O Shinobi do Novo Mundo escrita por AlucardDeCredito


Capítulo 17
Ego


Notas iniciais do capítulo

Caramba, 3 semanas sem postar :(
Vamos ter que mudar isso, não? Perdi até a manha de escrever. haha
Vocês nem devem se lembrar do que aconteceu no último capítulo :P
Bem... melhor deixar isso para as notas finais. Até lá então.

Capítulo novo agora.
Boa leitura.



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— Irritado? — Shikamaru suspirou. Ele sabia que uma hora ou outra isso aconteceria.

— É... eu não sei explicar. É como se eu sentisse raiva por algum motivo... e o pior é que eu não sei do que eu sinto raiva. — Naruto segurava o pano de sua camisa com força, perto da barriga.

— Humm... — Shikamaru apenas observou Naruto por alguns segundos. O Hokage tinha a decepção estampada em sua face. — Talvez você sinta raiva de você mesmo, não?

— Eu não sei, Shikamaru! — falou num tom alto.

— Que problemático... vamos tentar descobrir então. Você sente essa raiva quando está perto da Hinata ou dos seus filhos?

— Ahn? Que tipo de pergunta é essa?

— Vamos lá, Naruto, apenas me responda.

— Não... — disse desviando o olhar — não sei. Não é raiva deles que eu sinto, mas sei lá... quando eu fico com eles, fingindo que está tudo bem, isso me faz ficar ainda mais puto.

— E por que você fica assim? O que você pensa quando está perto deles?

— EU NÃO SEI! — levantou o tom novamente.

— Colabore comigo, Naruto, se não sabe ao menos tente pensar antes de responder. — Shikamaru olhava para o horizonte, o campo onde Hinata treinava com as crianças, estes, ao menos, pareciam felizes.

O silêncio se manteve por alguns segundos, até Naruto quebrá-lo com sua voz entristecida.

— Fraqueza... — disse o Hokage. Seu conselheiro apenas esperou ele prosseguir com as palavras. — Eu acho que eu me sinto fraco... incapaz pra ser mais sincero. Incapaz pra proteger minha família... a vila.

Shikamaru olhou de relance enquanto ele falava aquelas palavras. Segurou a voz por alguns segundos e logo soltou uma provocação — Hum... que bobagem.

Assim que ouviu a réplica de seu amigo e conselheiro, Naruto o agarrou pelo pescoço empurrou contra uma árvore que permanecia ao lado dos dois.

— Pare com isso! Isso é chato pra caralho! Você age como se soubesse de tudo, mas você não sabe! — gritou enquanto segurava o amigo contra a árvore. A confusão chamou a atenção de Hinata e das crianças — Eu perdi tudo que eu lutei pra conseguir, Shikamaru. Eu passei minha vida tentando ficar mais e mais poderoso pra ser reconhecido. Eu me construí pra ser forte o suficiente pra proteger a todos. E agora, tudo isso sumiu em uma merda de batalha.

— Você poderia estar morto, Naruto, isto não seria pior?

— Eu estou morto, Shikamaru! Eu perdi todos os meus poderes, TODOS! Eu não sou mais o Naruto que protege a vila, eu não sou mais o Naruto que protege minha família e eu não sou mais o Naruto que protege o próprio Naruto. Eu virei uma casca vazia... eu me tornei apenas a lembrança do homem que eu fui um dia. — Naruto disse aquilo furioso, mas, ainda assim, de seus olhos brotavam lágrimas.

Hinata e as crianças estavam longe demais para escutar o que ele acabara de dizer. Eles correram na direção do Hokage, mas a última coisa que viram foi a sua expressão de tristeza misturada com raiva antes de dar as costas e sair andando para longe. Shikamaru caiu sentado e um pouco desajeitado depois da discussão.

— Você está bem, Shikamaru? — perguntou preocupada, embora sua preocupação com Naruto fosse maior.

— Sim... — disse se levantando.

— Eu vou atrás dele pra pedir que ele se desculpe. — Hinata já estava quase saindo atrás do marido quando foi interrompida por Shimakaru.

— Espere, Hinata. Não precisa... eu provoquei isso de propósito. Queria ver ele expor os pensamentos sem se preocupar com o que os outros pensariam.

— Ahn? O que ele te falou?

— É bem problemático, eu precisaria pensar um pouco no que ele disse pra te explicar. De qualquer forma, tente conversar com ele quando vocês estiverem a sós. Acho que é importante que ele se mantenha distraído por enquanto. Ele está se sobrecarregando demais.

— Certo... — olhou para o fim da rua, aonde Naruto sumia virando a esquina.

— Bem eu vou indo. Se descobrirem qualquer coisa, eu te aviso.

[…]

Orochimaru e Marada atravessavam uma floresta pulando através das árvores. O sol começava a se pôr e em poucas horas eles alcançariam seu objetivo. O Uchiha se aproximou ligeiramente do lendário Sannin e se pronunciou.

