A Filha de Jacob escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 11
Capítulo 11 - Tentativas de Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Personagens novos aparecem, e começa um draminha, com suspense.



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 POV Hinnata


Sai do banho com meus pensamentos ainda em como eu poderia tentar ser feliz, não deveria ser tão difícil, afinal, varias pessoas são felizes, não é?

Entrei em meu quarto coloquei um pijama e me deitei, não que eu estivesse com sono, mas não tinha nada para fazer nesse lugar. Fiquei olhando para o teto não sei por quantas horas, e decidi fechar meus olhos, só que apenas uma única imagem, desagradável, vinha em minha mente, a Vaca de Torcida abraçada com Brian, isso era extremamente perturbador, pois nem em meus próprios pensamentos conseguia paz.

 

Sacudi a cabeça num intuito de manda esses pensamentos para longe, e deu certo. Agora eu não pensava em nada, era como se minha cabeça estivesse totalmente vazia, oca, agora sim, poderia tentar dormi.

 

Apaguei totalmente, e quando acordei já era meio dia, levantei e fui direto para a cozinha, e encontrei Billy me olhando com preocupação, o que foi dessa vez?

- Ta tudo bem? – Perguntei encarando seus olhos negros preocupados.

- Você dormi por 4 dias, acho que não. – Parei um segundo tentando digerir suas palavras, que me pareciam tão surreais.

 

- Ta brincando? – Perguntei, ainda com minha cara de quem não estava acreditando.

- Hoje já é quarta feira, você esta dormindo desde de domingo, faça as contas. – Puta merda, o que ta acontecendo comigo?

- Eu estava cansada Billy, eu me transformei, isso cansa. – Tentei fingi que nada me preocupava, coisa que não era verdade de fato.

 

Mas.. o que eu poderia ter? Eu não ficava doente, só pegava alguns resfriados às vezes, e agora que virei loba, acho que nem isso pode me atingir mais. Então, porque diabos dormi tantos dias?

 

- Hinnata, a transformação não deixa ninguém dormindo por dias. – Ele suspirou. – Temos que falar com Carlisle. – Billy parecia tão serio.

- Não, não, eu não quero. – Fiz bico e cruzei os braços. – Ta se preocupando por bobeira Vovô, para, me deixa do jeito que eu estou. Eu estou bem.

 

Sai andando para prepara um misto quente e tomar um copo de suco. Eu realmente estava faminta. Após comer fiquei sentada na mesa da cozinha pensando em nada específico.

- To saindo. – Disse Billy, e logo em seguida beijou o topo de minha cabeça. – Por favor, não saia sem me avisar. – Eu sorrir para ele sem amostrar meus dentes, e ele saiu de casa.

 

Depois que ele saiu de casa eu me levantei, lavei minha louça suja e fui para meu quarto. Eu precisava tocar, isso me relaxava e fazia tanto tempo que eu não tocava, que fazer isso agora seria muito bom.

 

(Aconselho escutar: Paramore – Breathe)

 

 Eu sei que estava tocando uma musica depressiva, mas era bem relaxante ficar sozinha e poder tocar aquilo que sentia.

Assim que terminei de tocar a musica e ouvi palmas vindo da porta, olhei e vi que era Brad, ele sorria, eu estava tão detraída que nem havia percebido que ele estava ali.

- Não sabia que você tinha talento pra musica. – Ele brincou, eu respirei fundo e senti o mesmo aroma que havia sentido na floresta.

- Não sei como sua namoradinha agüenta você. – Peguei um travesseiro e joguei nele. – Não apresenta as pessoas não Brad? – Ele sorriu sem graça, que foi? Ele tava com medo das minhas reações?

- Vai amor, ela e muito legal. – Ele sussurrou para ela, que parecia temer em entrar no quarto. Medo? Talvez.

 

- Mas ela não e a da floresta? – Ela perguntou em um sussurro também, só que pareciam ter sido ditos altos demais.

 

Levantei da cama, e fui ate a porta, estendia minha mão para a namorada do Brad e sorri, passando calma e confiança.

- Desculpa pelo o dia da floresta. – Disse com um sorriso no rosto ainda, Brad me olhou torto. – Sou Hinnata, prazer. – Ela corou e deu um sorriso sem graça.

- Mariana, prazer. – Ela disse sem graça, que tímida.

 

Parecia ate a Mariany que havia conhecido lá nos quintos dos infernos. Só os traços de seu rosto e o tom de seu cabelo era diferente.

 

Ela tinha cabelos longos castanhos não muito escuro, e um rosto delicado, ela e o Brad combinavam. Sorri para ela.

- Vai fica mesmo parada na porta? – Perguntei tentando ser o mais simpática possível.

 

Brad estava me olhando desconfiado, e eu também ficaria, pois meu humor estava diferente, pelo menos eu estava tentando deixá-lo diferente. Eu estava sendo tão simpática, e vamos dizer assim, eu não sou a simpatia em pessoa com estranhos, e nem com conhecidos.

 

Eles entraram no quarto e Brad se sentou encostando-se na cabeceira da cama, ele abriu as pertos e Mariana se acomodou no meio delas.

 

- Mas me fala, qual o motivo da visita? – Perguntei me sentando do outro lado da cama, colocando meu violão no chão com cuidado.

- Tava preocupado, você não foi para escola. – Ele suspirou. – Pensei ate que tinha fugido de novo, ai liguei para o Billy e ele me contou que você dormiu durante 4 dias. Você esta bem? – O final da frase foi cheio de preocupação.

- Claro que estou Brad, mas que pergunta. – Cruzei os braços e me encostei na parede do lado da cama. Eu precisava ocupar minha mente, então resolvi pergunta. – Brad.. assim.. você sabe algum lugar que esteja precisando de gente para trabalhar? – Não que eu estivesse muito afim de trabalhar, mas pelo menos, não ficaria com a mente vazia, pensando em coisas que não podia.

 

- Ta precisando de grana? – Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Não, só quero ocupar minha mente. – Sorri para ele, um sorriso que só saia de meus lábios e que nem chegava a meus olhos, nem meu coração.

- Ta tendo um concurso em Port Angels para novos talentos, você podia ir lá. – Brad sorriu, e Mariana também.

- Com certeza você vai ganhar. – Ela me incentivou.

- Não sei não. – E se eu fosse vaiada? Na má sorte que eu andava, era bem provável.

- Você canta perfeitamente bem, e toca também, acha mesmo que vão não vão gostar? – Perguntou Mariana.

- Não sei, ultimamente ando com tanta má sorte. – Suspirei.

- Ah, o Sam quer falar com você. – Disse Brad, eu revirei os olhos.

- O que ele quer? – Perguntei indiferente.

- Falar sobre seus dias de ronda. – Ai, mas que droga. Suspirei.

- Ta, depois eu vou lá na casa dele. – Falei.

 

Ficamos batendo papo por um bom tempo, só que tinha dado a hora da ronda de Brad e ele tinha ido levar Mariana para sua casa, ela estava morando lá com ele.

 

Eu fui tomar um banho e depois fui direto para a casa do Sam. Bati na porta da casa e Emily me atendeu com um sorriso.

- Finalmente apareceu, pensei que estava chateada com algo. – Ela sorriu.

 

E eu realmente estava chateada, mais não com ela, e sim com o Sam. Não comentei sobre isso e falei o que tinha acontecido.

 

- Eu .. bom, eu dormi por alguns dias. – Sorri sem graça.

- Dias? – Ela perguntou um pouco assustada. – Você esta bem? – Agora parecia preocupada, sorri tentando fazê-la tirar as feições preocupadas de seu rosto.

- Melhor do que nunca. – Continuei com meu meio sorriso. – O Sam ta ai?

- Ele foi compra ovos para mim, mas já esta voltando, quer um pedaço de bolo de chocolate? – Emily ofereceu comida, como sempre fazia.

- Eu quero. – Sorri e fomos para a cozinha.

 

Comemos um pouco e conversamos, Sam chegou pouco tempo depois. Mas enquanto eu esperava ele chegar, eu sentia como se algo quisesse me rasgar, mas eu não estava tremendo e muito menos irritada, para me transforma, era como se o que estivesse dentro de mim estivesse me rasgando toda por dentro.

- Apareceu, finalmente. – Sam disse assim que me viu, sorri sem graça.

- E. – Só concordei. – Então, sobre o que você queria falar? – Perguntei mesmo já sabendo.

- Sobre os dias de sua ronda. – Suspirei. – Será 3 noites na semana, segunda, terça e quinta, tudo bem? – Pelo menos não e no final de semana.

- Ta ótimo. – Sorri forçado me levantando. – Obrigada pelo bolo Emily, já vou indo, to com sono. – E era verdade, estava caindo de sono, o que não era normal, para uma pessoa que dormiu dias.

 

- Sono? – Jaffy perguntou se metendo na conversa. – Você dormiu 4 dias, como pode estar com sono? – Ele perguntou levantando uma sobrancelha.

