Paixão Caipira escrita por Milena Magalhães Aguiar


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiie *-*
Espero que gostem.
Boa Leitura!



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PVO Helen

‘’ Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram. ‘’

Quando acordei naquela manhã para ir á escola, depois de tomar meu café da manhã fui para varanda, mas desta não era a charrete do Lucas que esperava e sim a caminhonete de Tio Marcelo. Lucas tinha ido viajar e eu fiquei totalmente triste e decepcionada quando descobrir na noite anterior. Eu já estava acostumada á ir todo dia pra escola com aquele caipira chato. Entro na caminhonete e Tio Marcelo da á partida.

– Pode ficar despreocupada por que vai ser só hoje que eu vou lava – lá e busca – lá na escola. O Lucas volta hoje mesmo. – Diz meu tio.

Quem disse que estava preocupada em ir ou não com aquele caipira para a escola? Não tinha nada melhor do poder andar de carro, pelo menos ele não sacudia para lá e para cá igual aquela charrete.

– Eu não estou preocupada com isso titio. – Digo.

Mas que eu não via a hora do Lucas voltar isso era verdade, não tinha graça alguma ir para escola sem ele. E nem ao menos me contou que ia viajar eu que fiquei sabendo por papai na hora do jantar. Ficar um dia, um único dia que fosse sem ao menos ver aquele caipira ridículo era demais.

Chego á escola e desço da caminhonete me despedindo de tio Marcelo com um beijo na bochecha. Vou andando rápido até minha sala de aula onde cumprimento Maristela com um aceno e me assento em meu lugar e depois de conversar um pouco com Cláudiara começo a prestar atenção na aula. Eu estava indo muito bem na escola, por incrível que aparece, pelos menos aquela cidadezinha tinha alguma coisa boa me fazer querer estudar e prestar atenção nas aulas o que era muito difícil na cidade grande.

No final da aula, saio apressada para o portão principal da escola para esperar meu tio. Cláudiara se despede logo de minha pois tinha um compromisso e eu fico sozinha a espera de Tio Marcelo. Que demorou muito, Maristela me fazia companhia até meu Tio chegar. Mas ele não chegava e estava quase me deixando louca. Eu odeio ter que esperar. Até que finalmente quase meia hora despois meu Tio dar o ar de sua graça.

– Desculpe querida, ouve um pequeno imprevisto. Na verdade eu me esqueci que tinha que te buscar, por isso só cheguei agora. – Diz Tio Marcelo ofegante.

Isso é que um bom Tio, um Tio que considera mesmo a sobrinha preferida, esquecer de busca – lá na escola a única vez que lhe é pedido, isso é que tio.

– Tudo bem titio. – Minto. – Tchau Maristela.

– Tchau. – Diz Maristela também saindo da escola.

Entro no automóvel e meu Tio da a partida.

– Poxa tio você realmente se esqueceu de me buscar. – Digo fazendo manha.

– Sim querida. Me desculpe. Eu não sou acostumado á sair de casa esse horário por isso me esqueci completamente. Mas eu juro que não foi por mal. – Diz meu Tio arrependido.

– Tá bem tio, eu te entendo. – Digo sorrindo.

– Quem era a moça que estava com você? – Diz ele interessado.

– Minha professora. – Digo.

– Linda ela. – Diz ele em um certo tem de atrevimento.

– Olha lá heim titio! Não vai tentar fazer a minha professora de boba, com você sempre faz com todas. – Digo rindo.

– Que isso Helen! Eu sou um homem direito e correto. – Diz ele rindo.

– Corretíssimo! – Digo rindo mais ainda.

– Não, agora é sério mesmo. Me da uma ajudinha com ela vai. – Diz meu tio sério.

– Isso é sério?! – Digo um tanto que incrédula.

– Claro. E por que não seria? – Diz ele.

