Paixão Caipira escrita por Milena Magalhães Aguiar


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oii amores :)
Mais um capítulo para vocês.
Uma ótima leitura a todos!



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‘’ Foda – se o que vão falar, dizer ou achar. Vou ser feliz. ‘’

Acordei tarde o que não era mais costume em minha vida desde que eu havia me mudado para a fazenda á alguns meses. Todos os dias, até mesmo nos finais de semana eu acordava cedo. Me levantei e fui direto para o banheiro precisava tomar uma boa ducha, como a muito tempo eu não fazia. Após uma longa ducha, volto para o meu quarto abro meu armário. Coloco uma saia jeans, uma camisa branca e calço minhas botas. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo. Saio do meu quarto em direção á cozinha. Todos com certeza já deveriam ter tomado café. Entro na cozinha, e Creusa me cumprimenta com um sorriso, e depois de me servir ouço Lucas dizendo:

– Mãe a charrete está pronta. Quando a senhora quiser ir.

– Tá bom meu filho. – Diz Creusa coçando sua cabeça e andando em minha direção. – Filha você não pode ir á feira com o Lucas para mim não? Sabe eu tenho muitas coisas para fazer na casa, e se o almoço sair atrasado seu pai pode ficar zangado. Eu lhe dou a lista do que tem que comparar. – Continua ela meio sem jeito.

Olha querer ir eu não queria não mas, não me custaria nada ir a feira para a pobrezinha da Creusa. Eu á olho e, ela estava com um sorriso a espera da minha resposta.

– Claro. Eu vou sim! – Digo.

– Ah! Que bom. Fico muito agradecida. – Diz Creusa toda sorridente me entregando um pequeno papel com a lista do que eu deveria comprar.

Acabo de comer e volto ao meu quarto, precisava pegar minha bolça antes de sair. Pego minha bolça coloco a lista que a Creusa havia me dado e saio do meu quarto, andando devagar até a varanda onde o Lucas estava como sempre parado em frente a charrete. Ele usava uma camisa xadrez, uma calça jeans um pouco justa, botas e aquele chapéu ridículo na cabeça, um verdadeiro caipira. Subo na charrete. Eu havia aprendido a subir naquela joça bem depressa, por incrível que pareça. Assim que ele se assenta ao meu lado e coloca a charrete para andar ele diz irônico:

– Então quer dizer que a metidinha sabe fazer feira?

– Claro... – Digo em dúvida.

– Claro que não sabe! – Diz ele rindo muito de mim.

Fico meio sem graça, e digo tentando ter um pouco de confiança.

– Eu sei sim tá.

– Sei... – Diz ele rindo muito.

Eu mando uma língua para ele que só balança a cabeça para os lados em sinal negativo. Depois de ser sacudida para lá e para cá por um bom tempo, chegamos a tal feira. Desço da charrete e vou andando com o Lucas e seu chapéu ridículo atrás de mim. Abro minha bolça e pego a lista. Tinha que comprar tomates, batata, verdura, legumes entre outras coisas. Resolvo começar pelo tomate, paro em uma barraca e começo a escolher os tomates, tentar escolher os tomates.

– Vamos lá metidinha. Quero ver se você sabe mesmo fazer feira. – Diz Lucas em um tom debochado.

Escolho alguns tomates, e coloco em um saquinho plástico. Lucas me olha com um ar de desapontamento e diz:

– Não é assim metidinha. Esse tomates não estão bons. Vem deixa eu te ajudar.

Ele pega os tomates que eu havia escolhido e os coloca em seus lugares. Depois pega alguns tomates e vai me mostrando qual estava certo. Eu havia escolhido vários tomates estragados ou então verdes. Ele me ensinou que eles precisam estar bem maduros e vermelhos. Depois de pagarmos fomos comprar as outras coisas que estavam na lista da Creusa.

O Lucas sabia escolher muito bem as hortaliças. Enquanto eu o observava, ele ia fazendo á feira sozinho e, tranquilo, me mostrando o que estava certo e o que estava errado. E eu entendi rápido tanto que as batatas foi eu quem escolhi, claro que com á ajuda do Lucas.

Quando compramos tudo o que era necessário, voltamos para á charrete. Ele carregou as compras todas sozinho. Depois de colocar tudo na charrete nos assentamos e ele faz a charrete sacudir por mais um bom tempo.

– Sabe metidinha até que foi legal. – Diz ele sorrindo.

Ele tinha um sorriso lindo. Não só o sorriso, mas ele também era lindo de mais.

– Eu sei. Foi bem legal sim! – Digo.

– Que bom que você gostou. Eu fico contente.

– Claro, depois de rir muito de mim.

– Você é engraçada metidinha. O Seu jeitinho é o máximo.

Chegamos á fazenda e, ele pega as sacolas as levando para a cozinha. Entro em casa exatamente na hora em que papai, mamãe e tio Marcelo se assentavam para almoçar.

– Onde você estava? – Diz papai.

– Fui á feira para Creusa. – Digo.

– Ah sim. Até quem fim fez alguma coisa que presta né filinha. – Diz papai.

Nossa pensei que eu não fosse tão imprestável assim, mas pelo visto para papai eu era. Me sirvo com um pouco de comida, não estava com muita fome. Como em silêncio, deixando meus pensamentos perdidos naquele caipira ridículo do Lucas.


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Notas finais do capítulo

Comentem por fazer, seus comentários me inspiram a continuar escrevendo.
Beijokinhas :*