Continuava a chover durante aquela longa noite. O misterioso homem acabara de entrar na vila sem ter sido notado por ninguém, para isso ele utilizou um dos esconderijos que apenas o Hokage conhecia. O problema, para ele, começava agora. Dentro da vila, teria que se mover com cautela para não ser visto por ninguém.

Seguiu se movimentando pelas sombras, evitando qualquer lugar onde poderia encontrar ninjas vigiando. Após algum tempo chegou em frente a acadêmia de Konoha. Lá, notou a presença de um jovem ninja no local, o qual estava sentado no balanço. Ficou curioso em relação ao rapaz, bem... não era interessante ser visto por ninguém, mas expressão do rosto daquele jovem despertou sua curiosidade. Se aproximou silenciosamente e iniciou:

– Como vai, garoto? – disse tentando disfarçar um pouco a voz.

– Ahn? – olhou para o homem que estava encostado na árvore, num ângulo que não o permitia ver o rosto de frente. – Quem é você? Não me lembro de te ver aqui pela vila... você é algum tipo de viajante? – observou o traje desgastado daquele homem.

– Acho que você pode pensar assim... – puxou uma lâmina do bolso. – E você... não me parece muito sábio ficar num balanço enquanto está chovendo.

O garoto demorou pra responder, olhou para o chão pensando um pouco. O viajante não tinha pressa, neste momento utilizava a lâmina para fazer a barba às cegas com extrema cautela. O tempo passava, a barba reduzia e nada do garoto responder.

– Sabe... você pode não querer responder a pergunta, mas poderia ao menos falar que não vai. – resmungou ele, usando a lâmina metálica como espelho para ver como seu trabalho estava ficando.

– Não é isso... eu vou responder sim, só estava pensando um pouco. Bem... como eu posso dizer? – pensou por um instante – É que amanhã vai ser minha primeira batalha numa briga entre ninjas de alto nível, sabe? Isso me deixa com um pouco de medo... – sorriu para o homem, um pouco receoso por revelar sua aflição mesmo sem conhecê-lo.

– É, primeiras vezes nunca são fáceis, mas você ainda não me respondeu porque está aqui. – desabafou sorrindo enquanto voltava a passar a lâmina pelo rosto.

– Eu sei... bem... parece ser meio idiota, mas eu gosto de vir aqui pra me lembrar dos meus pais... eles morreram na quarta guerra ninja e desde então essa acadêmia se tornou minha família. Foi graças a esse lugar que eu conheci o Aburame-sensei, meus amigos e minha namorada... sei la... só sei que vir neste lugar, neste balanço, me lembra de que eu não estou só, e também que tudo pelo que meus pais lutaram valeu a pena.

O misterioso viajante parou de se mover por um instante enquanto ouvia as palavras do jovem.

– Hehe... interessante. – disse sorrindo enquanto terminava de fazer a barba. – Esse balanço também me traz memórias, um pouco tristes, mas são memórias. Bem, garoto... boa sorte amanhã, lute para proteger o mundo que seus pais ajudaram a construir, certo? – guardou a lâmina no bolso e fez um sinal de positivo para o jovem ninja – A propósito, qual o seu nome?

– Meu nome? Eu me chamo Tenma, senhor. – respondeu um pouco confuso.

– Bem, até a próxima Tenma. Vamos comemorar quando Konoha ganhar a batalha, certo? – disse indo embora.

– Haha, certo! Mas espere, qual o seu nome?

– Acho que você já sabe... – apontou para a monumento do sétimo Hokage.

– O quê? Você é o Uzu... – o garoto olhou para o monumento e quando voltou sua visão para o homem novamente, ele já não estava mais lá. Ficou pensando se aquilo não era coisa da sua cabeça, visto que tinha tomado muita chuva.

