Não tenha medo de me amar escrita por Cherry Chan


Capítulo 5
Irritantemente convencido e sacana


Notas iniciais do capítulo

Tentarei fazer os próximos capítulos mais grandes ok e boa leitura *^*.



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Já era de tarde e o clima estava agradável. Lembrei-me de como eu gostava de sair no parque durante minha infância e adolescência, para observar o lago e as cerejeiras. Pensando nisso, talvez fosse uma boa ideia levar Sasuke lá. Andei rapidamente até seu quarto, já me sentindo animada.

– Sasuke, o que você acha de irmos ao parque ver as cerejeiras, talvez comprar algo pra comer e observar o lago hein? – Ele virou sua cabeça bruscamente pra mim, e deu um sorriso de deboche.

– Tá brincando comigo né?

– Não mesmo. – Vi-o analisar meu rosto, estava tão animada que acho que meus olhos chegavam a brilhar.

– Ah Sakura, não, não quero. – E se virou para olhar um filme qualquer.

– Por faavor, Sasukee! – Fiz um beicinho, e tentei fazer minha melhor expressão de criança pidona, quando ele estava com seus olhos em mim de novo.

– Para sua infantil, não vou de jeito nenhum. – E esperou alguns segundos para ver se eu desistiria.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Sorri de forma meio maléfica, e corri até seu armário, já pegando uma camisa de manga longa, de tecido fininho, na cor preta. Fui até ele e puxei seus braços suavemente para cima, mas como ele estava carrancudo e decidido á não ir, fez o máximo de força que conseguia com seus ombros e sua cabeça, e ficou se revirando, dificultando um pouco para mim colocar á camisa.

– Não vou Sakura.

– Paraa, se não vou te dar uns tapas. – Vi surgir em seu rosto, um sorriso divertido e provocador.

– Haha, tá bem irritante, mas você vai me dever essa viu. – Me deu um sorriso malicioso.

– Ok. – falei mostrando a língua pra ele.

Por fim, consegui colocar a camisa nele. Guardei uns remédios e algumas coisas numa bolsa que havia deixado na casa dos Uchihas, caso fosse ir leva-lo á algum lugar. Peguei meu dinheiro que estava na outra bolsa, e guardei comigo. Direcionei-me ao quarto quase correndo, ué, vai ver se o Sasuke não tinha fugido enquanto eu pegava as coisas, só Deus sabe.

Mas ele estava lá ainda, parecia estar pegando algo, acho que era dinheiro.

– Pelo menos é perto, então não corro o risco de sofrer algum acidente no carro adaptado, por causa de uma certa irritante.

*

Estávamos quase peto do parque, sendo que eu estava empurrando a cadeira de rodas. Ele estava meio carrancudo. Só nos cinco minutos que havia deixado a mansão Uchiha, já tinha ouvido várias cantadas. Sasuke bufava alto e reclamava, dizendo que não merecia aquilo e blá, blá, blá. Quando isso acontecia eu ria dele, era até meio engraçadinho e fofo o jeito dele.

Observei bem as cerejeiras, nas qual já estávamos passando por baixo, era tão lindo, ainda mais numa tarde assim. Fui até um banco, e eu e moreno ficamos olhando o lago. Comentávamos sobre as pessoas que passavam, ou ás vezes falávamos algo de engraçado, histórias, piadas e etc... Estava tudo muito bom, até sentir um vento rápido e uma pancada na cabeça, juro que minha cabeça quase foi arrancada, tá, não é pra tanto assim. Levei minha mão até minha testa, esfregando o local atingido, Sasuke deu uma risada alta. Tinha sido uma bola que me acertará.

Olhei para todos os lados, e só parei quando vi umas crianças correndo na minha direção, fizeram uma expressão assustada, talvez, mas só talvez... Porque viram o meu rosto vermelho e emburrado. Eu não podia me considerar a pessoa mais compreensiva, quando se trata de casos de quase cabeças dilaceradas. Levantei-me lentamente, e comecei á correr até eles, que se viraram rápido quase tropeçando em seus próprios pés. Joguei á bola com tudo na direção deles, infelizmente não acertei, é que pena.

Vire-me e fui até o banco onde estava antes de ser incomodada por aquelas pestes, Sasuke me olhava espantado.

– Pra que isso? Nossa... Você não fez isso, coitados. – Continuava me olhando como eu fosse louca.

– Aquela bola quase arrancou minha cabeça, o que você quer? Que eu os abrace e dê doces á eles? Não mesmo, aff.

– Fiquei traumatizado, sério, se eles que podem correr, imagina o que você faria comigo.

