‘’ Tudo na vida é perder ou ganhar. Tem que apostar sem medo. ‘’

Passei o resto da noite em meu quarto pensando naquele beijo. Eu já não conseguia tira – ló do pensamento, agora então que não conseguiria mesmo. Não dei confiança para Amora, não desci para o jantar inventei uma dor de cabeça, e nem sei se dormi ou não, porque meus pensamentos estavam fixos no Lucas e em seu beijo.

***

Quando acordei na manhã seguinte, me levantei e tomei um banho rápido. Vesti um vestido na altura da coxa, calcei minhas botas, peguei minha bolsa e sai do meu quarto indo até a sala de jantar, onde eu comi um pedaço de bolo de chocolate eu estava com bastante fome. Logo após saio em direção á varanda onde ele estava em frente á charrete como de costume, me esperando. Ao me ver abre um sorriso disfarçado, retribuo o sorriso e caminho até onde eu me assentava e ele faz o mesmo, fazendo a charrete andar. No caminho não trocamos nenhuma palavra, apenas nos olhamos algumas vezes. Ele para a charrete e eu o ouço dizer:

– Vai rápido porque o portão vai se fechar logo. E tenho que resolver várias coisas aqui na cidade antes de voltar para te buscar.

Eu olho fixamente em seus olhos, e depois olho para o portão do colégio e torno a olhar para ele de novo e digo:

– Eu vou com você!

– Mas e o colégio?!

– Segunda – Feira eu vou.

– Mas...

– Mas nada. Vamos. – O interrompo, o olhando séria.

A quanto tempo eu não matava aula, eu estava disciplinada. Mas como era bom meus tempos de vida louca, quando eu não ligava para nada só para matar aula e curtir, enquanto as notas se afundavam e eu passava no colégio por um milagre. E depois de me encarar por um tempo ele faz a charrete andar.

Andei de charrete a manhã inteira, sem falarmos nada um com o outro. Ele estava diferente . Será que ele havia se arrependido do beijo que havíamos dado. E eu depois de criar uma coragem que nem eu sabia que existia em mim digo.

– Você se arrependeu de ter me beijado?

– Não.

– Então porque não está me dado confiança? Tá estranho comigo.

– Olha Helen você é a patroa e eu o empregado. Isso não dá certo.

– Mas Lucas foi só um beijo, nada mais.

– Nada mais para você né! – Ele diz um pouco aborrecido.

– O que você quis dizer com isso?

– Nada.

– Lucas...

– Assim é melhor. Ninguém sofre. – Ele me interrompe.

Seus olhos brilhavam quando ele me olho. Não sei se eu havia feito certo falando que havia sido ‘’ um beijo ‘’ sendo que não foi só isso, nem para mim e pelo que havia percebido para ele também não. Como eu era burra. Ele devia está interessado em mim.

Continuamos a andar de charrete por um bom tempo. Até ele parar a charrete em frente a uma mercearia onde ele iria entregar uma encomenda. E de frente para á mercearia havia um parque de diversões, me animo. E depois de abri um sorriso disfarçado percebo que o Lucas já havia voltado para charrete.

– Vamos vir no parque hoje a noite? – Convido.

– Não sei.

– Porque?

– Já disse que não sei. Não enche.

– Olha o respeito. Eu sou sua patroa como você disse, então se eu quero que você venha ao parque comigo, você virá. – Digo sorrido.

Ele me olha muito insatisfeito pelo que pude perceber, ele tentava fugir de mim de qualquer maneira. Mas essa era uma coisa que ele não conseguiria com facilidade, porque quando eu quero uma coisa não desisto enquanto não consigo, e com ele não seria diferente. Ele faz a charrete andar seguindo em direção a fazenda.