— Konoha, é? — disse Madara, enquanto continuavam a viagem.

— Hehe... — ambos conversavam sem perder o ritmo da viagem.

— Então... o que você pretende?

— Hm... deixe me ver. Que tal: dar um empurrãozinho no Naruto? — o silêncio novamente dominou por alguns segundos. — Era só isso que você queria perguntar? Tsc... achei que me daria a oportunidade de explicar como vou fazer isso. — sorriu de forma provocativa.

— Isso pouco me importa. Quando chegarmos lá, eu vou destruir tudo que entrar na minha frente, de qualquer forma.

Orochimaru olhou Madara de relance, um pouco decepcionado — Bem... não era como eu planejava, mas não vou te impedir. Talvez seja até divertido — abriu um sorriso cínico.

— Só quero saber uma coisa... — O Uchiha não deu tempo para que ele autorizasse sua pergunta de ser feita e prosseguiu logo em seguida — O Naruto. Porque você não o matou logo de uma vez?

Aquela realmente era uma pergunta pertinente, Orochimaru evitou responder logo de cara para não deixa-lo perceber que aquela era uma resposta pronta. — Mesmo não tendo todas as suas memórias, você deve ter percebido que o garoto se tornou um herói para o mundo ninja, não? Quase todas as pessoas reconhecem seu poder e o admiram, afinal, ele realmente é um herói para todos. — aguardou alguns segundos para continuar seu raciocínio. — Parando pra pensar, ele é realmente admirável. Talvez eu mtfmo até ache ele interessante. Hehe — a brincadeira não teve efeito em Madara, fazendo Orochimaru prosseguir sem mais gracinhas. — A verdade é que o Naruto se tornou alguém que todos gostam. Ele virou o grande amigo de todo mundo. Ele é a imagem que todo ninja gostaria de encontrar no espelho. O meu objetivo aqui é dividir os ninjas, e o Naruto, atualmente, é o grande pilar que os une. E aí vem a parte delicada. Você pode pensar que ao matar o Naruto, esse pilar vai desaparecer e os ninjas vão se separar, mas é exatamente o contrário. Se eu matar o Naruto, esse pilar vai se tornar ainda mais forte, sólido e vivo. Assim como na quarta guerra, os ninjas vão se unir mais ainda. Sendo assim, a nossa única chance é fazer com que o próprio Naruto destrua a si mesmo e ao pilar no qual ele se transformou.

— Hunf... você e esses seus planos miseráveis. — Madara acelerou o passo.

— Hehe...

[...]

A noite já havia caído. Desde a discussão com Shikamaru, poucas palavras escapavam da boca de Naruto. Ele tentava aparentar feliz diante das crianças, mas o fingimento era evidente. Mesmo Boruto e Himawari, que dificilmente ficavam em silêncio durante as noites alegres na casa, sentiam a tensão presente no ar. Ambos foram dormir torcendo para que a noite levasse embora aquela sensação esquisita que sentiam. Hinata pensou como os filhos. Talvez uma boa noite de sono fosse suficiente para acalmar os nervos do marido. Infelizmente, não foi o que ela sentiu quando entrou no quarto do casal.

Lá, Naruto permanecia deitado de lado, olhando fixo para a parede, lado oposto ao qual ela repousaria. Era isso? Ela aceitaria aquilo e dormiria como se o marido não estivesse ali? Não, seu coração dizia para que ela fizesse algo.

— Na-Naruto... — chamou por ele, apreensiva enquanto se deitava na cama, observando as costas dele.

Infelizmente nenhuma resposta foi recebida. A Hyuuga colocou a mão suavemente sobre o pescoço dele levando, em seguida, até o ombro. Tentava animá-lo, mas ele permanecia duro e frio, como pedra. Era como se ela fosse um fantasma naquele quarto.

— Naruto... o que aconteceu? — perguntou preocupada.

Novamente nenhuma resposta. Sendo assim, Hinata se aproximou ainda mais do corpo do marido, posicionando sua cabeça sobre o ombro do rapaz. Sua mão esquerda segurava com força a dele, encostando as alianças.

— Você se lembra do que disse aquela vez? Seu problema é meu também, nós precisamos resolver juntos. — disse calma e carinhosamente. Novamente nenhuma resposta, mas ele, com certeza, tinha escutado. Sua respiração havia ficado mais intensa, um arrepio de leve no corpo dele. Aquilo foi o suficiente, agora Hinata não era mais um fantasma. Silêncio por alguns segundos. — É por causa do seu chakra, né? — A resposta para aquela pergunta não era mistério algum para ela.