– Tenho certeza que você não me irritará a tal ponto, não é? – O olhei divertida e fingindo uma cara de psicopata.

– Sua bruxa maluca. – Falou baixinho.

Compramos hambúrgueres para comer, por volta das quatro da tarde, ele ainda largava umas piadinhas sobre o acontecimento de antes. Depois voltamos para a mansão e olhamos um filme, era de ação e comédia, tudo misturado. Fiz pipocas, Sasuke se irritava quando eu perguntava se ele queria, dizendo que isso o desconcentrava. Arrumei algumas coisas na casa, lavei umas roupas e voltei para o quarto, com Sasuke me chamando para eu ligar o ar condicionado no quente, pois á temperatura já havia caído bruscamente. O cobri com o edredom, e coloquei um cd que ele escolheu, para tocar.

O meu celular vibrou, e havia uma mensagem de Kakashi, me dizendo se eu poderia ficar com Sasuke hoje á noite, pois o mesmo estava tendo alguns problemas pessoais. Respondi que sim, mas depois me lembrei de que isso me cobrava algumas tarefas especiais que só Kakashi fazia.

‘’ Tudo bem, isso não arrancar nenhum pedaço meu, certo? ‘’, pensei guardando meu celular em minha bolsa, Sasuke me olhava curioso.

– Hoje vou ficar com você, Kakashi não vai poder vir. – Ele ficou meio corado e emburrou-se.

– Bem, não vou tomar banho hoje... – Senti sua voz quase sumir de vergonha, e meu rosto ficou mais vermelho do que o dele.

‘’ Ó céus ‘’.

– Vai sim, eu nem vou te olhar. – Falei firme, tentado esconder a vergonha mortífera que me invadia.

– O que você pretende? Jogar um balde de água em mim e sair correndo? – Ele ficou sério, mas ainda estava corado.

– Claro que não bobo, vai ser um banho de gato.

– Não sei não, é impossível não olhar para meu corpo lindo, ainda mais molhado e só de cueca sabe... – Ele estava me provocando, se divertindo com minha situação.

– Pare de ser tão convencido nem vou te olhar. – Falei séria e emburrada.

– Você que está dizendo, então tudo bem... – Falou apertando os olhos com um sorriso sacana.

‘’ Que garoto, meu Deus’’.

Fui até seu guarda-roupa, pegando lá, toalha, calça e uma camisa de manga longa. Entrei no banheiro do quarto dele, e preparei a banheira. Tinha bastante espaço ali, e dava pra empurrar a cadeira até perto da banheira. Levei Sasuke até ali, e tirei suas roupas cuidadosamente.

Quase o derrubei ao tentar coloca-lo lá, e ele me olhou com uma expressão de ‘’ Doida varrida, me derrube pra ver o que acontece ‘’. Consegui com certo esforço, diga-se muito, peguei uma esponja e esfreguei suas costas e seu corpo ‘’ e que corpo, OMG ‘’, ele tentava me espiar pra ver minha expressão, soltava uns risos baixos ás vezes, é, torturante mesmo. Lavei seus cabelos e passei xampu, também tirei sua barba, que não estava muito grande.

– Até que pra uma bruxa assassina de crianças, você tem umas mãos de fadas sabe.

– Ainda não esqueceu isso?

– Não tão cedo.

O banho demorou uns vinte minutos e quando havia acabado, tentei imaginar uma forma de tirá-lo dali sem me molhar muito: O que era impossível, então me restou apenas ignorar isto e tentar colocá-lo na cadeira rapidamente. Tinha deixado á toalha na mesma, e só o sentei por cima, e após o enrolei, levando-o até o quarto, e colocando a roupa que separei.

Fiz um jantar leve e dei seus remédios, tinha comido com ele na mesa, depois arrumei ás coisas na cozinha e no banheiro, e o ajudei á deitar. Jogamos um jogo controlado por voz, daí tinha que falar tipo: esquerda, direita, abaixar, dessa vez eu que me traumatizei, jogo mais violento impossível, mas Sasuke me obrigou afinal devia um favor á ele. Conversamos um pouco, sobre nossos gostos, sonhos, vontades, e coisas assim. Sasuke começou á ficar sonolento, então achei melhor ajeitá-lo e sair dali.

Depois de tomar um banho rápido, fui dormir em um quarto que me disseram que quando precisasse eu podia usar. Li um livro, e pensei em tudo que havia acontecido no dia de hoje, e de que nunca pensará que iria dar banho em alguém, além de uma criança. Ri baixinho com isso, já sentindo meus olhos pesarem, me entregando ao sono e ao cansaço.


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Notas finais do capítulo

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