Paixão Caipira escrita por Milena Magalhães Aguiar


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oiie *-*
Esse cap é todinho narrado pelo Lucas.
Espero que gostem.
Boa leitura!



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PVO Lucas

‘’ Nada é bom ou mau, o pensamento é que faz as coisas assim! ‘’

Saio da pequena casa onde eu morava atrás da grande casa da fazenda andando devagar até minha caminhonete que ficava escondida. Ainda estava de noite, pois era madrugada. Entro na caminhonete e após me acomodar dou a partida, precisava chegar o quando antes em minha fazenda para poder voltar logo, não gostava de ficar ausente por muito tempo e deixar meus pais, quer dizer meus tios sozinhos por muito tempo.

No trajeto vou pensando na minha vida. Meus pais haviam morrido em um acidente de carro quando eu ainda era um bebê e fui criado desde então por meus tios em uma vida simples, mesmo sendo muito rico. Eu só pude por as mãos no meu dinheiro quando eu completei maior idade. Tive uma boa educação, estudei em uma ótima escola, mesmo sendo do interior. Nunca gostei de luxo e riqueza a vida eu levava com meus tios pra todos eram meus pais era muito boa e eu não a trocaria por nada nesse mundo. Mas quando completei maior idade a quase um ano atrás tive que tomar conta da minha fazenda que meu pai me deixará como herança.

Minha mãe era Cleide era irmã de minha tia Creusa, elas foram pobres a vida toda e minha mãe tivera a sorte de conhecer meu pai Lucio um homem rico e muito bom, já tia Creusa não teve tanta sorte em ganhar dinheiro mais se casou com meu tio Zé que é um homem exemplar, eles eram os melhores pais que alguém poderia ter. Vivia na fazenda dos Moraes por que eu gostava muito de lá. Eu era rico muito rico, mais viver aquela vida que eu vivia não tinha preço eu era ganancio, e eu me orgulhava muito de mim por isso. Cuidar da fazenda dos animais levar a Helen á escola... Não tinha existia nada melhor que isso. Ter que aturar aquela metida todos os dias não era fácil, mas ela jeitinho dela mexia comigo. Ela me encantava.

Ninguém além de mim e meus tios sabíamos que era rico, eu não queria contar para ninguém queria levar minha vida daquele jeito pra sempre, o dinheiro de meu pai não estava nos fazendo falta alguma, vivíamos uma vida boa e honesta. Eu ia á minha vida uma vez por mês para checar como estavam ás coisas por lá, se estava tudo bem e estabilizado. Só ia para isso mesmo e se eu não tivesse nenhum imprevisto que me fizesses demorasse muito voltava no mesmo dia ou no outro dia pela manhã.

Com cerca de duas horas e meia chego á fazenda, estaciono meu carro em frente á casa e solto, não tinha ninguém lá. Tiro uma chave do bolso de minha calça e ando devagar até a porta. Á abro e entro, ando até uma janela e á abro. Aquela casa precisa de um pouco de ar. Me assento em uma poltrona e ouço um latido fraco. Me levanto e saio da casa a procura do ruído. Chego á parte de traz da casa e vejo uma cachorra, que por sinal não estava muito bem.

Me aproximo da pobre cachorrinha que chorava, ela estava grávida e deveria estar prestes a criar. E eu não sabia o que fazer pela primeira vez. Na outra fazenda não tinha cachorros, só a cachorrinha da Helen. Sem contar que naquela fazenda não havia nenhum animal, e eu não sabia como aquela cachorra tinha ido parar justo ali, mas eu precisava ajuda – lá.

Por boa parte do dia fico observando o sofrimento da pobre cachorrinha, esquecendo completamente dos meus compromisso, que eram muitos ainda por cima. Quando a noite começa a cair é que ela cria seu primeiro filhotinho. E depois bem mais tarde outro quatro, inteirando cinco filhotinhos. Sirvo a cachorra com um pouco de ração que tinha comprado, ela precisava se fortalecer para cuidar dos filhotinhos e aquela pobre vira – lata não estava nada saudável.