— Eu menti... eu disse que não mudaria se meu chakra não voltasse, e agora olhe pra mim... — soltava friamente tais palavras, quase sem emoção alguma. — Hinata não tinha ideia de como poderia ajudá-lo. A Hyuuga tentou pensar em algo, mas Naruto logo deu continuidade — Eu achei que seria fácil... — virou na cama, olhando para cima em seguida. O rosto de Hinata se encontrava ali, tentando entendê-lo. — Perder os poderes... na verdade, eu perdi muito mais. — O Hokage colocou a mão sobre o rosto de Hinata, admirando a beleza dela — Eu acho que é isso... aos poucos... aos poucos eu estou morrendo. A cada dia que meu poderes não voltam eu percebo que nunca mais voltarei a ser como eu era. No futuro vocês vão olhar pra mim e sentir pena do que eu me tornei, e o pior, vão enganar a si mesmos que está tudo bem, pois eu fui um grande ninja e fiz minha parte, quando na verdade o Naruto que todos admiravam já se foi. — Hinata começava a derrubar algumas lágrimas, as quais caíram no rosto de Naruto. Ele colocou a outra mão sobre o local de seu rosto onde as lágrimas dela escorriam, enquanto com a outra mão ele acariciava o rosto dela.

— Talvez você tenha razão... — Hinata dizia com dificuldade, deixando o marido relativamente chocado. — Sabe... eu me lembro de ver um garotinho que não tinha nada. Nada além da própria palavra. Mas, mesmo assim, ele alimentava sonhos inalcançáveis, repetindo e repetindo a mesma coisa sempre. “Um dia eu vou ser Hokage e todos vão me reconhecer” era o que ele dizia. Eu comecei a ficar fascinada pela determinação daquele garoto em perseguir seus sonhos. Eu queria andar perto dele pra ver aonde ele ia chegar apenas acreditando em si mesmo e jogando aquelas palavras pra qualquer um que duvidasse dele. — A Hyuuga abriu um sorriso extremamente feliz e prosseguiu em seguida. — Eu me apaixonei por ele, eu fiquei forte e acabei me casando e tendo filhos com aquele garotinho que se tornou um homem. E advinha? Ele virou Hokage e construiu uma família maravilhosa comigo. — Uma expressão triste voltou ao rosto de Hinata. Mais lágrimas dela pingavam no rosto de Naruto, ela então o abraçou com toda a força que tinha. — Mas agora ele acha que perdeu tudo e eu não sei o que fazer pra que ele volte a sonhar e jogar promessas no ar novamente, assim como ele fazia.

O silêncio durou alguns minutos e Hinata não soltou ele nem por um segundo — E... e se eu prometer algo que eu não posso cumprir? — perguntou Naruto, em tom baixo.

— Você nunca sabe o que pode ou não cumprir até prometer. — levantou a cabeça, ficando com o rosto de frente ao dele. — Mas se você quer mesmo saber o que eu vou fazer se você prometer algo impossível... bem, eu vou passar o resto da minha vida amando um homem que não desistiu de sonhar. E garanto que o Boruto e a Hima também vão, assim como todos que te conhecem.

Naruto olhou para Hinata, a qual portava um sorriso sem igual, e só conseguiu dizer uma coisa — Hina... obrigado!


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Notas finais do capítulo

Fonte da imagem: http://www.japanator.com/ul/33162-naru.jpg

Então pessoal, já faz um tempinho que eu não posto então eu vou explicar o que está rolando. Eu poderia muito bem falar que eu não tenho tempo, mas estaria mentindo. O tempo eu tenho, mas não consigo aproveitá-lo tão bem quanto deveria.

Eu levo aproximadamente de 2 a 6 horas (dependendo do tamanho) pra escrever um capítulo, sem contar o tempo de planejar como a história vai se desenrrolar (mas isso não leva tanto tempo assim). Se eu fosse muito bem disciplinado, seria possível escrever 1 capítulo por dia com o tempo que eu tenho. Meu maior problema atualmente é que quando eu vou escrever um capítulo, também acabo resolvendo dar uma checada no Youtube/Facebook e lá se vão as minhas preciosas horinhas livres. Ou seja, o tempo que eu deveria gastar com a fanfic é perdido na minha bagunça que eu faço com os meus compromissos. Nas férias não havia problema pois eu tinha tempo livre de sobra e sempre dava pra arranjar um momento pra escrever, mas agora eu tenho outras prioridades.

Outro problema é o foco. E eu não falo de foco no sentido de concentração, mas sim no sentido de comprometimento. Eu tenho uma mania de me comprometer com várias coisas ao mesmo tempo e acabo nunca me dedicando corretamente em cada coisa.

Então é o seguinte, semana"S" de atraso entre um capítulo e outro definitivamente não dá. A ideia daqui pra frente é organizar meu tempo e conseguir entregar pelo menos 1 capítulo por semana. Mas vamos ver, né? Até porque “promessas” são só palavras.

Só aviso que quando eu começar a responder os comentários, é porque a fanfic vai voltar a ficar ativa.

A propósito vocês sabiam que essa fanfic teria 127 páginas se fosse um livro? Pois é, de acordo com a média de palavras por página (324 pal./pag.) de todos os livros de Harry Potter, esta seria a quantidade.

Críticas, sugestões, ameaças, correções, mais ameaças e assuntos aleatórios é só comentar.