- Estando ué, to cansada. – Caminhei ate a porta, olhei para eles e acenei.

- Tchau, amanhã e sua ronda, não esqueça. – Fiz que sim com a cabeça e sai correndo pela floresta.

 

Estava começando a me sentir muito cansada, parei e me encostei-me a uma arvore, alguma coisa tava errada, era como se todos os meus órgãos estivessem sendo triturados dentro de mim.

Minha boca se encheu de saliva, e eu cuspi, só que o estranho foi que saiu sangue ao invés de saliva.

 

Mas que droga e essa? Olhei pros lados assustada, com medo de que alguém tenha visto aquilo, me levantei e sai correndo, mesmo meu corpo pedindo para parar e descansar, não podia fazer isso.

Cheguei em casa e fui logo pro quarto me joguei na cama, meus olhos estavam ficando tão pesados, que não agüentei e dormi, sem nem consegui ir tomar um banho.

 

A noite foi sem sonhos, como todos os outros dias que eu havia caído no sono profundo.

 

Acordei com muita preguiça, mas eu já havia dormido demais, e se eu continuasse a dormi tanto, todos ficariam mais preocupados comigo e eu não queria nada disso.

 

Me virei na cama e vi marca de sangue no meu travesseiro, me assustei e no mesmo instante arranquei a capa do travesseiro e levantei olhando toda cama para vê se não tinha nada, e ainda bem que não tinha.

 

Olhei no relógio que ficava ao lado da minha cama, e já havia passado da hora da escola. Suspirei preocupada.

 

Fui á cozinha peguei uma maça e voltei pro quarto, tentaria compor alguma musica para cantar no show de talentos.

 

Peguei meu caderno e um lápis, mas nada vinha em minha mente, o telefone tocou e como eu estava sozinha em casa, como sempre, tive que levantar para atender.

- Alo. – Disse meio sem paciência.

- Hinnata, desculpa aquele dia. – Era.. o Brian.

 

Meu coração disparou, mas eu não queria falar com ele, se eu quisesse tentar ter alguma felicidade, precisava me desliga das coisas que com toda certeza me deixariam magoada, afinal, ele estava com a Vaca de Torcida, isso já me magoava demais.

 

Não respondi só desliguei o telefone. Minha mente dizia que era a coisa mais correta a se fazer, mas meu coração gritava de angustia, como se eu tivesse acabado de cometer o maior erro de toda minha vida, talvez fosse, mas não queria pensar na possibilidade de ter acabado de fazer uma burrada.

 

 

POV Brian.

Eu já não agüentava mais ficar naquela angustia de nem ao menos ouvir a voz da Hinnata. Talvez ela não estivesse mais brava. Ela era meio louca, mudava de humor rápido, podia nem ta mais ligando para isso.

 

Peguei meu celular e olhei o numero que havia me ligado no outro dia, disquei o numero e chamou umas 2 vezes.

- Alo. – Eu ouvi a voz dela em um leve tom de irritação, meu corpo estremeceu, como aquela voz tinha poder sobre mim.

- Hinnata, desculpe aquele dia. – Tentei me desculpar caso ela estivesse irritada, ela não disse nada, tudo ficou mudo e alguns minutos depois a ligação havia sido desligada.

 

Joguei o celular na parede e comecei a chorar, ela estava magoada, comigo, eu havia a perdido mesmo nunca a tendo, agora mesmo não tinha mais chances.

 

Minha mãe ouvindo o barulho do celular quebrando e entrou no meu quarto preocupada.

- O que foi filho? – Ela perguntou sentando do meu lado na cama.

- Ela.. não.. quer mais.. falar comigo. – Disse em meio ao choro, feito um garotinho que briga pela primeira vez com seu amiguinho do maternal.

- Ela quem Brian? – Minha mãe perguntou levantando uma sobrancelha.

- Hi..Hinnata. – Eu solucei chorando mais ainda, mas eu precisava.

- Como você conseguiu ligar para ela Brian? Billy mudou o telefone.

- Ela.. me ligou no.. dia que me transformei. – Levantei a cabeça para olhar minha mãe, que tinha um rosto ilegível. – Ficou gravado no celular, mas ela não quer mais falar comigo.

 

- Brian, meu filho, você gosta muito dela não é? – Minha mãe perguntou, mas que tipo de pergunta e essa? Ta na cara!

- Sim.

- Então, você tem que ficar bem, daqui algum tempo ela vai voltar, e você tem que estar bem. – Minha mãe deu um leve sorriso. – Você sabe como ela não gosta de homens chorões.

- Não sou chorão. – Disse passando as mãos no rosto, realmente parecendo uma criança. – Só estava tirando um cisco, sabe como é, tira com lagrimas. – Minha mãe deu uma risadinha fraca, se levantou e saiu do meu quarto.

Eu tinha que me reanimar, um dia ela voltaria certo? E não podia me encontrar feito um fracassado, tinha que me encontrar bem, muito bem por sinal.

 

Levantei da cama e fui para o banheiro, tomei um banho bem demorado, e coloquei uma calça de moletom, amanhã tudo seria diferente, eu iria para escola, e não iria mais agir feito um idiota chorão, iria agir como o homem que eu sou, e esperaria por ela, pela minha Hinnata.

 

POV Hinnata

Hoje era o dia da minha primeira ronda. Brad já tinha me dito que nunca acontecia nada de mais na ronda, era tranqüilo, a única coisa que eu precisava fazer era ficar correndo pelas redondezas de La Pus, e se eu visse algum vampiro era para mim uiva que eles viriam me ajudar, não que eu precisasse de ajuda e lógico.

 

Já eram 22h00min e agora eu deveria me transforma e ir para a floresta, suspirei, e corri para fora de casa, cheguei no meio da floresta e tirei minha roupa prendi-a na perna como haviam me ensinado e me transformei, logo senti a mente de Jaffy conectada com a minha.

“- Ta atrasada.” – Reclamou ele.

“- Vira cachorro não e tão fácil assim.” – Brinquei, e ele riu.

“- Corra pela redondeza, e veja se há algum perigo.” – Ele disse e se desconectou da minha mente, mas que maravilha, vou ter que ficar correndo feito um cachorro doido sozinha, ta bom né.

 

Corri uma vez, e não vi nada, será que já posso ir dormi? To tão cansada, droga, Sam disse para eu correr ate as 02h00min da madrugada, o que eu vou fazer nesse tempo?

 

Corri feito uma retardada ate as 02h00min, e eu já tava um caco de cansaço, cheguei em casa pulei a janela do meu quarto e só coloquei uma calcinha e uma blusa. E dormi, sem sonhos novamente, acordei com Brad me cutucando.

- Sai daqui, me deixa dormi. – Dei um tapa no vento.

- Quer perde o show de talentos? – Hã? Como assim?

- Isso e só de noite estrupício. – Murmurei irritada. - Sai daqui.

- Mas você nem sabe o que vai cantar, e só falta 3 horas pro show, anda levanta. – Ele me sacudiu.

- Brad, como você entrou no meu quarto? – Abri um olho.

- Pulei a janela, vamos levanta. – Ele me sacudiu de novo.

- Sai daqui, to só de calcinha Brad. – O empurrei.

- Era só te dito antes, e eu não quero ficar te olhando não, sou um rapaz de compromisso. – Ele brincou e saiu do quarto, mas o que eu ia cantar? Não fazia a mínima idéia.

 

Por fim olhando em minhas musicas que já havia escrito, decidi pegar Nobody's Home, que eu escrevi assim que Charlie faleceu, era uma musica não muito animada, mas que eu havia escrito de coração.

 

Peguei o antigo violão da minha mãe que ficava aqui na casa do meu pai, pois eu tinha deixado o meu lá na outra casa, e comecei a tocar, Brad estava na sala ainda, ele colocou a cabeça para dentro do quarto assim que comecei a tocar, e sorriu.

- Ta ficando legal. – Ele comentou, eu só dei um sorriso de lado. – Vou para casa falar para Mari se arrumar, e depois eu passo aqui, vamos chegar mais cedo, ok? – Fiz que sim com a cabeça e ele saiu.

 

Parei de toca e fui vê uma roupa para eu ir para esse tal show de talentos. Peguei uma calça jeans e uma blusa tomara que caia branco, um casaco curto preto e uma sandália de salto preta.

 

Fui pro banheiro tomei um bom e demorado banho e comecei a me arrumar. Passei um lápis de olho preto, destacando bem meus olhos verdes. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, deixando uma franja de lado, me olhei no espelho, e gostei do que vi, eu não era mais a garota deprimida, eu ate parecia bem.

 

Ouvi uma buzina de carro, que era Brad, peguei o violão em cima da cama, meu celular, e deixei um bilhete para o Billy, e sai de casa.

 

Entrei no banco de atrás no carro colocando o violão do meu lado.

- Oi gente. – Disse com um sorriso, Brad olhou para trás e sorriu.