[…]

Naruto rumou em direção à sua casa, embora seu plano de refletir sobre a viagem no seu sagrado balanço tivesse falhado, queria ver como estavam as coisas no seu lar. Obviamente ele não pretendia entrar. Hinata provavelmente lutaria no dia seguinte e a última coisa que ele pretendia era atrapalhar o descanso da mulher. Sendo assim, ficou observando tudo por fora, através da parede de vidro que ficava na sala. O ex-Hokage esperava encontrar algum vestígio dos filhos apenas, como alguns desenhos da Himawari ou então algumas kunais de brinquedo do Boruto no chão, mas, para sua surpresa, lá ele encontrou sua família inteira dormindo. Após semanas sem vê-los, sua vontade naquele momento era de entrar acordando todo mundo e abraçar bem forte todos eles. Por um segundo, levantou a mão cogitando bater no vidro para revelar sua presença aos dorminhocos, mas desistiu. Sua mão que, ainda fechada, avançava contra o vidro com rapidez, logo perdeu a força e culminou apenas em uma palma que se arrastava pelo vidro desejando que o mesmo não existisse.

Naruto decidiu recuar e dormir ali por perto. Se afastava lentamente da casa, deprimido pela vontade que sentia de passar o resto da noite junto deles. Mas não poderia fazer aquilo, era o que ele pensava. Provavelmente,não seria recebido com abraços e beijos, afinal, ele havia deixado a família por um motivo egoísta. Naruto se odiava por isso e se martirizava como se tivesse perdido o direito de receber carinho das pessoas que ele tanto amava.

Foi se afastando cada vez mais, sendo acompanhado apenas pela chuva. Um trovão muito forte cortou o céu e junto dele ex-Hokage havia desaparecido. Ele subiu no galho de uma árvore, de onde poderia ficar observando Hinata e os filhos dormindo, e lá ficou. Dormiu sob a chuva intensa, frio por fora, quente por dentro.

[...]

Uma mão quente e suave tocava seu rosto, fazendo ele acordar. A primeira coisa que percebeu quando abriu os olhos foi que ainda estava de noite e a chuva continuava intensa. Talvez tivesse dormido por uns 15 minutos, sendo otimista. A dona daquela mão tão agradável era uma pessoa que ele conhecia muito bem, os olhos perolados e o sorriso gentil no rosto penetravam no coração de Naruto.

– Vem... vamos entrar. – disse Hinata em cima do galho onde ele dormia.

– Hinata? – perguntou assustado.

– Você vai pegar um resfriado se dormir aqui. Vou te levar para dentro. – ofereceu a mão pra ele.

– Não preci... – espirrou, contradizendo as próprias palavras, em seguida olhou diretamente para os olhos dela, ficando calado por alguns segundos – Hinata... eu... eu sinto muito por ter deixado... – tentava se redimir.

– Não precisa falar nada agora. Só me deixe cuidar de você, certo? – pediu a ele – Amanhã nós conversamos, mas por enquanto vamos entrar antes que você fique doente... – sorriu gentilmente insistindo para que ele lhe desse a mão.

Naruto estava hipnotizado pela bondade da esposa, sem perceber segurou a mão dela aceitando a ajuda. Ele foi sendo guiado por ela até dentro da casa. Não abriu a boca por um instante, apenas ficou olhando para aquela linda mulher que seguia em sua frente segurando a mão dele. Ela ainda vestia a roupa que usava para dormir e por causa da chuva já estava ensopada.

Finalmente entraram dentro de casa, ambos já estavam pingando. Naruto ficou parado olhando para as crianças que dormiam serenamente. Hinata puxou ele pelo braço, o levando até o banheiro.

– Você quer molhar a casa inteira? – sorriu ao ver admiração dele pelos filhos.

– Foi mal. – sorriu para ela. – É que dava pra escutar eles respirando... fazia um bom tempo que eu não ouvia.

– Você pretende abraçar eles molhado desse jeito? – brincou.

Ao chegar no banheiro, Hinata começou a se despir naturalmente.

