheiro.

- Vou aproveitar que hoje não esta chovendo e está querendo nascer um solzinho.

- Verdade. – Ela ficou quieta e pensativa, me olhando. – Vamos na praia. – Seus olhos brilhavam.

- Eu tava querendo ficar quietinha hoje. – E era verdade.

- Fica quietinha amanhã, vamos curti o sol hoje. – Ela começou a pular em cima de mim. – Esse lugar nunca faz sol, vamos, amanhã você fica quieta.

- Tudo bem. – Suspirei e Vanessa correu para o banheiro.

 

Vanessa estava tão empolgada que tomou um banho rápido e já saiu do banheiro vestido no biquíni rosa claro tomara que caia.

- To pronta. – Ela olhou para o corpo. – Espera ai, só falta uma coisa. – E correu para o armário colocando uma saída de praia.

- Vai penteando os cabelos que vou falar com Guto. – Ela olhou para mim e sorriu. Sai do quarto indo de volta para o quarto do meu namorado.

- Amor nós vamos para a praia, aproveitar o sol, quer ir? – Fiz a pergunta entrando no quarto e peguei Guto tirando a toalha. – Ai, desculpa. – Fechei a porta na mesma hora.

 

Certo que eu não era nenhuma santa, mas também não queria ficar vendo as coisas de Guto, que por sinal era muito bem dotado, Hinnata para com isso, respira, solta, respira, solta. Isso, agora to mais calma, ou quase. Alguns minutos depois ele saiu do quarto com um sorriso nos lábios que mais me parecia de deboche, eu estava na frente da porta.

- Ta tudo bem? – Ele perguntou ainda com o sorriso, e eu fiz que sim com a cabeça. – Ta tão vermelha amor. – E lógico, vi seu pinto quer que fique normal amor? Respondi mentalmente.

- To bem. – Disse baixinho, ta, eu já vi um antes, só que eu queria vê, e agora foi inesperado.

- Ata. – Ele beijou meu pescoço, que isso? – Queria me dizer alguma coisa amor?

- Er.. Nós vamos para a praia, queria saber se você quer ir. – Sorri, tentando parecer normal, e que não vi nada.

- Claro que eu vou. – Ele pegou minha mão e me puxou para dentro do quarto. – Só vou trocar de roupa. – O que ele ta pensando? Em me amostra as coisas dele de novo? Ate que não.. Hinnata, para com isso de novo, se controla! Guto começou a tirar a bermuda na minha frente, ma maior cara de pau.

 

- GUTO! – Ele levantou uma sobrancelha e sorriu. – Espera eu sai para trocar de roupa.

- Você acabou de me vê pelado, pode ver de novo, não tem nada vê.

- Ta maluco? – perguntei quase gritando. Ele começou a rir.

- Amor, eu sei que você não e santa, e mesmo se fosse, somos namorados. – Revirei os olhos, porque, como a pessoa me diz que eu não sou santa na minha cara? Abusado não?

- Guto meu querido. – Falei com deboche. – Somos namorados, mas não quero ficar vendo sua coisinha, da licença. – Disse mais não consegui sai do quarto porque ele ficou na frente.

- Coisinha? – Levantou uma sobrancelha, ok, feri o ego dele.

- Não amor, coisona. – Sorri. – Da licença vai. – Ele deu e eu sai do quarto.

 

Sentindo meu rosto queimar de tanta vergonha e irritação, porque, o que ele quis dizer com “você não e nenhuma santa.” Abusado.

- Ta vermelha Hi, o que houve? – Vanessa perguntou assim que entrei no quarto dela.

- Seu irmão, fica constrangendo às pessoas. – Disse e me sentei em uma cadeira acolchoada.

- O que ele fez? Ficou pelado na sua frente? – Ela que estava em frente ao espelho se virou para me olhar, eu não respondi nada, só fiquei mais vermelhar. – Que nojo. – Ela disse percebendo que tinha acertado.

- É. – Falei baixinho, tentando muda de assunto. – Temos que ir logo, para mim poder pega o biquíni lá em casa.

- Eu comprei um para você. – Vanessa sorriu de orelha a orelha.

