‘’ Um dia a gente cansa de esconder o lado triste. ‘’

POV Helen

Abro a porta. Ele estava parado bem ali na minha frente, com os olhos inchados e com a Amora no colo. Me fasto da porta o dando passagem. Ele passa uma das mãos no cabelo. Me entrega á Amora, e se volta para porta. Gira a maçaneta e eu digo:

– Não se vá ainda. Precisamos conversar.

Ele olha apreensivo e concorda com a cabeça.

– Venha. Vamos até meu quarto. – Digo.

Vou andando em direção ao meu quarto com ele vindo atrás de mim. Entro em meu quarto e ele também.

– Fecha a porta por favor! – Digo.

Ele fecha a porta e eu coloco Amora em cima da minha cama, me assentando em seguida.

– Se assente.

Ele assenta e me olha. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– Bem, em primeiro lugar obrigada por cuidar da Amora durante todo esse tempo. E também por ser preocupar comigo.

– Não precisa agradecer. Fiz isso porque eu gosto muito de vocês e... – Ele para de falar e abaixa a cabeça.

– Quero que saiba que eu não lhe culpo mais pelo que aconteceu em relação ao acidente no celeiro...

– Ah...

– Mas, isso não quer dizer que esqueci e que eu também acreditei. Eu estou muito confusa ainda. Meus pensamentos e sentimentos estão muito tumultuados ainda. Meu coração está ferido, quebrado. Na verdade acho que ele se transformou em uma pedra... Uma pedra de gelo talvez, que ao poucos vai se derretendo, de gota em gota. Mas agora neste momento não dá mais. Ainda está doendo muito. – Digo tudo isso chorando.

Ele também estava chorando muito. Nossos soluços começam a se misturar.

– Eu te entendo. – Ele diz em um certo momento. – Você pode ter certeza de que eu vou te esperar sempre, pelo resto da minha vida se for possível. Eu lhe amo muito, mais do que minha própria vida.

Depois de ouvir aquelas palavras eu o abraço e encosto minha cabeça no peito dele e começo a chorar, soluçando muito alto. Ele me abraça e encosta seu rosto na minha cabeça.

Me afasto e engulo o choro abro um sorriso leve. Ele retribui ainda com lágrimas nos olhos.

– Acho melhor eu ir embora. Quando seu coração descongelar e se você ainda me quiser e só me chamar que eu venho onde você estiver. Vou continuar aqui no Rio até obter sua resposta. Se for não pode ter certeza que você nunca mais irá me ver. – Ele diz se levantando.

Ele abre a porta e sai eu saio atrás dele. Em seguida ele abre a porta de saída. Ele me olha e acena com a cabeça, faço o mesmo. Volto para meu quarto, fecho a porta. E vejo Amora, corro para minha cama e pego em meu colo e lhe dou o abraço forte que tanto queria lhe dar. Ela estava fofinha e gordinha. Acho que o Lucas havia á dado muita comida.

Fiquei ali deitada com a Amora me deixando ficar, presa na minha conversa com o Lucas. Me levantei rápido. Abri a porta do meu quarto e sai correndo até a porto escritório de papai, desta vez pela primeira vez em toda minha vida entrei no escritório dele sem bater na porta.

– Filha, o que houve? Deseja alguma coisa?

– Sim. Quero saber onde o Lucas está hospedado.

– Hum...

Papai pega um pedaço de papel e anota algumas coisas lá, em seguida me entrega.

– Tome. Aqui tem dinheiro para o táxi.

– Obrigada. – Digo lhe estalando um beijo na bochecha.

Saio do escritório as presas. Vou para meu quarto me troco colocando um vestido soltinho, pego minha bolça e saio as presas de casa. Entro no elevador em poucos segundos chego a portaria, onde peço um táxi que não demora muito a chegar.

Entro no táxi e lhe dou o endereço do hotel onde o Lucas estava hospedado. Em alguns minutos ele me deixa em frente a um hotel simples, a cara do Lucas, nada de luxo assim como ele gostava. Pago o taxista e saio do carro. Olho o papel que papai havia me dado. Ele estava no terceiro andar. Entro no hotel, vejo que não tinha elevador. Teria que subir três lances de escada. Com alguns minutos chego em frente a porta do hotel de onde ele estava, bato na porta de leve. Ele abre e me olha surpreso.

– Você aqui? – Pergunta ele.

– Sim.

– Entra. – Ele diz me dado passagem.

– Com licença. – Digo entrando.

Olho em volta e vejo que um local bem simples.

– Então, a que devo a honra de receber uma visita tão especial?

– Ah isso!

Fico na ponta dos pés e o roubo um selinho, ele abre seu lindo sorriso e eu não resisto me jogo em seus braços e nos beijamos loucamente apaixonados. Ele me pega no colo e eu coloco minha pernas em volta da cintura dele. Ele deitada no sofá. E começa a me beijar, beija meus lábios, meu pescoço. Depois ele tira sua camisa, ver aqueles músculos todos me deixaram louca. Ele continua a me beijar freneticamente. Um calor começa a subir pelo meu corpo todo. Ele para de me beija e me lança um sorriso malicioso, danadinho! Ele tira meu vestido e continua me beijando, fazendo com que o meu calor ficasse ainda maior. Em pouco minutos nossos corpos estavam colados um no outro.

Algum tempo depois nos soltamos um do outro. Ficamos nos observando. Eu não queria nunca mais ter que ficar longe do Lucas. Agora eu tinha certeza que ele não tinha nada a ver com aquilo, que tudo tinha sido armação da Paulinha.

– Meu Deus! Eu só posso estar sonhando.

– Não está não. – Digo sorrindo.

– Meu amor. – Ele me abraça forte e nos entregamos um ao outro novamente.