– Sei lá. Você não é um cara que passa ajuda para conseguir alguma garota. Ainda mais essa sendo uma simples professora, na verdade minha professora, que é sua sobrinha, caso você tenha se esquecido.

– É obvio que não me esqueci. Mas e ai vai me ajudar ou não? – Diz ele.

– Eu posso tenta. – Digo sorrindo.

Ele retribui o sorriso e segue em direção a fazenda.

***

A sexta – feira se passou e nada do caipira. O sábado também se passou e nada dele, deixando aqueles dois dias insuportavelmente tediosos. Não havia nada para fazer naquela fazenda sem a presença do caipira que sempre arrumava algo interessante mesmo ele não sabendo que era isso pra mim, para fazermos. Passei o sábado todo dentro do meu quarto com Amora no colo olhando pela janela esperando pela chegada dele. Que não veio, nem pela manhã, nem pela tarde e muito menos pela noite que exausta de esperar acabei adormecendo ali mesmo no sofá de dois lugares embaixo da janela que havia ficado aberta durante a noite me fazendo acordar antes das 5:00 horas da manhã, e não consigo dormir de novo mesmo á fechando e indo para minha cama.

Tento dormir novamente e não consigo, ainda era de madrugada, todos ainda estavam dormindo até os empregados, animais, e eu ali acordada com um expectativa fora do normal, eu queria muito que o caipira chegasse. Eu estava sentido muito a falta dele. Me levanto novamente de minha cama, pego meu cobertor o enrolo no meu corpo e volto para o sofá, abro as cortinas, ainda estava escuro. Me deito no sofá e com muito custo acabo dormindo, um sono longo por sinal.

Acordo assustada com os cascos de cavalo, me ajoelho ás pressas no sofá e abro a janela. Era uma charrete, uma charrete que conhecia muito bem, a charrete do caipira. Instantaneamente abro um sorriso largo, minha felicidade era imensa maior do que eu por sinal. Joguei a coberta no chão e sai do meu quarto correndo em direção á saída, eu precisava ver o caipira, sai do meu quarto ainda de pijama e descalço. Não me importava com nada, nem como estava o que eu mais queria no momento era ver o caipira.

E lá em frente a varanda estava ele tirando algumas coisas da charrete, eu não pensei duas vezes e corri para abraça – ló, ele me pareceu um pouco assustado, mais retribui o abraço com muito carinho. Eu fiquei ali nos braços daquele caipira mais lindo que eu já tinha conhecido, claro ele era o único que eu havia conhecido. E só naquele momento percebi onde eu estava e como estava vestida, e o que eu tinha feito, e me afasto dele dizendo:

– Desculpa.

– Não precisa se desculpar. – Diz ele sorrindo.

Eu retribuo o sorriso e ficamos um bom tempo nos olhando fixamente.

– Bem. Eu só queria muito saber o motivo desse abraço? – Diz ele desviando os olhos.

– Foi apenas um impulso. – Minto.

– Você pode pensar que me engana. – Diz ele.

– Mas...

– Eu sei muito bem que esse abraço foi por que você sentiu minha falta. – Ele me interrompe.

– Sim... Claro! De onde você tirou isso?! – Digo um pouco alterada.

– De seus olhos. E também você não sabe mentir. Se embaralha toda com as palavras. – Diz ele com um sorriso.

– Mas eu não senti sua falta. – Continuo mentindo.

Ele se aproxima de mim e diz baixinho:

– Você pode querer se enganar, mas como eu disse a mim você não engana.

Ele me da um beijo na bochecha, que eu tenho quase certeza que ficou levemente avermelhada e corada de emoção, se vira e volta a descarregar a charrete. Ele nem era atrevido heim? Fico o observando por um tempo, mas logo me lembro que ainda ali e de pijama e se papai me visse daquela maneira com certeza iria brigar muito comigo. Volto para meu quarto apressada. Precisava me trocar e ver o caipira de novo. Ele era muito lindo, e eu não queria ficar mais longe dele tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Comentem. Beijos :*