 

Sabe, to começando a achar que Nahuel fabrica dinheiro, eu sei que ele e mais velho do que aparenta, mas essa menina gasta muito e não e só com ela, ela fica comprando coisas para mim direto.

 

- Não precisava. – Disse mesmo sabendo que ela não estava ligando. – Eu tenho que passar em casa de qualquer jeito.

- Tudo bem sem problemas. – Ela falou.

Peguei minhas coisas e saímos do quarto, encontramos Guto já nós esperando na sala.

- Vamos? – Perguntou, assentimos e corremos pela floresta em direção a La Push.

[...]

 

Chegamos em La Push rápido, e logo fomos para minha casa, assim que entramos encontramos Billy e a mãe de Brad sentados no sofá iguais a um casal de adolescentes loucamente apaixonados, era estranho ver meu avô daquele jeito, mas totalmente agradável, porque era tão visível ver a felicidade em seus olhos.

- Desculpa atrapalhar. – Disse logo que entrei despertando eles, e sorri. – Bom Dia. – Cumprimentei os dois.

- Bom Dia querida. – Disse Amélia

- Bom dia. – Meu avô disse sem me dar muita atenção, pois seus olhos estavam fixos em outra pessoa.

 

E estranhamente eu não fiquei estressada com a situação dele não me olhar, ele afinal, tinha um ótimo motivo para isso. Dispersei-me deles dois e fui para meu quarto, com Guto e Vanessa atrás de mim. Coloquei minha mochila em cima da cama e peguei o biquíni que Vanessa segurava para mim.

- Você vai ficar tão linda. – Ela sorriu e eu encarei o biquíni branco em suas mãos com alguns detalhes amarelos parecendo dourado.

- E. – Disse meio desanimada.

 

Sai do quarto e fui para o banheiro me trocar, coloquei o biquíni que realmente caiu bem em mim, e coloquei um short por cima sem colocar blusa, pois iríamos à praia que era relativamente próximo de casa. Entrei novamente no quarto e Guto e Vanessa estavam de cara feia um para o outro, com toda certeza haviam brigado, e eu que não ia me envolver.

- Vamos? – Perguntei fazendo-os parar de se encarem com olhares mortais e me olharem normalmente.

- Claro. – Vanessa deixou sua bolsa em cima da minha cama e tirou a blusa rosa clara que usava, ficando só de biquíni e short igual a mim.

Saímos de casa e fomos logo para a casa de Jeff, porque era lógico que Vanessa ficaria de cara emburrada se o seu “lobão” como ela dizia não estivesse ali, junto dela.

 

Todos nós, eu, Guto e Vanessa caminhávamos a beira da praia chutando o mar e conversando bobagens, do tipo, como era bom que finalmente havia aparecido um sol, e coisas do gênero. Rapidamente já estávamos em frente à casa de Jeff, que parecia já saber que estávamos nos aproximando, pois ele já nos esperava na porta com um enorme sorriso, que posso dizer que não era destinado a mim ou o Guto, e sim para Vanessa que tinha o mesmo sorriso nos lábios.

 

Era bonitinho ver todo mundo feliz, mas posso dizer que nada legal, certo era legal que as pessoas não ficassem choramingando como eu pelos cantos, mas não era agradável para mim, ou melhor dizendo para uma parte de mim, que também claramente não gostava daquilo tudo. Eu sou complicada ate em meus próprios pensamentos, minha nossa.

- Guto, acho melhor irmos andando. – Disse, porque certamente eu não queria ficar ali assistindo a cena, “Eu tenho uma impressão e sou feliz.”

 

 Longe disso, eu queria era ficar afastada curtindo um pouquinho o sol, que me agradava tanto.

- Tudo bem. – Guto também me parecia que não gostava de ficar presenciando impressões.

 

Voltamos a caminhar para a praia, mas dessa vez estávamos de mãos dadas e não falávamos nada ate que ele quebrou o silencio.

- Porque você acha que vocês lobos.. tem a tal da impressão? – Ele perguntou sem me encarar, então eu lembrei da Leah falando, de porque ela achava que nos tínhamos a impressão.