- Uau, cadê a feiosa da Hinnata? – Ele brincou.

- Idiota. – Dei um tapa na cabeça dele, Mari virou para trás e sorriu.

- Você ta tão bonita. – Ela comentou.

- Obrigada. – Brad ligou o radio em uma musica qualquer, e fomos conversando, e rindo.

 

Finalmente chegamos a Port Angels, e fomos para um bairro não muito movimentado, mas que tinha uma quantidade de gente indo para um barzinho.

- E ali. – Disse Brad apontando para o bar movimentado.

 

Descemos do carro e ele segurou a mão de Mari, era péssimo ficar segurando vela, mas eu não ia comentar isso, ele era tão bom comigo que não precisava ficar ouvindo minhas reclamações idiotas.

 

Entramos no bar e tinha uma plaquinha escrita “Inscrições aqui!”. Caminhei para onde a placa indicava e encontrei uma mulher sorridente fazendo as inscrições.

- Como que faz a inscrição? – Perguntei meio tímida.

- E só colocar seu nome aqui querida, mas a musica tem que ser de sua autoria. – Ela sorriu.

- Ata. – Escrevi meu nome no papel que ela havia me amostrado e coloquei o nome da minha musica.
- Você canta daqui a 15 minutos. – Ela disse e eu sai de perto.

 

Estava indo para mesa onde Brad e Mari estavam, só que eles estavam se beijando, dei meia volta e fiquei em pé perto do palco.

 

Um menino de cabeça raspada parou do meu lado e ficou me encarando, eu ein. Eu encarei também, e ele não desviou os olhos, virei à cara o ignorando.

- Sabe que não vai ganhar isso né. – Ele comentou, quem esse sujeito pensa que e? Olhei para ele com cara de poucos amigos.

- Perguntei? – Cruzei os braços.

- Quem avisa amigo é. – Ele disse sorrindo debochado, cada um viu.

A mesma mulher sorridente que estava fazendo as inscrições subiu no palco.

- Agora com vocês os Black Blink. – Ela disse saindo do palco e subiu uns 3 meninos, o de cabeça raspada olhou para mim e sorriu debochado, o sujeitinho idiota.

- Ai vai uma musica nossa All The Small Things. – E começaram a tocar.

 

(Aconselho escutar: Blink 182 - All The Small Things)

Eles terminaram de cantar e todo mundo aplaudiu de pé, me deu calafrio, e se eu começasse a gaguejar, seria uma super humilhação. A moça sorridente subiu no palco de novo.

- Agora quem vai cantar será Hinnata Cullen. – Eu peguei meu violão que estava encostado na parede, ao meu lado, e subi no palco, um homem colocou um banco para mim sentar.

 

- Oi gente. – Disse meio nervosa e comecei a cantar.

 

(Aconselho escutar: Avril Lavigne - Nobody's Home)

 

 

Eu sentia minha barriga dar voltas, mas continuei mantendo o ritmo, eu via no rosto das pessoas que elas estavam gostando e uma satisfação imensa me atingia, o nervosismo estava começando a passar.

 

Terminei de cantar e todos aplaudiram de pé, um imenso sorriso saiu de meus lábios, e uma felicidade que eu não sabia que ainda era possível existir dentro de mim começava a fluir.

- Obrigada. – Disse saindo do palco, fui para a mesa do Brad, que sorria.

- Você arrasou. – Disse Mari me abraçando.

- Verdade, canto muito bem. – Brad falou.

 

Minha boca estava seca, levante e fui comprar um refrigerante.

- Uma coca-cola, por favor. – Pedi ao homem barrigudo que estava atrás do balcão.

- E, você canta direitinho. – Alguém falou comigo, olhei para a cara da pessoa, e era o irritante que tentou me fazer desisti.

- Direitinho? – Ri debochada. – Isso quem canta e a sua bandinha, se toca meu filho, eu arrasei. – Falei cheia de segurança, e supostamente me achando, mais eu nem achava isso tudo da minha apresentação.

 

Peguei minha coca-cola em cima do balcão e fui para minha mesa, dei uma olhadinha de lado e vi a cara dele irritada, mas que garoto maluco.

 

Eu fiquei conversando e rindo com meus amigos, varias bandas boas cantaram, mas também teve umas pessoas ridículas, que quase me fizeram fazer xixi nas calças.

- Gente, da licença, vou ao banheiro. – Levantei e caminhei para o banheiro, fiz minhas necessidades, lavei minhas mãos, e quando estava saindo esbarrei no garoto maluco.

- Olha por onde anda. – Disse irritada.

- Nervosinha você ein. – Ele comentou.

- Irritante você ein. – Imitei a voz dele, ele riu.

- Meu nome e Guto, o seu e Hinnata né? – Ele perguntou com um sorriso.

- Perguntei seu nome por acaso? – Disse levantando uma de minhas sobrancelhas, esse cara começava a me irritar de verdade.

- Não, mas como eu sou muito educado me apresento. – Ele sorriu, parei para reparar seu rosto, ele tinha olhos castanho mel, um rosto não muito bruto, era um pouco forte, ate que era bonito.

- To nem ai para educação, garoto irritante. – Disse saindo de perto dele, ele puxou meu braço.

- Vamos conversa. – Ele sussurrou em meu ouvido.

 

Eu atraio gente irritante ou e impressão minha? Virei meu rosto lentamente com um olhar de quem queria matar ele, eu tinha cara de quem queria papear com estranho? Acho que não.

 

Ele tinha um sorriso no rosto e assim que terminei de me virar me beijou ferozmente, mas que praga e essa? Ele havia imobilizado minhas mãos, e eu não podia usar forças sobrenaturais com um mero mortal, por mais que eu quisesse.

 

Então já que ta no inferno abraça o capeta e da 3 pulinhos, vou aproveitar isso aqui né. Ele pediu passagem para sua língua entrar em meus lábios, e eu dei, nossas bocas tinham uma sincronia excelente, nossas línguas traçavam uma briga quente e envolvente, por fim ele largou minha mãos, e eu as coloquei em sua nuca, o puxando para mais perto. Por fim o ar já faltava em meus pulmões e eu puxei meu rosto para longe do dele, ele sorriu se achando.

- Que nojo, OMG, sai daqui garoto. – Disse fingindo que não havia gostado, e sai andando, novamente ele puxou me braço e soltou uma risada alta.

- Nunca vi garota tão sínica. – Ele comentou. – Acha que me engana? Ta doidinha para me beijar de novo. – Ele sorriu debochado, e eu tava, mas não ia da o braço a torcer.

- Te parece, e me solta estrupício. – Puxei meu braço. – Vai da uma voltinha e vê se me esquece. – Ele sorriu e foi em direção aos amigos dele.

 

Eu fiquei meio sem raciocínio, porque esse menino e louco, a única conclusão que eu tenho e essa.

 

Fui andando para minha mesa, e me deu um aperto no coração, e o Brian veio em minha mente. Mas que droga! Eu tenho que parar com isso, porque ele ta lá cheio de safadeza com a Vaca de Torcida e eu lembrando dele cheia de remorso por ter beijado outro garoto.

 

Sentei na minha mesa e Mari colocou as mãos na boca do Brad, que me olhava de cara feia, por fim ela tirou as mãos da boca dele.

- Eu vi ta legal? Que isso fica de agarramento? Eu te troce aqui para cantar não para ficar de safadeza. – Ele parecia um irmão mais velho, eu ri.

- E mesmo? – Levantei uma sobrancelha rindo.

- E, eu sinto como se fosse seu irmão, eu to na responsabilidade de tomar conta de você. – Ele disse se achando o grande.

- Vai se ferrar Brad. – Ri dele.

- Eu estou falando serio, não quero isso para você, esse tipo de garoto. – Mas ein, ele e o que? Pai? Avó?

- Para com isso Brad, deixa ela curti. – Disse Mari tentando me defender.

- Eu só estou tentando cuidar dela, eu como amigo de verdade tenho o dever de fazer isso.

- Ta bom, você ta pior que Billy cara. – Comentei.

- O Billy teria levantado e te puxado das mãos daquele moleque. – Ele disse. – Vamos embora. – Ele disse carrancudo.

- Por quê? – Mari perguntou.

- Aquele cara ta olhando toda hora para Hinnata, não gosto disso. – Ele cruzou os braços e encarou o menino, que deu para vê que tremeu.

- Para com isso Brad, quer me deixar encalhada? – Ele bufou, e colocou as mãos em cima da mesa.

- Ta. – Suspirou. – Vamos ficar mais um pouco. – Eu ri dele, nos conhecíamos nem fazia tanto tempo, e ele já me tratava como se fosse sua irmã mais nova, era bom, me sentia confortável e protegida.

 

A mulher sorridente, que fez as inscrições, subiu no palco, e uma porta que era perto do banheiro que estava fechada estava sendo destrancada.

