O Shinobi do Novo Mundo escrita por AlucardDeCredito


Capítulo 19
Separação


Notas iniciais do capítulo

Como vai pessoal, mais um capítulo procês.
Pretendo diminuir cada vez mais o intervalo entre os capítulos, mas infelizmente apareceu um contra-tempo (leia-se jogo).
Enfim, boa leitura.



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Naruto seguia sua viagem sob uma chuva leve. Pequenas gotas se chocavam contra o chapéu de bambu que o Hokage usava. Duas semanas após sua saída da vila e desde então ele se questionava se a decisão tomada era realmente o que precisava naquele momento. Sua mente envenenava a cada passo, seduzindo para que ele voltasse de uma vez para a vila e aceitasse o seu destino imutável.

Sua barba já estava razoavelmente comprida, e ele sentia que aquilo era até bom. Sua viagem tinha um destino e ele não podia contar com o tempo. Sendo assim, ventanias e tempestades eram seus inimigos, e sua barba era o escudo facial que ele tanto precisava naqueles momentos.

Os pés do Sétimo Hokage caminhavam por conta própria, contra a vontade do resto de seu corpo. Após alguns dias na estrada, a dor já havia se tornado algo muito complexo e ele não mais sabia se era isso que seus pés sentiam. Pra falar a verdade, ele já não os sentia há um longo tempo. Sua única distração ali eram suas memórias, as quais ele revisava sem parar em sua cabeça, tentando provar a si próprio que havia tomado a decisão correta.

[FLASHBACK]

Hinata, em sua casa, ajudava o marido a cuidar de seus ferimentos. O silêncio dominava o ambiente, exceto pelas crianças que brincavam ali por perto. Naruto permanecia com um olhar distante, o qual incomodava profundamente a mulher. Ela sabia que hora ou outra, ele lhe diria outra bobagem.

Ela estava certa. Bastou as crianças irem brincar lá fora e Naruto já começava com seus planos mirabolantes.

— Hinata, eu vou sair da vila por um tempo... — disse frio, porém num tom extremamente sério.

— Ahn? — perguntou assustada.

— É sério. Você ouviu o Orochimaru, ele planeja voltar mais vezes, e isso não me deixa escolha.

— Deve ser mais algum plano dele, Naruto. Você vai fazer de novo exatamente o que ele quer. — A mão de Hinata, que tocava o corpo do marido, começou pressionar com força.

— Talvez... — Naruto permanecia com um olhar perdido.

— Da última vez que você não ouviu o conselho do Shikamaru, isso aconteceu com você. Então... por favor, me escute. Não vá! — disse a Hyuuga.

Neste momento, o Hokage se virou para Hinata e a segurou, olhando nos olhos dela. — Hinata, eu tenho um plano. — A Hyuuga permaneceu em silêncio, esperando que ele prosseguisse. — O Orochimaru está atrás de mim. Veja bem, eu não tenho mais poder, então se ele quisesse algo com a vila, eu não seria nenhum obstáculo. Mas ainda assim ele voltou atrás de mim, isso significa que, se eu continuar aqui, estaria arriscando a vida de vocês. Além disso, eu acho que tenho um plano para tirar essa maldita droga que não me deixa usar o chakra, mas não vai ser fácil... Mesmo assim, se ele espera que eu saia da vila para ficar vagando sem rumo, aquela maldita cobra vai ter uma surpresa.

— … qual é seu plano? — perguntou apreensiva.

— Eu vou até o Monte Myoboku, eu imagino que os sapos anciões devem ter alguma ideia de como tirar o veneno do meu corpo.

— Realmente... acho que você pode descobrir algo, mas... Naruto... e os nossos filhos? Eu não sei se consigo dar conta de... — foi interrompida pela mão de Naruto levantando seu rosto.

— Hinata, você vai dar conta. Eu sei que vai. Você foi uma ótima mãe até agora e é forte o suficiente pra protegê-los. Eu confio em você. — sorriu.

— Eu não sei, Naruto...