- Bom..eu não sei bem. – Continuamos caminhando. – E algo como a pessoa que lhe da mais chances de passar o gene de lobo.

- Hum. – Ele disse sem entusiasmo. – Coisa estranha.

- Também acho, e para falar a verdade.. – Guto me encarou e eu parei de falar, não sabia se era legal ficar exponde que eu seriamente não gostava da impressão, certo eu não gostava porque eu não tinha, mas de qualquer forma. – Acho essa coisa muito inconveniente. – Falei rápido sem dar muitos detalhes.

- Por quê? – Perguntou curioso, será que não da para se contentar com a outra resposta, curta e simples?

- Porque sim.

- Para falar a verdade, eu também acho. – Guto parou de me encarar e disse, continuamos andando, em passos lentos. – O lobo nunca pode se envolver de verdade com alguém. – Ele suspirou. – Porque, a qualquer momento eles podem ter essa coisa de impressão e acabar magoando a outra pessoa. – Ele deveria estar se referindo de nos dois, e eu já tinha percebido isso, e mais uma vez me senti egoísta por não da um ponto final logo em nossa relação.

 

Guto sabia que nosso relacionamento teria dor e sofrimento no final, e que provavelmente seria dele.

- Não vamos falar disso. – Tentei corta o assunto, mas parecia que ele não queria parar com ele.

 

- Se você tiver uma impressão por um cara qualquer.. – Ele parou de andar e eu igualmente, suspirou pesadamente e disse rápido. – O que vamos fazer? Porque eu não sei bem como ficaria sem você, e ainda mais ficar vendo você pelos cantos feliz e sorridente com um cara qualquer.

- Guto, não vamos falar disso vai. – Tentei novamente sair do assunto, sem sucesso.

- E serio, preciso estar preparado para isso.

- Então, se isso acontecer.. – O que eu realmente acho que não aconteceria, pensei. – O que você quer que eu faça? – Ele pareceu pensar.

- Eu não sei. – Coçou a cabeça com a mão livre. – Não iria querer conversa, seria muito mais doloroso. – Olhou para seu pé na água. – Eu iria querer que você.. que você.. eu iria querer nunca mais te vê, acho que seria menos doloroso.

- Se é assim que você quer. – Dei de ombros, porque eu realmente achava que eu não teria essa coisa de impressão, eu era toda problemática, e tudo que podia dar certo e ser uma coisa boa, comigo sempre era ao contrario. – Agora vamos mudar de assunto?

- Vamos. – E o silencio novamente preencheu o lugar, a única coisa que dava para ouvir eram nossos corações batendo, a água da mar, os pássaros na floresta.

 

Mas nenhuma palavra sai de nossas bocas, esse silencio diferente de muitos outros que já havíamos tido, era totalmente constrangedor e desagradável, suspirei tentando quebrar o silencio.

- Vamos entrar na água? – Eu já não tinha mais nada para falar mesmo, então, pedir para entrarmos na água me parecia uma boa idéia.

- Vamos, a água esta tão agradável. – Disse, virando o seu rosto que já continha um sorriso leve nos lábios mas que não chegava a seus olhos.

Paramos em um ponto da praia e caminhamos para a areia para tirar nossas roupas. Guto tirou rápido sua bermuda ficando só com uma sunga preta, que ficava bem em sua pele clara.

 

- Vai indo primeiro. – Disse, e ele saiu correndo para o mar. 

Eu estava com uma vontade louca de saber o que ele tanto pensava, mas não queria invadir seus pensamentos, só que era mais forte que eu e não me contive, fiquei olhando para ele que estava entrando mar a dentro e invadi sua mente.

“Ela vai me abandonar assim que um idiota qualquer aparecer.” Pensou ele triste, e eu me senti totalmente mal. “Como eu sou idiota, fui logo me apaixonar por uma loba, tem que ser muito burro para fazer tal coisa.” Começou a se insultar. “Mas, pelo menos eu a tenho por um tempo, só para mim e é porque ela quer, e não por causa de uma coisa idiota como a impressão.” Depois desse pensamento não quis mais ler o resto, eu estava invadindo sua privacidade e vendo como ele se sentia, e não estava achando nada legal os seus pensamentos.