- Pessoal, a pista de dança vai ser liberada agora, quero ver todos lá se acabando viu. – Ela disse saindo do palco e todos se levantaram.

 

Eu olhei com uma interrogação na testa para Brad que levantou também. Fomos os 3 para a pista de dança.

 

- Eu estou de olho em você Hinnata. – Brad disse, eu sorri e assenti.

- Tudo bem papai. – Dei um tapinha no braço dele e fui andar no meio da multidão, afinal, não ia ficar vendo os dois se agarrando né.

 

(Música: Summer eletrohits 6 – Apoligize)

 

Eu caminhava distraída pelo povo que já dançava, comecei a dançar no ritmo da musica também. A música já estava chegando ao fim, e começou a toca uma musica uma mais animada.

 

(Aconselho escutar: Kesha – BláBláBlá)

 

Entrei no clima da musica e comecei a balançar meu corpo junto dela, me soltando.

 

Alguém chegou atrás de mim e começou a dançar, nem liguei, continua dançando na minha, mas a pessoa me puxou me fazendo olhar para seu rosto, e era aquele garoto irritante que tinha me agarrado, acho que era Guto seu nome, não lembro muito bem.

 

- Você de novo. – Revirei os olhos, ele sorriu.

- Sim eu de novo. – Disse, para logo em seguida puxar meu rosto contra o seu e encosta nossos lábios.

 

O beijo foi bom como o outro, feroz e delicioso, ele me apertada contra seu corpo e eu fazia o mesmo, apertando seus braços. O ar já estava acabando então desgrudei nossos lábios e sai andando, o menino veio me seguindo.

- Porque ta fugindo de mim? – Ele perguntou.

 

Eu não tava fugindo, só .. A, e que não sei o que eu quero, um garoto muito do gostosinho chega e me beija e eu fico fugindo, devo ta ficando pancada das idéias. Não, eu não to, e só que meu coração e de outro e meu corpo igualmente é, por mais que esse outro não me queira.

- Te devo alguma satisfação? – Perguntei, com uma sobrancelha levantada, parando para encarar ele. – Acho que não. – Dei as costas para ele.

- Porque você e assim? – Ele suspirou. – Aposto que e chifruda, e mal amada. – As palavras daquele garoto me machucaram, mas eu o ignorei. – Ei, volta aqui. – Mas o que esse traste que?

- O que você quer agora garoto? – Perguntei já irritada, e sentindo leves tremores percorrer meu corpo.

- Conversar, te conhecer melhor, saber por que você e tão mal-humorada. – Ele com toda certeza não iria querer saber o porquê disso.

- Eu não estou afim de ficar falando da minha vida, para um estranho. – Virei a cara e comecei a dançar, ignorando-o.

- Não me ignora, estou falando com você numa boa. – Ele bufou. – Sinto que você precisa de mim.

- Como e que é? – Olhei para ele.

- Eu sei o que você é. – Eu congelei, como assim ele sabia que eu era uma aberração? – E eu sinto de verdade que você precisa de mim. – Eu olhei em seus olhos, e então cheirei seu pescoço, cheiro de humano, como pode? Ele riu.

- Como pode? – Perguntei. – Como sabe?

- Meu pai.. bem.. ele conhece sua família, e tinha vindo para cá para falar com ela, só que vocês não estavam mais aqui, e ele resolveu ficar por aqui alguns tempos.

- Quem é o seu pai? – Arregalei os olhos.

- Nuhuel. – Eu já tinha ouvido falar, foi o cara que ajudou quando os Voltures queriam matar mamãe.

- Ata. – Virei e continuei dançando.

- Você precisa de mim, eu sinto. – Ele puxou meu braço. – Esse e o meu dom, eu sinto quando as pessoas precisam de mim, e consigo disfarça meu cheiro para parecer humano. – Ele suspirou. – Vem dançar comigo. – Eu tava meio que paralisada, porque, o irritante que eu conheço me diz que e meio vampiro, e sabe quem eu sou, isso e interessante não? Eu fui dançar com ele.

 

Dançamos colado um no corpo do outro, ele realmente era muito bonito e atraente, só que faltava alguma coisa, acho que era sentimento, não sei bem.

 

Ele novamente puxou minha nuca para encostar nossos lábios, só que eu desviei, eu queria aquilo, mas ao mesmo tempo não. Então ele sussurrou em meu ouvido.

- Você e tão encantadora. – Me fazendo arrepiar.

- Obrigada. – Só isso que eu disse.

- Eu tenho te observado faz tempo. – Ele comentou.

- Como? – Perguntei indignada.

- Sempre vou á reserva te vê. – Eu sai de perto dele, porque, esperai, ele é um psicopata maníaco? Nem me conhece e fica me observando. - Desculpe, e só que eu sei que você precisava de alguém.

- Não preciso de ninguém, você e doido? – Brad chegou em mim interrompendo a leve discussão que estava para começar.

- O que ta acontecendo? – Ele perguntou.

- Vamos embora Brad, no carro eu explico. – Brad passou o braço livre pelas minhas costas, me puxando pro carro.

- O que ele fez com você? Se ele te fez mal, pode falar, eu quebro ele. – Ele bufou irritado. – Eu sabia que ele não era gente boa, eu sabia.

- Ele e um meio vampiro Brad. – Comentei.

- Mas.. ele tem cheiro de humano. – Ele respirou pesadamente. – Eu também não ligo, se ele te fez mal ele vai ver.

- Eu sei me defender. – Murmurei.

- Deixa de me enrola e me diz o que ele te fez. – Disse já entrando no carro.
- Ele tem me espionado na reserva, ele tem me vigiado.

- Repeti. – Disse ele indignado.

- Ele disse que o dom dele e saber quando as pessoas precisam dele, e ele disse que eu precisava e então ficou me vigiando.

- Eu sabia, não gostei dele logo de cara, eu sabia. – Brad ficou murmurando para ele mesmo.

- Calma amor, ele não tinha má intenção. – Disse Mari passando as mãos em seu braço, ele instantaneamente se acalmou, olhando para ela cheio de ternura e amor.

- Tudo bem. – Brad começou a andar com o carro em direção as nossas casas. – Amanhã a gente conversa sobre isso Hinnata, ele pode ser perigoso. – Bufei.

- Repetindo, eu sei me defender.

- Ta, tanto faz.

 

O carro logo em seguida ficou um silencio, cada um com seus pensamentos, ou pelo menos eu e Brad, já que Mari havia adormecido.

 

Suspirei, como as coisas são loucas, eu no fim do mundo, encontrei amigos de verdade, um meio vampiro maluco me vigia e eu estou completamente apaixonada pelo meu ex - melhor amigo, que por sinal nem liga mas para mim, ou só acha que eu sou uma amiguinha idiota que ele conhece desde sempre.

 

Chegamos em casa rápido e Billy também estava chegando junto, provavelmente ele chegava de sua ronda,e ele não tinha uma expressão lá muito feliz.

- Posso saber onde estava? – Ele perguntou autoritário.

- Claro que pode, em Port Angels.

- Fazendo? – Ele levantou uma sobrancelha.

- Em um show de talentos. – Sorri. – Foi tão legal. – Disse entrando em casa. – Tchau Brad. – Gritei, Billy logo em seguida entrou em casa também.

- Porque não me avisou?

- Eu deixei um bilhete vovô, mas acho que o senhor não apareceu em casa, então não viu.

- Ta bom, vai dormi porque já esta tarde. – Disse ele, e assim eu fiz, caminhei pro quarto, troquei de roupa colocando uma camisola e me deitei, estava tão cansada.

 

Novamente foi uma noite sem sonhos, meu corpo estava tão cansado. Acordei novamente com Brad me chamando.

- Vamos Acorda, hoje ta sol, vamos para praia dorminhoca. – Ele ficou me balançando.

- Não, to cansada Brad.- Reclamei batendo nele.

- Eu não vou sair daqui enquanto você não levanta, vamos, levanta logo. – Ainda de olhos fechados bati nele umas 3 vezes, mas ele continuou me sacudindo, por fim levantei.

 

Expulsei Brad do quarto para trocar de roupa. Coloquei um biquíni verde e um short jeans, e fiquei sem blusa mesmo, sai do quarto e Brad tava sentado no sofá todo folgado, como se morasse ali. Ele estava distraído, então levitei uma almofada e joguei na cara dele, que tomou um susto, e eu ri dele.

- Não vi graça. – Ele comentou se levantando do sofá.

- Perguntei? – E sorri debochada, ele mandou língua parecendo uma criança de 5 anos.

- Vamos logo, ta todo mundo esperando a gente lá na praia. – Caminhamos conversando bobagens ate o pessoal que já estava na água.

- Finalmente. – Mari comentou.

- Tava tentando acorda ela, foi difícil ta. – Brad comentou.

- Exagerado, nem foi tão difícil assim.

- Ta bom, agora vamos para a água. – Disse Mari.