– Ei, pera aí, o que você está fazendo? – perguntou Naruto.

– Tirando a roupa molhada... – ficou corada ao perceber a situação. – Vo-você não quer tomar banho? – disse um pouco tímida.

– Quero, mas você sabe né... já faz um tempo... eu meio que me desacostumei de te ver desse jeito. – desviava o olhar envergonhado.

– E-eu sinto muito, vou colocar a rou... – agachava para pegar a roupa novamente.

– Não! Calma aí, não precisa colocar a roupa não hehe... deixa ela aí. – ria exageradamente, tentando esconder suas intenções enquanto tirava o chapéu de bambu. – Mas é sério, Hinata, você não devia ter saído na chuva atrás de mim, agora quem pode ficar doente é você.

– Eu também vou tomar banho, então... – olhou para o cabelo dele. – Seu cabelo... está enorme, Naruto... parece até do seu pai. – riu dele.

– Ah... hehe – coçou a cabeça sorrindo – esqueci desse detalhe... mas minha barba estava bem grande também, eu parecia ser um ninja . hehe

Hinata sorriu enquanto ajudava ele a tirar o manto. – Eu achei que você não gostasse de deixar a barba crescer...

– Mais ou menos... eu não gosto muito, mas fazer a barba em viagem dá um pouco de trabalho e como não iria te ver por um tempo... achei que não precisava ficar bonito, né? – continou rindo, agora um pouco envergonhado – A propósito, esse manto que você costurou pra mim me ajudou bastante...

– É ele está bem desgastado... – disse Hinata, olhando para o tecido..

– Eh... nessa parte que eu peço desculpas? – coçou a cabeça rindo, olhando “sem querer” para os peitos da mulher e ficando instantaneamente corado.

– Não tem problema, eu vou arrumar ele de novo. – deixou o manto num canto.

– A propósito, como sabia que eu estava na árvore? – terminava de se despir.

– Eu escutei um barulho no vidro, quando fui olhar vi uma marca de mão nele... Só tem duas pessoas que adoram sujar o vidro, uma delas é o Boruto e o outro... é você. – sorriu enquanto observava ele.

Naruto coçou a cabeça rindo, alguém havia descoberto seus crimes. Quando Hinata o viu reagindo dessa forma novamente, não conseguiu se conter e abraçou ele com muita força. – Eu estou tão feliz por você ter voltado...

– Cuidado, Hinata, se você me abraçar desse jeito pode causa reações... – Ela parecia ignorar o que o marido falava, parecia tão calma e alegre agarrada ao corpo dele. Sendo assim, Naruto decidiu correspondê-la – Eu também... senti muita falta de você.

Ela olhou para Naruto muito contente por ouvir aquilo. Puxou ele novamente pela mão, colocando ele sentado em um banquinho.

– Vou te ajudar com as suas costas! – disse num tom alegre, se posicionando atrás dele enquanto começava esfregar as costas do marido.

– Eu estou me sentindo uma criança com você cuidando de mim desse jeito... mas eu gosto, pode continuar. – sorriu.

Durante algum tempo ele deixou a esposa prosseguir o que estava fazendo. Naruto não queria acabar com a graça dela, mas sabia que aquilo não era justo. Por que Hinata não perguntava se ele obteve sucesso em sua jornada, se valeu a pena largar a família ou qualquer coisa do tipo?. Ao mesmo tempo que aquela receptividade de Hinata o fazia sentir bem, também o deixava inquieto, fazendo ele se sentir mais culpado pela decisão que tomou. Conforme o tempo foi passando, Naruto foi ganhando uma expressão de infelicidade, seus músculos começavam a ficar tensos e perguntas tomavam sua mente.

– Hinata, por favor, pare. – disse sério.

– Ahn? Eu te machuquei? – perguntou confusa.