 

Balancei a cabeça tentando esquecer de suas palavras, mesmo que sendo por pensamentos muito tristes, e tirei logo meu short e corri para dentro do mar abraçando-o pelas costas.

 

Agora mais do que nunca, eu faria ele feliz, e nunca, nunca mesmo, ficaria chorando pelos cantos na frente dele, e nem deixaria ele desconfia quando fizesse isso. Guto estranhou meu ato e se virou com um sorriso bobo no rosto. Passei as mãos em seu rosto e lhe disse baixinho.

- Gosto muito de você, de verdade. – E não era mentira, eu só não seria capaz de dizer, um “eu te amo”, porque na minha opinião, era uma palavra forte de mais para meu sentimento por ele, que estava começando a nascer.

- E bom ouvir isso. – Respondeu ele com um sorriso ainda maior e que transbordava felicidade. Era fácil agradá-lo.

- E bom saber que você gosta de ouvir isso. – Disse e colei nosso lábios, em um beijo diferente, um beijo em que eu transmitia carinho e não somente ele. Esse havia sido o nosso melhor beijo, não pensando em prazer, mais em sentir, um ao outro o com mais intensidade e o mais verdadeiro.

 

- Nossa, o que aconteceu? Surto de carinho? Se for pode surta sempre. – Ele falou e eu sorri.

 

Mal sabia ele que aquele meu “surto” havia sido por causa de seus pensamentos, que por sinal havia me tocado, profundamente.

- Não e surto de carinho, só achei que deveria ser um pouquinho carinhosa com meu namorado. – Sorri largamente. – Não posso? – Levantei uma sobrancelha mais ainda permaneci com o sorriso.

- Pode, sempre que quiser. – Ele me abraçou. – Sempre mesmo, e bom ver você assim. – E ficamos dentro da água, por um bom tempo, sem beijos ou nada parecido, éramos somente eu e o Guto, namorados, um apreciando a presença do outro.


1 ano e 3 meses depois

(N/A: Vocês devem ta pensando, não acredito que ela passou esse tempo todo e tal’z.. Mas e que ficaria muito na mesmice então foi necessário.)

 

Incrível que já havia passado tanto tempo que eu estava em La Push, e eu que um dia cheguei a pensar que não gostaria de estar aqui, na reserva, com as pessoas que eu supostamente achava estranha, e que me olhavam estranho também.

 

Como eu fui tola, porque para minha grande surpresa, a reserva foi o melhor lugar onde eu vivi. Fiz tantos amigos verdadeiros, virei ate uma pessoa melhor, não que eu não fosse uma pessoa boa, enfim, esse lugar me mudou.

 

- Parabéns meu amor. – Hoje era meu aniversario, e Guto estava me dando um beijo no pescoço e me abraçando por trás.

 

Eu estava na varando olhando para uma parte que dava para ver da praia, dali. Virei de frente para o Guto e selei nossos lábios.

- Obrigada amor. – Sorri.

- O que você estava fazendo? – Perguntou ele curioso.

- Nada de mais, só estava lembrando algumas coisas. – Guto fez uma careta, certamente pensando que eu me lembrava de Brian. – Estava pensando de como gosto desse lugar. – Suspirei.

Eu realmente gostava muito de La Push, e não havia mentido para ele, mas é que hoje também era aniversario do Brian, e eu estava com saudade dele. Meu coração deu um aperto ao se lembrar de como eu sentia tanta saudade de Brian.

- Hinnata, sai daí, vamos cantar parabéns. – Vanessa chegou gritando e pulando, bem no estilo dela de sempre.

Jeff veio atrás dela, os dois estavam namorando em casa agora. Mesmo Nahuel não querendo ele acabou aceitando, lógico que teve a ajuda de Laura e minha conversando com ele e dizendo que era uma coisa muito tola ele tentar acabar com o romance. Fiquei um bom tempo dizendo que a impressão era incontrolável e independente do que ele queria, os dois sempre se gostariam e arrumariam um jeito de se encontrar.

- Vamos, vamos. – Ela puxou minha mão me levando para dentro da sala da casa do meu avô.

Todos os meus amigos estavam lá, sorrindo para mim em volta da mesa que estava o bolo.