- Ah, eu acabei de acorda, daqui a pouco eu vou. – Disse me sentando na área.
- Ta, daqui a 5 minutos ou você vai, ou te jogo na água. – Brad falou.
- Ta. – Sorri, fazendo sinal para eles irem logo para água.

 

No mesmo instante senti novamente como se estivessem me cortando por dentro, coloquei as mãos na barriga, e senti minha boca se encher de saliva, cuspi na área, só que não era saliva era sangue, como no outro dia.

 

Joguei área em cima do sangue, tentando tapar, só que no mesmo instante Brad olho para mim desconfiado e veio andando em minha direção.

- Sentiu cheiro de sangue? – Ele perguntou, me cheirando.

- Não, ta doido? – Tentei disfarça, mas ele viu algo e arregalou os olhos.

- Porque sua boca esta suja de sangue? – Imediatamente passei a mão na boca, e realmente estava sujo.

 

 

- Er.. – Será que ele estava pensando que eu tinha tomado sangue humano? Ele chegou mais perto e cheirou minha mão, e em seguida cheirou minha pele.

- Esse sangue e seu. – Ele murmurou. – Você esta bem? – Dava para ver a preocupação em seus olhos.

- Melhor do que nunca. – Sorri sem amostrar meus dentes.

- Não sei por que ainda pergunto isso, você sempre diz que ta bem.

- E eu estou, não esta vendo. – Disse me levantando, então ele arregalou os olhos de novo, e apontou para minha barriga.

- Que foi? – Disse olhando para baixo, e tinha uma mancha imensa roxa, me sentei rápido e coloquei os braços na barriga, a mancha estava onde tinha doido antes.

- Você não esta bem, o que vamos fazer? – Ele se sentou do meu lado preocupado, mas ele estava serio de um jeito que eu nunca havia visto antes. – Não podemos te levar em um medico normal. – Ele cruzou os braços.

 

A resposta disso eu sabia, ligar para o biso Carlisle, só que eu não faria isso.

- Brad, fica calmo, eu estou bem. – Disse passando a mão limpa em seu cabelo. – Não precisa se preocupar comigo. – Tentei tranqüilizá-lo.

- Quando você vai percebe que não esta bem? – Ele disse bravo. – Cuspi sangue e estar bem? Desde quando? – Eu olhei para baixo, sabia que tinha algo errado, só que não queria admitir para mim mesma, e não queria deixar as pessoas que eu gosto preocupadas.

- Para com isso Brad, eu to bem. – Me levantei e sai correndo. Eu sabia que ele viria atrás de mim, então gritei. – Não me segue!

 

Corri para casa, meu corpo todo estava dolorido, e eu me sentia muito cansada, o que quer que estivesse errado comigo, estava me deixando acabada, e quase debilitada.

 

Assim que cheguei em casa, corri para o quarto e fui dormi. Dormi e só acordei no domingo, me sentindo bem melhor. Fui para a sala e Billy assistia TV.

- Bom dia vovô. – O cumprimentei.

- Bom dia dorminhoca. – Ele disse me olhando preocupada, lógico, Brad não trancaria a matraca. – Esta se sentindo bem?

- To sim. – Disse seguindo para a cozinha.

 

Comi uma macarronada, pois já estava no horário de almoço, lavei minha louça e fui para meu quarto, queria compor um pouco, era relaxante.

Já estava de noite, Jaffy apareceu no meu quarto, pulando a janela. As pessoas aqui não sabiam bater na porta e pergunta algo como “Hinnata esta em casa?”

- Faz um favor para mim? – Ele disse com uma voz suplicante.

- Depende. – Sorri.

- Faz minha ronda hoje? Eu tenho um encontro e meu pai não me liberou da ronda. - Ele quase implorou.

- Tudo bem. – Levantei da cama, deixando minhas folhas em baixo do violão. – Daqui a 15 minutos eu estou na floresta. – Ele sorriu e me abraçou.

- Obrigado. – E pulou a janela de novo. Só vou fazer porque pelo menos alguém tem que se feliz, e eu não estava fazendo nada de mais mesmo, e a ronda e tão fácil.

Tomei um banho rápido e coloquei um blusa preta e um short de laica preto, passei na sala e avisei Billy de que estava indo fazer ronda. Corri para a floresta e encontrei Jaffy impaciente andando de um lado para o outro no meio das arvores.
- Ta com pressa? – Perguntei.

- Só tenho que me arrumar. – Ele sorriu.

- Que horas acaba sua ronda?

- As 2horas.

- Ta, tchau, divirta-se. – Beijei seu rosto, ele sorriu e saiu correndo em meio às arvores.

 

Tirei minha roupa e a amarrei em minhas pernas, e me transformei, era tão desconfortável virar cachorro, ficar andando de quatro.

 

Corri umas 3 vezes pela redondeza e não vi nada de perigoso, mas um cheiro doce, de vampiro, invadiu minhas narinas, mas que perfeito, vou ter que matar um vampiro!

 

Corri seguindo o cheiro, eu tinha que voltar a minha forma normal, eu não era um cachorro muito forte. Era uma mulher, de cabelos loiros e parecia alucinada, rosnei para ela, que me olhou com um sorriso debochado.

- Calminha cachorro. – Ela fez graça. Rosnei mas alto e pulei em cima dela, que facilmente me jogou em uma arvore, eu era fraca nessa forma e não era pariu para essa vampira. A dor que eu havia sentido ontem estava mais forte agora, algo dentro de mim estava se rasgando todo, e eu voltei a forma humana, quase que inconsciente. – Olha, e uma cadelinha, mas que fraca. – E a vampira caminhou em minha direção passando a língua pelos lábios e sorriu debochada. – Apareceu na hora certa. – Levantei minha mão a jogando contra uma arvore, só que me sentia fraca de mais, e minha boca novamente estava salivando, cuspi sangue.

 

A vampira rosnou irritada e correu ate mim, só que se chocou contra algo que eu não pude ver porque meus olhos estavam pesados demais para ficar abertos, a única coisa que senti foi alguém tirando a roupa de minha perna e me vestindo, para logo em seguida me pegar no colo.

 

 

POV Guto

Estava no meu quarto, compondo musicas para a banda, quando senti que a Hinnata precisava de mim, de imediato chamei meu pai e fui para onde eu sentia que ela estava.

 

Ela estava na floresta, eu senti um cheiro de vampiro que não havia sentido antes, então corri para o lado onde o vampiro estava, e onde o vampiro estava era onde a Hinnata também estava. Encontrei ela estava caída no chão nua quase desacordada, e a vampira ia em sua direção no intuito de matá-la.

 

Meu pai correu e se chocou contra o vampiro e eu me abaixei para tentar ajudar a Hinnata, tirei as roupas de sua perna e as segurei enquanto analisava o corpo da menina que estava em minha frente.

 

Sua pele morena era perfeita, seus cabelos estavam bagunçados e caiam sobre seu rosto, seu corpo tinha curvas que muitas mulheres se matariam para ter, seus seios era médios, ela tinha coxas medias mais que era extremamente bonitas, e ela só tinha 15 anos, imagina essa menina quando vira-se uma mulher de verdade.

 

Balancei a cabeça tentado parar de reparar o seu corpo e a vesti. Mas uma coisa me intrigava, eu sabia que ela tinha o dom de levitar as coisas, porque não usou? Ela era forte, mas nesse momento parecia tão debilitada quanto uma humana qualquer.

 

Peguei-a no colo e corri em direção a minha casa, cheguei e fui direto para meu quarto deixando-a em minha cama.

 

Sentei em uma poltrona que era de frente para a cama e fiquei analisando ela dormi. Ela parecia uma pessoa que não deixava as pessoas se aproximarem, que era impotente e melhor do que todos, no entanto, estava aqui, dormindo, como se estivesse cansada demais para se defender.

 

 

POV Hinnata

Acordei me sentindo muito mal, meu corpo doía, e meus olhos ainda estavam pesados demais para mim abrir.

 

Aos poucos fui abrindo um de meus olhos, e o local onde me encontrei era totalmente desconhecido para mim, olhei para o lado e vi que estava em um quarto lindo, verde escuro com branco e moveis tabaco, tentei me levantar e soltei um leve gemido de dor, meu corpo estava tão dolorido, então me deitei novamente colocando as mãos em cima dos olhos. Ouvi alguém abrindo a porta do quarto, e rapidamente olhei para ver quem era, e vi Guto com uma bandeja me olhando e sorrindo.

- Mas você dorme viu. – Ele comentou, irritante como sempre.

- Onde estou? – Perguntei sem responde sua piadinha.

- Bom Dia para você também, e vocês esta na minha casa. – Arregalei meus olhos, e ele riu.

- O que eu estou fazendo aqui?  

- Não se lembra da noite na floresta? – Ele perguntou colocando a bandeja em cima da cama. E eu lembrei, da vampira vim em minha direção e se chocar contra algo. Coloquei uma de minhas mãos na testa e suspirei.

- Obrigada por aparecer. – Dei um leve sorriso.