Não queria me desfazer dela e muito menos dos filhotinhos eles não tinham para onde ir. E eu iria arranjar alguém para tomar conta deles e da fazenda, eu já estava pensando em procurar alguém para isso e com a chegada deles me dera mais esperanças para procurar alguém de confiança para ficar a par da minha fazenda.

Tento me lembrar de alguém em quem eu pudesse confiar a minha fazenda e agora também os cachorrinho, e não demoro muito a me recordar do Juca sobrinho do tio Zé com quem eu passei boa parte da minha infância me divertindo e aventurando. Mas já estava muito tarde para ir á procura do meu velho amigo eu precisava de uma boa chuveirada e de um bom descanso.

***

Na manhã seguinte me levanto bem cedo como de costume. Precisava resolver alguns negócios da fazenda e depois ir á procura do Juca. Me levanto e depois de me trocar saio de casa indo ver os cachorrinhos que dormiam tranquilos. Entro na caminhonete e dou a partida o quanto antes resolvesse meus negócios eu poderia ir embora para casa. Chego na cidade e procurar resolver tudo o mais rápido que pude, passei no banco, no advogado e entre outra burocracias chatas. E só consigo sair a procura do Juca á tardinha, quase de noite. O procura por vários lugares e só o encontro em uma feirinha desmontando sua barraca. Desço do carro e vou ao seu encontro.

– E ai Juca? – Digo.

– Lucas, você por aqui. Quanto tempo. – Diz ele me cumprimentando com um forte abraço.

– Bastante. O que você anda fazendo meu caro amigo? – Indago curioso.

– Agora estou ganhando uns trocados aqui nessa feirinha. – Diz ele com um sorriso.

– Pois eu tenho algo a lhe oferecer.

– Então diga. – Diz ele curioso.

– Quero que você cuide da minha fazenda para mim.

– Serio?

– Claro. Ninguém melhor do que você para isso.

Juca me olha com os olhos cheios de lágrimas e diz:

– Muito obrigada!

– Vamos logo. Tenho que lhe passar algumas orientações.

– Já vou indo. – Diz ele terminando de desmontar a barraca.

Quando ele termina entramos no carro e eu dou a partida. E em alguns minutos chegamos á minha fazenda. Depois de descermos do carro nos sentamos na sala um de frente para o outro.

– Bem. – Começo a dizer. – Vou deixar você por conta da minha fazenda, mas eu sempre vou voltar uma vez no mês para ver como andam as coisa. Quando cheguei encontrei uma cachorra que deu cria a cinco filhotinho e você também irá cuidar deles pois não quero me desfazer deles. Se você quiser pode trazer sua mãe para morar com você. E eu vou mate – lós com mantimentos e tudo para a vida de vocês e fazenda continuarem progredindo. Lhe pagarei um boa continha todo mês. Certo?

– Está mais que certo. Você está dando á mim e a minha mãe uma vida de rei. – Diz ele muito contente.

Começo a rir de sua alegria. E depois de muita conversa eu o levo até sua casa. Ele voltaria na manhã seguinte com mãe. Eu iria embora bem cedo para não chegar muito tarde á outra fazenda e por isso havia deixado a chave da casa com o Juca.

Volto para minha fazenda e depois de um bom banho me deito e fico pensando em como tudo havia ocorrido bem. E nesse momento me lembro de Helen, eu havia sentindo muito a sua falta. Não via a hora de chegar á fazenda para poder vê – lá novamente. Ela era linda com seus olhos castanhos bem escuros, a boca carnuda, corpo bem feito, a pele amorenada, cabelos pretos e lisos no meio das costas. Eu não conseguia tirar a imagem dela da minha cabeça, eu sei que era o que eu deveria fazer, por eu ser só um simples empregado e caipira como ela dizia em sua fazenda mas tentar excluir ela dos meus pensamentos estava fora de cogitação. E foi com esses pensamentos que eu acabei adormecendo.


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Notas finais do capítulo

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Beijocas :*