Hoje eu fazia 16 anos, e nem meu pai ou minha mãe haviam me ligado, sim já era de se esperar isso, mas mesmo assim eu tinha esperanças de que eles fossem pelo menos falar um “Parabéns Filha”, mas diferente do que eu pensava, eles não fizeram isso.

 

Só uma pessoa me ligou que foi o Biso Carlisle, ele me desejou felicidades e disse que logo arrumaria um jeito de vim me vê, mas eu disse para ele não fazer isso, porque todos ficariam fazendo perguntas e eu não queria meter ele em encrenca. Ele disse que a Bisa Esme também estava me mandando um beijo e desligou o telefone. Foi bom pelo menos saber que ele se lembrava de mim e que hoje era meu aniversario.

 

Sai dos meus pensamentos quando todos começaram a cantar a musica de parabéns.

- Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades muitos anos de vida... – Eu sorri, todos estavam tão animados com meu aniversario. – Com quem será? Com quem será? Com quem será que a Hinnata vai casar? Vai depender, vai depender, vai depender se o Guto vai querer.. – Eu comecei a rir, esse era meu aniversario mais simples, mas o mais divertido.

- Agora corta o bolo, e fala para quem e o primeiro pedaço. – Vanessa disse empolgada, parecia ate ter 5 anos.

Do jeito que ela tinha falado, cortei o bolo, muito mal cortado por sinal.

- Então, o primeiro pedaço e lógico que vai para o meu avô. – Disse entregando o primeiro pedaço para ele que beijou minha cabeça.

- Não vale. – Ela fez bico, e eu comecei a rir.

 

- O amor, no meu aniversario o primeiro pedaço e para você. – Jeff disse, dando um selinho nela que logo já estava sorrindo. – Você sabe disso não é? – Ela fez que sim com a cabeça.

 

Impressões são tão esquisitos.

Guto chegou perto de mim com uma bolsa que parecia de loja de jóias, olhei para ele com interrogação, porque vai que ele me pede em casamento? Loucura.

- Não acha que eu esqueci o seu presente não é? – Ele segurou uma de minhas mãos me puxando para a varando onde estávamos antes.

- Nem pensei nisso. – Respondi dando de ombros. Ele me entregou a bolsa e eu abri para vê o que tinha dentro.

Tinha uma caixa de veludo azul marinho, e a caixa não era pequena não, abri a caixa e tinha dentro um colar de ouro branco e um pingente escrito, “Te Amo Hinnata.” Meu coração se apertou como em todas as vezes que ele me dizia te amo, e eu queria sair correndo e me esconder na floresta, olhei para seus olhos que estavam cheios de expectativas, Guto era tão legal e carinhoso comigo, porque eu não amava ele? Sorri forçado para ele que acho que saiu como careta, pois o rosto que ele fez não foi legal.
- Não gostou? – Perguntou decepcionado. – Podemos trocar se não gostou.

- Não e isso. – Respirei fundo, novamente teria que inventar uma coisa, como eu havia feito esse tempo que passamos juntos. – Eu adorei, só acho que deve ter custado.. – Ele me interrompeu.

- Você gostou? – Fiz que sim com a cabeça. – Então e isso que importa. – Guto colou seus lábios no meu e nós beijamos um beijo normal e que eu já estava me acostumando.

 

Paramos nosso beijo e ficamos um olhando para o outro, se fossemos um casal apaixonado seria uma sena linda. O céu estava estranhamente estrelado ao invés daquelas nuvens nebulosas e que às vezes podiam ser imensamente assustadoras. As ondas do mar batiam suavemente à areia da margem, era um cenário perfeito para um casal loucamente apaixonado, mas.. Esse infelizmente não era meu caso. Abaixei a cabeça e sacudi um pouco, tentando afastar os pensamentos negativos que sempre vinham à tona.

- Guto, to com sono. – Vanessa apareceu na porta da varando, chamando-o. – Jeff ta sem carro, então me leva para casa.

- Depois Vanessa. – Ele tentou fazer ela ir embora.

- Hinnata, você entende não é? – Ela perguntou. – E que eu to realmente cansada. – E bocejou de sono.