- Não há de que. – Ele pegou a bandeja e colocou em seu colo. – Acho bom você se alimentar, sabe, você esta dormindo faz uns dias.

- Dias, de novo. – Murmurei baixinho só para mim, mas acho que ele escutou. – Obrigada, mas tenho que ir, Billy deve esta em crise. – Ele assentiu com a cabeça.

- Só se cuida. – Tirei a bandeja do meu colo e me levantei da cama indo em direção a janela, pulei do terceiro andar da casa, e sai correndo em direção a floresta.

Cheguei na reserva em tempo recorde, e vi todos os lobos com cara de preocupação, corri ata Brad que estava com cara de louco.

 

- Brad. – Chamei, ele que estava parado na entrada da floresta, e assim que ouviu minha voz olhou para mim assustada e me abraçou.

- Você quase me matou de susto. – Ele disse.

- Por quê? Eu to bem, não esta vendo? – Sorri, mas na verdade eu queria e chorar, porque ele estava apertando meu corpo que já estava dolorido.

- Bem? Você sumiu faz 1 semana. – Ele me soltou. – Onde você estava? Pode começar a se explicar.

- Eu.. fui atacada na floresta. – Ele arregalou os olhos. – Ai o Guto apareceu e eu desmaiei, e só acordei hoje. – Disse rápido.

- 7 dias dormindo? – Ele disse apavorado. – Precisamos de ajuda. – Então ele olhou para trás e estava todos os lobos atrás de mim inclusive Billy que parecia que não dormia há dias.

- Como você foi atacada? Você não tem seu dom de meia vampira? – Perguntou Sam, eu olhei para baixo. – Porque não chamou ajuda.

- Porque eu não consegui. – Disse baixo.

- O que você não conseguiu? Usar seus poderes? Uivar pedindo ajuda? Isso e tão difícil assim? – Ele brigou comigo.

- Eu estava fraca demais para usar meus poderes, e quando usei desmaiei. – Billy veio ate mim e me abraçou.

- Eu sei que você não esta bem, precisamos do Carlisle.

- Eu estou bem. – Disse me soltando dos braços dele. – E não precisamos de ninguém. – Sai andando, entrando mais na floresta.

Já estava no meio da floresta e não queria voltar para casa, não agora, todos ficariam com interrogatórios idiotas, e me enchendo a paciência que já era pouca.

 

Encostei em uma arvore, me sentando, e algo pulou na minha frente.

 

- Pode voltar lá para casa. – Disse uma voz que começava a se torna conhecida, olhei para cima e vi Guto com uma mão estendida. – Topa? – Eu não tinha muitas escolhas, então me levantei.

- Ta, tudo bem.

- Sobe nas minhas costas, você não esta em condições de ficar correndo. – Disse ele.

- To sim.

- Anda logo Hinnata, vai ficar de palhaçada? – Subi nas costas dele por fim, eu realmente estava cansada.

 

Ele correu para casa dele, chegamos rápido e ele entrou na sala rápido e foi subindo logo as escadas. Tinham 3 pessoas na sala e ficaram nós olhando, era um homem, que eu acreditava ser o Nahuel, uma mulher e uma menina que parecia ter minha idade, e ficou sorrindo para mim. Guto me jogou na cama e ficou me encarando.

- Que foi? – Perguntei, mas antes dele responder a menina que ficou sorrindo para mim entrou no quarto.

- Sai Guto. – Ela disse com uma voz fina e doce, mas ao mesmo tempo autoritário.

- Sai você Vanessa, o quarto e meu. – Ele respondeu.

- Sai logo Guto, deixa de ser chato, quero conhecer sua namorada. – Eu arregalei meus olhos.

- Namorada? Não, você ta confundindo as coisas. – Ela olhou para mim e deu uma risadinha, abriu a porta do quarto e saiu, olhei confusa para Guto que me olhou do mesmo jeito, a menina voltou com uma sacola com roupas e jogou na cama.

- Eu comprei roupas para você, sabe, 7 dias sem banho não e legal. – Eu fiquei sem graça, era verdade, eu tinha ficado 7 dias sem tomar um banho, mas que nojo. Ela riu.

- Vanessa, você adora deixar as pessoas sem graça, sai daqui logo. – Guto disse empurrando ela para fora do quarto.

 

- Eu fiz uma boa ação, e você me trata assim, eu to cuidando da sua namorada seu ingrato. – Ela fez bico, e me lembrou a Alice, eu soltei uma leve risada. – Vem comigo pro meu quarto, ai a gente conversa, sem o chato do Guto. – Ela me chamou fazendo cara de pidona.

 

Guto a fuzilou com os olhos e ela nem ligou. Levantei da cama com a sacola que ela havia jogado para mim, fiz isso mais para irritar o Guto que me olhou me fuzilando também, eu ri da cara dele e caminhei ate a menina.

- Eu vou com você. – Ela rapidamente puxou minha mão me tirando do quarto.

- Eu sou a Vanessa irmã do Guto, e você e a Hinnata, eu sei, eu sei. – Ela tagarelou ate chegarmos ao seu quarto, que era todo rosa escuro com rosa claro.

- E bem rosa né. – Eu comentei, ela riu fraquinho.

- O banheiro e logo ali, pode indo que eu vou pegar uma toalha para você. – Ela pegou a sacola da minha mão e revirou, depois me jogou um conjunto de lingerie rosa pink, eu fiz uma careta. – Vai ficar lindo em você. – E saiu dando pulinhos do quarto.

 

Eu fui para o banheiro que era rosa que nem o quarto, tirei minha roupa e entrei no chuveiro, eu precisava de um bom banho. Demorei um pouco no banho, mas quando sai me sentia mais leve, peguei a toalha que estava em cima da pia e me sequei, e coloquei a lingerie rosa que Vanessa havia me dado, me enrolei na toalha e sai do banheiro, porque minha roupa não estava lá onde eu tinha deixado, encontrei Vanessa sentada na cama pensativa.

- Desculpa interrompe seus pensamentos. – Ela olhou para mim e sorriu. – Cadê minha roupa?

 

- Você não acha que vai usar roupa suja né? – Ela balançou a cabeça. – Eu comprei para você roupas, só que agora não sei se você vai gostar. – Ela fez bico.

- Cadê a roupa? – Perguntei. Ela apontou para as peças em cima da cama, e eram tudo rosa, fiz uma careta de novo.

- Ah, mas da para usar vai, são lindas, e combinam com você. – Ela sorriu.

- Ta bom. – Aceitei, não tinha muitas escolhas.

 

Ela me jogou um vestido tomara que caia rosa claro, que ficavam 5 dedos em cima do joelho e uma sapatilha prata.

- Você esta tão linda. – Ela comentou sorrindo depois que eu vesti as roupas de patricinha.

- Obrigada. – Agradeci, não que eu estivesse me achando linda com essa roupa, eu estava me achando uma patricinha fútil e ridícula.

- Vamos descer, mamãe preparou um almoço delicioso. – A segui ate a porta. – Já comeu comida brasileira? – Ela sorriu.

- Não.

- E a melhor, mamãe fez arroz, bife, batata frita e feijão. – Eu dessas comidas só tinha comido batata frita e bife de hambúrguer. – Você vai adorar.

 

Chegamos á parte de baixo da casa e todos estavam na mesa, Guto me olhou e balançou a cabeça com um leve sorriso nos lábios.

 

- Ta bonita. – Ele falou baixo, e eu sorri meio sem graça.

 

- Mãe essa e a namorada do Guto. – Eu arregalei os olhos.

- Não, eu não sou. – Disse rápido, todos riram.

- Oi. – Disse Nahuel. – Como se sente?

- To bem. – Sorri.

 

- Essa e a minha esposa Laura. – Ele apontou para a mulher branca de cabelos negros, Guto e Vanessa pareciam muito com ela.

- Oi. – Acenei.

- Oi querida, sente-se. – Eu me sentei em uma cadeira do lado do Guto, e Vanessa ficava rindo toda hora.

 

Eu já estava ficando curiosa, mas não queria ser intrometida e ler seus pensamentos. Mas..  ela nem vai saber, entrei em sua mente, “O Guto ta caidinho pela Hinnata, como se ela fosse da bola para ele.” Ela soltou uma risadinha. “Ele e meu irmão, mas olha para ele, e muita pouca coisa para ela.” Coitado, ele e bonito. “A Hinnata ta me olhando freneticamente, o Guto tinha me dito que ela lê mentes, será..” Olhei para baixo envergonhada, e senti minhas bochechas queimarem um pouco.

- Coisa feia fica lendo a mente das pessoas. – Vanessa comentou, fiquei mais sem graça ainda.

- Desculpa. – Guto riu, fuzilei ele com os olhos. – Obrigada pelo almoço, mas eu tenho que voltar para casa, meu avô deve estar em crise. – Comentei me levantando.

