‘’ Minha meta é ser feliz não perfeita! ‘’

Me levantei tarde era sábado e eu estava de férias, fui ao banheiro fiz minha higienes pessoais, tomei um banho longo e sai enrolada na toalha. Abri meu armário, peguei um shorts jeans, uma regata rosa claro, coloque meus chinelos, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e sai do meu quarto andando de vagar em direção a cozinha. Já estava quase na hora do almoço, então peguei uma goiaba e sai da cozinha indo em direção ao celeiro onde o Lucas estava escovando os pelos de um cavalo branco.

– Oi. – Digo me aproximando.

– Oi metida. – Ele diz com um sorriso enorme no rosto.

Retribuo o sorriso e me apoio nas pontas dos pés e o dou um beijo na bochecha.

– Esse beijo seria melhor aqui. – Ele diz soltando a escova e se aproximando de mim para um beijo.

– Para! – Digo o dando um leve empurram. – Você está sujo.

– Ae? – Ele diz tirando a camiseta surrada e toda suja que usava.

Ele tinha um corpo atlético, bem malhado. Por morar no interior até que ele tinha um corpo bem definido. Fico o observando por um tempo sem conseguir piscar ou então tirar meus olhos de seu corpo.

– Gostou? – Ele diz me tirando de meus pensamentos.

– E como. – Penso melhor e torno a dizer. – Sim. Até que você dá pro gasto.

– Ah agora além de metida é mentirosa também? – Ele diz irônico.

Começo a rir e ele me acompanha, ele era muito perfeito, eu o queria pra sempre. Suspiro e ele me abraça por traz e eu abro um grande sorriso.

– Eu estou tão feliz por estarmos juntos.

– Nos não estamos juntos ainda. Estamos deixando acontecer para ver se vai dar certo. – Ele diz serio, mas ainda enlaçado em mim.

– Tá bom, tá bom. – Digo me soltado de seus braços. – Preciso de sua ajuda.

– Pra que ?

– Vou fazer uma festa junina no domingo e queria saber se você pode me ajudar? – Digo sorrindo.

– Vou pensar. – Ele diz todo convencido e eu o dou um tapa de leve no braço. – Não precisa pedir meu anjo, você manda eu faço tudo o que você quiser. – Ele diz me pegando no colo e me girando.

***

A semana foi se passando bem rápido, cada um cuidado de suas obrigações, Lucas ajudava a mim e a Cláudiara com a organização. Maristela ficou com os preparativos e meu tio a ajudava por não querer a deixar nem por um minuto, seus olhos nem piscavam. Ele estava perdidamente apaixonado por ela. E a Creusa ficava por conta das comidas e bebidas típicas de festa junina.

No sábado de tardinha quase escurecendo eu, Cláudiara e Lucas ajudamos meu tio e a Maristela a colocar as bandeirinha em volta do local onde havíamos sepado para fazer a festa junina. A festa começaria no dia seguinte na hora do almoço e duraria o resto dia. Eu havia chamado o colégio todo e praticamente a cidade toda por ser pequena tinha poucas pessoas e por isso eu podia chamar quase todas as pessoas que não daria muita despesas. Meu pai havia concordado com tudo, iria bancar tudo numa boa, já minha mãe com sua negatividade havia detestado. Falava que não iria dar certo, que iria chover, blábláblá. Vivia jogando praga na pobre da minha festa, sendo que ela não estava ajudado em nada nem com nada não sei pra que ficar reclamando se ao menos estivesse fazendo com alguma coisa, mais não. Não estava então eu acho melhor ela ficar bem caladinha se não ia sobrar pra ela.

Tudo estava praticamente arrumando quando um certo alguém me roupa um beijo escondido para que ninguém visse, aquele foi o primeiro beijo que demos durante o dia todo, e foi um ótimo beijo por sinal. Quando finalmente conseguimos acabar de arrumar tudo o que faltava, meu tio pega a caminhonete para levar a Cláudiara e a Maristela em suas casas. Eu começo a arrumar algumas coisas que estavam fora de ordem para não ter que deixar nada para arrumar amanhã em cima da hora. Com tudo pronto vou andando devagar para casa precisava de um bom banho bem longo e da minha cama. Sinto alguém tampar meus olhos com uma mão e passar o outro braço em volta do meu ombro.

– Adivinha quem é? – Ouço o palhaço do Lucas disfarçar a voz e começo a rir.

– Mamãe! – Digo não conseguindo parar de rir.

– Não. Você tem mais uma chance. – Ele diz ainda disfarçando a voz.

– Então é meu paizinho.

– Não. – Ele diz desapontando. – É o amor da sua vida. – Ele diz tirando a mão dos meus olhos e na minha frente havia uma rosa branca, me viro em sua direção e pulo em seu pescoço.

– Você é lindo sabia?

– Poço até ser lindo, mas beleza igual a sua não existe.

– Bobo. Então eu sou o seu amor?

– Sim. Acho que desde a primeira vez que eu te vi eu fiquei louco e perdidamente apaixonado por você.

Eu o barço forte e ele também faz o mesmo. Eu amava muito aquele caipira bobo, idiota, palhaço, amável e ás vezes até insensível, mas minha vida não era mais nada já não fazia mais sentido sem ele nela. Na verdade nem sei o que seria dela mais sem ele. Ficamos um tempo juntos até que eu ouço meu tio chegar e resolvo entrar para dentro de casa antes que ele nos visse juntos, não que eu não queria ou que tivesse vergonha, não era nada disso era o Lucas que achava que o melhor era não falarmos nada pra ninguém por enquanto e deixar como está, fazer o que né.

– Acho melhor eu ir. Tchau. – Digo acenando assim que vejo meu tio sair da caminhonete.

– Tchau. – Ele diz com um sorriso de lado.

Vou andando rápido para meu quarto e depois de um longo e ótimo banho coloco um pijama confortável e me jogo na cama olho para mesinha de cabeceira e vejo a rosa que o Lucas havia me dado e com isso acabo dormindo.