- Claro que eu entendo. – Dei um selinho em Guto. – Leva ela amor.

- Ta. – Ele disse bufando de irritação. – Depois eu volto. – Eu não queria que ele voltasse, hoje eu estava afim de passar a noite sozinha, pensando na vida.

- Não precisa. – Disse devagar sem parecer que eu queria expulsa-lo ou coisa do tipo.

- Tem certeza? – Ele perguntou fazendo carinho no meu rosto. – E que hoje e o seu aniversario, quer ficar sozinha de noite amor?

- Tanto faz Guto. – Suspirei. – Só acho que não e necessário vim para cá mais tarde.

- Tudo bem então. – Nós beijamos pela ultima vez e ele e Vanessa se foram.

A maioria das pessoas que estavam presente já havia ido embora, os únicos que tinha ficado era, Brad, Mari, Amélia, e o vovô Billy. Caminhei para dentro da casa e me sentei no sofá do lado de Brad.

- Ta com uma cara desanimada. – Brad disse me abraçando com o braço livre, pois o outro braço ele abraçava Mari que estava quase dormindo.

 

- Não to desanimada. – Disse me virando para ele e sorrindo, ele era meu melhor amigo. – To cansada.

- Você? Cansada? – Levantou uma sobrancelha. – De que? Nem faz mais rondas. – Eu fiz careta.

 

E realmente eu não estava cansada fisicamente, e sim mentalmente, porque você se força a gostar de uma pessoa e permanecer com ela não e nada fácil, e um total esgotamento mental. Não que eu não goste dele, sim eu gosto, só que não da forma correta. Como sempre eu sou complicada demais, e sempre meus sentimentos são embaralhados.

- Sempre tem a primeira vez de tudo, não é? – Dei um beijo em seu rosto. – Vou dormi, Boa Noite para todos. – E fui para o quarto.

Prendi meus cabelos que estavam soltos, e batiam na minha cintura, agora eles tinham uma cor de chocolate quase preto, que ficava incrivelmente lindo em contraste com meus olhos verdes.

 

Eu havia ganhado mais corpo, agora eu tinha seios maiores e muito mais fartos, não exagerados, minhas pernas não eram finas mais também não eram grossas, eram totalmente proporcionas para o resto do meu corpo. Eu também havia crescido um pouco, apesar de não me transforma mais em loba ainda crescia como tal, media agora 1,78 e estava quase do tamanho de Guto.

 

Agora eu parecia tão bonita, não que eu fosse feia, mas era somente superficialmente. Tirei minha blusa rosa tomara que caia, que a Vanessa havia me obrigado a usar, e coloquei uma camiseta larga e confortável, tirei o salto e a calça jeans e coloquei só um short de dormi que era colado no corpo.

 

Deitei-me na cama e me cobri, eu não estava com sono, só queria ficar quieta e ficar pensando em paz, sem fingimento, queria ficar comigo mesma por um dia, pelo menos.

 

Respirei fundo, eu gostava de La Push, ou pelo menos eu aprendi a gostar, só que esse ano que passou não foi fácil, todos com suas impressões e eu a única com um namorado que eu não amava de verdade.

 

Eu queria tanto uma impressão, mas do que nunca, eu NECESSITAVA, só que parecia não funcionar desse jeito.

 

Talvez.. Só talvez, se eu rodasse o mundo todo atrás dele? E se eu não encontrasse? Seria pior, muito mais decepcionante, pois eu saberia que eu não tenho uma alma gêmea, que ninguém me completa, saberia que eu era uma loba solitária.

 

Virei para o lado, porque esses pensamentos sempre vinham à tona? Fechei os olhos, e a imagem de Brian veio em minha mente, só que diferente das outras vezes, eu deixei ela permanece ali, porque hoje eu me permitiria a isso, eu amava ele, e era totalmente incontrolável, porque eu não conseguia dizer um não ao meu coração quando ele falava que o Brian era meu amor. Ele era, e acho que se eu não achasse logo minha impressão permaneceria eternamente meu amor, o dono do meu coração.

