Paixão Caipira escrita por Milena Magalhães Aguiar


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eii, espero que gostem. Uma boa leitura! ♥



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‘’ É verdade que um dia você chega lá, mas, se começar agora, chegará mais depressa. ‘’

O dia havia amanhecido claro, mas nem um pouquinho ensolarado. Acordei olhei ao redor meu quarto estava na penumbra, pego meu celular que estava em baixo do meu travesseiro onde ele ficava durante a noite e o olho já se passava das 9:00 horas da manhã. Me levanto e vou ao banheiro, faço minhas higienes pessoais, e depois de uma boa ducha me enrolo na toalha e saio do banheiro, abro meu armário pego uma calça jeans uma regatinha e visto, calço meus chinelos e saio do meu quarto em direção a sala andando devagar. Meus pais estavam lá, mamãe entretida em uma revista de modas e papai como sempre falando no celular, com uma cara meio brava. Era sábado e pelo visto seria chato como todos os outros.

Me aproximo do sofá onde mamãe estava e me assento ao seu lado, ela me olha com o canto dos olhos e não fala nada. Pego o controle e ligo a TV procuro um canal que estivesse passado algo legal, o que era difícil porque não tinha nada de bom. Olho em direção a porta de entrada da sala e vejo a minha cadelinha Amora se aproximando de mim balançando seu rabinho, com lacinho nas orelhinhas, ela estava uma fofa. Havia me esquecido de pega - lá quando acordei ela dormia no meu quarto junto de mim. Ela era como minha filha, sempre muito bem cuidada, também com sua raça de pedigree não poderia ser descuidada, minha Amorinha – é assim que eu á chamo – era uma Yorkshire peludinha preta com marrom, ela era perfeita. A pego em meu colo e observo papai se levantando e chamando mamãe, ele parecia muito nervoso e bravo. Continuo na sala brincando com a Amorinha, até que escuto papai falando um pouco alto. Um tempo depois mamãe volta a sala e me olha por alguns instantes e depois diz:

— Helen seu pai quer conversar com você. - Eu a olho se entender nada, o que eu tinha feito? Nada, as aulas nem tinham voltado ainda. Me levanto e acompanho mamãe até o escritório de papai, onde ele passava a maior parte do tempo. Quando chego lá papai estava em pé com uma cara extremamente feia, eu nunca o tinha visto daquele jeito fiquei até um pouco assustada, ele me olha e diz:

— Acho melhor você se assentar minha filha. - Papai falou com uma calma que não existia naquele momento.

— Tá bom. – Digo me assentando, e ele continua.

— Filha, nem sei como te dizer isso... Seu tio Marcelo, o que administra a fazenda que papai nos deixou como parte da herança, por ser o único que poderia ficar com a fazenda. Certo?!

— Sim papai. Já conheço essa história. – Digo começando a me lembrar que tio Marcelo era meu único tio solteiro e que não tinha compromisso por nada e com isso papai e meus outros tios entraram de acordo com o tio Marcelo o deixando com a responsabilidade de administra a fazenda... Sou interrompida quando papai diz:

— E Marcelo com toda sua irresponsabilidade faliu a fazenda de meu pai. E agora eu, na verdade nós teremos que nos mudar para a fazenda de seu avô até que consigamos restabelecer a fazenda ou teremos que vende-lá e isso nem eu muito menos seus tios queremos, porque aquela fazenda era a maior paixão de seu avô. – Naquele momento engoli seco e quase desmaiei, fiquei branca, feito uma folha de papes. Não era possível que teria que largar tudo nessa cidade maravilhosa Rio de Janeiro para morar em uma fazenda em Minas Gerais, isso não podia ser verdade. Olho para papai e digo:

— O que? Porque nós? Porque não vai outro irmão seu.

— Porque nenhum deles tem capacidade para isso, e eu sou o mais velho. E não quero saber de você ficar me enchendo com a história de não querer ir, porque você irá querendo ou não. Em mais ou menos de um mês partiremos, se prepare.

Olho para papai quase chorando. Me levanto com a Amora ainda no meu colo, e saio do escritório pisando fundo com muita raiva, Vou para meu quarto fecho a porta a chave coloco a Amora em cima da minha cama e depois me deito já chorando. Eu tinha tantos outros primos que iriam amar morar na fazenda do vovô, mais não tinha que ser eu e, desta vez não adiantaria eu chorar, espernear, implorar com papai para ficarmos morando no Rio porque seria impossível, ele já estava decidido a se mudar para fazenda.

Sabe passar um de semana ou as férias tudo bem, mas agora morar ai também não já era demais, ter que aturar insetos insuportáveis que amavam me picar me deixando toda vermelhada, sem contar naqueles animais, porco, cavalo, cabrito sei lá mais o que, vida no campo não era pra mim. Minha vida era na cidade, com todos aqueles shoppings, praias, festas e outras coisas que adorava fazer.

Minha única sorte é que teria a minha Amorinha que no momento estava deitava ne minha barriga parecia dormir, coitadinha teria que deixar sua vida de luxo para viver uma vida num lixo, depois de pensar nisso começo a chorar mais ainda. Depois de tanto chorar acabo dormindo.


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Notas finais do capítulo

Comente por favor! Beijinhos :*