- Eu te levo ate a reserva. – Disse Guto, e Vanessa soltou uma risadinha.

- Não precisa. – Sai de perto da mesa, deixando a família ainda comendo. – Foi um prazer conhecê-los.

- Eu faço questão. – Guto me seguiu ate a porta.

- Tudo bem então. – Saímos da casa e fomos para a floresta que não era tão longe da casa. Não corri muito rápido, eu não queria me cansar e ficar preocupando os outros. Já estávamos no meio da floresta e ninguém havia falado nada. – Sabe Guto, você não precisava ter vindo. – Eu disse.

 

- Eu sei, e só que eu ... eu.. acho que.. – Ele não falou mais.

- Acho que? – Disse o incentivando a termina o que estava falando, e andando normalmente.

- O seu jeito me encanta, desde de quanto eu venho te olhando sem você saber. – Ele disse rápido. – Acho que estou apaixonado por você. – Eu arregalei meus olhos.

- Como é? – Eu perguntei com a voz assustada.

- Você ouviu, não precisa me corresponder, só ficar perto de mim estar bom. – Ele disse baixo.

- Isso.. e rápido demais. – Eu disse sem olhar para ele. – Eu conheci você faz pouco tempo, você não pode estar .. assim por mim.

- Você e diferente das outras meninas, não e fútil, e desde quando eu te observo eu venho me apaixonando por você, cada ato seu, eu acho perfeito, o no dia em que você cantou, que eu pude beijar seus lábios, eu tive certeza do que eu sinto. – Ele disse segurando minha mão, eu a puxei.

- Isso e loucura. – Eu disse ainda olhando para baixo.

- Não é, e como eu já disse, não precisa me corresponder e só ficar perto de mim. – Eu estava um pouco confusa com a revelação, porque, ele era praticamente um estranho para mim e estava dizendo que está apaixonado, isso era muita coisa para minha cabeça, não que eu seja burra, mas enfim, e muita novidade.

 

- Não sei, eu não quero magoar você. – Ele puxou meu rosto para olhar em seus olhos.

- Só vai me magoar se ficar longe de mim. – Meu coração acelerou com aquelas palavras, ninguém nunca havia dito algo parecido para mim, palavras amorosas desse tipo eu só havia escutado de Charlie e Sue.

- Você e estranho. – Murmurei.

- Você também não escapa disso. – Oi? Ouvi direito? Ele acabou de dizer que esta apaixonado, e me chama de estranha, coisa de doido. Eu soltei uma risadinha fraca.

- Mas muito estranho mesmo. – Disse, ele riu.

- Estranho mais doido por você. – E ele puxou meu rosto para beijar meus lábios, uma parte de mim estava adorando tudo isso, mas outra dizia para mim correr, não porque era perigoso, mas sim porque eu estava fazendo besteira como sempre, só que a parte que dizia para mim correr, nesse momento era mas fraca.

 

Deixei ele aprofundar o beijo, abrindo meus lábios para dar passagem para sua língua, uma língua rápida e agiu, a língua dele travava uma guerra com a minha, uma deliciosa guerra, que por mim não teria fim, e procurava conhecer todo o local de minha boca, ele mordiscou a parte inferior de meus lábios, e voltamos a deliciosa guerra. O ar já era pouco, e mesmo contra minha vontade tinha que parar com aquele momento tão bom.

 

- Não deveria ficar beijando as pessoas desse jeito. – Disse um pouco sem ar. – Você e muito abusado. – Ele riu.

- Não consigo resisti aos seus lábios.

- Ata. – Respondi rápido, um pouco sem graça. – Tenho que ir correndo, porque você me atrasou mais do que já estava atrasada. – Ele coçou a cabeça.

- Desculpa. – E começou a andar, e olhou para trás. – E isso mesmo? Vai ficar parada?

- Calma, já to indo. – Disse, começando a correr.

Chegamos á entrada de La Push rapidamente, e eu percebi que Guto ficou parado não querendo entrar lá dentro.

- Tchau Guto. – Acenei para ele.

- Tchau, e se cuida. – Ele disse, e logo em seguida começou a correr na direção oposta.

Fui para casa e pulei a janela de meu quarto como já era de costume, não queria ficar dando explicações para Billy, mas quando entrei no quarto, o encontrei sentado na cama e me olhando nem um pouco feliz, me ferrei.

- Não preciso nem dizer, que precisamos conversar. – Ele disse com a voz dura, e muito serio.

- Eu sei. – Disse me sentando na cama.

- Eu fiquei muito preocupado, quase liguei para seu pai e sua mãe. – Nesse momento eu arregalei meus olhos. – Só não liguei porque achei que você não fosse querer isso, mas você sumiu por 7 dias, entende quanto tempo e isso? – Eu sacudi a cabeça dizendo que sim. – Porque não nós avisou onde estava?

- Eu.. dormi por 7 dias vovô.

- Aconteceu alguma coisa? Onde você estava? – Ele perguntou aflito.

- Eu fui atacada por uma vampira na floresta, e não consegui reagi, então um conhecido do Biso Carlisle apareceu e me ajudou, ele estava procurando o Biso, e ele já os ajudou no passado. – Disse olhando para minhas mãos. - Nahuel, ele os ajudou quando pensaram que mamãe era uma imortal, pensaram que ela era uma criança inteiramente vampira, ele e um meio vampiro também. – Billy passou as mãos nos cabelos cumpridos.

 

- Entendo, sei quem é. – Ele suspirou. – Temos que ligar para os Cullens.

- Mas porque Billy? – Perguntei revoltada.

- Ninguém dorme 1 semana, isso não e normal. – Eu comecei a chorar.

- Por favor vovô, não ligue para eles. – Olhei suplicante para ele.

- Se acontecer alguma coisa diferente, uma mínima coisa que for, eu vou ligar. – Ele disse levantando da cama e saindo do quarto.

Mas que droga, eu to fraca como uma humana idiota, meu avô quer ligar para minha outra parte da família, que me odeia, e eu não posso fazer nada.

 

Levantei da cama, e tirei a roupa de patricinha que eu usava, coloquei um short jeans e uma camiseta branca da Pucca. E fui para a floresta, lá pelo menos eu podia respirar em paz, sem ficar com ninguém me seguindo.

 

Corri umas 3 vezes por toda a floresta que rodeava La Push, e decidi ir ver minha antiga casa, corri e parei em frente a imensa casa dos Cullens, e fiquei olhando, e pensando em nada em especial, somente olhando, por um momento pareceu que eu havia voltado no tempo, conseguia ouvir todos rindo, e eu no meu canto com um Ipod no ouvido e o Brian me olhando.

 

Sacudi minha cabeça tentando expulsar as lembranças, e corri para a clareira, um lugar que havia abrigado tantos momentos, sentei-me em uma pedra e fechei os olhos me sentindo adormecer aos poucos.

 

Ouvi passos mais não me importei, continuei com meus olhos fechados, mas uma risadinha debochada saiu da boca de alguém, e lentamente abri meus olhos.

- Mas como o mundo e pequeno viu. – Disse a vampira que havia me atacado na floresta, mas.. eu pensei que Nahuel havia matado ela, droga.

- Pois é. – Disse fingindo nem me importa com ela, coisa que não era bem verdade, eu estava fraca ainda. Fechei meus olhos de novo, só que fiquei atenta.

- Não me ignore pirralha. – Ela disse levemente irritada, abri meus olhos e a encarei.

- Ignorar? Mas eu nem te conheço querida. – Disse me fingindo de desentendida.

- Eu tenho cara de otária? – Foi inevitável e mexi minha cabeça dizendo que sim, um rosnado saiu de seus lábios e eu tremi, droga, eu era tão abusada que nem tinha controle disso. Ela caminhou ate mim com raiva saindo de seus olhos. – Naquele dia foi sorte, hoje ninguém vai te ajudar. – Ela correu e agarrou meus cabelos puxando-o, eu gemi de dor, a cretina tava puxando com força.

- Para. – Pedi, e ela riu debochada da minha cara, isso era demais para mim, eu podia ta passando mal e fraca, mas deixar ri de mim não dava, a fiz voar longe e fiquei de pé.

- Acha que isso me machuca? – Ela perguntou com um sorriso debochado nos lábios.

- Não ligo se te machuca ou não, só fique longe de mim. – Comecei a caminhar.

- Não me de as costas. – Ela correu e me jogou no chão, o Deus o que eu vou fazer? A vampira deu uma cheirada no meu pescoço e passou a língua nos lábios. – Ate que tem um cheiro bom, e eu estou com tanta sede. – Eu arregalei meus olhos e a empurrei longe, e comecei a correr, sim eu estava com medo, e sim eu estava fraca quase desmaiando.

 

Corri tão rápido que cheguei em menos de 3 minutos na reserva, passei feito foguete perto das pessoas entrando em casa e me jogando no chão, cuspindo sangue, a dor havia voltado e parecia que eu estava sendo triturada por dentro novamente.

 

 

POV Brian.