– Qual é, Hinata? Isso não está certo. – sorriu num tom deprimido. – Eu saio numa jornada idiota e egoísta, largo você, as crianças e a vila, e, quando eu volto, você me recebe com todo amor do mundo? Por quê? Você quer provar alguma coisa?

Ela permaneceu em silêncio por alguns segundos. – Vamos falar sobre isso ama... – dizia um pouco triste, mas foi interrompida pelo marido.

– Não dá, Hinata! Olhe pra você... você está me tratando como se eu fosse o melhor marido e pai do mundo, sendo que eu não sou! – começou a levantar o tom, ficando um pouco nervoso – Vamos lá, Hinata, eu falhei como pai, como marido e como Hokage, então brigue comigo, reclame e diga que eu fui um idiota... só não finja que está contente como se nada disso tivesse acontecido... – abaixou o tom, se acalmando novamente – ...por favor, não finja que eu estou certo.

Ela voltou a esfregar as costas dele, deixando Naruto sem saber o que dizer.

– Eu não consigo... – ele olhou para Hinata, ela derrubava algumas lágrimas enquanto dizia tais palavras. – …eu não consigo ficar brava com você. Ficar essas semanas sem você foi um verdadeiro inferno, eu me senti abandonada... mas antes de você ir embora... eu já estava me sentindo da mesma forma. Antes de você partir, você já tinha nos abandonado... e agora, quando eu olho pra você, aqui e agora, sinto que voltou de verdade. O Naruto pelo qual eu me apaixonei, aquele que gritava pra todo mundo que não voltaria atrás com a palavra, esse Naruto é o que eu sinto dentro de você agora. Por isso eu não consigo ficar brava com você, eu não consigo porque quando eu olho pra você, simplesmente não é raiva o que eu sinto, é outra coisa... é a-a-a... – abraçou ele por trás, escondendo o rosto – ...mor.

Naruto tinha ficado mais do que satisfeito, ouvir aquele desabafo o fez entender melhor tudo que passava pela cabeça dela. Aquilo simplesmente o fez sentir bem, despertou a vontade de se reerguer como ninja novamente, mas agora esse não era seu principal dever. Lá estava ela, abraçando ele por trás, com os olhos derramando incontáveis lágrimas. Os braços dela contornavam seu pescoço com força, como se ela fosse perdê-lo a qualquer momento. O corpo dela grudado ao dele o permitia que sentisse as batidas do coração da esposa, que por sinal estavam aceleradas.

Novamente ele tinha estragado tudo. Sem saber o que fazer, Naruto virou o corpo e puxou a mulher pelo braço, fazendo com que ela caísse no seu colo. Segurava ela com cuidado, a abraçou enquanto acariciava cuidadosamente seu cabelo. Ele queria ao menos fazer ela parar de chorar.

– Hina... eu não sei muito bem como te agradecer por tudo isso, mas eu preciso tentar. – sorriu para ela. Hinata ficou corada ao entender o que ele planejava.

[...Corte estratégico anti-hentai ftw...]

Os dois finalmente terminaram o “banho”. Saíram ofegantes do banheiro, afinal, tomar um simples banho é sem dúvidas algo muito cansativo.

– Q-quer comer algo? Você deve estar com fome... – perguntou caridosa.

– Na verdade eu comi bastante assim que cheguei aqui, então não precisa. Hehe – dizer aquela mentira quebrava sua alma de guloso. Era óbvio que ele estava morrendo fome, principalmente se fosse algo cozinhado por Hinata, mas ele não conseguia se aproveitar mais da bondade dela.

– Sério? Eu achei que não tivesse nenhum lugar aberto por causa do ataque à vila... – Ela sabia que ele estava mentindo... Naruto sem fome era algo tão irreal quanto unicórnios e papai noel.

– Nããão, mas é claro que tem sim! – insistiu na mentira, colocando a mão sobre a cabeça da esposa – O Teuchi abriu o restaurante dele escondido... você sabe como são programas de fidelidade gourmet... quanto mais você come, mais vantagens têm. – desviou o olhar para que Hinata não pudesse descobrir a verdade.