 

Era tão angustiante pensar nisso, me encolhi feito um feto, porque ao invés dele desaparecer da minha mente e do meu coração, as imagens dele em minha mente ficaram muito mais fortes, e o meu coração? Ele gritava de saudade e me rasgava por dentro, me deixando com dor na alma.

 

Mas eu era culpada disso tudo, e eu sabia, não ficaria culpando o Seth por tudo, certo que ele também tinha uma parcela de culpa, mas acho que a maior era minha. Porque fui eu que não dei valor a minha família, fui eu que praticamente transei com o Seth, fui eu que arrumei escândalo, e fui eu que fui mandada para La Push para ser uma pessoa melhor. E eu sou. Agora eu sou diferente, posso ate dizer que madura. E só que o sofrimento causa tudo isso, amadurece, mas dilacera a gente por dentro. Eu apenas não sou madura o bastante para da um ponto final entre o Guto e eu.

 

Mas e como se eu fizesse isso, tudo seria pior, porque eu não teria nem ele para me apoiar, e todos saberiam que eu sou fraca e estava na minha crise de sempre. Eu pelo menos com ele passava de feliz e sorridente por todos os cantos, mesmo isso tudo sendo uma mascara que estava prestes a cair.

 

Talvez, o Brad soubesse que eu fingia todos aqueles sorrisos, mas ele não estava disposto a falar sobre esse assunto, porque eu realmente não diria que era mentira tudo aquilo.

 

E sabe, o que eu sentia vontade de fazer? Abandona tudo e todos, e segui uma vida sozinha. Sem sorrisos falsos, mentiras deslavadas, beijos sem emoção, sem coisas fora do normal.

 

Minha maior vontade era de eu pegar uma mochila e meu violão e correr, correr sem destino, correr do destino, correr para um mundo onde eu não veria Lobos, ou muito menos vampiros, um lugar ensolarado, que trazia paz para alma.

 

Mas eu não podia fazer isso, pois se eu saísse do nada, como meus amigos ficariam? E o meu avô Billy, que eu vi que diferente do que eu pensava era uma ótima pessoa. Como ele ficaria? Seria mais do que egoísmo meu se fizesse isso, mas.. Eu precisava, eu realmente precisava fugir daquele antro de Impressões, do lugar onde todos se amavam eternamente e verdadeiramente.

 

Então eu ficava dividida, entre fugir para o meu bem, ou ficar para o bem dos outros, e nesse caso eu ficava. Porque o que eu era? Nada. E eu não poderia magoar as pessoas que eu amava, muito menos tinha o direito de tal coisa.

 

Billy, se eu fugisse piraria, achando que algo havia acontecido, que o lugar onde vivíamos não era bom, acho ate que ele pensaria que eu estava incomodada com Amélia direto em nossa casa. Longe disso, eu adorava Amélia, ela era um amor de pessoa, e fazia um bem para o meu avô, que eu seria incapaz de ficar incomodada com sua presença.

 

Eu só me sentia deslocada naquele lugar, como um peixe fora d’água. Levantei da cama, eu sabia que era egoísmo, mais era impossível continuar naquele lugar.

 

Sai do quarto e fui em direção ao quarto do vovô, Amélia estava deitada sob seu peito e eles dormiam tranquilamente, voltei para o quarto e troquei de roupa, colocando uma calça de moletom preto e uma camiseta preta, com um chinelo.

 

Pulei a janela do quarto e fui em direção a casa do Brad, sabia que era tarde, mas se eu queria ir embora tinha quem ao menos me despedir dele e da Mari. Em poucos minutos eu já estava na casa dele, e estranhamente Brad já me esperava sentado na entrada da casa.

- Sabia que algo estava acontecendo. – Disse ele serio me chamando para sentar do seu lado.

- Brad, eu vou embora. – Disse rápido e sem pensar muito. – Não da mais para ficar aqui. – Ele suspirou e passou a mão no rosto perfeito.

- Hi, mais por quê? – Perguntou olhando em meus olhos.

- Não posso mais.. – Não queria dizer aquelas palavras, as palavras que tanto estavam engasgadas em minha garganta. – Aqui parece ser tudo muito feliz, não e meu lugar.

- Como um lugar de felicidade não pode ser seu lugar?

