‘’ Que todo ódio se transforme em amor! ‘’

POV Paulinha

Eu não podia crer que tudo tinha dado errado, e que aquela idiota da Helen não havia morrido, e que ainda estava com o Lucas e que havia perdido ele. Quanto ódio eu estava sentido deles. Até o apoio da minha tia eu tinha perdido. Meu Deus o que faria da minha vida agora, eu necessitava ter aquele cara, ele tinha que ser meu, meu...

Estava jogada na cama chorando copiosamente. Passo a mão pelos meus cabelos e vejo que uma grande mecha de cabelo estava em minha mão quando a tirei da minha cabeça. Me assunto e levanto. Saio do meu quarto carregando os cabelos em minha mão.

Abro a porta do quarto de minha mãe que se assusta. A olho e em seguida abro minha mão, ela me olha espantada e se levanta de sua cama vindo em minha direção.

– O que é isso?

– Meus cabelos, meus cabelos estão caindo. Eu estou ficando careca.

– Clama, não é pra tanto. Nos vamos ao médico imediatamente. Precisamos saber o que está acontecendo com você.

Minha mãe pega minha mão e me leva até a garagem. Entramos no carro e mamãe da á partida em direção ao hospital. O transito estava caótico, demoramos mais de uma hora até chegarmos em frente ao hospital, deixamos o carro no estacionamento e saltamos. Entramos no hospital, mamãe vai até a recepção onde conversa algumas coisas com a recepcionista.

– O Doutor Marcos irá chama – lás logo. – Diz a Moça.

– Certo. Obrigada!

Mamãe me olha e sorri, e retribuo. Nos assentamos, e ficamos conversando sobre um assunto qualquer. Poucos minutos depois um médico com um semblante leve nós convida para entrar em seu consultório. Entramos e nos assentamos de frente para ele. Mamãe lhe conta o que estava acontecendo e ele me pede para assentar na maca para fazer algumas avaliação.

– Bem, pelo que pude perceber. Além da queda de cabelo, ela tem alguns roxos em algumas partes do corpo. Peço que aguardem um pouco lá fora que vou examinar melhor o assunto e já lhes chamo.

– Tudo bem!

Ele sorri e sorrimos em retribuição. Saímos do consultório e tornamos a nos assentar. Em um certo momento enquanto conversava com mamãe esperando pelo médico, começo a tossir. Coloco a mão em frente minha boca e quando a tiro havia sangue, mamãe e eu ficamos apavoradas. Resolvemos sair em direção ao banheiro e quando saímos para ir vejo um outro médico entrar no consultório onde eu tinha sido atendida.

Entramos no banheiro eu lavo minha mão e em seguida minha boca que estava com gosto de sangue. Olho para minha mãe que estava apreensiva e começo a chorar, estava preocupada com que poderia estar acontecendo comigo.

Voltamos a nós assentar em frente ao consultório e em poucos minutos o médico torna a nos chamar. Entramos no consultório e voltamos a nos assentar de frente para os médicos, sim havia outro médico.

– Esse é o doutor Miguel. Ele é Oncologista...

– Mais ele é médico de câncer. – Diz mamãe.

– Exatamente! Ainda não temos um conclusão certa precisamos fazer alguns exames mais pelo que pude ver e depois que consultei o doutor Miguel tive quase certeza de ela possa estar com câncer.

– Meu Deus! – Digo colocando uma mão enfrente da minha boca.

– Se vocês quiserem nós podemos fazer o exame de uma vez para que vocês tenham certeza absoluta sobre o caso dela e nos médicos também é claro. – Foi a vez de Doutor Miguel.

– Nos queremos fazer agora se possível. – Diz mamãe.

– Me acompanhem até o laboratório, precisamos fazer uma colheita de sangue. – Diz Doutor Miguel.

Eu e mamãe nos levantamos e seguimos o Doutor até o laboratório mamãe lhe conta o que havia acontecido quando eu tossi, e ele nos olha surpreendido. O Doutor Miguel era gatinho, alto, branquinho, cabelos pretos, corpo atlético, lábios carnudos e um olha cativante. Percebi que ele me lançava olhares disfarçados. Me assento em uma cadeira e um moça sorridente faz os procedimentos para colheita de sangue, eu odiava ter que tirar sangue, mas era preciso, tinha quer saber o que eu tinha, e tomara que não fosse câncer.

– Prontinho. – Diz a Moça.

– Então, peço que esperem lá fora assim que tiver o resultado lhes chamo.

– Tá bom, obrigada! – Diz mamãe.

Mamãe coloca uma das mãos em meu ombro e saímos do laboratório. Nos assentamos e ficamos a espera do resultado. Ficamos ali, sem trocar nenhuma palavra. O tempo parecia não passar, era uma demora terrível, parecia que me machucava por dentro aquela demora.

– Entrem por favor! – Diz Doutor Marcos.

Entramos no laboratório quase vinte minutos depois. Os médicos nos olham com um certa tristeza, e eu pude ver que resultado tinha dado positivo.

– Eu sinto lhe informar que infelizmente sua filha estar com uma leucemia maligna. Ela tem pouquíssimo tempo de vida. Sinto muito! – Diz Doutor Marcos.

E eu mamãe caímos em um choro copioso, abraçadas nos assentamos no chão dando livre percurso as lágrimas. O que seria de nos agora? Na verdade o que seria da minha mãe, pois éramos somente eu e ela, e eu infelizmente teria que deixa – lá em breve. Aquilo me doía muito, ter de deixa – lá sozinha. E também ter que perder minha vida tão novo por um doença maligna.

***

Uma semana havia se passado deste o dia em que eu tinha descoberto que estava com leucemia. Estava fazendo tratamento todos os dias da semana porque meu caso era mais grave e mesmo eu o fazendo tinha pouquíssimas chances de me salvar, só por um milagre.

Meus cabelos estavam caindo por isso optei em raspa – ló. Estava indo para clinica junto com minha mãe pois lá mesmo eu iria raspar meus cabelos. Aquilo iria doer muito em mim, eu sempre cuidei dos meus cabelos, tive sempre cuidado extremo com eles e agora teria que corta – lós.

Enfim chegamos a clinica. Doutor Miguel nos leva até a sala onde eu rasparia meus cabelos, ele estava cuidado do meu caso, era muito compreensivo e amoroso conosco.

Entramos na sala, e uma mulher com uma cara fechada se aproxima de nos, nos cumprimenta e me convida para assenta. Ela pega uma tesoura e começa a cortar meus cabelos. Em seguida quando meus cabelos estavam bem curtinhos ela pega uma maquina e começa passar no meu cabelo e em alguns minutos eu já estava careca. Me levanto e olho me no espelho, minha primeira reação foi o choro, eu chorei. Minha mãe até saiu da sala. Vejo Doutor Miguel se aproximar pelo reflexo do espelho.

– Você está linda. Continua mais linda do que nunca.

Com aquela palavras começo a chorar mais ainda. Me viro em sua direção e o abraço colocando minha cabeça em seus peito. Ele retribui o abraço e acaricia minha cabeça.