— Eu preciso da sua ajuda, por favor. Se eu não fizer essa viagem e ficar aqui, vou só ficar cada dia mais fraco e pior. Além disso, se o Orochimaru voltar e eu não puder fazer nada pelos nossos filhos... eu não sei se vou conseguir me perdoar. — explicou com uma expressão de tristeza. — Você pode me ajudar nessa, Hinata?

Hinata deu um longo e triste suspiro, mas logo pôs determinação em seus olhos — Sim, eu vou te ajudar. — afirmou

— Eu te amo, Hinata. — deu um breve beijo nela. — Você poderia me fazer outro favor?

— Ahn...? Qual? — perguntou confusa.

— Eu preciso de um manto para não ser reconhecido, mas eu gostaria que você fizesse ele junto das crianças... para que eu lembrasse de vocês durante a viagem.

— Tudo bem. — sorriu carinhosamente.

[FIM DO FLASHBACK]

Naruto olhava para o manto que vestia naquele momento. Negro com um acabamento laranja nas bordas, o tecido já um pouco desgastado. Aquele agora era o dia a dia de Naruto. Caminhar rumo ao Monte Myoboku, relembrar memórias antigas e imaginar como sua família estaria naquele exato momento.

[...]

Na casa dos Uzumaki, Hinata colocava a janta na mesa. As crianças não pareciam estar muito felizes naquele momento. Os pratos foram preenchidos de comida, mas Himawari e Boruto comiam sem muita vontade. Na realidade, eles mais olhavam pra comida pensativos do que comiam de fato.

A Hyuuga olhou para eles com dó e tristeza, pelo que ainda teriam de enfrentar nas próximas semanas.

— Você não estão com fome? — perguntou Hinata, carinhosamente.

As crianças continuaram em silêncio, distraídas.

— Eu fiz algo errado na comida?

— Não! — responderam em conjunto — … é que a gente não tá com muita fome, é só isso. — completou Boruto.

— Olha... eu sei que vocês estão tristes... — as crianças desviaram o olhar da mãe — … mas vocês precisam se alimentar direito. O seu pai ainda vai continuar fora por um tempo e eu preciso que vocês me ajudem o máximo possível.

— Quanto tempo, mamãe? — perguntou Himawari.

O silêncio dominou o ambiente por alguns segundos. Hinata não sabia quanto tempo ia demorar, e ela se esforçava para pensar em uma resposta sem que seu rosto revelasse a falta de previsão.

— Eu n... — Antes que pudesse contar aos filhos, a campainha tocou. Algo estranho para se acontecer naquela hora da noite. Hinata então se dirigiu até a porta. Movida pelo receio da última vez que sua campainha tocou, a Hyuuga logo ativou o Byakugan. Era um garoto, jovem o suficiente para não exercer algum papel importante para a vila. Aquilo era consideravelmente suspeito, mesmo assim, ela abriu a porta.

Bastou girar a maçaneta e o garoto logo iniciou, falando rapidamente e não dando tempo sequer para cumprimentá-lo.

— Bo-Boa noite Sra. Uzumaki. Meu nome é Tenma e eu fui enviado pela Hokage para te serviquand fornecessario ematividadodiadia então sevcêprecisadequalque coisaésóchama que euvôfazêtudoqueestiver aomeualcanc parateajudar noqueforpreciso! — finalizou o Garoto, puxando o ar de volta para os pulmões.

— Como?! — respondeu confusa.

— Ah, me desculpe! Acho que falei rápido demais... sem problemas! Eu repito: boa noite Sra. Uzu...

— Não, não precisa. Deixe-me ver se eu entendi. Você foi enviado pela Sakura, correto?

— Sim!

— E você vai ajudar?

— Sim!

— Então sua missão é nos escoltar durante os próximos dias?

— Sim! Eh.. pera, não! Quem realiza a escolta da Sra. é a Anbu. Eu não sou tão experiente para ser digno de protegê-la. Espero que não tenha se decepcionado. — disse um pouco magoado.

— Não... é que eu só estou um pouco confusa. — abriu um leve sorriso — Então, como exatamente você vai nos ajudar?

