Acordei com uma gritaria danada. Calcei minhas pantufas de coelhinho, é isso mesmo, uma adolescente de 17 anos ainda usa pantufas de coelhinhos, não posso fazer nada se elas me dão sorte, bom nem sempre mas vocês entenderam.

Desci as escadas com sono, e quando eu cheguei na metade da escada eu me assustei com a cena, Alice estava correndo atrás de Emmet com uma frigideira, serio é isso mesmo que vocês leram, e o meu primo estava correndo pela sala igual um doido, enquanto a baixinha só faltava pular em cima dele e acertar a frigideira na cabeça dele, eu sei eu tenho uma família e uma amiga muito doida, mas todo santo dia que eu acordo, tem algum problema nessa casa, daqui a pouco os vizinhos chamam o manicômio e ai eu quero ver onde vai parar essa bagaça.

Suspirei e desci as escadas, Emmet veio correndo e se escondeu de trás de mim, imaginem a cena, um armários e escondendo por trás de uma garota, isso é humilhante, mas quem disse que meu primo liga, para ele não hora do sufoco vale tudo e um pouco mais.

Alice já vinha em cima dela, quando eu a parei e tirei a frigideira da mão dela, eu disse:

– Eu posso saber o que esta acontecendo aqui? Emmet respondeu:

– Essa maluca ai, tá querendo me matar. Alice estreitou os olhos e disse:

– Ele me chamou de baixinha e de anã de jardim, ele disse que eu servia para participar para o elenco dos sete anões, e eu não quero te matar, eu vou te matar. Eu segurei o riso, sai da frente de Emmet com a frigideira na mão e subindo as escadas eu disse:

– desculpa Emmet, mas ela esta certa e pense pelo lado bom, pelo menos eu tirei da mão dela a arma que ela iria usar para te matar, ele é todo seu Alice.

Deu tempo para escutar um palavrão que Emmet disse, e começou tudo de novo, mas agora era só Alice correndo atrás do meu primo querendo socar a cara dele, pelo menos eu não vou ter que levar ninguém para o hospital, bom dependendo da Alice, ela pode muito bem usar o abajur da sala como uma arma, mas tudo bem, ela é doida mas não tanto, ou não...

Subi as escadas rindo e fui me arrumar pra mais um dia de escola.

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– Não acredito que você bateu no Emmet com o abajur da sala? Eu perguntei para Alice e nos duas rimos. Ela assentiu e disse:

– não só bati, mas também dei um tapa na testa dele. Eu ri e disse:

– Coitado, um tapa na testa dói muito. Ela assentiu e nos rimos, depois ela disse:

– Mas ele supera.

Rimos e entramos na escola, e logo de cara vimos todos os alunos mexendo no celular e rindo, sinal que já virão o post da garota do blog, ou o meu post.

Alice me puxou para perto de uma garota, tomou o telefone da mão da menina, ela é muito abusada eu sei. Alice leu o post, começou a ri e disse:

– Bella olha só esse post da garota do blog, a vitima dela agora foi a Lívia, seio eu amo a garota do blog, ela diz a verdade nua e crua. Ela me amostrou o post e era meu mesmo, eu sorri e assenti.

Todos viram quando Lívia pegou o celular de não sei quem e o jogou no chão e saiu correndo, uma a menos no grupo dos populares, sabe a Suzana? Então, hoje ela nem apareceu na escola, mas a humilhação que ela passou não se compara a que todos os dias nos passamos.

Eu e Alice fomos para a sala, é já vi que esse dia vai ser longo.

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Estava na biblioteca esperando o tapado aparecer, ainda não tinha visto Jake chegar, então fiquei contando quantos livros a biblioteca tinha, isso é um passatempo ridiculamente ridículo. Nossa, vou me lembrar de nunca mais falar isso.

Estava entediada ate que Marie, a minha falsa irmã chegou. Ela parou na minha frente e disse:

– Preciso que você me ajude em um trabalho, vale metade da minha nota e sem ele eu não passo.

Cruzei os braços e disse:

– Primeiro eu acho que se diz oi, e segundo eu não vou te ajudar em porcaria de trabalho nenhum, o trabalho é seu e não me, já esta na hora de você começar a fazer as coisas sozinhas. Ela riu e disse:

– Primeiro eu só uso educação com quem eu quero, e segundo você é minha irmã, tem que me ajudar. Dessa vez foi minha vez de ri e dizer:

– Agora eu sou sua irmã? Quando é para me humilhar eu não sou sua irmã, mas agora eu sou? Você é uma falsa Marie. Ela disse:

– Não pedi sua opinião, e quer saber? Não quero mais sua ajuda, não quero a ajuda de uma nerd feia como você, vai que a sua feiura é contagiante. Sabe vou et dar um conselho, primeiro tente ser visível na escola, para depois tentar falar alto comigo.

Ela jogou os cabelos e sair rebolando, vaca!

Suspirei e abaixei a cabeça na mesa, para tentar descansar um pouco, a minha vida esta um inferno tão grande.

Levantei a cabeça e chutei a cadeira que estava no meu lado, a mesma caiu e eu levantei-a, não posso descontar minha raiva nas coisas, vai que quebra e depois eu que tenho que pagar. Bem na hora Edward entrou e disse:

– Nossa, tá com raiva hein. Ignorei o comentário e abri minha mochila em busca dos cadernos. Ele disse:

– Vai me ignorar assim? Levantei a cabeça e disse:

– Não estou te ignorando, só estou tentando achar o meu caderno que não esta aqui. Ele fez uma careta e disse:

– Não aprece, mas vai ver que seu caderno você esqueceu na sala de aula.

Agora que esse pensamento me passou na cabeça, como eu pude ser tão estupida? Suspirei e disse:

– Vou lá buscar. Ele disse:

– Quer que eu vá com você? Me virei para ele e disse:

– Não precisa, só fique me esperando e por favor não saia dai. Ele fez uma careta e eu fui ate a sala de aula buscar o bendito caderno.

Cheguei na sala e lá estava alguns garotos do time de futebol, eles ficaram cochichando alguma coisa, mas não prestei atenção, estava em busca do meu caderno.

Os garotos saíram, e eu fiquei tentando achar o caderno. Depois de uns 2 minutos eu o achei, ele estava escondido debaixo da mesa, fala serio!

Fui ate a porta e a puxei, mas a mesma não abria, tentei abrir umas 2 vezes mas nada, pude ouvir as risadas dos garotos e passos correndo para longe dali. Bom, eu estou na maior furada da minha vida, eu tenho PAVOR de lugares fechados e eu estou em um, e ainda não tem nenhum espirito bondoso aqui na escola para me tirar daqui, pois todos já foram embora! E agora?