– Tudo bem então. De qualquer forma, eu vou fazer um lanche rápido pra mim, se você também quiser é só... – fingia acreditar nele.

– HAHAHA! – riu escandalosamente – Já que você ofereceu eu não vou fazer desfeita, né?! – continuava a rir de uma maneira forçada.

– Certo! – sorriu gentilmente, seu plano tinha funcionado.

Hinata começava o preparo e não demorou muito para Naruto interromper. Ele ficava sentado na mesa, apenas dando pitaco.

– Ei Hina, você vai lutar amanhã? – perguntou preocupado.

– Todos vão, Naruto, porque eu não iria? – ficou um pouco brava por acreditar estar sendo subestimada.

– Não é isso... – desviou o olhar – A pergunta que eu quero chegar é: Você não deveria estar descansando agora? – encarou Hinata, cobrando a resposta.

– Saber que a minha família está bem é o melhor descanso que eu posso ter, porque isso descansa minha alma... – concluiu Hinata, sorrindo para o marido.

Enquanto ela continuou a preparar a comida, Naruto ficou a observando sem piscar. Ele assimilava todos os momentos que tivera com ela desde sua chegada. Ela teria que estar pronta muito cedo no dia seguinte, mas, ainda assim, lá estava ela. A mulher que se molhou pra tirar ele da chuva, que foi obrigada a tomar banho novamente por causa disso, que agora estava cozinhando por estar preocupada com ele e que sacrificava preciosas horas de sono pra que ele se sentisse confortável. Como ela era idiota por fazer aquilo, mas ele faria o mesmo por ela. Ele simplesmente ficava ansioso pensando nessas coisas, era como se ele precisasse dar algo em troca, mas não sabia o que. Batia os dedos na mesa, impaciente com aqueles sentimentos.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada, achando que ele estava bravo por ela ir lutar.

– Eu te amo... – ouvir essas palavras vindo dele sempre fazia ela ficar muito contente.

– Eu també... – Hinata corou e tentou dizer o mesmo mas foi interrompida por Naruto, que se levantou seguindo em direção a ela.

– Não... você não entendeu, eu não disse “eu te amo” porque eu quero... eu disse porque eu preciso!

Hinata ficou um pouco confusa.

– Quando eu paro pra pensar em você e no que você faz por mim, pelos nossos filhos e pelos nossos companheiros da vila, isso me incomoda, chega a ser insuportável. É igual quando alguém me provoca, eu simplesmente não consigo ficar quieto, só que com você não é raiva... é como se eu fosse preenchido de admiração por essa tal Hinata até não caber mais nada, e eu sinto que eu vou explodir se eu não falar alguma coisa. Quando eu digo “eu te amo”, eu não estou falando isso pra te deixar feliz... É um pedido de socorro – segurou ela – eu estou pedindo pra você tirar essa coisa que me sufoca o meu peito. – fechou os olhos – Então por favor... eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te am... – ele repetia em voz alta, sem parar até ser interrompido por um beijo intenso de Hinata.

Quando os lábios se afastaram, Naruto só conseguiu dizer uma coisa.

– Obrigado! – agradeceu aliviado, encarou ela por alguns segundos e finalizou beijando a testa da esposa.

[…]

Os dois finalmente puderam descansar. Hinata arrumava algumas coisas para o dia seguinte enquanto Naruto já dormia. Embora tivesse uma batalha para travar no dia seguinte, ela estava calma. Parecia que tudo estava voltando a ser como era antes, se não fosse pela guerra, talvez estivesse até melhor do que antes. Deitou ao lado do marido, que a abraçou num reflexo inconsciente. Novamente ela dormia na presença dele, definitivamente as coisas estavam melhorando. Segurou a mão do braço esquerdo dele, o qual a envolvia, mas, estranhamente, não sentiu a aliança de casamento no dedo do marido...