— A Hokage me informou que o Sétimo precisou se retirar da vila por um tempo, e ela disse que você talvez poderia apreciar ajuda.

— Que tipo de ajuda seria?

— Qualquer coisa! Meu dever é te ajudar da forma que for possível.

— Tudo bem, então. Você gostaria de entrar e jantar conosco? — ofereceu um sorriso caridoso ao garoto.

— Eh... não poderei aceitar. — informou extremamente deprimido.

— Por quê? — perguntou curiosa.

— Isso acabaria mais atrapalhando do que lhe ajudando, Sra.

— Haha... sendo assim, você poderia jantar conosco e me ajudar a fazer as crianças comerem?

— Sim, eu posso! — Uma lágrima escorreu do rosto do garoto. Sua barriga agradecia.

[...]

Ainda naquela noite, Naruto chegava em uma pequena cidade. Os vários estabelecimentos abertos atraíam várias pessoas pelas ruas do local. Aquele poderia ser um bom momento para descansar. O Hokage logo se dirigiu para um bar, como sempre, desde sua saída. Em bares as pessoas, afetadas pelo álcool, dificilmente questionam a presença de desconhecidos e sempre acabam esquecendo tudo no dia seguinte. É um bom local para ir sem se preocupar com a identidade.

— Yo! Como vai? Deseja algo, senhor? — perguntou o dono do bar, assim que Naruto entrou no estabelecimento.

— Qualquer coisa que dê pra comer. — disse de forma áspera. Conversar com pessoas é algo bom, mas Naruto precisava evitar que elas começassem a perguntar sobre sua vida.

Assim que Naruto sentou, uma mulher extremamente bonita olhou de canto para ele. O Sétimo Hokage nem sequer percebeu. A comida chegou a mesa de Naruto e junto dela um recado.

“Olá, gostaria de companhia?

Ass: alguém que te achou muito interessante.”

Sem virar o rosto e ainda com o chapéu de bambu na cabeça, Naruto tentou buscar pelo possível autor da mensagem, olhando discretamente. Seria muito ruim caso alguém tivesse o reconhecido ali. Tudo o que ele encontrou foi uma mulher, que olhava fixamente para ele. Ela não parecia ser alguém que o reconheceria, provavelmente era alguma habitante que morava por ali. O Uzumaki imediatamente amassou o papel e largou na mesa, antes que ela achasse ele estaria interessado em conversar.

Não adiantou de nada, a mulher foi em direção a mesa dele e convidou a si própria para sentar ao lado dele.

— Eu nunca te vi por aqui, você é de onde? — perguntou tentando olhar por baixo do chapéu dele.

— Apenas um viajante, não sou de lugar nenhum. — recuou.

— Você acha que vai me enganar? Esse seu manto tem um tecido de qualidade, você deve ser bem rico pra comprar algo feito desse material.

Naruto não respondeu, apenas começou a comer.

— Você é bem estranho. Por que não me responde? Tem medo de mim? É isso que as pessoas chama de “se fazer de difícil”? — foi se posicionando cada vez mais perto dele, deixando com que ele tivesse o melhor ângulo de visão possível do corpo dela.

— Easu ndasão tensafho tefsampo pdfsara coffsdgnvergfdsar cogdfm vohgfcê. — respondeu com a boca cheia.

— Vai dizer que você não gostaria de passar um tempinho comigo. — disse olhando ele de forma provocativa.

Naruto não parava de comer nem por um segundo. Era como se ele estivesse escolhendo comer em vez de respirar.

— Qual é? Converse comigo, eu estou realmente frustrada! Eu gostaria muito de passar a noite com alguém igual a você. — insistiu a mulher, que logo entendeu o motivo da rejeição. — Oh! Isso é uma aliança? Então você é casado...? Bem, isso não é problema nenhum pra mim. — sorriu agarrando o braço dele.


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Notas finais do capítulo

Críticas, sugestões, correções, tentativas de homicídio é só comentar.
Até.
Ah! E já ia esquecendo, eu vou começar tentar responder os comentários que eu deixei pra trás :P Vamos ver se eu consigo.