- Não é Brad, olhe bem para mim, e vê se eu tenho cara de quem gosta de assisti a felicidade dos outros e ficar sofrendo? – Ele parou e ficou quieto, me analisando. – Eu não sou o tipo de pessoa que gosta fazer isso, eu quero ficar longe de tudo e todos, onde eu saiba que não vou encontrar pessoas anormais com impressões a todo lado. – Abaixei meus olhos. – Isso me deixa mal.

 

- Você nunca... – Eu interrompi.

- Nunca te disse? Claro, você estava tão feliz com a Mari, porque eu diria tal coisa? – Balancei a cabeça. – E tem outro motivo também.

- Guto? – Ele perguntou, e eu assenti com a cabeça. – Porque você não da um fim logo entre vocês? Até hoje não entendo.

- E difícil. – Suspirei. - Muito difícil.

- Difícil como? – Não queria dizer que eu era uma egoísta, e que só pensava em mim mesma, e quando eu terminasse com o Guto eu ficaria mal, porque não teria mais em quem me apoiar. Então, simplesmente balancei minha cabeça dizendo que não falaria. – Não entendo como minha amiga, minha melhor amiga, não possa confiar em mim para dizer qual é o problema. – Ele acariciou meus cabelos que caiam sob meu rosto. – Me conta maninha.

- Não Brad. – Disse em um sussurro suplicante.

- Você sabe que independente do que você me falar, eu não vou ligar, e muito menos ficar com preconceitos. Eu sou um lobisomem, como posso ficar com preconceitos?

- Brad, eu confio em você, só que .. – Toquei sua mão. – Eu não posso termina com o Guto e permanecer aqui Brad. E impossível isso. Porque mesmo eu não querendo ele me ajuda a não me senti totalmente só, mais e doloroso eu ficar com pessoas ao meu redor que são praticamente com impressão, com amor emanando delas, eu não to dizendo que desejo a infelicidade para quem tem essa coisa, mas se vocês tem porque eu não?

 

- Porque você não encontrou a pessoa certa ainda, e só ter paciência. – Falou todo compreensivo e amoroso, como se fosse um pai tentando explica a coisa mais simples para uma criança.

- Como eu vou ter uma impressão se não saiu desse lugar Brad? Como? Eu vou rodar o mundo.. sei lá, eu vou procurar por ele, não posso mais me engana e engana vocês.

- E se você não achá-lo, porque enquanto você a procurava, ele veio parar bem onde você tinha saído?

- Eu.. Eu, não sei. – Ele se levantou e beijou o topo da minha cabeça.

- Pense nisso. – E foi entrando para dormi. – Boa Noite Hi.

- Boa Noite Brad. – Fiquei sentada em frente sua casa por um tempo ainda.

Da varanda dava direto para o mar, e era relaxante ouvi-lo acariciar a areia. Num súbito levantei e corri de encontro a tal, me jogando no mar que estava com a água morna e deliciosa, e totalmente relaxante. Não percebi que havia ficado tanto tempo no mar, e só percebi o quanto havia ficado quando o amanhecer começou a nascer por trás das nuvens escuras.

 

Dei meu ultimo mergulho e sai do mar, correndo pela areia rápido, e toda molhada. Senti ate um sorriso brota em meus lábios, porque eu me sentia uma criança arteira e que não sabia que o sofrimento existia.

 

Mudanças aconteceriam, e eu sentia, que minha felicidade viria com ela.


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Notas finais do capítulo

Então, eu ia postar sexta, mais acabei indo pro cinema, pra vê Alice no país das maravilhas, e só cheguei tarde.
Ontem eu mal toquei no computador, então nem deu também.
Mas, hoje acordcei mais cedo, e vim revisar o capítulo pra vocês.
Bom pessoal, como eu falei lá em cima esse é o penúltimo capítulo, e depois, acaba a primeira temporada dessa historia.
Acho que vou colocar a segunda temporada aqui também, se vocês quizerem, e claro.
Espero que tenham gostado do capítulo, e deixem um reviews para eu saber o que acharam, e me avisem se quizerem a segunda temporada aqui.
Beijoos, e até final de semana que vem.