Eu havia voltado para escola, e era motivo de fofocas idiotas por todo canto.

 

Sâmara havia espalhado para a escola toda uma mentira, disse que eu tinha um pênis do tamanho do dedo mindinho dela e que nem fiz ela gemer nenhuma vez, eu fingia que nem era comigo, lógico, porque ela nem tinha visto nada.

 

E outra eu estava alto demais e muito musculoso, e não parecia ter 15 anos. Hoje era um daqueles dias na escola que eu tinha aulas com Sâmara e sua turminha, agora eu entendo porque a Hinnata dizia que ela era irritante.

 

Entrei na sala de aula, e eu iria ter aula de geografia agora, sentei na ultima cadeira da fileira perto da porta, a aula estava uma droga e eu nem estava escutando direito o que o professor dizia, eu estava com meus pensamentos em La Push.

 

Algum ser interrompeu meus pensamentos me jogando uma bolinha de papel, eu nem liguei, a joguei no chão, mas me jogaram bolinha de novo, abri a bolinha de papel para vê se tinha algo dentro, e tinha “Pintinho pequeno, festa lá em casa hoje.” Olhei para vê quem tinha mandado e era uma das lideres de torcida, ignorei e joguei no chão o papel, eu mereço mesmo viu.

 

Continuei na minha e agora só faltavam 5 minutos para a aula acabar. Eu senti um aperto no meu peito e uma falta de ar, e logo veio Hinnata na minha cabeça, era estranho, ultimamente eu sentia isso direto e sempre vinha ela em meus pensamentos, será que ela estava bem? O aperto se

intensificou, me sufocando e me deixando totalmente sem ar, cai no chão desmaiando.

 

 

POV Sâmara

Eu estava com muita raiva do Brian, porque ele tinha me recusado, e NINGUEM me recusa!

 

Eu tinha que me vingar, então eu espalhei para a escola toda que ele tinha um pênis pequeno, mesmo eu sem saber de nada, o que de fato e uma pena.

 

Brenda, uma das lideres de torcida que adorava se amostrar iria fazer uma festa, mas eu duvido que seja melhor do que as minhas, e ela tinha decidido que iria convidar o Brian, por mim tudo bem, eu nem ligo, eu só ligo se ela tentar agarrá-lo, porque NINGUEM pega meus ex, porque se não, a pessoa pode se preparar para morrer.

 

Ela iria convidá-lo da maneira mais infantil e ridícula que eu já havia visto em toda minha linda vida, a garota escreveu em um papelzinho escroto falando da festa e jogou nele, que ignorou, e eu adorei isso, porque ela estava interessada nele que eu sei, mas a pobre infeliz fez outro e jogou nele novamente ele leu e jogou no chão, ignorando totalmente o convite dela, que ficou com cara de taxo, toma querida, isso que da querer pegar coisas que já foram minhas.

 

A aula passou rápido e muito divertida, afinal, eu estava contado fofocas para minhas queridas amigas. Só faltavam 5 minutinhos para acabar a aula e o Brian desmaiou do nada.

 

Meu coração apertou, coitado, e se ele morresse eu o tinha difamado, na mesma hora liguei para a casa dele e a mãe dele atendeu, falei para ela o que tinha acontecido e ela estava a caminho da escola.

 

Ai meu Deus, se acontecesse alguma coisa com meu lindo, nunca me perdoaria.

 

POV Hinnata

Eu cuspia sangue como nunca havia cuspido, era muito, e eu já estava ficando preocupada, tentei me levantar para pegar um pano mas minhas pernas falharam, gemi de dor me jogando no chão de novo, Billy entrou em casa e ficou olhando assustado.

- Brad pega ela e leve-a para o quarto. – Eu nem tinha percebido que Brad estava ali, ele me pegou no colo e me olhou como se estivesse sofrendo, me levou pro quarto e ficou sentado na cama me olhando cuspi sangue.

- O que devemos fazer com você Hizinha? – Ele disse passando uma mão em meu cabelo, eu já suava frio.

- Só não se preocupe. – Consegui dizer em um sussurro.

- Impossível, já disse que você e como se fosse uma irmã para mim. – Voltei a cuspi sangue, sem consegui responder.

 

Eu me sentia péssima e muito cansada e minha vista já estava se fechando só que novamente minha boca se encheu de sangue e eu tive que colocar para fora, alguém pulou a janela do meu quarto mas eu não olhei, estava muito ocupada, mas eu conseguia ouvir a voz de raiva de Brad.

- Vai embora cara, ela não esta bem, isso não e hora para palhaçada. – Brad disse irritado.

- Vai pro inferno vira-lata, eu vim cuidar dela. – Consegui reconhecer a voz, era de Guto e parecia tão preocupada.

- Ela não precisa de seus cuidados, vai embora agora. – Eu não conseguia nem parar a briga, então me joguei no chão, os dois arregalaram os olhos e vieram ate mim.

- Preciso ligar para o meu Biso. – Disse tentando me levantar.

- Primeiro vai tomar um banho, você esta suja de sangue. – Disse Guto passando a mão em meu rosto.

- E, o sanguessuga ta certo. – Disse Brad com um bico de criança mimada, consegui sorri um pouco ao vê ele agindo daquele jeito.

Eles me ajudaram a ir para o banheiro, tomei um banho demorado, mais não parava de cuspi sangue.

 

Sai do banho e pus um vestidinho preto de alcinha, que era de ficar em casa e soltinho, fui para sala e Billy estava perto do telefone me encarando.

- Liga agora para os Cullens. – Ele ordenou, abaixei minha cabeça. – Ouviu? – Ele disse autoritário, Billy chegou para o meio do sofá e eu sentei do lado do telefone.

- Não sei o numero. – Disse tentando escapar da ligação.

- Não seja por isso, eu sei. – Ele tirou um papel do bolso e me entregou.

 

As dores voltaram com força total e eu cuspi novamente sangue. Me sentia totalmente fracassada e por fim disquei o primeiro numero, só que uma tristeza que por sinal era maior do que a dor que eu sentia me atingiu. Disquei o numero todo, e uma voz doce atendeu.

- Alo. – Disse Esme, aquela voz era tão tranqüilizante.

- Poderia falar com Dr. Cullen? – Disse por fim, tentando disfarça minha voz.

 

- Hi.. – A interrompi.

- Shiiii, ele está ai? – Perguntei já ficando nervosa.

- Esta sim, só um minuto. – Esme percebeu que eu não queria que ninguém soubesse, ela sempre percebia as coisas, só que nunca comentava. De longe deu para ouvir ela chamando o Biso Carlisle.

- Alo. – Ele disse com sua voz levemente rouca.

- Bi.. Dr.Cullen. – Suspirei.

- Só um minuto. – Ele respirou fundo, e após alguns instantes voltou ao telefone. – Pode falar Hinnata. Esta tudo bem?

- Si.. – Todos que estavam na sala me olharam reprovando o que eu iria falar. – Não, Biso tudo esta péssimo.

- Me conta o que ta acontecendo. – Ele pediu com a sua voz calma como sempre.

- Você precisa vim me ver, eu to morrendo, eu não quero.. – Comecei a chorar, e todos na sala me olharam com dó.

- Você e imortal querida. – Carlisle tentou me acalmar.

- Mas eu to praticamente vomitando sangue, desde que me transformei. – E novamente as pessoas na sala me encararam, só que agora com olhares perplexos, pois eu havia escondido uma grande coisa.

- Você.. – Ele deu uma pausa. – Conte-me o que tem sentido.

- Sinto como se algo dentro de mim estivesse me rasgando. – Disse em meio ao choro. – Ou esmagando todos os meus órgãos, e depois eu cuspo muito sangue.

- Eu estou indo para La Push imediatamente, vamos descobri o que você tem. – Ele já ia desligar o telefone.

- Espere. – Dei uma pausa. – Só não conte para ninguém, por favor.

- Tudo bem. – Meu Biso desligou o telefone, e todos na sala continuaram a me encarar, eu não demonstrava estar muito abalada antes, mas hoje, depois desse telefonema, tudo mudou, desabafei e mostrei todas as minhas fraquezas.

Porque será que nem a felicidade me queria? Por mais que eu tentasse, e tentasse, tudo dava errado, e veja só, agora eu estou morrendo.

 

As pessoas que eu amava, me abraçaram, acolhendo-me e me passando seu carinho naquele abraço, como se aquilo, de alguma forma, dissesse um simples e singelo, tudo ficará bem.


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Notas finais do capítulo

 
Desculpaa a demora amores, e que eu entrei em semana de testes na escola ai tava meio enrolada.
Mas como hoje eu faltei, porque eu meio doente, deu pra postar.
Como eu não sei por musica aki, *er.. pessoa não muito inteligente*, e postei rapido, porque tava meio com preguiça, coloquei os nomes das musicas.
Espero que tenham gostado do Capítulo.
beijoooooooooooooooooooooooooos.